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Introdução
Alberto Santos Dumont, nascido no Brasil, chegou em Paris em 1.891 e realizou sua
primeira ascensão em um balão em 1.897, com isso decidiu-se se tornar um aeronauta.
Após 6 tentativas, em 23 de outubro de 1.906, o primeiro avião do mundo faz seu primeiro
vôo. Este foi chamado de “14 BIS”, mais pesado que o ar, elevou-se 50 metros de altura
depois de correr cerca de 200m de pista.
Em 1932, Santos Dumont morre desiludido com seu invento, pela sua utilização na
primeira guerra mundial.
Com a Segunda Guerra Mundial (1938 – 1945), a aviação tomou largo impulso,
desenvolvendo poderosas máquinas, iniciou-se neste período a era dos aviões a jato. Hoje
em dia a aviação comercial mundial utiliza-se de máquinas totalmente computadorizadas e
tripulações altamente qualificadas para tornar o meio mais seguro de transporte do planeta.
Nesta matéria, serão apresentadas as principais reações aerodinâmicas, as forças que atuam
em uma aeronave em vôo e que fazem com que ela obtenha sustentação e controle durante
o vôo.
Defini-se como aeronave qualquer veículo feito pelo homem que se eleva e se movimenta
no ar utilizando recursos próprios.
Balões – Aeróstatos cheios de gás mais leves que o ar e que não dispõe de meios para
manobra. Os balões são subdivididos em dois grupos:
Livres = Depois que se elevam no ar, ficam à mercê dos ventos, não tendo nenhum a
ligação com a superfície terrestre.
Cativos = Possui ligação com a superfície terrestre por meio de cabos, que impedem o
deslocamento do balão pelos ventos.
Dirigíveis – Aeróstatos cheios de gás mais leves que o ar que dispõe de meios para
manobras (movimentação horizontal e dirigibilidade). Os dirigíveis são divididos em:
Dirigíveis rígidos = Totalmente construído com estruturas rígidas, mantendo assim seu
formato com ou sem gás no seu interior.
Dirigíveis semi-rígidos = a forma deste dirigível é mantida pelo invólucro de bolsa de gás e
parte por uma amarração que reforça esta bolsa longitudinalmente.
Dirigíveis não rígidos = a forma deste dirigível é mantida pelo invólucro de bolsa de gás.
Aeródinos: Aeronaves mais pesadas que o ar e que voam baseadas na 3ª Lei de Newton: “A
toda ação imposta a um corpo, corresponde a uma reação de igual intensidade e direção,
porém no sentido oposto” e no princípio de Bernouilli: “Em um fluido em movimento,
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quando a velocidade aumenta, a pressão estática diminui”.
Monoplace 1 lugar
Biplace 2 lugares
Triplace 3 lugares
Quadriplace 4 lugares
Multiplace mais de 4 lugares
Empenagem: Localizado na parte de trás do avião, e como o próprio nome diz, visa
fornecer estabilidade ao avião em vôo.
Quanto ao recolhimento do tem de pouso para aviões que utilizam rodas, pode ser:
Fixo – permanece na mesma posição durante todo o processo de vôo.
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Retrátil – recolhe parcialmente após a decolagem, sendo visível durante todo o vôo.
Escamoteável – recolhe totalmente sendo alojado em compartimento próprio não podendo
ser visualizado durante o vôo; sendo assim não cria resistência ao avanço.
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Quanto ao número de motores, podem ser:
Monomotor – um motor
Bimotor – dois motores
Trimotor – três motores
Quadrimotor – quatro motores
Multimotores – mais de quatro motores
TEORIA DE VÔO
Para que possamos entender sobre o vôo, temos que saber sobre o meio do qual usamos
para efetuar o mesmo, ou seja, o comportamento dos fluidos (líquido ou gasoso; atmosfera).
O movimento dos fluidos também é chamado de ESCOAMENTO podendo ser de dois
tipos:
Laminar ou Lamelar: quando ocorre em uma direção de forma regular e ordenada.
Turbulento ou Turbilhonado: quando seu movimento é irregular e desorganizado.
Existe uma lei para este escoamento, chamada de lei da continuidade, que diz: “Quanto
mais estreito for o tubo de escoamento maior será a velocidade e vice-versa”.
Pressão dinâmica
É a força de movimento, neste caso, criada pela força de impacto de um fluido. No caso do
ar, a pressão dinâmica deixa de existir quando o vento pára de soprar.
Pressão estática
Aerofólio
É uma superfície aerodinâmica que produz reações úteis ao vôo. Alguns exemplos são: asa,
leme de direção, profundor, pás da hélice etc...
Superfícies aerodinâmicas
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São superfícies criadas com o intuito de facilitar o seu deslocamento em um fluido. Devem
produzir o mínimo de resistência ao avanço. Numa aeronave o aerofólio que é responsável
pela sustentação é a asa a qual devemos conhecer melhor suas partes para poder melhor
compreender o porque seu formato é fator decisivo na sustentação de uma aeronave:
Se na parte superior da asa (Extradorso) existiu uma diminuição de pressão estática, foi
criada uma diferença de pressão entre a parte de baixo (Intradorso) do perfil e a parte de
cima (Extradorso). Como a maior força ganha, o resultado é um empurrão da chapa (Asa)
ou perfil para cima. Com isto se cria o princípio da sustentação de uma asa.
