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3 authors:
Leonardo Oliveira
Instituto Militar de Engenharia (IME)
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Definition and Implementation of a New Service for Precise GNSS Positioning View project
All content following this page was uploaded by Mauricio Galo on 02 September 2014.
Autores:
Mauricio Galo
João F. Galera Mônico
Leonardo Castro de Oliveira
1
GALO, M.; MONICO, J. F. G.; OLIVEIRA, L. C. de Cálculo de áreas de polígonos sobre o
elipsóide usando projeções equivalentes. In: MITISHITA, E. A. (Editor chefe). Série em
Ciências Geodésicas – Volume 3 - Novos Desenvolvimentos em Ciências Geodésicas.
Imprensa Universitária da UFPR, Curitiba - PR, p. 465-479, 2003. (ISBN 88-88783-04-05)
CÁLCULO DE ÁREAS DE POLÍGONOS SOBRE O
ELIPSÓIDE USANDO PROJEÇÕES EQUIVALENTES
Mauricio Galo1
João F. Galera Monico1
Leonardo Castro de Oliveira2
1
Universidade Estadual Paulista – UNESP, Departamento de Cartografia
galo@fct.unesp.br, galera@fct.unesp.br
2
Instituto Militar de Engenharia - IME -, Departamento de Engenharia Cartográfica
leonardo@ime.eb.br
RESUMO
465
AREA COMPUTATION ON THE ELLIPSOID SURFACE
USING EQUIVALENT PROJECTION
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO e OBJETIVOS
467
paralelo e meridiano; e que, além disso, não seja necessário fazer a divisão da figura
em sub-regiões.
Como alternativa sugere-se que seja feita a segmentação das bordas do polígono
original, pela inclusão de pontos adicionais, permitindo o cálculo da área do
polígono elipsoidal por meio de um polígono equivalente, obtido a partir do uso de
uma projeção plana equivalente. Uma vez que se pretende obter a área sobre o
elipsóide de revolução, considera-se que a projeção plana utilize como superfície de
referência o elipsóide de revolução.
468
pontos com coordenadas geodésicas conhecidas, pode-se assumir que o ponto de
tangência seja obtido por
n n
(ϕ0 , λ 0 ) = 1 ∑ ϕi , 1 ∑ λi . (5)
n i =1 n i =1
De posse do ponto (ϕ0,λ0), utilizando-se da lei de formação da projeção e
dispondo dos pontos {(ϕ1,λ1), (ϕ2,λ2), (ϕ3,λ3),...(ϕj,λj),... (ϕn,λn)}, com j∈{1, 2, ...n},
pode-se obter estes n pontos na projeção, ou seja: {(x1,y1), (x2,y2), (x3,y3),... (xj,yj),...
(xn,yn)}. Considerando esses conjuntos de pontos e a propriedade dada pela Equação
4, a área na superfície de projeção poderá ser calculada indiretamente ao aplicar a
tradicional fórmula de Gauss ao polígono projetado, uma vez que ele se localiza
num plano.
A princípio esta solução é correta. No entanto, observa-se que a propriedade da
equivalência não é imediata, uma vez que nem sempre um lado representado como
um segmento de reta na projeção, corresponde a um segmento de reta no
quadrilátero original. Neste caso, haverá uma razão unitária entre as áreas (na
superfície de referência e na projetada) se a quantidade de pontos do contorno for
adequada (representativa). A Figura 1 mostra um exemplo para o caso em que se
tem um polígono irregular onde os pontos extremos são transformados para a
Projeção Azimutal Equivalente de Lambert, e então são ligados por segmentos de
reta. Posteriormente os lados são divididos em pequenos segmentos, sendo todos os
pontos transformados para a projeção e mostrados na mesma figura. Na Figura 1b é
mostrado um detalhe, onde se pode observar as discrepâncias entre esses dois
conjuntos de pontos.
a) b)
FIGURA 1 - POLÍGONO ORIGINAL E SUBDIVIDIDO, ONDE OS PONTOS SÃO LIGADOS POR
SEGMENTOS DE RETA (a). EM (b) É MOSTRADO UM DETALHE AMPLIADO DO MESMO
POLÍGONO.
469
das bordas em pequenos segmentos, obtendo-se uma maior quantidade de pontos
(cruzes).
Deste modo, a proposta para o cálculo da área pode ser resumida nas seguintes
etapas: 1) leitura dos vértices do polígono em coordenadas geodésicas; 2) divisão
dos lados em vários segmentos, pela criação de pontos adicionais; 3) cálculo do
ponto de tangência (ϕ0,λ0); 4) conversão de todos os pontos para a Projeção
Azimutal Equivalente de Lambert; e 5) cálculo da área do polígono final pela
Fórmula de Gauss. Este procedimento é detalhado no fluxograma que compõe a
Figura 2.
