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LEGISLAÇÃO APLICADA À PF P/ AGENTE ADMINSTRATIVO - PACOTE

PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

AULA – 02

Caro aluno,

Nessa aula, você será apresentado a todo o regramento trazido por uma
norma super-bacana e tranquilíssima de se estudar: a Lei Federal nº
7.102/83.

Trata-se do normativo que dispõe sobre a segurança para


estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e
funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância
e de transporte de valores, e dá outras providências.

Dentre as atividades realizadas pela Polícia Federal, há as de controle e


fiscalização das empresas e instituições que realizam atividades de segurança
privada.

Assim, como futuro servidor da PF, é importante que você conheça como
está regulamentado em nosso país o serviço dessas empresas e de seus
respectivos profissionais de segurança. E a norma maior, que traz as regras
gerais para a regularização e execução do serviço privado de vigilância e
transporte de valores, é exatamente a Lei 7.102/83, detalhada pelo seu
regulamento, o Decreto nº 89.056/83.

Pois bem, para que seu estudo fique mais eficaz, fiz o seguinte: além de
todo o regramento da lei, pincelei também alguns pontos interessantes do
citado decreto, pois algumas de suas disposições são didaticamente
importantes para a consolidação de seu entendimento. O estudo ficará mais
completo e não influenciará no seu aprendizado. Muito pelo contrário!

Como o nosso querido Cespe tem pouco histórico de questões sobre tais
normativos, a nossa estimada banca “Ponto e Marcos Girão” entra em cena
para testar seus conhecimentos!

Especial atenção e carinho com essa aula, pois tem cheirinho de prova,
beleza??

Aos trabalhos!

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LEI Nº 7.102/83 – REGULAMENTAÇÃO DA SEGURANÇA PRIVADA

A atividade de segurança privada no Brasil teve início em 1967. A


primeira legislação sobre o assunto surgiu em 1969, com a instituição do
Decreto Lei 1.034/69, que autorizou o serviço privado em função do aumento
de assaltos a bancos, obrigados à época a recorrer à segurança privada. Este
primeiro decreto regulamentou uma atividade até então considerada
paramilitar. Até 1983, os governos estaduais fiscalizavam estas empresas.

A demanda por Segurança Privada aumentou ao longo dos anos e esta


necessidade deixou de ser exclusiva dos estabelecimentos financeiros para ser
fundamental também a órgãos públicos e empresas particulares. O auge dos
serviços de segurança foi no final dos anos 70.

A segurança privada surgiu como alternativa de proteção da


propriedade privada de porte, pois a segurança pública não pode privilegiar
mais um cidadão que outro apenas considerando seu poder aquisitivo. O
empresário passou então a formar as suas próprias forças de segurança.

O Estado percebeu que, caso não interviesse nos processos de segurança


privada, correria o risco de possuir diversas forças policiais, sendo uma do
Estado e as demais de segurança privada. Ademais, havia centenas de ações
criminosas que demonstraram que o setor de segurança privada (empresas de
vigilância) e o setor bancário (gestão de segurança bancária) necessitavam de
maior preparo para enfrentar a nova realidade social.

A crescente procura exigia uma normatização, pois o decreto lei de 1969


já não comportava todos os aspectos da atividade. Foi realizado então um
grande esforço junto ao governo federal para regulamentar a atividade através
de legislação específica. Em 1983 a atividade foi regulamentada através da Lei
7.102 e a fiscalização deixou de ser estadual (SSP) e passou a ser federal
(MJ).

A segurança pública passou a controlar as atividades da população nas


áreas públicas, enquanto a segurança privada passou a atuar em locais
particulares conforme a necessidade do investidor, mas sob o controle do
Estado.

Atualmente a Segurança Privada no Brasil possui uma legislação


organizada e ordenada para assegurar ao setor privado a garantia de poder
utilizar um serviço de segurança particular dentro da esfera de legalidade sem
ferir o "poder de polícia" que constitucionalmente pertence ao estado.

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E é exatamente as duas principais dessas normas que estudaremos a


partir de agora: a Lei nº 7.102/83 e sua regulamentação dada pelo Decreto nº
89.056/83.

A Lei 7.102/83 (e seu regulamento) dispõe sobre a segurança para


estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e
funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância
e de transporte de valores, e dá outras providências.

A aula está dividia em três grandes tópicos: primeiramente trataremos


da regulamentação sobre os estabelecimentos financeiros; em seguida as
disposições sobre a segurança privada; e por último sobre os vigilantes.

Vamos lá!

I – A SEGURANÇA NOS ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS

1.1. Os estabelecimentos financeiros e o sistema de segurança

Caro aluno, para falarmos de segurança em estabelecimentos


financeiros, precisamos saber quais deles são o alvo de toda a regulamentação
pela Lei 7.102/83.

Primeira e importantíssima informação: os estabelecimentos


financeiros a que se refere a Lei compreendem:

Os bancos oficiais ou privados;

As caixas econômicas;

As sociedades de crédito;

As associações de poupança, suas agências, postos de


atendimento, subagências e seções e;

As cooperativas singulares de crédito e suas respectivas


dependências.

Os bancos oficiais ou privados são os estabelecimentos financeiros


espalhados por todo o país e que muito conhecemos. São instituições onde

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correntistas e investidores mantêm suas movimentações financeiras. Como


exemplo de banco oficial temos o Banco do Brasil e de bancos privados, o
Santander e o Bradesco.

As caixas econômicas são instituições autônomas, reguladas por


conselhos administrativos. Fortemente direcionadas pelo papel social, as caixas
econômicas seguem algumas diretrizes sociais estabelecidas pelo governo:
financiamento de saneamento básico, financiamento de habitação de baixa
renda etc. Atualmente, está funcionando apenas a Caixa Econômica Federal já
que a Caixa Econômica do Estado de São Paulo transformou-se em banco.

As caixas econômicas desempenham atividades semelhantes às dos


bancos comerciais, mas as Caixas não podem operar no mercado de câmbio,
compra e venda de moeda estrangeira. Elas podem receber depósitos à vista e
a prazo, operar com caderneta de poupança, emitir ou endossar cédulas e
letras hipotecárias.

As sociedades de crédito, financiamento e investimento ou,


simplesmente, financeiras são conceituadas pela Portaria nº 309, de
30.11.1959, do Ministro da Fazenda, como instituições de crédito de tipo
especial, integrantes do sistema bancário nacional.

Em linhas gerais, as sociedades de crédito devem realizar as operações


de financiamento de bens e serviços a pessoas físicas ou jurídicas e
financiamento de capitais de giro a pessoas jurídicas, admitidas as operações
sob a forma de crédito rotativo.

