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Gestão Financeira
Contabilidade Empresarial Terceira versão
Autores:
Eloir Trindade Vasques Vieira
Neusa Oviedo Ramirez
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 73
ANEXOS ................................................................................................................. 76
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INTRODUÇÃO
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de 2007, vinculada aos textos legais para atender as questões tributárias, isto
significa que os demonstrativos financeiros deveriam ser elaborados da forma como
o governo normatizava.
Esse processo de convergência possibilitou a desvinculação meramente
tributária e retrospectiva dos relatórios contábeis financeiros, por meio dos textos
legais da Lei 11.638/2007 e da Lei 11.941/2009, que alteraram alguns artigos da Lei
n. 6.404/1976, para que a contabilidade possa atender sua finalidade de representar
de forma adequada uma realidade econômica e prospectiva com base nos eventos
pretéritos é claro, mas utilizando essas informações passadas para projetar o fluxo
de caixa futuro esperado em função do volume de transações econômicas do
passado.
Nesse contexto, a contabilidade gerencial demonstra a necessidade do uso
de “ferramentas” gerenciais apropriadas para a captura, mensuração e registro
adequado dos eventos econômicos que permitam a avaliação de desempenho das
micro e pequenas empresas, fornecendo informações para tomada de decisão, e
promovendo o desenvolvimento desses negócios.
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UNIDADE 1 – A CONTABILIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
A Ciência Contábil é uma ciência social aplicada que tem como objeto de
estudos o patrimônio das entidades, sejam públicas, privadas, particulares,
individuais, coletivas, de interesse social ou outros. E como ciência do patrimônio
deveria estar presente nas organizações comerciais, que exploram atividades de
comércio, indústria, prestação de serviços e quaisquer outras atividades que
envolvem a necessidade de controle do patrimônio e sua evolução (ou não), para
evidenciar o desempenho esperado, de acordo com o objetivo e finalidade da
organização comercial.
Sabemos que na realidade brasileira a contabilidade não é muito valorizada,
porque poucos conhecem sua função e utilidade para tomada de decisão adequada
na manutenção do negócio e preservação do patrimônio. Neste material didático
vamos identificar o papel da contabilidade nos negócios empresariais e sua função
na tomada de decisão, e, para isso vamos inicialmente entender o significado do
termo empresa sob a ótica do direito empresarial e para a contabilidade.
No Direito empresarial empresário é a pessoa que exerce a atividade
econômica, e empresa é a própria atividade de comércio, de produção (indústria) de
bens e serviços. Então, segundo o Direto empresarial, o conceito de empresa é
totalmente diferente do conceito usual de local, espaço físico onde uma atividade
econômica está sendo exercida, ou um sujeito do direito, como é o caso da pessoa
jurídica constituída. Mesmo assim o termo empresa é utilizado na linguagem
cotidiana com estes significados inadequados nos meios empresarial, contábil e até
nos meios jurídicos.
Coelho (2010, pp. 12-13), explica que:
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atividade. Por fim, também é equivocado o uso da expressão como
sinônimo de sociedade. Não se diz "separam-se os bens da empresa
e os dos sócios em patrimônios distintos", mas "separam-se os bens
sociais e os dos sócios"; não se deve dizer "fulano e beltrano abriram
uma empresa", mas "eles contrataram uma sociedade". Somente se
emprega de modo técnico o conceito de empresa quando for
sinônimo de empreendimento. Se alguém reputa "muito arriscada a
empresa", está certa a forma de se expressar: o empreendimento em
questão enfrenta consideráveis riscos de insucesso, na avaliação
desta pessoa. Como ela se está referindo à atividade, é adequado
falar em empresa.
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A contabilidade quando elaborada de forma correta, capturando a essência do
evento econômico que afeta a empresa, permite ao empresário a melhor leitura hoje,
do fluxo de caixa futuro esperado de seu empreendimento, acompanhar a evolução
e desempenho do negócio, possibilita uma análise de risco para a tomada de
decisão adequada (risco calculado) e, ainda, a visão retrospectiva e prospectiva.
Exemplo se a empresa teve um bom ano, como manter e avançar neste
desempenho, se foi um mal ano, como evitá-lo.
No Brasil, a preocupação das empresas, há muito tempo, é a alta carga
tributária que incide sobre a atividade produtiva, e também aquela que onera o
trabalhador regularmente registrado nas empresas.
A seguir listamos alguns tributos incidentes sobre as atividades empresariais.
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• Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS: São valores
recolhidos aos cofres públicos, mas que pertencem ao trabalhador. Os
recursos do FGTS são destinados a aplicações nas áreas de habitação,
saneamento e infraestrutura. São depósitos mensais que os empregadores
depositam nas contas abertas na Caixa Econômica Federal, em nome dos
seus empregados. A finalidade é dar suporte financeiro aos trabalhadores,
principalmente na hipótese de demissão sem justa causa, mas também em
outras situações específicas.
• Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
prestações de serviços – ICMS: trata-se de Imposto Estadual, portanto,
somente os Governos dos Estados e do Distrito Federal têm competência
para instituí-lo. Os valores no país variam entre 7% e 27% dependendo do
estado que o institui e da atividade econômica. Há uma reflexão contínua
pelos órgãos reguladores deste tributo na intenção de unificar as alíquotas
em território nacional para minimizar a guerra fiscal entre os estados da
federação, na disputa por empreendimentos.
• A Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e
de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e
velhice. É devido pelas empresas e trabalhadores ao Instituto Nacional do
Seguro Social INSS e as alíquotas de contribuição são variáveis e
dependem, em se tratando de empresas, de sua atividade econômica e o
total bruto do salário dos trabalhadores contratados e, no caso dos
trabalhadores, as alíquotas de contribuição variam de 8% a 11% por cento
sobre o salário bruto. O INSS é o órgão responsável para o recebimento de
contribuições. Também é responsável pelo pagamento de aposentadoria,
pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros benefícios
previstos em lei.
• Imposto sobre Produto Industrializado – IPI: Conforme a
Constituição, trata-se de imposto federal, portanto somente a União tem
competência para instituir tal imposto. De acordo com o texto legal fato
gerador do IPI ocorre em dois momentos distintos:
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a) Na importação dos produtos industrializados fora do país o fato gerador
acontece no momento do desembaraço aduaneiro do produto importado,
e
b) Na operação interna dos produtos industrializados no país - com a saída
do produto industrializado do estabelecimento industrial, ou equiparado a
industrial.
• Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ: São contribuintes deste
imposto as pessoas jurídicas e as equiparadas. As disposições tributárias
do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não. As
Pessoas Jurídicas, por opção ou por determinação legal, são tributadas por
uma das seguintes formas: Sistema Simplificado – Simples Nacional, Lucro
Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado, e para cada uma destas formas
há uma fórmula de cálculo, bem como aplicação de alíquotas que variam
conforme o ramo de atividade.
• Imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS: O ISSQN é
regido pela Lei Complementar Federal 116/2003 e legislação específica de
cada prefeitura municipal. É de competência dos Municípios e do Distrito
Federal e tem como fato gerador a prestação de serviços. As alíquotas são
variáveis, conforme a legislação do Estado. Em Campo Grande, Mato
Grosso do Sul, a alíquota devida é de 5%. Neste caso, o contribuinte é o
prestador de serviço.
• Programa de Integração Social – PIS: Foi criado por lei com a
finalidade de promover a integração do emprego na vida e no
desenvolvimento das empresas, viabilizando melhorar a distribuição da
renda nacional. Trata-se da contribuição social de natureza tributária, devida
pelas pessoas jurídicas, com objetivo de financiar o pagamento do seguro
de desemprego e do abono para os trabalhadores que ganham até dois
salários mínimos. Incide sobre a receita total, a alíquota é de 1,65% para os
que optam pelo Lucro Real, e de 0,65% para as empresas que optarem pelo
Lucro Presumido e nas retenções de NF.
• Simples Nacional: É um regime tributário específico para
microempresas e empresas de pequeno porte, diferenciado, simplificado
previsto por lei. As empresas enquadradas no regime tributário do simples
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nacional pagam impostos Federais, Estaduais e Municipais de forma
agrupada em alíquota única, que o ente tributário federal repassa para os
outros agentes. Ocorre que não são todos os tipos de empresa que podem
aderir a este sistema de tributação, sendo pré-requisitos o faturamento
anual e o ramo de atividade. Os tributos inclusos no Simples Federal são:
ISSQN, ICMS, IRPJ, CSLL, IPI, PIS, COFINS e INSS devido pelo
empregador.
1
São obrigações as quais os empreendimentos estão obrigados a cumprir, para facilitar a ação
fiscalizadora do Estado. Exemplo: Declaração do Imposto de renda, Declaração do Imposto Retido na
Fonte, etc.
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Julien (1994), expõe alguns critérios para definir uma micro e uma pequena
empresa:
• Tamanho reduzido (número de empregados, faturamento).
• Baixa especialização (diretores, empregados, equipamentos).
• Centralização da administração.
• Estratégia intuitiva ou pouco formalizada.
• Sistema de informação interna pouco completo ou pouco organizado.
• Adaptação às mutações da economia: maior segmentação dos
mercados.
Para Davis (1995) (apud Bezerra, 2001), uma pequena empresa é
caracterizada por ser gerida pelo seu proprietário, por possuir poucos empregados,
ou poucos produtos ou linhas de produção, baixo capital de giro, baixas despesas,
pequena área de atuação, conhecimento limitado de tecnologia.
Leone (1999), explica que as micro e pequenas empresas trabalham com
especificidades organizacionais, pois possuem estrutura organizacional simples.
Essas empresas, em sua maioria, trabalham a gestão na figura do proprietário-
dirigente. O cliente pode discutir diretamente com o proprietário da empresa sobre
preço, produto, participação; essa última pode envolver também os funcionários que
conseguem argumentar e conversar com o dirigente. O empresário toma decisões
de acordo com sua experiência, baseado no julgamento e intuição. A figura do
proprietário, pessoa física, se confunde com a pessoa jurídica.
Para Cossentino (2005), as características que geram dificuldades para as
micro e pequenas empresas são:
• Pessoal mal qualificado para padrões mais elevados de tecnologia e
gestão.
• Fragilidade financeira derivada do autofinanciamento e recursos de curto
prazo.
• Fracas conexões de P&D.
• Falta de suporte para a internacionalização.
Em função das características descritas pelos autores citados, o tratamento
diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte está previsto desde
1988, na Constituição Federal do Brasil. Este tratamento diferenciado inclui o
tratamento tributário, legal, fiscal e outros aplicáveis às MEs e EPPs viabilizando o
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empreendimento destes, permitindo-lhes atuarem
no mercado de forma mais adequada e com
competitividade.
O tratamento diferenciado não isenta as
MEs de suas obrigações jurídicas (formalização),
fiscais principal (recolher impostos) ou fiscais
acessórias (declarar aos entes fiscalizadores) e
outros compromissos e agendas que devem cumprir para permanecer e gozar dos
benefícios concedidos pelo Estatuto.
Fonte: http://migre.me/gCWIo
Conforme texto da Lei 123/2006, consideram-se microempresas ou empresas
de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa
individual de responsabilidade limitada, e o empresário a que se refere o art. 966 da
Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no
Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que, no caso das microempresas, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil
reais); e no caso das empresas de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário,
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou
inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
Esta lei, para surtir os efeitos desejados, possui um Comitê Gestor que tem a
incumbência de fazer dar certo esta legislação, em função de que no Brasil as micro
e pequenas empresas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, representam 67% do pessoal ocupado, 20% do PIB Nacional e 99% das
empresas de comércio, indústria e serviços do País2.
Uma empresa não pertence somente a seus sócios ou acionistas. A forma
como conduz seus negócios se reflete no desenvolvimento econômico e social da
empresa, bem como da comunidade onde está inserida.
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Informação retirada do curso simples nacional disponibilizado pela Receita Federal do Brasil, item
“saiba mais”.
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Exercício 1
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UNIDADE 2 - NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
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essência econômica do fato referente aos negócios, aplicáveis a quaisquer
entidades em detrimento da forma legal e/ou normativa.
Após ampla discussão, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgaram o “Pronunciamento Conceitual.
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• as características qualitativas de melhoria que permitam a
Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e
compreensibilidade dos relatórios contábeis financeiros.
Dica de leitura
O artigo 176 é extenso e sua leitura é importante para o empresário e
também para quem se dispõe a estudar contabilidade.
Leia o artigo, disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm. Acesso
em: 04 dez. 2015.
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Perceba que no Brasil, hoje, a contabilidade atende à legislação doméstica e
à supranacional em função do processo de convergência às normas do IASB o
IFRS. Alguns pesquisadores da área contábil como Ribeiro (2005), conceitua
contabilidade como [...] ciência social que tem por objeto o patrimônio das entidades
econômico-administrativas. Seu objetivo principal é controlar o patrimônio das
entidades em decorrência de suas variações.
Iudícibus (1994), complementa informando que a contabilidade desempenha
ao longo do tempo o mesmo papel que tem a história no desenvolver da vida da
humanidade. É a contabilidade através de seus registros que faz com que se
conheça o passado e o presente da situação econômica da entidade, bem como
este registro representa as possibilidades de orientações de planos futuros da
organização.
