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RECIFE
2008
GUSTAVO BRUNO ALCANTARA DE LIMA
ORIENTADOR:
Prof. Dr. Fábio Mascarenhas e Silva
RECIFE
2008
i
GUSTAVO BRUNO ALCANTARA DE LIMA
Banca Examinadora:
_____________________________________________________
Prof Dr Fábio Mascarenhas e Silva
Universidade Federal de Pernambuco
______________________________________________________
Profª. Mestre Cynthia Campos
Universidade Federal de Pernambuco
_____________________________________________________
Prof Mestre Murilo Artur Araújo da Silveira
Universidade Federal de Pernambuco
ii
Ao Deus vivo,
à minha família na carne e em espírito, e
em especial minha avó Maria Rosa de Lima (In Memoriam)
iii
AGRADECIMENTOS
Ao Deus, único e verdadeiro, que enche minha vida de toda sorte de bênçãos.
A minha esposa maravilhosa Queila que sempre acreditou no meu potencial e
me ama de todo seu coração.
Aos meus pais, Maria das Neves e Marcos Lima, pela dedicação na cobrança
da minha vida acadêmica, sou grato por me ensinaram o caminho que devo cami-
nhar.
Ao melhor amigo, e muito mais que amigo, meu irmão Marquinhos. Aos meus
avôs, tios, primos e toda minha família.
Aos meus amigos Marcel, Anderson Gustavo, Bertoni, João Paulo, Eduardi-
nho, Carlos André, China, Juan Carlos e Ney. Aos amigos do Colégio da Polícia Mili-
tar: Leandro, Bruno, Thiago, Cláudio Junior, Paulo Celso, Henrique, Souto e todos
aqueles acompanharam uma parcela da minha vida.
iv
“Olho nenhum viu,
ouvido nenhum ouviu,
mente nenhuma imaginou
o que Deus preparou
para aqueles que o amam”
1 Coríntios 2: 9
v
LIMA, Gustavo Bruno Alcantara de. Bibliotecas digitais colaborativas: de piratas
do conhecimento à Robins Hoods da informação. Recife: 2008. Monografia (Traba-
lho de Conclusão de Curso) – Departamento da Ciência da Informação. Centro de
Artes e Comunicação. Universidade Federal de Pernambuco.
RESUMO
vi
LIMA, Gustavo Bruno Alcantara de. Bibliotecas digitais colaborativas: de piratas
do conhecimento à Robins Hoods da informação. Recife: 2008. Monografia (Traba-
lho de Conclusão de Curso) – Departamento da Ciência da Informação. Centro de
Artes e Comunicação. Universidade Federal de Pernambuco.
ABSTRACT
Study discusses a new method of digital library of sharing digital information through
the new Web. Portrays the role of collaboration in mass as a process that came from
the origin of cyberspace to the creation of digital libraries collaborative (BDC's), to
understand all this system should be considered as the cyberculture punk great
incentive for using technology in subversive network for the democratization of
information, where influence-sharing projects enormous amount of data and content,
a phenomenon known as napsterization, and soon after the culture of piracy that
appropriate cultural activity for marketing or non-profit. Alert about the new forms of
copyright, such as licences copylefts, important stage for collaborative Web, where
knowledge is shared and constantly open access.
vii
LISTA DE FIGURAS
viii
LISTA DE TABELAS
ix
LISTA DE SIGLAS OU ABREVIATURAS
x
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12
1.4 Análise........................................................................................................... 15
2. O CYBER ........................................................................................................ 16
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 63
ANEXOS.............................................................................................................. 68
S .............................................................................................................
xi
12
1. INTRODUÇÃO
disponibilizam (websites, blogs, fóruns) informações que muitos ainda não tem
acesso ou dominado pela posse mercantilista, que torna o conhecimento um
produto. O compartilhamento via Web, de documentos analógicos nas comunidades
virtuais, por meio da digitalização, afronta as leis de direitos autorais, como o
copyright.