As associações de poupança são instituições financeiras que objetivam


a captação de recursos para serem aplicados na área da habitação. Elas têm
como fonte de recursos os depósitos em cadernetas de poupança e as letras
hipotecárias. Sua principal finalidade é a concessão de financiamentos
imobiliários.

As cooperativas singulares de crédito são entidades destinadas a


estimular a formação de poupança e, através da mutualidade, oferecer
assistência financeira aos associados, além de prestar serviços inerentes à sua
vocação societária.

Pois bem, a Lei 7.102/83, em seu art. 1º, determina que é vedado o
funcionamento de qualquer desses estabelecimentos financeiros onde haja
guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua
sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação,
elaborado pelo Ministério da Justiça.

Mas professor, que sistema de segurança é esse?

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IMPORTANTE

O sistema de segurança referido inclui:

pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes;

alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o


estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa
de vigilância ou órgão policial mais próximo;

E pelo menos MAIS UM dos seguintes dispositivos:

equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que


possibilitem a identificação dos assaltantes;

artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua


perseguição, identificação ou captura; e

cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante:

durante o expediente para o público e;

enquanto houver movimentação de numerário no interior do


estabelecimento.

O estabelecimento financeiro, ao requerer a autorização para


funcionamento, deverá juntar ao pedido o plano de segurança, os
projetos de construção, instalação e manutenção do sistema de alarme e
demais dispositivos de segurança adotados.

O sistema de alarme e os demais dispositivos de segurança acima


previstos (elétricos e eletrônicos para filmagens, outros artefatos e cabina
blindada), adotados pelo estabelecimento financeiro, obedecerão a projetos de
construção, instalação e manutenção executados por empresas idôneas,
observadas as especificações técnicas asseguradoras de sua eficiência.

As regras acima devem ser obdecidas, como vimos, por todos os


estabelecimentos financeiros. No entanto, muita atenção, porque a própria Lei
admite exceção à regra!!

A exceção é para as cooperativas singulares de crédito, pois a Lei


7.102/83 nos diz que o Poder Executivo estabelecerá, considerando a
reduzida circulação financeira, requisitos próprios de segurança para as
cooperativas singulares de crédito e suas dependências que contemplem, entre
outros, os seguintes procedimentos:

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Dispensa de sistema de segurança para o estabelecimento de


cooperativa singular de crédito que se situe dentro de qualquer
edificação que possua estrutura de segurança instalada em
conformidade com o estabelecido no quadro acima.

Necessidade de elaboração e aprovação de apenas um único plano


de segurança por cooperativa singular de crédito, desde que
detalhadas todas as suas dependências;

Dispensa de contratação de vigilantes, caso isso inviabilize


economicamente a existência do estabelecimento.

Vamos então ás nossas primeiras questões:

01. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Segundo o que dispõe a


Lei nº 7.102/83, é vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento
financeiro que não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua
aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça.

Comentário:

A questão estaria até certinha não fosse por ter usado de forma ampla a
expressão “qualquer estabelecimento financeiro”. Caro aluno, não esqueça: a
obrigatoriedade da existência de sistema de segurança se aplica apenas
àqueles estabelecimentos financeiros onde haja guarda de valores e
transporte de numerário. É o que nos ensina o art. 1º da Lei 7.102/83!

Gabarito: Errado

02. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] A pequena cooperativa


singular de crédito Alfa encontra-se instalada dentro de um prédio comercial
cuja edificação possui sistema de alarmes, circuito de fechado de TV, além de
vigilância patrimonial. Segundo o regramento estabelecido pela Lei nº
7.102/83, a cooperativa Alfa poderá ficar dispensada de instalar sistema de
segurança.

Comentário:

A Lei 7.102/83, em seu art. 1º, § 2º, incisos I a II, determina que o
Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulação financeira,
requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito e
suas dependências.

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Um desses requisitos é a dispensa de sistema de segurança para o


estabelecimento de cooperativa singular de crédito que se situe dentro de
qualquer edificação que possua estrutura de segurança instalada em
conformidade com o regramento da referida norma.

Considerando o caso hipotético do enunciado, conclui-se que a questão


acerta ao afirmar que a cooperativa Alfa poderá ficar dispensada de instalar
sistema de segurança. A edificação onde ela está situada possui um sistema de
segurança em conformidade com a lei: sistema de alarmes, circuito de fechado
de TV e vigilância patrimonial.

Gabarito: Certo

03. [CESPE – AGENTE/PAPILOSCOPISTA – POLICIA FEDERAL – 2012]


Ainda que se instale em cidade interiorana e apresente reduzida circulação
financeira, a cooperativa singular de crédito estará obrigada a contratar
vigilantes, independentemente de se provar que a contratação inviabilizará
economicamente a manutenção do estabelecimento.

Comentário:

Essa foi da última prova para Agente PF. Ela praticamente abordou o
mesmo assunto da questão 02, da nossa banca Ponto e Marcos Girão, questão
essa elaborada antes do certame PF 2012!

Repetindo: a Lei 7.102/83, em seu art. 1º, § 2º, incisos I a II, determina
que o Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulação
financeira, requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de
crédito e suas dependências. Um desses requisitos é a dispensa de
contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existência
do estabelecimento.

Assim, se a cooperativa singular de crédito do nosso caso hipotético


(instalada em cidade interiorana e com reduzida circulação financeira) provar
que a contratação inviabilizará economicamente a manutenção do
estabelecimento, ela não estará obrigada a contratar os vigilantes.

Gabarito: Errado

04. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BANCO CENTRAL – 2010] Os


meliantes X, Y e Z planejam um assalto contra determinado
estabelecimento. Ao relatar para os comparsas quais os mecanismos
que compõem o sistema do referido estabelecimento, Z indica ter
observado apenas: (1) alarme com comunicação imediata com a
delegacia policial das redondezas, (2) presença de oito vigilantes
armados no local, (3) porta de travamento de segurança, com detector
de metais e (4) mecanismo de segurança com feixes de laser
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acionados enquanto o estabelecimento se encontra fechado. Com tais


informações, conclui-se que, de acordo com a Lei no 7.102/1983, o
estabelecimento em questão NÃO é um estabelecimento financeiro
onde há guarda de valores em virtude da

(A) presença de oito e não dez vigilantes armados no local.

(B) presença de mecanismo de segurança com feixes de laser.

(C) presença de detector de metais na porta de travamento de segurança.