O IASB sugere que aprendamos a entender a Demonstração da Posição
Financeira que, para os profissionais que trabalham com contabilidade no Brasil, se
refere ao Balanço Patrimonial, não apenas de maneira retrospectiva, mas também
prospectiva. Como? Por exemplo, na conta caixa nos informa do valor disponível
para pagar os passivos, a conta cliente vai gerar fluxo de caixa futuro no momento
do recebimento, a mesma coisa podemos dizer do estoque para comercialização, vai
gerar benefícios futuros, no mínimo, pelo valor registrado naquele momento no
Balanço Patrimonial.
Por esta razão, as demonstrações contábeis devem ser elaboradas levando-
se em conta o regime de competência, porque permite a prospecção e têm também
como princípio a continuidade da empresa. Se houver incerteza sobre a capacidade
da empresa de operar continuamente, todas as bases contábeis irão mudar, por
exemplo, num processo de falência o valor dos ativos e passivos podem ser
negociados e será necessária uma divulgação bastante extensa e explicativa.
As empresas, de maneira geral, têm receita e despesas constantes durante
os meses do ano, e a apuração desse resultado informará se neste período houve
lucros ou prejuízos. Se as receitas do período são maiores que as despesas, haverá
lucro, se ocorrer o inverso, despesas maiores que receitas, haverá prejuízo.
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2.2 Ramos da Contabilidade
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perspectiva. Em um grau de detalhe mais analítico ou numa forma de
apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os
gerentes das entidades em seu processo decisório. Quando se fala em
contabilidade gerencial se fala em contabilidade para tomada de decisão.
Para este autor, a contabilidade gerencial deve utilizar outros campos de
conhecimento não circunscritos à contabilidade. Deve aproveitar
conceitos da administração da produção, da estrutura organizacional,
bem como da administração financeira, campo mais amplo, no qual se
situa toda a contabilidade empresarial. Pode-se afirmar que todo
procedimento, técnica, informação ou relatório contábil feito “sob medida”
para que a administração possa tomar uma decisão segura sobre os
rumos da empresa, se trata de um ato da contabilidade gerencial.
Segundo Franco (1986), o conjunto dos acontecimentos verificados na
entidade, sejam fatos contábeis, ou meramente atos administrativos, são chamados
de gestão. Essa pode ser medida por períodos de tempo, que denominamos de
períodos administrativos.
Segundo Crepaldi (2006, p.89), a informação contábil tem que ser:
Confiável. Os trabalhos elaborados pela Contabilidade devem
inspirar confiança, a tal ponto que o usuário da informação tenha
segurança nas informações fornecidas.
Ágil. Pode-se elaborar um belo trabalho contábil, mas se o mesmo
não for apresentado em tempo hábil para ser usufruído, a informação
perde o sentido, principalmente em países com economia instável.
Elucidativa. Cada usuário da informação tem um grau de
conhecimento; identificá-lo é primordial para que os trabalhos sejam
elucidativos.
Fonte para tomada de decisões. Nenhuma decisão que envolva
negócios é tomada a esmo, pois está em jogo o Patrimônio, que não
se constituiu de maneira tranquila; assim, quem controla o Patrimônio
tem obrigação de gerar alicerce para decisão.
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comprar ou vender ações da empresa, quando conceder ou não conceder crédito,
etc.
Hendrich e Van Breda (2010), explicam que a contabilidade evolui à medida
que a sociedade evolui, e por essa razão as diferenças regionais em relação às
especificidades de cada cultura.
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UNIDADE 3 - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS FINANCEIRAS
No Brasil a Lei que versa sobre as sociedades por ação é a Lei 6.404 de
1976, que quando aprovada foi um grande avanço para a contabilidade no Brasil,
mas que permaneceu muito tempo atrelada às questões tributárias domésticas.
O que viabilizou esse imenso movimento de transição das normas brasileiras
de Contabilidade às Normas Internacionais foi a criação, pelo CFC em 07 de outubro
de 2005 através da resolução CFC Nº 1.055, do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis – CPC, composto pelas seguintes entidades:
• Associação Brasileira das Companhias Abertas – ABRASCA.
• Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais - APIMEC NACIONAL.
• Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA.
• Conselho Federal de Contabilidade – CFC.
• Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON.
• Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras -
FIPECAFI.
O CPC foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos
de diversas entidades, portanto, não é uma tarefa isolada do CFC. Tem as seguintes
características: autonomia das entidades representadas, deliberados por 2/3 de seus
membros; as seis entidades listadas acima compõem atualmente o CPC, mas
futuramente outras entidades poderão vir a ser convidadas.
Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar
representantes dos seguintes órgãos:
• Banco Central do Brasil.
• Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
• Secretaria da Receita Federal.
• Superintendência de Seguros Privados - SUSEP.
• Confederação Nacional da Indústria - CNI.
• Federação Brasileira dos Bancos - FEBRABAN.
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Todas essas alterações sugeridas, vivenciadas e implementadas pelo CPC,
foram antes de tudo resultado de estudos aprofundados como podemos verificar na
leitura do texto.
O objeto da contabilidade, em quaisquer das normas legais ou institucionais,
antigas ou atuais, não diverge da teoria patrimonial. Então, o objeto da
contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades; e o objetivo mais intimamente ligado
ao objeto é evidenciar, por meio da captação, registro e mensuração adequada dos
eventos econômicos e financeiros que afetam o patrimônio desta entidade, esta
mutação da forma mais fidedigna possível.
E, neste movimento de capturar, registrar e mensurar os eventos, precisamos
de um sistema contábil confiável e paramétrico, de acordo com as necessidades do
empreendimento, e que gere demonstrações contábeis confiáveis.
São demonstrações contábeis os relatórios técnicos emitidos por um sistema
de contabilidade que têm a finalidade de evidenciar a situação contábil financeira e
econômica de uma entidade em um determinado período, sem interromper o
processo de continuidade do negócio.
Um sistema contábil adequado deve estar parametrizado de acordo com a
teoria contábil, com a metodologia das partidas dobradas, com as normas legais
vigentes, sem gerar contradição ou choque entre elas, e deve permitir diferentes
combinações de relatórios de acordo com as exigências dos usuários, como os
demonstrativos tradicionais (fluxo de caixa, balanço, DRE, etc.) ou adicionais (custo
por setor ou atividade, folha de pagamentos) e outros demonstrativos, legalmente
obrigatórios ou não e que permitam observar a movimentação e/ou modificações no
patrimônio da entidade.
A Estrutura Conceitual para elaboração das Demonstrações Contábeis está
disposta na Res. CFC 1.374/2011, de forma ampla e geral e deve ser considerada
como base conceitual para os pronunciamentos que foram e virão a ser aprovados.
O objetivo da estrutura conceitual é dar suporte para a elaboração dos relatórios
contábeis-financeiros de forma mais fidedigna possível, para os investidores atuais e
em potencial, outros interessados podem fazer uso destes relatórios mas estes são
elaborados essencialmente para os que concedem crédito ou têm interesse em
ações das empresas.