1.1 Objetivos:
1.2 Justificativa
transferência de dados.
1.3 Metodologia
1.4 Análise
A análise dos repositórios digitais teve como critérios artigos científicos onde
registravam os primeiros conceitos sobre bibliotecas digitais, podendo contextualizar
a realidade entre o objeto de estudo e a teorias aplicadas à Biblioteconomia e
Ciência da Informação. Ressaltando os autores Cunha (1999) e Levacov (1997),
cientistas da informação, que redigiram artigos dedicados a conceituar bibliotecas
digitais e prever mudanças quanto às novas técnicas de processamento da
informação, ações do profissional, bem como na sua unidade de informação.
16
2. O CYBER
2.1 Ciberespaço
De acordo com Kellner citado por Monteiro (2007) 1, o prefixo “cyber” vem do
grego significando “controle”. Para Kellner (2001) citado por Massagli (2006) esse
prefixo deu origem a palavra cibernética, cunhada nos anos 40 pelo Matemático
Norbert Wiener, que define como “sistema de controle altamente tecnológico que
combina computadores, novas tecnologias e realidades artificiais com estratégias de
manutenção e controle de sistemas”(MASSAGLI, 2006, p. 1820).
Apesar da Internet ser de origem militar, cujo controle seria algo esperado,
com o passar dos anos a rede absorve a estrutura descentralizada e de
funcionamento cooperativo, caracterizando assim um ambiente anárquico com
pouca participação de governo ou de outra autoridade.
Já o termo ciberespaço (do inglês, cyberspace) foi criado pelo escritor norte
americano William Gibson, no conto intitulado Burning Chrome em 1982, contudo,
considera-se que o termo foi popularizado com o romance Neuromancer, obra do
mesmo autor, publicada em 1984. Neuromancer é um livro de ficção científica que
introduziu novos conceitos para a época, como inteligências artificiais avançadas e
um ciberespaço quase que “físico”, conceitos que mais tarde foram explorados pela
alardeada trilogia do filme Matrix2.
1
Em algumas referências eletrônicas por se tratarem websites sem paginação, não constara o
número de paginação
2
Trilogia cinematográfica americana iniciada em 1999, dirigida pelos irmãos Wachowski.
18
Pierre Lévy citado pela Wikipédia (2008), “coloca o ciberespaço como uma
grande rede interconectada mundialmente, com um processo de comunicação
'universal sem totalidade'”. De acordo com Lévy (1999), quanto mais cresce o
ciberespaço, mais possibilidade dele se tornar universal, porém sua totalidade
diminui, para o autor essa é a essência e o paradoxo do ciberespaço. A
“universalidade sem totalidade” segue uma linha interativa de comunicação,
possibilitando a 'todos' navegantes da grande 'rede' participarem democraticamente
desse modelo interativo de 'todos para todos'”. (WIKIPÉDIA, 2008)
2.2 Cibercultura
2.2.1 Cyberpunk
De acordo com Bivar (1984), a palavra punk foi empregado pela primeira vez
por William Shakespeare, e significava prostituta em suas peças, pouco depois se
tornou sinônimo de miserável, “madeira podre” ou “o que não presta”. Porém, o
termo teve sua maior importância para nomear o movimento juvenil urbano
anticonformista, contracultura e composto por jovens filhos na sua maioria de
operários industriais demitidos em uma das maiores crises econômicas da Europa,
vivida no final dos anos de 1960 na Inglaterra.
Teve sua atuação emergente na área musical, com estilo simples formado por
três instrumentos (guitarra, contrabaixo e bateria), chamado como Power Trio,
caracterizado por músicas de poucos acordes, refrões repetitivos e de discurso
agressivo contra a sociedade.
Na moda, o visual punk teve como fonte a banda americana New York Dolls.