(D) ausência de sistema de telefonia especial, artefatos que retardem a ação


de criminosos e locais especiais de proteção ao cliente em caso de ações
violentas.

(E) ausência de equipamentos que possibilitem a identificação dos criminosos,


artefatos que retardem a ação dos criminosos ou cabina blindada com
permanência ininterrupta de vigilante.

Comentário:

Acabamos de estudar que a autorização de funcionamento de um


estabelecimento financeiro em que haja guarda de valores ou movimentação
de numerário exige a existência de um sistema de segurança que tenha as
seguintes características:

pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes;

alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação entre o


estabelecimento financeiro e outro da mesma instituição, empresa de
vigilância ou órgão policial mais próximo;

E pelo menos MAIS UM dos seguintes dispositivos:

equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que


possibilitem a identificação dos assaltantes;

artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua


perseguição, identificação ou captura; e

cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante:

durante o expediente para o público e;

enquanto houver movimentação de numerário no interior do


estabelecimento.

Pois bem, de acordo com enunciado da questão, Z constatou que o


estabelecimento a ser assaltado possuía: apenas alarme com comunicação
imediata com a delegacia policial das redondezas, presença de oito vigilantes
armados no local, porta de travamento de segurança, com detector de metais
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e mecanismo de segurança com feixes de laser acionados enquanto o


estabelecimento se encontra fechado.

Pergunto, seria essa configuração suficiente para determinar que esse é


um estabelecimento financeiro onde há guarda de valores?

É só fazer comparar com os requisitos acima e você constatará que não!


E por quê? Vamos aos itens:

Item A – Por acaso há nos requisitos acima exigência de quantidade mínima de


vigilantes? Claro que não! O fato de haver apenas oito vigilantes não o
descaracterizaria como estabelecimento financeiro de guarda de valores.
(Errado)

Item B – A existência desse equipamento não é determinante para considerar


o estabelecimento em questão como financeiro de guarda de valores. Não
podemos garantir que seja ele um artefato que retarde a identificação dos
criminosos. (Errado)

Item C – Esse equipamento não tem a finalidade de retardar ação de


criminosos. Ele é preventivo, mas não nos dá essa garantia. (Errado)

Item D – Sistema de telefonia especial e locais especiais de proteção ao cliente


em caso de ações violentas? A Lei não prevê esses requisitos. É só conferir
acima! (Errado)

Item E – Se você tinha alguma dúvida dos outros itens, mas tinha memorizado
os requisitos mínimos para um sistema de segurança, acima revisados, aqui
tudo se esclarece! Nesse item o elaborador copiou e colou corretamente tais
requisitos, não é verdade? (Certo)

Gabarito: Letra “E”

1.2. A vigilância ostensiva e o transporte de numerário

Para entender sua regulamentação, é preciso que conheçamos o conceito


de vigilância ostensiva, estabelecido no art. 5º do Decreto 89.056/83:

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A opção por não terceirizar e utilizar-se de pessoal próprio para prover


sua segurança, chama-se de segurança orgânica.

O Estabelecimento financeiro que mantiver serviço próprio de vigilância e


de transporte de valores somente poderá operar com vigilantes
habilitados ao exercício profissional nos termos trazidos pela Lei e seu
Regulamento (estudaremos esses termos mais adiante).

IMPORTANTE

Nos estabelecimentos financeiros ESTADUAIS, o serviço de vigilância


ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério
do Governo da respectiva Unidade da Federação.

Versa a lei que o transporte de numerário em montante superior a


20.000 Ufir, para suprimento ou recolhimento do movimento diário dos
estabelecimentos financeiros, será obrigatoriamente efetuado em veículo
especial da própria instituição ou de empresa especializada.

Consideram-se veículos especiais os veículos com especificações de


segurança e dotados de guarnição mínima de vigilantes a serem estabelecidas
pelo Ministério da Justiça. São os nossos velhos carros-fortes!!

A figura a seguir mostra um exemplo de um desses veículos:

Esses veículos especiais para transporte de valores deverão ser mantidos


em perfeito estado de conservação e serão periodicamente vistoriados pelos
órgãos de trânsito e policial competentes.

Já o transporte de numerário entre 7.000 e 20.000 Ufirs poderá ser


efetuado em veículo comum, com a presença de 02 vigilantes.

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Já sei que você vai me perguntar: professor, mas que história é essa da
lei falar de valores em Ufir se já ouvi falar que essa unidade de referência não
existe mais em nosso país?

Bom, você até que tem razão, pois de fato a Medida Provisória nº 1.973-
67, de 26 de outubro de 2000, extinguiu a Unidade de Referência Fiscal –
UFIR. Acontece que a referida medida provisória não tinha poderes para alterar
a letra de uma lei ordinária com a Lei nº 7.102/83 e, por isso, a redação desta
lei continua inalterada. A partir de então, cada Estado da federação passou
regulamentar os valores de conversão da Ufir para o Real ficando o valor da
Ufir, em média, congelado em R$ 1,0641.

Se a redação da Lei continua inalterada, para fins de prova devemos


considerar os valores expressos em Ufir, do jeitinho que lá está e que
acabamos de estudar. Assim, caro aluno, o jeito é memorizá-los!

Voltando ao assunto, temos:

IMPORTANTE

Nas regiões onde for comprovada a impossibilidade do uso de


veículo especial pela empresa especializada ou pelo próprio
estabelecimento financeiro, o Ministério da Justiça poderá autorizar
o transporte de numerário por via aérea, fluvial ou outros meios,
condicionado à presença de no mínimo, 02 vigilantes.

Aos treinamentos:

[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] No que concerne às


disposições da Lei nº 7.102/83 e seus regulamentos, julgue os itens a
seguir.

05. O serviço de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias


Militares, nos estabelecimentos financeiros estaduais, a critério do
Departamento de Polícia Federal.

06. Vigilância ostensiva é a atividade exercida no interior dos estabelecimentos


e em transporte de valores, por pessoas uniformizadas e adequadamente
preparadas para impedir ou inibir ação criminosa.

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07. Há na Lei a obrigatoriedade de que o transporte de numerário, para


suprimento ou recolhimento do movimento diário dos estabelecimentos
financeiros, em montante superior a 50.000 Ufir, seja efetuado em veículo
especial e que esse veículo seja necessariamente de propriedade da própria
instituição.

08. A Lei veda qualquer possibilidade de efetuação de transporte de numerário


em veículos comuns.

09. Existem cidades na Região Amazônica em que não há possibilidade de se


fazer transporte de numerário nos veículos especiais das empresas
especializadas ou dos próprios estabelecimentos financeiros interessados.
Comprovada a inviabilidade do uso desse tipo de transporte, o Ministério da
Justiça deverá autorizar o transporte de numerário por outros meios.