Leitura do arquivo
Inicio com os pontos do
polígono (ϕ,λ) ti=3 Caso 3: Geodésica
Determinação Divisão da
do número de Geodésica
N
lados (n) S
ti=2 Caso 2: Meridiano
Leitura do passo
(p) usado na divisão Divisão do
Meridiano
N
i=1 S
ti=1 Caso 1: Paralelo
Verificação do tipo
Divisão do
do lado i:
Paralelo
ti={1,2,3}
N
i>n i=i+1
S
Para todos os pontos Cálculo da área
calcular* do polígono Fim
x=f(ϕ,λ) e y=g(ϕ,λ) final.
cos ϕ
m= . (11)
1 − e 2 sen 2 ϕ
Nas Equações 8 e 9 o termo qp representa o valor de q estimado a partir da
Equação 10 para ϕ=90º. Para mais detalhes sobre estas equações e sobre a
interpretação geométrica de alguns destes elementos, sugere-se Snyder (1982) e
Richardus & Adler (1972).
471
de curvas sejam aceitas e caso os lados não sejam paralelos nem meridianos, eles são
considerados geodésicas.
É relevante lembrar que apenas duas classes de curvas poderiam ser
consideradas, arco de paralelo e linhas geodésicas, uma vez que todo meridiano é
uma geodésica. No entanto, manteve-se estas três classes pois o número de
operações necessárias para a divisão de um arco de meridiano é inferior ao
necessário para dividir uma linha geodésica.
Para que o algoritmo faça a classificação de cada um dos lados do polígono
original, utilizam-se como dados de entrada as coordenadas das extremidades de
cada lado e, uma vez que a divisão é realizada sobre as coordenadas geodésicas, é
necessário converter o passo (p), dado em metros, para o passo (pa), dado em
unidade angular. Nesta conversão é utilizado o raio médio de curvatura para o ponto
de tangência ( R ϕ 0 ) e realizada a operação pa = p / R ϕ 0 .
No Quadro 1 são apresentados os algoritmos para a divisão de paralelos e de
meridianos. Na coluna da esquerda considera-se que os pontos extremos do paralelo
possuem coordenadas (ϕ,λA) e (ϕ,λB). Os termos em negrito correspondem àqueles
que são modificados ao considerar os meridianos (na coluna da direita no Quadro 1),
sendo os demais mantidos iguais e, por isso, não foram repetidos. No caso de arcos
de meridianos considera-se que os pontos extremos possuem as coordenadas (ϕA,λ)
e (ϕB,λ).
472
Para a divisão das linhas geodésicas deve-se utilizar as equações que
possibilitam realizar o problema direto e inverso da Geodésia. Deste modo, podem
ser consideradas diversas equações, como por exemplo, as mostradas no Quadro 2.
3. EXPERIMENTOS E RESULTADOS
474
TABELA 1 - ÁREA DO ELIPSÓIDE OBTIDA PELA SOMA DA ÁREA DE QUADRILÁTEROS DE
15ox15o, USANDO DIFERENTES PASSOS NA SEGMENTAÇÃO DOS LADOS.
Intervalo usado na Erro absoluto em área Erro em ppb
segmentação dos lados (m2) (partes por bilhão)
(m)
15 267,5 0,0005
30 1155,6 0,0023
50 3238,8 0,0063
100 13069,1 0,0256
150 29446,8 0,0577
200 52371,6 0,1027
250 81838,6 0,1604
300 117862,7 0,2311
FIGURA 3 - ERRO RELATIVO PARA UMA ÁREA DE 1ox1o USANDO DIFERENTES PASSOS NA
DIVISÃO DOS LADOS, EM DIFERENTES PARALELOS.
Embora o erro relativo seja proporcional à área do polígono, pode-se observar que
mesmo para polígonos de dimensão 20ox20o o erro relativo é inferior a 0,8 ppb para
o passo de 500m usado na divisão dos lados, podendo ser reduzido pela escolha de
um passo inferior.
Pode-se notar claramente pela Figura 5 que ao usar a projeção UTM, na sua
forma "bruta", isto é, sem corrigir as deformações, têm-se uma ampliação das áreas
quando se está próximo aos bordos do fuso e uma redução quando se está próximo
ao centro do fuso, tal como preconiza a teoria. No entanto, ao utilizar o
procedimento sugerido, o erro em área é inferior, independente da localização da
região dentro do fuso UTM.
Ao aplicar a Equação 13 às áreas obtidas pela projeção UTM ocorre uma
compensação da área, como mostra o gráfico da Figura 6.
477
FIGURA 6 - ERRO EM ÁREA AO USAR O PROCEDIMENTO PROPOSTO E A PROJEÇÃO UTM
APÓS A CORREÇÃO DO FATOR DE ESCALA.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
478
REFERÊNCIAS
479