Porém tornou-se objeto de consumo, com a banda Sex Pistols, empreendida pelo
dono de uma butique e empresário Malcom McLaren, as apresentações da banda
passou a representar a vitrine da butique que, na época, ditava a moda daquele
movimento urbano, com cortes de cabelos extravagantes, maquiagens, roupas
rasgadas, uso de couro e metais ligados ao estilo sadomasoquista, tendo
24
falta de incentivo à cultura. Segundo Bey (2001) TAZ “é uma espécie de rebelião que
não confronta diretamente o Estado, uma operação de guerrilha que libera uma área
(de terra, de tempo, de imaginação) e se dissolve para se re-fazer em outro lugar e
em outro momento, antes que o Estado possa esmagá-la” (BEY, 2001). Pode-se as-
sim afirma que os cyberpunks, ao se apropriarem do ciberespaço com suas práticas
contra-net, fortalecem a origem da TAZ, ainda que uma ideologia para o mundo físi-
co que não possa ser concretizada sem a Web. Desta forma Lemos (2002, p. 46) re-
trata que em uma ciber-guerra, cujos “computadores são as armas, o campo de ba-
talha é o ciberespaço, o inimigo é invisível, o palco das operações está em todos os
lugares, mas os efeitos são bem reais”.
8
http://creativecommons.org
28
2.2.2 Napsterização
Napster.
Os participantes das redes p2p podem ser divididos nos seguintes grupos: a)
aqueles que usam a rede de compartilhamento como substitutos para a compra de
conteúdo; b) aqueles que usam a redes p2p para ouvir uma amostra da música
antes de comprá-la; c)aqueles muitos que usam redes p2p para ter acesso a
conteúdo protegido por copyright que não é mais comercializado, ou que não
comprariam porque o custo da transação fora da Internet seria alto; d)aqueles que
usam as redes que usam as redes p2p para acessar conteúdo sem copyright ou
cujos dono distribuem de gratuitamente (Lessig, 2005).
Conforme afirma Lessig (2005), o único grupo que pode usar de forma legal a
rede p2p é do grupo D. Pela perspectiva da economia, apenas o tipo A é prejudicial
pela violação de direitos autorais e incitar a pirataria. O tipo B é ilegal, mas por se
tratar de novo tipo de publicidade pode ser considerado benéfico. O tipo C é ilegal,
mas bom para a sociedade já que a rede disponibiliza conteúdo que deixou de
circular no mercado.
11
www.gnutella.com
30
General Public License – com Nutella, sobremesa da Ferrero feita de chocolate com
avelãs), ou gNet. O software foi desenvolvido em 14 dias por Justin Frankel e Tom
Pepper, dois ex-funcionários de uma empresa chamada Nullsoft, uma subsidiária da
gigante América On-Line – AOL. Depois de demitidos da empresa (que temia o
envolvimento em questões judiciais de quebras de direitos autorais) disponibilizaram
o código do software para comunidades de software livre, para que fosse
aperfeiçoado. Por ser um software livre, o Gnutella foi aperfeiçoado quanto a
linguagem de comunicação e se tornou um padrão de protocolo. Por fim, conseguiu
ser um programa de compatibilidade como outros softwares de compartilhamento
que utilizam a mesma linguagem de comunicação. Diferente do napster, o gnutella
não utiliza de um servidor que serve de repositório para todos usuários, mas de uma
rede dinâmica.
Por último, na evolução das redes p2p está a tecnologia Bittorrent12, criada
por Bram Cohem, em 2003, consiste num protocolo de processamento rápido que
permite ao usuário descarregar arquivos baixados de web sites. Com esse protocolo
o usuário quebra o arquivo em blocos, geralmente de 256 Kbs, e compartilha de
forma aleatória com outros usuários, não importando qual parte o usuário já tenha
baixado, introduzindo o conceito “compartilhe o que já descarregou”. Esse sistema
adota uma estrutura que vem otimizando o fluxo de arquivos na rede, eliminando as
filas de esperas, pois os usuários compartilham os pedaços entre si,
descongestionando os servidores. Assim quanto mais usuários baixam um arquivo
maior fica a banda da rede para downloads.