Comentário 05:

Opa! Não é a critério do Departamento de Polícia Federal, mas sim do


Governador de Estado da respectiva federação que o serviço de vigilância
ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, nos
estabelecimentos financeiros estaduais.

Gabarito: Errado

Comentário 06:

Perfeito! Vigilância ostensiva é a atividade exercida no interior dos


estabelecimentos e em transporte de valores, por pessoas uniformizadas e
adequadamente preparadas para impedir ou inibir ação criminosa (art. 5º do
Decreto nº 89.056/83).

Gabarito: Certo

Comentário 07:

Dois erros nessa assertiva: o primeiro diz respeito ao montante mínimo


de numerário a ser transportado para que sejam utilizados veículos especiais.
O correto seria afirmar 20.000 Ufir ao invés de 50.000 Ufir, como diz a
questão. O segundo está na exigência de que os veículos especiais a serem
usados no transporte de numerário sejam necessariamente de propriedade da
própria instituição. De jeito nenhum! Esses veículos podem ser também de
empresas especializadas.

Gabarito: Errado

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Comentário 08:

Item D - Não há essa vedação na Lei 7.102/83. Pelo contrário!! Em seu


art. 5º, ela estabelece que o transporte de numerário entre 7.000 e 20.000
Ufirs poderá ser efetuado em veículo comum, desde que com a
presença de 02 vigilantes.

Gabarito: Errado

Comentário 09:

Cuidado, pois não é bem assim! A lei estabelece que nas regiões onde for
comprovada a impossibilidade do uso de veículo especial pela empresa
especializada ou pelo próprio estabelecimento financeiro, o Ministério da
Justiça poderá autorizar o transporte de numerário por via aérea, fluvial ou
outros meios, condicionado à presença de no mínimo, 02 vigilantes.

Gabarito: Errado

1.3. As seguradoras e os estabelecimentos financeiros

Antes de conhecermos as regras sobre o fornecimento de seguros para


estabelecimentos financeiros, vamos revisar os conceitos de roubo e de furto
qualificados trazidos pelo nosso Código Penal:

Roubo

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer
meio, reduzido à impossibilidade de resistência:

(...)

Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

(...)

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Furto qualificado

(...)

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas

Pois bem, a Lei 7.102/83 autoriza aos estabelecimentos financeiros que


contratem seguros contra roubo e furto qualificado, mas estabelece que
nenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de estabelecimentos
financeiros, apólice de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de roubo
e furto qualificado de numerário e outros valores, sem comprovação de
cumprimento, pelo segurado, das exigências nela previstas (sistema e
plano de segurança, documentação e etc.).

Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos


financeiros, serão concedidos descontos sobre os prêmios aos
segurados que possuírem, além dos requisitos mínimos de segurança, outros
meios de proteção previstos na Lei e no seu regulamento.

IMPORTANTE

As apólices que INFRIGIREM as disposições acima não terão


cobertura de resseguros pelo Instituto de Resseguros do Brasil.

Mais uma questão:

10. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Segundo o que


estabelece Lei 7.102/83, o fato de possuírem requisitos mínimos de segurança
é condição suficiente para que os estabelecimentos financeiros possam ter
direito a descontos sobre os prêmios aos assegurados, nos casos de seguros
contra roubo e furto qualificado.

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Comentários:

Muito cuidado, caro aluno, pois as bancas gostam muito das expressões:
“condição suficiente” e “condição necessária”. Seus significados são bem
diferentes:

Condição suficiente: basta que ela aconteça para que determinado fato se
concretize;

Condição necessária: ela é um dos requisitos que, junto a outros, faz com
que determinado fato se concretize.

Pois bem, em seu art. 9º, a Lei 7.102/83 estabelece que, nos seguros
contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, serão
concedidos descontos sobre os prêmios aos segurados que possuírem, além
dos requisitos mínimos de segurança, outros meios de proteção nela
previstos. Logo, a assertiva equivoca-se ao afirmar que o fato de possuírem
requisitos mínimos de segurança é condição suficiente para que os
estabelecimentos financeiros possam ter direito aos supracitados descontos.
Na verdade, estamos diante de uma condição necessária já que, além desses
requisitos mínimos, tais estabelecimentos devem possuir outros meios de
proteção regulamentados.

Gabarito: Errado

1.3. O Ministério da Justiça e os estabelecimentos financeiros

Caro aluno, como você já deve ter percebido, o Ministério da Justiça


parece ser o órgão responsável pelo cumprimento de grande parte do
regulamentado pela Lei 7.102/83.

E é mesmo!! Tal norma traz uma série de competências e atribuições


desse órgão em sua regulamentação!!

Em se tratando de estabelecimentos financeiros, a Lei 7.102/83, em


seu art. 6º, determina que compete ao Ministério da Justiça:

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12. O Ministério da Justiça, por intermédio de órgão competente, procederá


pelo menos a uma fiscalização anual no estabelecimento financeiro, quanto ao
cumprimento das disposições relativas ao sistema de segurança. A lei prevê a
possibilidade de que essa fiscalização possa ser feita mediante convênio com
as Secretarias de Segurança Pública dos Estados, Territórios e do Distrito
Federal.

Comentário 11:

Verdade! Só recapitulando: o estabelecimento financeiro que infringir


disposições da Lei 7.102/83 ficará sujeito às penalidades de advertência, multa
(de 20.000 Ufirs) e interdição do estabelecimento, a depender, é claro, da
gravidade da infração, da sua situação de reincidente e da sua condição
econômica.

Gabarito: Certo

Comentário 12:

O Ministério da Justiça, por intermédio de órgão competente, que é o


Departamento de Polícia Federal, procederá de fato pelo menos a uma
fiscalização anual no estabelecimento financeiro, quanto ao cumprimento das
disposições relativas ao sistema de segurança. E nada impede que o
Ministério da Justiça celebre convênio com as Secretarias de Segurança
Pública dos respectivos Estados e Distrito Federal para a execução da
fiscalização dos estabelecimentos financeiros.

Uma observação importante: não há na Lei 7.102/83, expressa citação a


convênios com as Secretarias de Segurança Pública dos Territórios, mas há
no seu regulamento, o Decreto nº 89.056/83!!

Em seu art. 13, o referido Decreto completa a lacuna da lei, assim


estabelecendo:

Art. 13. O Ministério da Justiça, por intermédio do Departamento


de Polícia Federal, ou mediante convênio com as Secretarias de
Segurança Pública dos Estados, Territórios e do Distrito
Federal, procederá pelo menos a uma fiscalização anual no
estabelecimento financeiro, quanto ao cumprimento das
disposições relativas ao sistema de segurança.