Traçamos uma linha reta do bordo de ataque ao bordo de fuga do aerofólio, esta linha terá o
nome de CORDA.
Observações:
As asas são aerofólios biconvexos ASSIMÉTRICOS
Os estabilizadores são aerofólios biconvexos SIMÉTRICOS
Asa, empenagem e hélice são aerofólios que produzem reações úteis.
Para ser considerado asa, é obrigatório ter o extradorso convexo.
Eixo Longitudinal
Formado por uma linha reta que une o nariz à cauda do avião. Quando a asa é colocada no
avião, a corda forma um ângulo com o eixo longitudinal do mesmo, que se chama “ângulo
de incidência”.
Vento relativo
Formado pela movimentação de um corpo. É o vento que se sente ao colocar a mão fora da
janela de um carro em movimento. Este vento sempre terá a mesma direção e velocidade,
porém, somente o sentido será contrário ao do deslocamento do corpo.
Exemplo: Podemos dizer que quando uma aeronave realiza um vôo descendente a uma
velocidade de 200Km/h, verificamos o aparecimento do vento relativo subindo a uma
velocidade de 200Km/h.
Ângulo de Ataque
Formado pela corda da asa e o vento relativo. Este ângulo poderá aumentar ou diminuir
dependendo da atitude do avião (nariz para cima ou para baixo). Este ângulo não poderá ser
muito elevado, pois produzirá o efeito chamado ESTOL ou o turbilhonamento do fluído no
extradorso da asa fazendo com que o avião perca sustentação.
Estol
É a perda súbita de sustentação, geralmente provocada por baixa velocidade ou ângulo de
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ataque exagerado. Observação, o ângulo de estol é igual ao ângulo crítico.
Ângulo de incidência
Formado entre a corda e o eixo longitudinal (ângulo fixo).
Ângulo de atitude
Resultante Aerodinâmico
É a força que resulta quando se une a resistência ao avanço à sustentação. Geralmente esta
força é para cima e para trás.
Inglês Português
T – Traction T – tração
W – Weight P – Peso
L – Lift S – sustentação
D – Drag A– arrasto
Observações:
Vôo cruzeiro deverá ser o vôo nivelado com velocidade constante
Arrasto induzido está relacionado à sustentação
Arrasto parasita não está relacionado à sustentação
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Os pedais atuam nos freios quando o avião está no solo, sendo assim considerados
BIFUNCIONAIS. A parte inferior do pedal atua no leme de direção e a parte superior do
pedal atua no freio das rodas.
Eixo vertical – linha reta imaginária que corta a aeronave verticalmente. O movimento que
a aeronave faz em torno deste eixo se chama GUINADA.
Aileron: Faz com que as asas inclinem-se as asas inclinem-se para a esquerda ou para a
direita. Superfície de comando primária localizada próxima às pontas da asa, comandado
pelo volante do manche, girando o volante do manche para a direita, o avião inclinará para
a direita, e girando o volante do manche para a esquerda o avião inclinará para a esquerda.
Eixo longitudinal – linha reta imaginária que une o nariz à cauda do avião. O movimento
que a aeronave faz em torno deste eixo se chama ROLAGEM, ROLAMENTO,
BANCAGEM ou INCLINAÇÃO LATERAL.
Profundor: Faz com que o avião suba ou desça. Superfície de Comando Primária localizada
atrás do estabilizador horizontal na empenagem, comandado pela coluna do manche; ao se
movimentar para frente o avião PICA, e quando o comanda a coluna do manche para trás o
avião inicia o movimento de CABRAR.
Eixo lateral ou transversal – linha reta imaginária que cruza de um lado da asa ao outro. O
movimento que a aeronave faz em torno desse eixo se chama ARGAGEM, quando feito
para cima chama-se CABRAR e quando feito para baixo, PICAR.
DISPOSITIVOS HIPERSUSTENTADORES
Os dispositivos servem, como o próprio nome diz, para aumentar a sustentação. Eles são
utilizados tanto na decolagem (para aumentar a velocidade) quanto no pouso (para diminuir
a velocidade e prover boa sustentação) São eles:
Flap ou Flape: dispositivo instalado geralmente no bordo de fuga da asa próximo à
fuselagem. Quando atuando, faz com que a asa passe a ter uma maior curvatura e
conseqüentemente um maior ângulo de ataque. O aumento da curvatura do ângulo de
ataque fará com que o avião ganhe mais sustentação.
Slats: instalados no bordo de ataque da asa, são um tipo especial de flap. Sua função é a
mesma do flap: modificar a curvatura do perfil, possibilitando manobras com baixa
velocidade, porém o inconveniente é aumentar em demasia o ângulo de ataque,
prejudicando a visão.