Além das várias investidas judiciais feitas pela indústria cultural, buscou-se
bloquear a apropriação coletiva via rede com a criação tecnológica de protocolos/
códigos que proíbem a cópia direta dos multímeios (CD/DVD), porém, ações dos
hackers, são eficientes como exemplo houve um norueguês de 19 anos que quebrou
12
www.bittorrent.com
31
2.2.3 Pirataria
Deixemos de lado essa estória de vilões dos mares,e citamos uma lenda
infantil, onde os mocinhos são ladrões: a estória de Robin Hood. Estória bem
contada por Morais (2005), retratando um jovem nobre que no século XII deixa a
Inglaterra para participar de uma Cruzada e ao retornar para casa encontra sua
família e propriedades destruídas. Robin Hood, então, torna-se um fora da lei e
passa a viver na floresta junto com seu bando sob o lema “roubar dos ricos para dar
aos pobres”. Mesmo sendo um personagem que viveu cometendo atos ilegais, o
mito “sobrepujou a realidade e o que chegou até nós foi o arquétipo do bom ladrão,
um criminoso justo, um herói social (MORAIS, 2005).”
inventores ingleses.
Porém, segundo Lessig (2005, p.74), “se ‘pirataria’ significa usar propriedade
intelectual de outros sem permissão, a história da indústria do conteúdo é a história
da pirataria. Todos os setores importantes da grande mídia de hoje – filmes, discos,
rádio e TV a cabo – nasceram da pirataria”.
seriam os mocinhos da Internet, mas de qualquer forma não deixam de ser piratas
ilegais que compartilham produtos protegidos por direito autoral.
13
www.wumingfoundation.com
34
Michael Hart (2004) citado pela Wikipédia (2008c) afirmou que "a missão do
Projeto Gutenberg é simples: 'Encorajar a criação e distribuição de livros
electrónicos'”. Hoje o Projeto tem um acervo com mais de 20.000 títulos em diversas
línguas, dentre elas a língua portuguesa.
protegidos pelo copyright, o leitor se contentará apenas com trechos destas obras.
Somente obras de domínio público são colocadas na íntegra para leitura.
15
http://books.google.com.br/
16
http://www.dominiopublico.gov.br/
39
Commons.
17
Unix User Network - Grupos de discussão na Internet que focalizam notícias gerais ou específicas
a um determinado setor de interesse (ESCOLA net, 2008)
18
http://pt.wikipedia.org
40
formato digital que pode ser compilada de forma colaborativa, livre e aberta. Diante
deste célebre agregador enciclopédico de conhecimento global, Don Stapscottt e
Anthony D. Williams, lançaram em 2007, no Brasil, o livro Wikinomics: como a
colaboração em massa pode mudar o seu negócio.
19
www.openarchives.org
42
20
http://www.sabote.revolt.org
43
Algumas BDC’s passaram por um processo evolutivo para chegarem até seus
formatos atuais, fazendo parte da história dos primeiros movimentos de
compartilhamento de livros eletrônicos na rede brasileira. Os primeiros movimentos
de distribuição de e-books no Brasil ocorreram no final dos anos 90, através de
canais de bate papo do IRC ( Internet Relay Chat). Posteriormente os grupos
migram para as ferramentas de grupos virtuais como o Yahoo!Grupos, a migração
de serviço para essa interface web deixou de ser momentânea de uma conversa
chat para o post. No formato grupo os usuários postavam dúvidas, dicas, links que
levavam ao livro eletrônico.
22
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=9733158
23
http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros
24
http://viciadosemlivros.blogspot.com/
46
25
http://www.portaldetonando.com.br/nuke/
48
Para análise destas BDC's, que na sua maioria utilizam aplicativos da Web
2.0, foi acrescentado o custo de manutenção de uma BDC's que torna um sistema
auto-sustentável.