Dessa forma, não tenha dúvida: quando houver Territórios em nosso


país, suas Secretarias de Segurança poderão sim firmar convênios com o
Ministério da Justiça.

Gabarito: Certo

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As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança,


vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas
privadas, além das hipóteses acima, poderão se prestar ao exercício das
atividades de segurança privada:

a pessoas;

a estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e


residências;

a entidades sem fins lucrativos e;

a órgãos e empresas públicas.

As empresas privadas acima mencionadas (de segurança, vigilância e


transporte de valores) serão regidas, portanto, pela Lei 7.102/83, pelos
regulamentos dela decorrentes e pelas disposições da legislação civil,
comercial, trabalhista, previdenciária e penal.

Da mesma forma, ficam obrigadas ao cumprimento do disposto na Lei


7.102/83 e demais legislações pertinentes às empresas que tenham objeto
econômico DIVERSO da vigilância ostensiva e do transporte de valores, que
utilizem pessoal de quadro funcional próprio, para execução dessas
atividades.

ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO!

Os serviços de vigilância e de transporte de valores PODERÃO ser


executados por uma mesma empresa.

A propriedade e a administração das empresas especializadas que


vierem a se constituir são VEDADAS A ESTRANGEIROS.

Os diretores e demais empregados das empresas especializadas não


poderão ter ANTECEDENTES CRIMINAIS registrados.

O capital integralizado das empresas especializadas não pode ser


INFERIOR a 100.000 Ufirs.

Uma bateria de questões para análise:


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13. [FGV – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/PA – 2010] Os serviços


de vigilância e de transporte de valores não poderão ser executados por uma
mesma empresa.

Comentário:

Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão sim ser


executados por uma mesma empresa. É o que nos diz o art. 10, § 1º da Lei
7.102/83.

Gabarito: Errado

14. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] São consideradas como


segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de serviços com a
finalidade exclusiva de proceder à vigilância patrimonial das instituições
financeiras e de outros estabelecimentos privados.

Comentário:

Atenção para o uso da palavra “exclusiva” na assertiva!! A lei conceitua


segurança privada como as atividades desenvolvidas em prestação de serviços
com a finalidade não só de proceder à vigilância patrimonial das instituições
financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, mas também
de prover a segurança de pessoas físicas e de realizar o transporte de
valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo de carga.

Gabarito: Errado

15. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] A empresa de segurança


Gama, empresa privada, é especializada em fornecer serviços de vigilância
patrimonial e transporte de valores para instituições financeiras. Não há
impedimentos legais para que ela preste também atividades de segurança
privada a entidades sem fins lucrativos e a órgãos e empresas públicas.

Comentário:

Isso mesmo! O art. 10, §2º, estabelece que as empresas especializadas


em prestação de serviços de segurança, vigilância e transporte de valores,
constituídas sob a forma de empresas privadas, poderão também prestar ao
exercício das atividades de segurança privada a pessoas, a estabelecimentos
comerciais, industriais, de prestação de serviços e residências, a entidades
sem fins lucrativos e a órgãos e empresas públicas.

Gabarito: Certo

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[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Sobre as empresas de


segurança privada, segundo os ditames da Lei 7.102/83, julgue os
itens a seguir.

16. A exigência para que os diretores das empresas especializadas em


segurança privada não tenham antecedentes criminais registrados não se
aplica aos demais empregados dessas empresas.

17. A vedação a estrangeiros para a propriedade e a administração das


empresas especializadas em segurança privada não é absoluta, pois há
exceção para aqueles estrangeiros que não tenham antecedentes criminais
registrados.

Comentário 16:

Não caia nessa, pois não só os diretores como também os demais


empregados das empresas especializadas não poderão ter antecedentes
criminais registrados (art. 12 da Lei 7.102/83).

Gabarito: Errado

Comentário 17:

Caro aluno, não tenha dúvidas: a vedação é absoluta! A lei estabelece


que a propriedade e a administração das empresas especializadas que vierem
a se constituir são vedadas a estrangeiros. A questão erra ao trazer uma
hipótese de exceção inexistente na lei.

Gabarito: Errado

2.2. O Ministério da Justiça e as empresas especializadas

Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do Departamento de


Polícia Federal, autorizar, controlar e fiscalizar o funcionamento das
empresas especializadas:

em serviços de vigilância e em transporte de valores;

dos cursos de formação de vigilantes e;

das empresas que exercem serviços orgânicos de segurança.

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O pedido de autorização para o funcionamento das empresas


especializadas será dirigido ao Departamento de Polícia Federal.

O pedido de autorização para o funcionamento das empresas que


executam serviços orgânicos de segurança será dirigido ao Ministério da
Justiça.

São condições essenciais para que as empresas especializadas e as que


executem serviços orgânicos de segurança operem nos Estados, Territórios e
Distrito Federal:

a autorização de funcionamento concedida pelo Ministério da


Justiça e;

comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivo


Estado, Território ou Distrito Federal.

É do Ministério da Justiça a competência de também REVER


anualmente a autorização das empresas especializadas, dos cursos de
formação de vigilantes e das empresas que exercem serviços orgânicos de
segurança.

Vimos que as competências do Ministério da Justiça acima descritas são


exercidas por intermédio do Departamento de Polícia Federal, não é verdade?

Pois bem, a Lei 7.102/83 permite que grande parte dessas competências
pode também ser exercida por convênio com as Secretarias de Segurança
Públicas dos Estados.

Eu disse grande parte, porque não são todas!! A autorização de


funcionamento das empresas especializadas e de serviços orgânicos de
segurança não será objeto de convênio.

Para finalizar esse tópico, é preciso conhecermos as vedações que o


Decreto 89.056/83 traz à autorização de funcionamento dessas empresas.
São elas:

IMPORTANTE

Não será autorizado o funcionamento de empresa especializada que


não disponha de recursos humanos e financeiros ou de
instalações adequadas ao permanente treinamento de seus vigilantes.

Não será autorizado o funcionamento de empresa especializada em


transporte de valores e de empresa que executa serviços orgânicos de
transporte de valores sem a apresentação dos certificados de
propriedade e dos laudos de vistoria dos veículos especiais.

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III – AS REGRAS PARA O SERVIÇO DE VIGILÂNCIA

Caro aluno, peço sua especial atenção para esse tópico, pois a nossa
querida banca gosta muito dessas regras e, para um concurso para a Polícia
Federal, pode ser um prato cheio!