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As demonstrações contábeis financeiras, inclusive as demonstrações
contábeis consolidadas, são preparadas e apresentadas pelo menos uma vez ao
término do ano civil e visam atender às necessidades comuns de informações de um
grande número de usuários. Alguns desses usuários, especialmente os internos,
talvez necessitem de informações e tenham o poder de obtê-las, além daquelas
contidas nas demonstrações contábeis. Muitos usuários, todavia, têm de confiar nas
demonstrações contábeis como a principal fonte de informações financeiras.
De acordo com os princípios e normas contábeis, tais demonstrações,
portanto, devem ser preparadas e apresentadas tendo em vista essas necessidades.
Estão fora do alcance desta Estrutura Conceitual informações financeiras elaboradas
para fins especiais, como, por exemplo, aquelas incluídas em prospectos para
lançamentos de ações no mercado e/ou elaboradas exclusivamente para fins fiscais.
Não obstante, a Estrutura Conceitual pode ser aplicada na preparação dessas
demonstrações para fins especiais, quando as exigências de tais demonstrações o
permitirem.
A Estrutura Conceitual – EC é aplicável para a preparação das
demonstrações contábeis financeiras de todas as entidades e de diversas áreas de
negócio. São entidades para as quais existem usuários que se apoiam em suas
demonstrações contábeis como fonte principal de informações patrimoniais e
financeiras sobre a entidade.
A Administração também está interessada nas informações contidas nas
demonstrações contábeis, embora tenha acesso a informações adicionais que
contribuem para o desempenho das suas responsabilidades de planejamento,
tomada de decisões e controle. A Administração tem o poder de estabelecer a forma
e o conteúdo de tais informações adicionais a fim de atender às suas próprias
necessidades. A forma de divulgação de tais informações, entretanto, está fora do
alcance desta Estrutura Conceitual. Não obstante, as demonstrações contábeis
divulgadas são baseadas em informações utilizadas pela Administração sobre a
posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira
da entidade.
O texto da estrutura conceitual para a elaboração das demonstrações
contábeis, disposta na Res. CFC 1.374/2011, enfatiza a necessidade de divulgação
da mesma para inserir os profissionais interessados na área contábil e dos negócios
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no contexto das atualizações e mudanças de postura frente ao mercado e clientes.
Vamos abordar alguns itens da ESTRUTURA CONCEITUAL que julgamos
relevantes, de forma detalhada e nos reportaremos a ela apenas como Estrutura
Conceitual - EC no lugar de Res. CFC 1.374/2011.
A Estrutura Conceitual aborda ainda:
• O objetivo das demonstrações contábeis;
• as características qualitativas que determinam a utilidade das
informações contidas nas demonstrações contábeis;
• a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que
compõem as demonstrações contábeis; e
• os conceitos de capital e de manutenção do capital.
Sugerimos que amplie conhecimento acerca da estrutura conceitual3 para
elaboração dos relatórios contábeis-financeiros, disponíveis no link em nota de
rodapé.
Lembrando que a nova redação dada pela Lei 11.638 de 2007, o art. 176 da
lei 6.404/76 passou a vigorar da seguinte forma:
3
http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/001374
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3.1 Alterações contábeis
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II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada
pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que
contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados,
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da
riqueza não distribuída.
5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm
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Quadro 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
• Ativo Circulante • Passivo Circulante
O Art. 178 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por ações) define a sequência
de apresentação dos elementos patrimoniais.
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em relação à disposição, porque não define como devem ser apresentadas desde
que estas sejam fidedignas, claras e transparentes, tanto que os países europeus
elaboram o Balanço Patrimonial em ordem crescente de grau de liquidez.
Recentemente revisada pelo IASB a IAS1 altera a nomenclatura do Balanço
Patrimonial para Demonstração da Posição Financeira por que essa
nomenclatura reflete de forma mais adequada este relatório, mas não proíbe quem
queira continuar utilizando “Balanço Patrimonial”. Outra flexibilidade da norma é a
classificação dos ativos e passivos que no Brasil é intitulado de Circulante e Não
Circulante, na norma internacional, os Ativos e Passivos são nomeados de Ativos
Correntes a Ativos Não Correntes; Passivos Correntes e Não Correntes.
3.2.1 Ativo
ATIVO CIRCULANTE
Ainda, segundo a Lei 6.404/76, no ativo circulante constam as
disponibilidades, os bens e direitos da empresa realizáveis no decorrer do exercício
social (dentro do mesmo ano) e no decorrer do exercício seguinte (até 360 dias) ao
do fechamento do balanço.
Neste grupo são considerados os investimentos de curto prazo:
Nas disponibilidades temos:
• Caixa: No Caixa fica o dinheiro à disposição da empresa para
pagamentos.
• Bancos conta movimento: Nos depósitos em banco ficam os valores à
vista, bem como as aplicações financeiras de liquidez imediata.
• Duplicatas a Receber (também podem ser chamadas de Clientes):
Trata-se da situação em que ocorreram vendas a prazo, que ainda não
foram recebidas pela empresa.
• Provisão para créditos de liquidação duvidosa: Situação em que é
efetuada uma previsão ou suposição de que alguns destes clientes não irão
pagar suas dívidas. Pode-se observar em diversos balanços que a provisão
é deduzida da conta duplicatas a receber. Deve ser calculado com base nos
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saldos das contas que registram direitos provenientes de vendas a prazo de
mercadorias e serviços. Este percentual resulta em estudos efetuados pela
própria empresa, com base na inadimplência frequente.
Antes da convergência tínhamos no ativo circulante outra conta retificadora do
grupo clientes ou duplicatas a receber, o grupo de duplicatas descontadas que,
para atender a natureza econômica do evento (empréstimos contraídos com garantia
das duplicatas) passou a figurar no grupo dos passivos circulantes.
• Estoques: Onde estão as mercadorias para revenda (em empresas
comerciais) e as matérias-primas in natura.
• Despesas do exercício seguinte: Segundo a Lei 6.404/76, são despesas
cujos benefícios serão desfrutados no próximo exercício, tais como: prêmios
de seguro a vencer.
Basicamente são estes os grupos do ativo circulante que deverão ser
parametrizados de acordo com a atividade, porte e necessidade de cada
empreendimento.
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coincide com o ano civil de 31 de dezembro de cada ano, a classificação do
circulante/corrente ou curto prazo se refere a todos os eventos. Por exemplo, se os
eventos acontecem dentro do exercício social em curso de xx13, o último relatório
contábil apurado, fechado e publicado foi em de 31 de dezembro de xx12. Longo
prazo se refere a todos os outros eventos vincendos após esta data.
3.2.2 Passivo
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Passivo Circulante: No Passivo Circulante são classificadas as contas que
representam as obrigações da empresa que vencem no curso do exercício seguinte.