51
programação para web, como XML (eXtensible Markup Language) que tornam o sis-
tema mais dinâmico e interativo. As ferramentas tradicionais estão perdendo espaço,
é o caso das fichas catalográficas 7x12 e das OPAC’s26 (Online Public Access Cata-
logues) e no presente os metadados, que estão sendo substituída pela catalogação
de metadados, que é o método de descrição de materiais do momento, principal-
mente quando se fala de páginas web e elementos digitais.
Os metadados significam dados sobre dados, podem ser embutidos no docu-
mento eletrônico ou ser incluídos em ferramentas que levem até o documento. En-
quanto projetos como Dublin Core não são adotados como padrão de catalogação
de documentos digitais por BDC’s, cabe aos usuários descrever o documento da
maneira que percebe ser relevante em mensagens ou tópicos, onde expõem infor-
mações como: nome do autor, título, edição, editora, ano de publicação, ou utilizam
de normas de referência como a NBR-6023.
Na classificação de documentos digitais há avanços, um deles é o surgimento
27
de ferramentas como o Del.icio.us ou websites/blogs que adotam as tags como
método para classificação temática. As BDC’s caminham para a adoção de
classificação através das Folksonomias (junção das palavras povo e taxonomia), ou
“classificação do povo”. A origem desta palavra é atribuída a um arquiteto da
informação chamado Thomas Vander Wal, atual membro do Web Standards Project.
Segundo Pereira (2008) “ao invés de utilizar uma forma hierárquica e centralizada de
categorização de alguma coisa, o usuário escolhe palavras-chaves (conhecidas
como ‘tags’) para classificar a informação ou partes de informação”.
26
Banco de dados de catálogos de acesso on-line para público
27
http://del.icio.us/
54
Segundo Levacov (1997), através das bibliotecas digitais surge outro tipo de
usuário, aquele que não está presente e/ou distante, denominado usuário remoto. A
visão do usuário distante da biblioteca já está ultrapassada, pois o serviço de
referência eletrônico utiliza ferramentas que aproximam a informação ao usuário. O
que torna o balcão de referência virtual bastante diversificado de tecnologia da
comunicação e informação.
d) Preservação Digital
28
Mensagem eletrônica comercial não-solicitada enviada em massa
29
Arquivos falsos que podem conter vírus e outras pragas digitais
56
Com as BDC’s este desafio não é diferente. A fragilidade das BDC’s está na
adoção de HD's virtuais, serviços de armazenamento on-line que podem limitar os
downloads gratuitos de documentos ou tempo de armazenamento destes arquivos.
Isto não significa que a obra seja excluída definitivamente do ciberespaço, pois pode
ser recuperada através de pedidos em fóruns, assim outros usuários disponibilizam
em serviços de armazenamento de dados. Isso prova que o tempo do agora, o
presente, dita a cronologia do ciberespaço, preservar no mundo digital dificilmente
considera a posteridade. Algumas bibliotecas como Coletivo Sabotagem e Cipedya,
fogem desta regra por armazenar seu documentos em servidores próprios e
provavelmente realizam backups de seus conteúdos, já que suas biblioteca mudam
de endereços (servidores) quando se sentem ameaçadas judicialmente.
e) Tecnologia
30
http://www.archive.org
57
os CMS’s são ferramentas para criação de portais que ganham espaços dos sites
estáticos, limitados a HTML.
31
http://drupal-br.org
32
http:// www.joomla.com.br
33
www.blogger.com
34
http:// pt-br.wordpress.com
35
http://www.phpbb.com
58
f) Custo
Por incrível que pareça é possível afirmar que o custo de uma biblioteca
digital colaborativa pode chegar a zero. Mas como uma instituição virtual sem fins
lucrativos pode se auto-sustentar? Em primeiro lugar as ferramentas utilizadas na
construção de bibliotecas colaborativas são baseadas em software livre, que não
deve ser confundido com freeware36 conforme explica a Fundação Software Livre,
mas como “liberdade de expressão”. São utilizados softwares como: Sistemas
Operacionais (Linux, Open Solaris, FreeBSD) Servidores (APACHE), Banco de
dados (MySQL, Postgree), Linguagens de programação (Perl, PHP), CMS (Drupal,
Joomla, Xoops), Blogs (Wordpress). Todos de forma livre para serem
descarregados, executados, copiados e alterados.