Por que, professor? Porque, repito, o dia-a-dia de trabalho na Polícia


Federal é também intrinsecamente relacionado com o serviço de vigilância
patrimonial contratada e, para um candidato ao cargo, não há melhor
oportunidade conhecer como se dá a regulamentação a respeito dessa turma.

Antenas ligadas e muita atenção:

3.1. O conceito de vigilante e os requisitos para a profissão

Começaremos o tópico também com mais um conceito trazido pela lei


7.102/83: o de vigilante.

Conforme versa o art. 15 da Lei 7.102/83, VIGILANTE é o empregado


contratado para a execução das seguintes atividades:

Vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros


estabelecimentos, públicos ou privados;

Transporte de valores;

Segurança privada de pessoas;

Segurança privada de estabelecimentos comerciais, industriais, de


prestação de serviços e residências;

Segurança privada de entidades sem fins lucrativos e;

Segurança privada de órgãos e empresas públicas.

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IMPORTANTÍSSIMO

Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes


requisitos:

ser brasileiro;

ter idade mínima de 21 anos;

ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;

ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante,


realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos
termos da lei;

ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e


psicotécnico;

não ter antecedentes criminais registrados; e

estar quite com as obrigações eleitorais e militares.

É preciso, caro aluno, que você guarde a sete chaves os requisitos


acima, pois desconfio que lhes serão cobrados em sua prova...

Os exames de sanidade física e mental e o psicotécnico serão realizados


de acordo com o disposto em norma regulamentadora e em instruções do
Ministério do Trabalho.

O vigilante deverá submeter-se ANUALMENTE a rigoroso exame de


saúde física e mental, bem como manter-se adequadamente preparado para o
exercício da atividade profissional.

O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro no


Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos
documentos comprobatórios das situações acima enumeradas.

Vamos ver como foi cobrado:

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18. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Mike Davis, brasileiro


naturalizado, mesmo tendo cumprido todos os demais requisitos exigidos, não
poderá exercer a profissão de vigilante, pois sua condição de naturalizado é
impeditiva para tal intento, segundo o regulamentado pela Lei nº 7.102/83.

Comentário:

Uma das condições trazidas pela Lei 7.102/83 para que alguém possa
exercer a profissão de vigilante é a de ser brasileiro (art. 16, inciso II). Releia
esse dispositivo e você verá que a norma utiliza o termo “brasileiro” sem
nenhuma outra especificação, ou seja, em sentido amplo. Assim, tanto aqueles
que são natos quanto os naturalizados podem exercer o ofício de vigilante,
desde que preenchidos os demais requisitos. A condição de naturalizado não é,
portanto, para Mike Davis.

Gabarito: Errado

19. [PONTO E MARCOS GIRÃO - BACEN – 2013] Registro prévio no


Departamento de Polícia Federal, sujeição semestral a rigorosos exames de
saúde física e mental e adequado preparo são disposições a serem
obrigatoriamente obedecidas para o exercício da atividade profissional de
vigilante.

Comentário:

Muita atenção!! O registro prévio no Departamento de Polícia Federal, a


sujeição a rigorosos exames de saúde física e mental e o adequado preparo
são de fato disposições a serem obedecidas para o exercício da atividade
profissional de vigilante. No entanto, a lei não prevê que os vigilantes tenham
que se submeter a exames físicos e mentais semestrais e, sim, anuais.

Gabarito: Errado

20. [FGV – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/PA – 2010] Para o


exercício da profissão, o vigilante deverá ser brasileiro.

Comentário:

Exatamente!! Cabe destacar que a Lei 7.102/83 usa apenas a expressão


“ser brasileiro”, o que nos faz concluir com tranquilidade que a expressão se
refere tanto ao nato quanto ao naturalizado.

Gabarito: Certo

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21. [CESGRANRIO – TÉCNICO – ÁREA 02 – BANCO CENTRAL – 2010]


Observe as informações a seguir sobre diferentes pessoas.

W: espanhol de nascimento, brasileiro naturalizado, porteiro, sexo


masculino, 35 anos, portador de certificado de dispensa do serviço
militar, segundo grau completo.

X: brasileiro nato, pedreiro, sexo masculino, 24 anos; deixou de votar


nas últimas eleições, mas justificou sua ausência; estudou até a sétima
série do primeiro grau.

Y: brasileira nata, secretária, sexo feminino, 21 anos; sem


antecedentes criminais; estudou até a oitava série do primeiro grau.

Z: brasileiro nato, motorista, sexo masculino, 31 anos; sem


antecedentes criminais registrados, mas tendo sido investigado em
uma ocorrência policial; estudou até a quinta série do primeiro grau.

Analisando as informações acima, conclui-se, com base na Lei no


7.102/1983, que somente W, Y e Z, somente têm os requisitos
necessários para serem vigilantes:

Comentário:

Questãozinha bem interessante e boa de resolver! Ela quer saber qual(is)


do(s) indivíduo(s) cumpre(m) alguns ou, de repente, até todos os requisitos
necessários para serem vigilantes. Vamos estudar caso a caso para formular
nossa resposta:

W é espanhol de nascimento, mas é brasileiro naturalizado. A lei


estabelece a condição de brasileiro como um dos requisitos e não faz
diferenças entre o nato e o naturalizado, o que nos faz concluir que o
termo brasileiro foi suado em sentido amplo. Há também mais três
requisitos em W que o permite candidatar-se a vigilante: mais de 35 anos,
possui a quitação com o serviço militar e tem o segundo grau completo.
Logo, já temos o nosso primeiro candidato a vigilante.

Ps: Não caia na pegadinha do sexo masculino, pois não há na Lei 7.102/83
nenhuma diferenciação entre ambos os sexos para o exercício da
atividade de vigilância. No Banco Central, por exemplo, temos várias
guardas femininas nas equipes de vigilância patrimonial. São as famosas
“guardetes”!

X é brasileiro nato, tem mais de 21 anos, estuda até a sétima série do


primeiro grau, e está quite com suas obrigações eleitorais. Esse candidato
também pode ser candidato a vigilante.

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Y é brasileira nata, secretária, sexo feminino (o sexo não interessa),


tem 21 anos, sem antecedentes criminais e estudou até a oitava série do
primeiro grau. Mais uma pessoa plenamente apta a candidatar-se a
vigilante.

Z é brasileiro nato, tem mais de 21 anos, não tem antecedentes criminais


registrados e estudou até a quinta série do primeiro grau. O fato de Z ter
sido investigado em uma ocorrência policial, não significa que ele tenha
necessariamente antecedentes criminais registrados. Assim, conclui-
se que Z também tem requisitos necessários para tornar-se um vigilante.