Slots: são fendas que servem para suavizar o escoamento do ar no extradorso da asa,
aumentando-se com isso a ângulo crítico (onde começa a perda de sustentação). São
considerados como recursos aerodinâmicos.
FREIOS
Para diminuirmos ainda mais a velocidade temos que ter artifícios que aumentem a
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resistência ao avanço. Para esse fim foi criado os “spoilers” ou “speed brakes” que são
painéis retangulares localizados no extradorso da asa que, quando atuados, funcionam
como freios. Estes painéis levantam ficando, ficando assim expostos ao vento relativo,
criando uma “barreira” e diminuindo a velocidade do avião.
Os “Flapes” quando atuados também criam resistência e, com isso, também servem como
freios. O próprio trem de pouso, quando abaixado, oferece grande resistência ao avanço,
diminuindo a velocidade da aeronave.
Quanto mais objetos expostos ao vento relativo maior será o arrasto. Portanto uma aeronave
de trem de pouso tipo fixo oferece maior arrasto do que aquele com trem escamoteável.
Utilização dos motores para auxiliar a frenagem (Reverso de motor)
A mudança de direção e sentido dos gases de escapamento nos fornecerá uma tração
contrária, auxiliando-nos na parada da aeronave na aterragem. A essa mudança de direção e
sentido do fluxo dos gases damos o nome de REVERSÃO.
Estabilidade
É a habilidade própria de um corpo, após ter seu equilíbrio perturbado, desenvolver forças
ou momentos para trazê-lo de volta a sua posição original. Quanto a equilíbrio existem 3
tipos, a saber:
Ângulo Diedro
É o ângulo formado entre o plano de asa e o eixo transversal ou lateral do avião. Pode ser
positivo (para cima) ou negativo (para baixo).
Enflexamento
É o ângulo formado entre o eixo transversal ou lateral do avião e a linha do bordo de ataque
da asa. Pode ser positivo (para trás) ou negativo (para frente). O enflexamento também
melhora o desempenho de aeronaves em altas velocidades (enflexamento positivo).
Estabilidade Direcional
É a estabilidade do avião em torno do eixo vertical. Se uma rajada de vento produz uma
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guinada em um avião estável, este voltará à posição inicial sem que o piloto atue nos
comandos de vôo. Responsável por essa estabilidade é o estabilizador vertical localizado na
empenagem do avião.
PESO E BALANCEAMENTO
O centro de Gravidade (CG) de um avião não é um ponto fixo, uma vez que durante o vôo
há mudanças na posição das cargas e consumo de combustível. Este deslocamento do CG
geralmente se dá ao longo do eixo longitudinal do avião. Existem limites onde este
deslocamento do CG pode “andar” e geralmente os limites são fornecidos pelo fabricante
do avião.
Linha de Referência
É uma linha perpendicular ao eixo longitudinal do avião, a partir de onde são tomadas todas
as medidas longitudinais. O estabelecimento destas linhas é dado pelo fabricante.
Princípio da Balança
O efeito do peso sobre uma balança depende do valor aplicado sobre a mesma e da
distância (braço) do peso ao ponto de balança.
Braço: é à distância em linha reta que vai do ponto de apoio até o ponto de aplicação da
força (peso).
Momento: é o produto da multiplicação do peso de um corpo pelo seu braço. M = F x D.
Equilíbrio: quando os momentos forem iguais, a balança estará em equilíbrio, não havendo
nenhuma tendência de deslocamento nem para um lado, nem para o outro.
Desequilíbrio: é quando os momentos forem diferentes, a balança estará em desequilíbrio,
tendendo a iniciar-se no sentido do maior momento.
Balanceamento: é a distribuição correta de pax, carga e combustível no interior do avião, de
modo que não ultrapasse os limites estabelecidos pelo fabricante.
Consiste na pesagem e distribuição correta dos pesos em relação a CMA (Corda média
aerodinâmica).
Corda Média Aerodinâmica: representa a corda onde se localiza a sustentação média da asa.
Limites do CG: são os limites em porcentagem (%) da CMA entre os quais o CG pode se
deslocar sem prejuízo para o equilíbrio do avião em vôo.
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INSTRUMENTOS DE BORDO
Dentre os vários instrumentos que perfazem uma cabina de comando e que podem ser
classificados em instrumentos de vôo, navegação, controle, motor etc...
Pode ser medida em Knots, MPH, KMH. Após uma determinada velocidade passa a ser
medido em número MACH (Percentagem de velocidade em relação ao som).
Tubo de Pitot: sistema que capta valores de pressão total. Através do orifício frontal do
tubo de pitot se capta a pressão dinâmica. A pressão estática é captada por orifícios laterais
do tubo de pitot e também por orifícios localizados na fuselagem da aeronave.
Bússola Magnética: Instrumento básico de navegação que indica a direção seguida pela
aeronave em relação ao norte magnético da Terra.
Sistema de Pressurização: este sistema tem como função manter a pressão interna da
cabine, em níveis fisiológicos suportáveis para o corpo humano, O valor da pressão interna
da cabine é maior que a externa. Dizemos então que o diferencial de pressão é positivo.
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