36
Freeware são softwares gratuitos que podem ter algumas restrições quanto ao seu uso.
37
Serviço de armazenamento on-line em servidores de arquivos pessoais
59
Em geral, como as BDC’s são sistemas que não visam o lucro, devem ter
seus custos minimizados ou eliminados a partir de: uso de software livre, uso de
software proprietário crackeado (pirata), serviços web gratuitos (repositórios virtuais),
publicidade e doações.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inclusão digital no Brasil deveria ser uma realidade prática que permitisse
ao cidadão ser inserido no ciberespaço. O ciberespaço deve ser entendido como o
local de transferência de dados e como computador mundial, sendo uma plataforma
controlada por todos e para todos. Atualmente há falhas quanto a inclusão da infor-
mação e conhecimento proporcionado pelas bibliotecas (públicas e escolares) que
ainda não são prioridades.
Neste mundo formado por bits, indivíduos usufruem de uma nova cultura (ci-
bercultura), nova forma de absorver conhecimento, capaz de criar perspectivas de
comunicação, entretenimento, aprendizado, serviços entre outras funções da Inter-
net. Entre as culturas digitais destaca-se o cyberpunk que incita usuários a tomarem
atitudes na rede em prol da liberdade da informação, o lema “faça você mesmo” ins-
tiga o usuário a participar e colaborar na nova web.
A informação está na base da nova economia, porém muitos ainda não detém
seu acesso integral, isso motiva grupos a agirem contra a manipulação e apropria-
ção da informação e conhecimento, sendo os usuários cyberpunks que contribuem
para que novas tecnologias da informação subvertam a lógica do controle no cibe-
respaço.
REFERÊNCIAS
BIVAR, Antonio. O que e punk ? 3.ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.. 120p.
(Coleção Primeiros passos ; 76)
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 7. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999 (A
era da informação
CUNHA, Murilo Bastos da. Desafios na construção de uma biblioteca digital. Ciência
da Informação. Brasília, v. 28, n. 3, p. 257-268, set./dez. 1999
FROSSARD, Vera. Tipos e bits: a trajetória de livro. In: O sonho de Otlet: aventura
em ciência da informação. Rio de Janeiro, Brasília: IBICT/DEP/DDI, 2000.
GREGO, Mauricio. Kit essencial para o PC. Info: Exame, São Paulo, n. 264, p.39-
70, 01 fev. 2008. Mensal.
_______. Ciber-cultura–punk. In: Revista Cult, n. 96, "Dossier PUNK", 01 out. 2005
__________. Cultura das redes: ciberensaios para o Século XXI. Salvador: Edufba,
2002b. 76 p.
LESSIG, Lawrence. Cultura Livre: como a grande mídia usa a tecnologia para
bloquear a cultura e controlar a criatividade. São Paulo: Trama, 2005. 336 p.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. 264 p. (Coleção TRANS).
__________. O que é virtual. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996 (Coleção TRANS).
Bibliografia consultada
ANEXOS
Licença
A OBRA (CONFORME DEFINIDA ABAIXO) É DISPONIBILIZADA DE ACORDO COM OS
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ACEITAÇÃO DESTES TERMOS E CONDIÇÕES.