Diante do exposto, temos que W, X, Y e Z possuem requisitos para


tornarem-se vigilantes.

Gabarito: Errado

3.2. O CURSO DE FORMAÇÃO de vigilantes

Vimos que um dos requisitos para tornar-se vigilante é ter o certificado


de conclusão de curso de formação de vigilantes. Pois bem, para que alguém
possa se inscrever em um desses cursos de formação, o regulamento da Lei
7.102/83 estabelece que ele também deve cumprir os requisitos acima
estudados com exceção, é claro, do certificado de curso de formação, já que é
justamente pra esse curso que ele está se inscrevendo.

O curso de formação de vigilantes somente poderá ser ministrado por


instituição capacitada e idônea, autorizada a funcionar pelo Ministério da
Justiça. É também da competência do Ministério da Justiça fixar o
currículo do curso de formação de vigilantes e a carga horária para cada
disciplina.

Cabe ressaltar que a fixação dos currículos dos cursos de formação é


competência exclusiva do Ministério da Justiça, não cabendo, portanto,
convênio para este fim com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e
Distrito Federal.

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IMPORTANTE

Não será autorizado a funcionar o curso que não disponha de


instalações SEGURAS e ADEQUADAS, de uso exclusivo, para
treinamento teórico e prático dos candidatos a vigilantes.

Na hipótese de não haver disponibilidade de utilização de estande de tiro


no município sede do curso, pertencente a organizações militares ou policiais
civis, será autorizada a instalação de estande próprio.

Feito o curso, o candidato a vigilante deverá submeter-se a uma


avaliação final. Somente poderá submeter-se à prova de avaliação final o
candidato que houver concluído o curso com frequência de 90% da carga
horária de cada disciplina.

A avaliação final do curso em formação de vigilantes será constituída de


exame teórico e prático das disciplinas do currículo. O candidato aprovado
no curso de formação de vigilantes receberá certificado nominal de conclusão
do curso expedido pela instituição especializada e registrado no Ministério da
Justiça.

O curso de formação de vigilantes será fiscalizado pelo Ministério da


Justiça.

As armas e as munições utilizadas pelos instrutores e alunos do curso de


formação de vigilantes serão de propriedade e responsabilidade da
instituição autorizada a ministrar o curso.

Caro aluno, dentre as atividades que um vigilante pode exercer, há as


atividades específicas de SEGURANÇA PESSOAL PRIVADA e ESCOLTA ARMADA.

Para exercer tais atividades, além do curso de formação, o vigilante


deverá:

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[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] A respeito dos cursos de


formação de vigilantes, segundo a Lei 7.102/83 e seus regulamentos,
julgue os itens a seguir.

22. O curso de formação de vigilantes somente poderá ser ministrado por


instituição capacitada e idônea, autorizada a funcionar pelo Ministério da
Justiça, e que será também a responsável por fixar o currículo do curso de
formação de vigilantes e a carga horária para cada disciplina.

23. É requisito para que um curso de formação de vigilantes possa funcionar a


disponibilidade de instalações seguras e adequadas e de uso exclusivo para
treinamento teórico e prático dos candidatos a vigilantes.

Comentário 22:

Caro aluno, não se esqueça: é competência do Ministério da Justiça


fixar o currículo do curso de formação de vigilantes e a carga horária para cada
disciplina. E mais ainda: a fixação dos currículos dos cursos de formação é
competência exclusiva do Ministério da Justiça, não cabendo, portanto,
convênio para este fim com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e
Distrito Federal.

Se você der uma lida de novo na questão vai observar que nela há a
insinuação de que a instituição capacitada e idônea "será também a
responsável pela fixação do currículo e da carga horária do curso" quando na
verdade essa competência não é dela e, sim, exclusiva do Ministério da
Justiça. Uma pegadinha básica da banca...rsrsr

Gabarito: Errado

Comentário 23:

A questão traz exatamente uma das regras estudadas nesse tópico. Ela vem
expressa no art. 23, § 1º, do Decreto 89.056/83.

Gabarito: Certo

24. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Tício, vigilante da


empresa Delta há um ano e três meses, pretende se habilitar para exercer as
atividades de escolta armada. Por seu comportamento exemplar e
irrepreensível, o gerente operacional de sua empresa, Fabiano, aceitou seu
intento e o selecionou para participar do curso de extensão específico para a
habilitação desejada. Diante do exposto, pode-se concluir que Tício já reúne
alguns requisitos para candidatar-se a ser um vigilante com a especialidade de
escolta armada.

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Comentário:

Exatamente! Vimos que para exercer as atividades de segurança privada


pessoal e escolta armada, além do curso de formação, o vigilante deverá
possuir experiência mínima comprovada de 01 ano na atividade de vigilância;
ter comportamento social e funcional irrepreensível; ter sido selecionado,
observando-se a natureza especial do serviço; portar credencial funcional,
fornecida pela empresa, nos moldes fixados pelo Ministério da Justiça e
frequentar os cursos de reciclagem, com aproveitamento, a cada período de 02
anos, a contar do curso de extensão.

Na situação hipotética da questão, podemos constatar que Tício possui


três desses requisitos: exerce a profissão de vigilante há mais de 01 ano, tem
comportamento exemplar e irrepreensível e foi selecionado para participar do
curso de extensão específico para a habilitação desejada. Podemos asseverar
com toda a tranquilidade que Tício reúne mesmo alguns dos requisitos para
candidatar-se a ser um vigilante com a especialidade de escolta armada.

Gabarito: Certo

3.3. As GARANTIAS asseguradas aos vigilantes

A Lei 7.102/83 assegura algumas garantias aos vigilantes. O seu


regulamento, o Decreto 89.056/83, também listou tais garantias, mas as
trouxe de forma mais objetiva e completa. E é por isso vou listar logo abaixo
aquelas presente na redação do referido decreto. Se você compará-las com a
da lei, verá que as garantias são as mesmas, mas que há poucas (mas
importantes) diferenças entre ambas.

Vou fazer o seguinte: para que você se sinta mais seguro, deixarei
sublinhadas as complementações trazidas pelo decreto, ok?

Pois bem, ao vigilante é assegurado:

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UNIFORME ESPECIAL aprovado pelo Ministério da Justiça, a


expensas do empregador;

PORTE DE ARMA, quando no exercício da atividade de vigilância no


local de trabalho;

PRISÃO ESPECIAL por ato decorrente do exercício da atividade de


vigilância; e

SEGURO DE VIDA EM GRUPO, feito pelo empregador.