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exercício seguinte. Os financiamentos de longo prazo incluem as fontes de recursos
com prazo de pagamento superior a um ano, basicamente composta por:
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ativos intangíveis os bens não físicos, como por exemplo: As patentes, os
nomes, as marcas, as franquias. No grupo dos passivos temos:
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Perceba que a nota explicativa complementa os relatórios contábeis-
financeiros de forma mais adequada.
Exercício 2
As questões abaixo constaram em alguns concursos públicos divulgados.
Informe se os enunciados são verdadeiros ou falsos:
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I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e
a correção monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos
lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados
apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou
da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e
que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá
indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá
ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se
elaborada e publicada pela companhia.
Dividendos distribuídos
sobre lucros 16(b)
acumulados
Lucro líquido do
exercício
Proposta de destinação
do lucro líquido
Dividendos mínimos
16(b)
estatutários propostos
Dividendos 16(b)
complementares
35
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propostos
SALDOS EM 30 DE
ABRIL DE 2007
36
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líquido do exercício (valor final a ser adicionado ao patrimônio da empresa, já
deduzido IR e participações de outros que não sejam acionistas).
Regime de competência: observa-se o regime de competência (realização
da receita/ confronto das despesas), independente de seus reflexos no caixa.
Disposição básica:
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possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação dos recursos financeiros
de que a empresa dispõe.
O CPC 3 coloca que as informações dos fluxos de caixa são úteis, pois
proporcionam aos usuários das demonstrações uma base para avaliar a capacidade
da entidade gerar caixa, e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de
liquidez.
A Lei 11.638/07, em seu artigo 188, determina que a demonstração de fluxo
de caixa deverá indicar “ [...] as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo
de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3
(três) fluxos: a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos”.
Esta demonstração foi estabelecida pela Lei 11.638/2007, exceto para as
empresas que tenham patrimônio inferior a R$ 2 milhões, o que proporcionou a
discussão pelo CPC da estrutura desta demonstração por meio da audiência pública
onde foram discutidos o conceito da DFC, o que e como devem constar as
informações necessárias ao investidor que precisa destas informações.
Após intensa discussão foi aprovado o Pronunciamento Técnico CPC 03, que
equivale à Resolução CFC n. 1.296/2010 que aprova a demonstração de fluxo de
caixa, define caixa como “numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis”
e equivalente de caixa como “aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez,
que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor”.
Outras definições disponíveis na resolução, necessários ao entendimento da
mesma:
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O que a norma não definiu foi qual modelo deveria ser construído e divulgado,
se o modelo direto ou o modelo indireto.
c) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Não houve variação do Imobilizado
Vendas de Ações Coligadas
Recebimentos de Ações Coligadas
d) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
+ Novos Financiamentos
+ Aumento de Capital em Dinheiro
(-) Dividendos
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• Operacional: principais atividades geradas da receita da entidade.
• Investimento: refere-se à aquisição e à venda de ativos de longo
prazo.
• Financiamento: resultam em mudanças no tamanho e na composição
do capital próprio e no endividamento da entidade.
Exercício 3
2. De acordo com o § 5º, do art. 177 da Lei 6.404/76, redação dada pela
Lei 11941/09, as notas explicativas deverão indicar:
a) O número, espécie e classes das ações do capital social.
b) A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a
curto prazo.
c) O lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais.
d) Informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e
das práticas contábeis específicas, selecionadas e aplicadas para negócios e
eventos não relevantes.
e) O nome dos proprietários da empresa, e do contador.
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O Comitê de Pronunciamentos Contábeis nº 3, a respeito do Fluxo de Caixa,
coloca que a empresa deve divulgar os fluxos de caixa das atividades operacionais,
que podem ser através do método direto e método indireto:
• Método direto: Por este método se apresentam as principais posições
de recebimentos e pagamentos brutos.
• Método Indireto: É o mais utilizado. Neste caso, o lucro líquido ou
prejuízo é ajustado pelo efeito, seja das transações que não envolvem
caixa, seja de deferimentos, ou apropriações por competência sobre
recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros, dos itens
de receitas ou despesas, seja das atividades de investimento ou de
financiamento.
A demonstração do fluxo de caixa teve sua origem no Financial Accounting
Standard Board – FASB-95.
Vejam alguns modelos sugeridos:
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Empréstimos tomados
Aumento do capital social
(Pagamento de leasing) (principal)
(Pagamentos de lucros e dividendos)
(Juros pagos por empréstimos)
(Pagamentos de empréstimos)
Caixa Líquido das atividades de financiamentos
Aumento ou redução de caixa Líquido
Saldo de Caixa – Inicial
Saldo de caixa - Final
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De acordo com Sá (1998), o fluxograma abaixo demonstra a forma como são
construídos os fluxos de Caixa.
Entradas
Lucro Líquido
Operacionais
Método Indireto
Mais / Menos
Método Direto
Menos
Ajustes
Saídas
Operacionais Igual
Geração Interna
de Caixa
Mais / Menos
Geração Operaci-
onal de Caixa
Igual
Fluxo Operacional
Mais / Menos
Igual
Variação do Disponível
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- Vendas (30.000,00)
- Administrativas (50.000,00)
- Despesas Antecipadas _______ (80.000,00)
Caixa Gerado no Negócio (10.000,00)
b) Outras Receitas e Despesas
+ Receitas Financeiras Recebidas 10.000,00
(-) Despesas Financeiras Pagas (30.000,00) (20.000,00)
Caixa Líquido após as Operações Financeiras (30.000,00)
(-) Imposto de Renda Pago (60.000,00)
Caixa Líquido após o Imposto de Renda (90.000,00)
c) Atividades de Investimento
Não houve variação do Imobilizado
Vendas de Ações Coligadas 10.000,00
Recebimentos de Ações Coligadas 10.000,00 20.000,00
d) Atividades de Financiamentos
+ Novos Financiamentos 50.000,00
+ Aumento de Capital em Dinheiro 40.000,00
(-) Dividendos (50.000,00) 40.000,00
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Quadro 9 - Demonstração do Fluxo de Caixa (Modelo Indireto)
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
CIA DAS LINGERIES S.A. 2007
Atividades Operacionais
Lucro Líquido 24.000,00
+Despesas econômicas (não afetam o caixa):
Depreciação 10.000,00
34.000,00
Ajuste por mudança no Capital de Giro
(aumento ou redução durante o ano)
Ativo Circulante
Duplicatas a receber - aumento (reduz o caixa) (70.000,00)
Estoque - aumento (reduz o caixa) (30.000,00)
(100.000,00)
Passivo Circulante
Fornecedores - aumento (melhora o caixa) 20.000,00
Salários a Pagar - aumento (melhora o caixa) 10.000,00
Impostos a Recolher - redução (piora o caixa) (54.000,00)
(24.000,00) (124.000,00)
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais (90.000,00)
Atividades de Investimento
Não houve variação do Imobilizado ...........