1. Definições
a. "Obra Coletiva" significa uma obra, tal como uma edição periódica, antologia ou
enciclopédia, na qual a Obra em sua totalidade e de forma inalterada, em conjunto
com um número de outras contribuições, constituindo obras independentes e
separadas em si mesmas, são agregadas em um trabalho coletivo. Uma obra que
constitua uma Obra Coletiva não será considerada Obra Derivada (conforme definido
abaixo) para os propósitos desta licença.
b. "Obra Derivada" significa uma obra baseada sobre a Obra ou sobre a Obra e outras
obras pré-existentes, tal como uma tradução, arranjo musical, dramatização,
romantização, versão de filme, gravação de som, reprodução de obra artística,
resumo, condensação ou qualquer outra forma na qual a Obra possa ser refeita,
transformada ou adaptada, com a exceção de que uma obra que constitua uma Obra
Coletiva não será considerada Obra Derivada para fins desta licença. Para evitar
dúvidas, quando a Obra for uma composição musical ou gravação de som, a
sincronização da Obra em relação cronometrada com uma imagem em movimento
(“synching”) será considerada uma Obra Derivada para os propósitos desta licença.
c. "Licenciante" significa a pessoa física ou a jurídica que oferece a Obra sob os
69
e. De modo a tornar claras estas disposições, quando uma Obra for uma composição
musical:
Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os direitos
de autor e os que lhes são conexos.
Art. 2º Os estrangeiros domiciliados no exterior gozarão da proteção assegurada nos
acordos, convenções e tratados em vigor no Brasil.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei aos nacionais ou pessoas domiciliadas em
país que assegure aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade na
proteção aos direitos autorais ou equivalentes.
Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis.
Art. 4º Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais.
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - publicação - o oferecimento de obra literária, artística ou científica ao conhecimento do
público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por
qualquer forma ou processo;
II - transmissão ou emissão - a difusão de sons ou de sons e imagens, por meio de ondas
radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou outro condutor; meios óticos ou qualquer outro
processo eletromagnético;
III - retransmissão - a emissão simultânea da transmissão de uma empresa por outra;
IV - distribuição - a colocação à disposição do público do original ou cópia de obras
literárias, artísticas ou científicas, interpretações ou execuções fixadas e fonogramas,
mediante a venda, locação ou qualquer outra forma de transferência de propriedade ou
posse;
V - comunicação ao público - ato mediante o qual a obra é colocada ao alcance do público,
por qualquer meio ou procedimento e que não consista na distribuição de exemplares;
VI - reprodução - a cópia de um ou vários exemplares de uma obra literária, artística ou
científica ou de um fonograma, de qualquer forma tangível, incluindo qualquer
armazenamento permanente ou temporário por meios eletrônicos ou qualquer outro meio de
fixação que venha a ser desenvolvido;
VII - contrafação - a reprodução não autorizada;
74
VIII - obra:
a) em co-autoria - quando é criada em comum, por dois ou mais autores;
b) anônima - quando não se indica o nome do autor, por sua vontade ou por ser
desconhecido;
c) pseudônima - quando o autor se oculta sob nome suposto;
d) inédita - a que não haja sido objeto de publicação;
e) póstuma - a que se publique após a morte do autor;
f) originária - a criação primígena;
g) derivada - a que, constituindo criação intelectual nova, resulta da transformação de obra
originária;
h) coletiva - a criada por iniciativa, organização e responsabilidade de uma pessoa física ou
jurídica, que a publica sob seu nome ou marca e que é constituída pela participação de
diferentes autores, cujas contribuições se fundem numa criação autônoma;
i) audiovisual - a que resulta da fixação de imagens com ou sem som, que tenha a finalidade
de criar, por meio de sua reprodução, a impressão de movimento, independentemente dos
processos de sua captação, do suporte usado inicial ou posteriormente para fixá-lo, bem
como dos meios utilizados para sua veiculação;
IX - fonograma - toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de outros sons,
ou de uma representação de sons que não seja uma fixação incluída em uma obra
audiovisual;
X - editor - a pessoa física ou jurídica à qual se atribui o direito exclusivo de reprodução da
obra e o dever de divulgá-la, nos limites previstos no contrato de edição;
XI - produtor - a pessoa física ou jurídica que toma a iniciativa e tem a responsabilidade
econômica da primeira fixação do fonograma ou da obra audiovisual, qualquer que seja a
natureza do suporte utilizado;
XII - radiodifusão - a transmissão sem fio, inclusive por satélites, de sons ou imagens e sons
ou das representações desses, para recepção ao público e a transmissão de sinais
codificados, quando os meios de decodificação sejam oferecidos ao público pelo organismo
de radiodifusão ou com seu consentimento;
XIII - artistas intérpretes ou executantes - todos os atores, cantores, músicos, bailarinos ou
outras pessoas que representem um papel, cantem, recitem, declamem, interpretem ou
executem em qualquer forma obras literárias ou artísticas ou expressões do folclore.
Art. 6º Não serão de domínio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
as obras por eles simplesmente subvencionadas.
75
III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação,
científica ou não, e suas instruções;
IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e
demais atos oficiais;
V - as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas;
VI - os nomes e títulos isolados;
VII - o aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas nas obras.
Capítulo II
Da Autoria das Obras Intelectuais
Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.
Parágrafo único. A proteção concedida ao autor poderá aplicar-se às pessoas jurídicas nos
casos previstos nesta Lei.
Art. 12. Para se identificar como autor, poderá o criador da obra literária, artística ou
científica usar de seu nome civil, completo ou abreviado até por suas iniciais, de
pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional.
Art. 13. Considera-se autor da obra intelectual, não havendo prova em contrário, aquele que,
por uma das modalidades de identificação referidas no artigo anterior, tiver, em
conformidade com o uso, indicada ou anunciada essa qualidade na sua utilização.
Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída no
domínio público, não podendo opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou
tradução, salvo se for cópia da sua.
Art. 15. A co-autoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome, pseudônimo ou sinal
convencional for utilizada.
§ 1º Não se considera co-autor quem simplesmente auxiliou o autor na produção da obra
literária, artística ou científica, revendo-a, atualizando-a, bem como fiscalizando ou dirigindo
sua edição ou apresentação por qualquer meio.
§ 2º Ao co-autor, cuja contribuição possa ser utilizada separadamente, são asseguradas
todas as faculdades inerentes à sua criação como obra individual, vedada, porém, a
utilização que possa acarretar prejuízo à exploração da obra comum.
Art. 16. São co-autores da obra audiovisual o autor do assunto ou argumento literário,
musical ou lítero-musical e o diretor.
Parágrafo único. Consideram-se co-autores de desenhos animados os que criam os
desenhos utilizados na obra audiovisual.
Art. 17. É assegurada a proteção às participações individuais em obras coletivas.
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§ 1º Qualquer dos participantes, no exercício de seus direitos morais, poderá proibir que se
indique ou anuncie seu nome na obra coletiva, sem prejuízo do direito de haver a
remuneração contratada.
§ 2º Cabe ao organizador a titularidade dos direitos patrimoniais sobre o conjunto da obra
coletiva.
§ 3º O contrato com o organizador especificará a contribuição do participante, o prazo para
entrega ou realização, a remuneração e demais condições para sua execução.
Capítulo III
Do Registro das Obras Intelectuais
Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.
Art. 19. É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido no caput e no §
1º do art.17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973.
Art. 20. Para os serviços de registro previstos nesta Lei será cobrada retribuição, cujo valor
e processo de recolhimento serão estabelecidos por ato do titular do órgão da administração
pública federal a que estiver vinculado o registro das obras intelectuais.
Art. 21. Os serviços de registro de que trata esta Lei serão organizados conforme preceitua
o § 2º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973.
Título III
Dos Direitos do Autor
Capítulo I
Disposições Preliminares
Art. 22. Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.
Art. 23. Os co-autores da obra intelectual exercerão, de comum acordo, os seus direitos,
salvo convenção em contrário.
Capítulo II
Dos Direitos Morais do Autor
Art. 24. São direitos morais do autor:
I - o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;
II - o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como
sendo o do autor, na utilização de sua obra;
III - o de conservar a obra inédita;
IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática
de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua
reputação ou honra;
V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;
VI - o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já
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