Vendas de ações de Coligadas 10.000,00
Recebimentos de Empresas Coligadas 10.000,00
20.000,00
Atividades de Financiamentos
Novos Financiamentos 50.000,00
Aumento de Capital em dinheiro 40.000,00
Dividendos (50.000,00)
40.000,00 60.000,00
Redução de caixa no ano (30.000)
Saldo Inicial do caixa 40.000,00 40.000,00
Saldo Final do caixa 10.000,00 10.000,00
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significa retardar o recebimento do dinheiro que vai para o caixa, tendo que
sacrificar recursos financeiros que teriam outro destino.
• As reduções do Ativo Circulante produzem caixa (origem de caixa).
Exemplo: Reduções nos montantes de Estoque e Duplicatas a Receber
significam mais recursos no caixa. Por exemplo, quando os clientes
antecipam pagamento, reduz-se o montante de Duplicatas a Receber e,
consequentemente, aumenta o caixa.
• Os aumentos do Passivo Circulante evitam saída de mais dinheiro,
aumentando o caixa.
Exemplo: um aumento de Fornecedores no Passivo Circulante significa
mais crédito, evitando saída do caixa neste momento, podendo-se utilizar o
dinheiro para outras finalidades.
• As reduções do Passivo Circulante significam que o pagamento foi
feito, reduzindo o caixa (uso de caixa).
Exemplo: Uma redução de fornecedores, de contas a pagar ou Imposto a
Recolher por meio de pagamento significa que foi usado dinheiro para esta
finalidade, impedindo liberar este mesmo dinheiro para outros pagamentos.
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EXERCÍCIO RESOLVIDO
Demonstração do resultado de X1
Vendas 40.000,00
CMV (20.000,00)
Lucro Bruto 20.000,00
Despesas de Salários (14.000,00)
Depreciação (1.500,00)
Despesas Financeiras (1.000,00)
Despesa com PDD (1.000,00)
Despesas Diversas (seguros
apropriados) (600,00)
Receitas Financeiras 300,00
Lucro na Venda de Imobilizado 3.000,00
Lucros antes do IR/CS 5.200,00
Provisão para IR/CS (1.300,00)
Lucro líquido 3.900,00
DMPL
Lucr.
Capital Acum. Total
Saldo em X0 5.000,00 1.600,00 6.600,00
Aumento de capital 10.000,00 10.000,00
Lucro líquido 3.900,00 3.900,00
Dividendos pagos (1.500,00) (1.500,00)
Saldo em x1 15.000,00 4.000,00 19.000,00
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Outras informações relevantes:
Memórias de cálculo:
Recebimento de clientes:
Cliente início do período 10.000,00
Vendas totais de x1 40.000,00
Total de clientes 50.000,00
Saldo final 20.000,00
RECEBIMENTO 30.000,00
Baixa de incobráveis (500,00)
Recebimento de clientes 29.500,00
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Ou:
Vendas 40.000,00
(-) Variação positiva (10.000,00)
RECEBIMENTO 30.000,00
Pagamentos de fornecedores:
CMV 20.000,00
(+) Estoque final de estoques 15.000,00
(-) Estoque inicial de estoques (12.000,00)
(=) COMPRAS 23.000,00
(+) Saldo inicial 10.000,00
(-) Saldo final (23.000,00)
(=) Pagamentos de fornecedores 10.000,00
Ou
CVM 20.000,00
(+) Variação do estoque 3.000,00
(-) Variação de fornecedores (13.000,00)
(=) Pagamentos de fornecedores 10.000,00
Ou
Variação positiva 2.000,00
(+) Ajustes das apropriações feitas 600,00
Total pago no ano 2.600,00
Pagamento de salários:
Saldo no início 15.000,00
Mais despesa no período 14.000,00
Saldo no final (8.000,00)
Pagamento de salários 21.000,00
Pagamento de impostos:
Saldo no início 2.000,00
Despesa no período 1.300,00
Saldo no fim (1.300,00)
Pagamento 2.000,00
Venda de imobilizado:
Custo histórico 15.000,00
DA (3.000,00)
Custo ajustado 12.000,00
Lucro 3.000,00
Valor da venda 15.000,00
Compra de imobilizado:
Saldo inicial 30.000,00
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Baixa no período (15.000,00)
Saldo após a baixa 15.000,00
Saldo final 35.000,00
Compra no período 20.000,00
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Exercício 4
1. A demonstração de fluxo de caixa classifica os pagamentos e
recebimentos em:
a) Operacional e não operacional.
b) De financiamentos, operacionais e não operacionais.
c) De investimentos, de financiamentos e não operacionais.
d) De investimento, de financiamento e operacionais.
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Observa-se também que não podemos confundir a Demonstração do Valor
Adicionado - DVA com a Demonstração do Resultado do Exercício - DRE.
Apresentaremos a seguir a estrutura que já é utilizada:
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A DVA é uma demonstração surgida na Europa, principalmente por influência
da Inglaterra, França e Alemanha, que tem sido cada vez mais demandada em nível
internacional, inclusive em virtude de expressa recomendação por parte da ONU.
A DVA evidencia a riqueza gerada por uma empresa num determinado
período, o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores de produção, e de que
forma essa riqueza foi distribuída e quanto ficou retido na empresa. Isto é, qual foi o
faturamento bruto total da empresa num determinado período e como foi distribuído
(gasto) este faturamento.
Você poderá dizer que esta informação está disponibilizada na DRE. Mas não
com o detalhamento que se evidencia na estrutura da DVA, alguns valores são
retirados do Balanço Patrimonial BP e da Demonstração do Resultado do Exercício
DRE, com riqueza de detalhes, que permite visualizar onde a empresa gastou sua
receita gerando valor aos que com ela fizeram negócios de forma direta e os que se
beneficiam de sua ação corporativa e social de forma indireta, gerando informações
econômicas e sociais, incluindo a construção de ativos.
Até o ano de 2009, a DVA não estava instituída em Lei. Mesmo assim, várias
empresas já a elaboravam como Balanço Social dentro de uma estrutura sugerida
por pesquisadores contábeis e incorporada pelo Instituto de Bebidas e Saúde -
IBESA. Ela deve seguir os Princípios de Contabilidade e pode ser elaborada
destacando:
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O DVA abaixo está adaptado da estrutura didática sugerida por Marion
(2005), para que você entenda o objetivo do demonstrativo.
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Financeira, Dividendos, Despesas Não Operacionais, etc. A este resultado
convencionamos chamar de simplesmente Valor Adicionado.
Em seguida, a parte mais relevante desta demonstração é a distribuição do
Valor Adicionado, que mostra a contribuição da empresa para os vários segmentos
da sociedade. Mostra qual é o tamanho da “fatia do bolo” para os empregados, os
donos da empresa, os banqueiros, o governo, para outros e para si própria em
termos de reinvestimento.
Assim, faz-se uma análise da priorização da distribuição dos recursos gerados
pela empresa, evidenciando sua contribuição à comunidade local, aos acionistas, à
remuneração ao capital de terceiros, à sociedade como um todo através dos
impostos, etc.
A Demonstração do Valor Adicionado - DVA indicará no mínimo:
a) O valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os
elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados,
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não
distribuída;
b) O excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às
aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido;
c) Os saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e passivo
circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução
durante o exercício.
Abaixo relacionamos um exercício resolvido do Livro de Demonstração do
Valor Adicionado de Santos (2007, apud Santos, 2010).
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EXERCÍCIO RESOLVIDO DE DVA
Caixa/Bancos 5.000,00
NÃO CIRCULANTE
Máquinas e equipamentos 1.000,00
(-) Depreciação acumulada (300,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 5.700,00
TOTAL 5.700,00 TOTAL 5.700,00
Razão Contábil
CAIXA E BANCOS ESTOQUES
S 5.000,00 2.000,00 1 1 1.640,00
2 6.000,00 600,00 3 3.2 164,00 1.640,00 2.2
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6 600,00 290,00 4
150,00 5 164,00
11.600,00 3.040,00
8.560,00
VENDA DE
ICMS SOBRE VENDAS
MERCADORIAS
6.000,00 6.000,00 2 2.1 1.080,00
108,00 3.1
972,00 972,00
DEVOLUÇÃO DE MÁQUINAS E
VENDAS EQUIPAMENTOS
3 600,00 S 1.000,00
600,00 150,00 6
350,00 6
600,00 500,00
ICMS CONTA
CORRENTE
1 360,00
3.1 108,00 1.080,00 2.1
612,00
CMV
2.2 1.640,00
164,00 3.2
1.476,00 1.476,00
DEPREC. ACUMULADA
300,00 S
6 150,00
150,00
LUCRO NA ALIEN. DE
BENS
250,00 250,00 6
ARE
972,00 6.000,00
1.476,00 250,00
600,00
290,00
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150,00
3.488,00 6.250,00
2.762,00
7 911,00
1.851,00
8 1.851,00
NÃO CIRCULANTE
Máquinas e equipamentos 500,00
(-) Depreciação acumulada (150,00) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 5.700,00
Reservas de lucros 1.851,00
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reversão / (constituição)
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(+) ICMS das vendas 1.080,00
( -) ICMS da devolução de vendas 108,00
(- ) ICMS das compras 360,00
(+) ICMS do estoque final 36,00
Exercício 5
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UNIDADE 4 - MEDIÇÃO DE DESEMPENHO
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ideal.
Apresentamos quatro situações como subsídios ao analista no julgamento
das DC:
a) As DC ideais:
• Demonstrações Contábeis publicadas em jornais que atendam aos
requisitos legais (Lei das Sociedades Anônimas). Assinadas por contador,
com Relatório da Diretoria e Notas Explicativas completas.
• Parecer da auditoria de Pessoa Jurídica que não tenha empresa-cliente
que represente mais de 2% do seu faturamento e que não esteja auditando
a empresa analisada por mais de quatro anos.
b) Situações encontradas que requerem cuidados do analista:
• DC em que há Relatório da Diretoria sucinto demais e/ou Notas Expli-
cativas incompletas.
• DC com parecer da auditoria que não preencha todos os requisitos do item
anterior.
• DC publicadas que não atendam a todos os requisitos legais.
c) Situações que requerem um cuidado especial do analista:
• DC não publicadas em jornais. DC sem parecer da auditoria ou parecer
com ressalva.
• DC que não atende boa parte dos requisitos legais e outras situações não
previstas nos dois itens anteriores.
d) Situações em que não se deveria fazer análise com base nas DC:
• Quando a empresa trabalha à base do Lucro Presumido, sem fazer
Contabilidade (nesses casos, as DC podem ser montadas especialmente
para a análise).
• Quando há contradições nas DC ou "exageros" facilmente detectáveis.
• Quando é facilmente identificado que a empresa não valoriza a Conta-
bilidade e/ou as DC não refletem a realidade.
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• Demonstração do Resultado do Exercício.
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
• Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
• Demonstração de Fluxo de Caixa.
• Demonstração do Valor Adicionado.
• Notas explicativas e outros que estiverem disponíveis como quadros,
tabelas, etc.
2ª etapa - Coleta de dados: extração de valores das demonstrações finan-
ceiras, como:
• Total do Ativo Circulante.
• Total do Ativo não Circulante.
• Total do Patrimônio Líquido.
• Valor das Vendas Líquidas; etc.
3ª etapa - Cálculos dos indicadores:
• Quocientes;
• coeficientes e
• números-índices.
4ª etapa - Análise dos indicadores: analisar os indicadores calculados,
interpretando cada quociente, coeficiente e índice, isto é, analisar o que revelam
estes números acerca dos resultados da empresa em determinado período.
5ª etapa - Análise Vertical e Horizontal:
• Interpretação isolada e conjunta de coeficientes; e
• Números-índices.
6ª etapa - Comparação com Padrões: cálculos e comparações com quo-
cientes-padrão.
7ª etapa - Relatórios: apresentação das conclusões da análise em forma de
relatórios que possam ser entendidos por leigos.
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Quadro 12 - Demonstrações Financeiras
Demonstrações dos DVA Demonstração do Valor Adicionado Explica a distribuição da Renda Demonstrações das
Fluxos de Caixa Gerada Pela Empresa (PIB) Mutações do PL
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Ano Ano Ano Ano
Circulante 1 2 Circulante 1 2 Demonstração do
Resultado do
Disponível Xxx Xxx Fornecedor xxx xxx Exercício
Caixa
Dup. Rec. Xxx Xxx Banco Pg. xxx xxx
Explica como se
Estoque Xxx Xxx Div. Pg. xxx xxx obteve o Lucro
Total Xxx Xxx Total xxx xxx
Demonstração das
Origens/Aplicações de R.P.L. E.L.P.
Recursos R.E.F.
Demonstração de
Permanente P. Líquido Lucros ou
Explica as variações
no capital de giro Investimento Xxx Xxx Capital xxx xxx Prejuízos
Imobilizado Xxx Xxx Reserva de cap xxx xxx
(-) Depr. Ac. Xxx Xxx Ajuste aval Pat xxx xxx Explica a variação
do resultado
Intangível Xxx Xxx Res. Lucro xxx xxx acumulado
Diferido Xxx Xxx Ações xxx xxx
tesouraria
Prejuízos xxx xxx
Acum.
Total Xxx Xxx Total xxx xxx
TOTAL Xxx Xxx TOTAL xxx xxx
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4.1 Indicadores
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coeficientes ou em porcentagem, já na análise horizontal, se avalia a variação de
período a período de um determinado item do balanço.
Lucro Líquido
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• Endividamento: Para Assaf Neto (2006), a relação capital de terceiros e
capital próprio revela o nível de endividamento da empresa em relação a seu
financiamento por meio de recursos próprios.
Endividamento geral = (passivo circulante + passivo não circulante)
Ativo
Quanto menor o endividamento, menor é o risco frente a terceiros.
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• Liquidez seca
• Liquidez imediata
Constitui-se no índice de liquidez menos importante. É obtido mediante a
relação existente entre o disponível e o passivo circulante, ou seja:
• Liquidez Geral
Liquidez Geral = Ativo circulante + realizável a longo prazo
Passivo circulante + Passivo Não circulante
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• Retorno sobre o Ativo (ROA)
Esta medida revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas
por uma empresa em seus ativos. É calculada de acordo com a seguinte
expressão:
Retorno sobre o Ativo (ROA) = Lucro Líquido
Ativo Total
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Quadro 13 - Outros Índices
SÍMBOLO ÍNDICE FÓRMULA INDICA
Estrutura de
Quanto a empresa
Capital
tomou de capitais de Quanto
Participação de Capitais de Terceiros x 100
1. CT/PL terceiros para cada R$ menor,
Capitais de Patrimônio Líquido
100,00 de capital melhor
Terceiros
próprio.
(Endividamento)
Qual o percentual de
Quanto
Composição do Passivo Circulante x 100 obrigações a curto
2. PC/CT menor,
Endividamento Capitais de Terceiros (passivo total) prazo em relação às
melhor
obrigações totais.
Quantos Reais (R$) a
Imobilização do empresa aplicou no Quanto
Ativo Não Circulante x 100
3. AP/PL Patrimônio Ativo Permanente para menor,
Patrimônio Líquido
Líquido cada R$ 100,00 de melhor
Patrimônio Líquido.
Que percentual dos
Imobilização de recursos não Correntes Quanto
4. AP/PL + Ativo Não Circulante x 100
recursos não (PL e ELP) foi menor,
ELP PL + Exigível a L.P.
Correntes destinado ao Ativo melhor
Permanente.
Quanto possui a
empresa de Ativo
Ativo Circulante+Realizável a L.P. Quanto
Liquidez Circulante + Realizável
5. LG Passivo Circulante + Passivo Não maior,
Liquidez Geral a Longo Prazo para
circulante melhor
cada R$ 1,00 de dívida
total.
Quanto a empresa
possui de Ativo Quanto
Liquidez Ativo Circulante
6. LC Circulante para cada maior,
Corrente Passivo Circulante
R$ 1,00 de Passivo melhor
Circulante.
Quanto a empresa
Quanto
Ativo Circulante - Estoques possui de Ativo Líquido
7. LS Liquidez Seca maior,
Passivo Circulante para cada R$ 1,00 de
melhor
Passivo Circulante
Quanto a empresa
Rentabilidade Quanto
Vendas Líquidas vendeu para cada R$
8. V/AT (ou resultado) maior,
Ativo Total 1,00 de investimento
Giro do Ativo melhor
total
Quanto a empresa
Quanto
Lucro Líquido x 100 obtém de lucro para
9. LL/V Margem Líquida maior,
Vendas Líquidas cada R$ 100,00
melhor
vendidos.
Quanto a empresa
Quanto
Rentabilidade do Lucro Líquido x 100 obtém de lucro para
10. LL/AT maior,
Ativo Ativo Total cada R$ 100,00 de
melhor
investimento total.
Quanto a empresa
Rentabilidade do obtém de lucro para Quanto
Lucro Líquido x 100
11. LL/PL Patrimônio cada R$ 100,00 de maior,
Patrimônio Líquido
Líquido capital próprio investido melhor
no exercício.
Fonte: Adaptado de Matarazzo, 1998.
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Quando se fala em indicadores, é importante mencionar o termo alavancagem: é o
termo utilizado para designar qualquer técnica utilizada para aumentar a
rentabilidade do empreendimento e pode ser alavancagem de ordem operacional ou
financeira.
Segundo Gitman (2004), a alavancagem financeira é “definida como a
capacidade da empresa em usar encargos financeiros fixos para maximizar os
efeitos de variações no lucro antes dos juros e imposto de renda sobre o lucro por
ação”.
Para Santos (1999), alavancagem pode ter ou não um efeito benéfico para a
empresa, pois quando a taxa de retorno de investimento é maior que o custo do
capital, a alavancagem é positiva, visto que, ao contrário, quando o custo do capital
é superior ao gerado pelo próprio negócio, a alavancagem é negativa.
Desta forma a administração financeira se faz presente:
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Exercício 6
1. Considerando que a empresa Sonhos Ltda. teve um custo fixo de
R$ 62.024,00, custos variáveis de R$ 52.096,00, Receita de R$ 198.000,00
e investimento total de R$ 32.000,00, qual é o valor do ponto de
equilíbrio?
a) R$ 43.425,81
b) R$ 84.170,08
c) R$ 146.408,58
d) R$ 13.603,25
e) R$ 70.697,23
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REFERÊNCIAS
COELHO, F.U. Manual de Direito Comercial. 22. ed., São Paulo: Saraiva, 2010.
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COSSENTINO, Francesco; PYKE, Frank; SENGENBERGER, Werner. Local and
regional response to global pressure: The case of Italy and its industrial districts.
International Institute for Labour Studies (IILS), Genebra, 1996.
CREPALDI, S.A. Contabilidade gerencial: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2006.
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MIRANDA, L.; SILVA, J. Medição de desempenho. In: SCHMIDT, P (Org.).
Controladoria: agregando valor para a empresa. Porto: Alegre: Bookman, 2002.
SÁ, Carlos Alexandre de. Gerenciamento do fluxo de caixa. São Paulo: Top
Eventos, 1998. (Apostila).
SILVA, J. Pereira. Análise Financeira das empresas. 10. ed. São Pulo: Atlas, 2010.
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ANEXOS
BALANÇO PATRIMONIAL
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
TOTAL TOTAL
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DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DO EXERCÍCIO FINDO EM
31/12/20X1
1 RECEITAS
1.1
1.2
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (incluir os valores dos
2 impostos - ICMS, IPI, PIS e COFINS)
2.1
2.2
3 VALOR ADICIONADO BRUTO ( 1 - 2 )
Passivo
Lançamentos
adicionais
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Caixa no início
Caixa no fim
Variação
ATIVIDADES
OPERACIONAIS
ATIVIDADES DE
INVESTIMENTOS
ATIVIDADES DE
FINANCIMENTOS
Caixa no início
Caixa no fim
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