Sobre o seguro de vida em grupo assegurado ao vigilante, sua


contratação será disciplinada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados.

Sobre o uniforme do vigilante e as armas por eles utilizadas, temos


algumas considerações importantes a fazer. Vamos a elas!!

3.4. O UNIFORME dos vigilantes

Quanto ao uniforme dos vigilantes, a principal e importantíssima regra


que você jamais deve esquecer (pelo menos para sua prova) é a seguinte:

O vigilante usará uniforme SOMENTE quando em EFETIVO


SERVIÇO.

E mais: considera-se efetivo serviço o exercício da atividade de


vigilância ostensiva no local de trabalho.

O uniforme será adequado às condições climáticas do lugar onde o


vigilante prestar serviço e de modo a não prejudicar o perfeito exercício de
suas atividades profissionais.

Das especificações do uniforme constará apito com cordão, emblema


da empresa e plaqueta de identificação do vigilante.

A plaqueta de identificação será autenticada pela empresa, terá


validade de 06 meses e conterá:

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nome do vigilante;

número de registro na Delegacia Regional do Trabalho do


Ministério do Trabalho e;

fotografia tamanho 3x4 do vigilante.

IMPORTANTE

O modelo de uniforme especial dos vigilantes não será aprovado pelo


Ministério da Justiça quando semelhante aos utilizados pelas Forças
Armadas e Forças Auxiliares.

Com base nas informações acima, vamos responder à questão a seguir:

25. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] O vigilante Joaquim, ao


receber uma ligação telefônica de sua esposa informando-lhe que estava
passando mal, saiu com muita pressa do trabalho sem desfazer-se de sua
farda de vigilante e conduziu sua esposa ao hospital. Terminado o
atendimento, Joaquim retorna a sua empresa e, ao ser avistado pelo seu
supervisor, foi por ele advertido por ter saído da empresa usando o uniforme
de vigilante. Com base na situação hipotética acima podemos afirmar que a
conduta do seu supervisor foi errada e inapropriada, pois Joaquim estava em
situação de urgência, no seu horário de trabalho e, por isso, considerou não ter
infringido a lei.

Comentário:

Para responder a essa questão, vamos rever duas regras importantes:

1º - O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo serviço.

2º - Considera-se efetivo serviço o exercício da atividade de vigilância


ostensiva no local de trabalho.

Mesmo com as razões alegadas, Joaquim não poderia ter saído de sua
empresa com o uniforme de vigilante, pois desrespeitou expressa vedação
legal. Assim, concluímos que seu supervisor não errou em repreendê-lo por
essa falta.

Gabarito: Errado

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26. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Segundo o que dispõe


a Lei 7.102°83, das especificações do uniforme do vigilante constará
apito com cordão, emblema da empresa e plaqueta de identificação do
vigilante. A plaqueta de identificação será autenticada pela empresa,
terá validade de seis meses e conterá:

I. Nome do vigilante.

II. Nome da empresa de segurança privada ou transporte de valores.

III. Modelo de arma para o qualquer está autorizado a portar.

IV. Fotografia tamanho 3x4 do vigilante.

V. Número de registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do


Trabalho.

Estão corretos os itens:

(A) I, IV e V

(B) I, III e IV

(C) I e II

(D) II, III, IV e V

(E) Todos estão corretos

Comentário:

Vamos responder revisando o que acabamos de estudar: a plaqueta de


identificação, obrigatoriamente presente no uniforme do vigilante, será
autenticada pela empresa, terá validade de 06 meses e conterá: o nome do
vigilante o número de registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério
do Trabalho e a fotografia tamanho 3x4 do vigilante.

Bom, agora é só comparar e constatar que estão corretos os itens I, IV e


V.

Gabarito: Letra “A”

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b) dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço


organizado de vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas
especializadas e;

c) da empresa executante dos serviços orgânicos de segurança.

As armas e munições de propriedade e responsabilidade das empresas


acima, assim também como as dos cursos de formação de vigilante serão
guardadas em lugar seguro, de difícil acesso a pessoas estranhas ao
serviço.

O armamento e as munições acima citados serão recolhidos ao


Ministério da Justiça, para custódia, no caso de paralisação ou extinção da
empresa especializada, da empresa executante dos serviços orgânicos de
segurança do curso de formação de vigilantes ou da instituição financeira.

Vamos ver como foi cobrado em provas:

27. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010] Durante o


procedimento de carregamento do caixa eletrônico de uma instituição
bancária, situado em um posto de gasolina, os quatro vigilantes
encarregados da proteção do numerário que se encontra no carro-forte
são atacados por meliantes fortemente armados, que disparam em sua
direção. Os vigilantes reagem e ocorre intensa troca de tiros. Na
oportunidade, o cidadão X, que passava pelo local, recebe um disparo
fatal. Dias depois, no curso do inquérito policial para investigar a sua
morte, o exame pericial é divulgado, indicando que o disparo partiu de
um revólver calibre 22. Considerando essas informações e com base na
Lei no 7.102/1983, conclui-se que:

(A) o disparo que atingiu X partiu da arma de um dos meliantes.

(B) o número de vigilantes empregados na proteção ao numerário era


inadequado.

(C) os vigilantes desrespeitaram norma de segurança na reação ao ataque ao


carro-forte.

(D) os proprietários do posto de gasolina desrespeitaram norma de segurança


aplicável ao carregamento de dinheiro em caixas eletrônicos.

(E) X se aproximou de forma inadequada e imprudente do carro-forte.

Comentário:

Pelas informações do enunciado, temos dados suficientes para afirmar


que os quatro vigilantes eram funcionários regularizados de empresa

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especializada em transporte de valores. Por isso podemos concluir que naquele


momento estavam a portar armas devidamente autorizadas pela Lei, ou seja,
revólveres calibre .32, .38 ou até mesmo espingardas de calibre .12, .16 ou
.20 (já que transportavam valores).

Item A - Ora, se o disparo que matou X partiu de um revólver calibre .22,


podemos também concluir, com as demais informações do enunciado, que
essa arma não era dos vigilantes e sim dos meliantes. Já temos a nossa
resposta! (Certo)

Item B - Como podemos aceitar tal afirmativa se vimos que nem a Lei
7.102/83 e nem seu regulamento, o Decreto 89.056/83, especificam
quantidade ideal ou obrigatória de vigilantes para cada empresa especializada?
Se o enunciado da questão pede que tomemos por base a Lei 7.102/83, então
não podemos concordar com a afirmação da assertiva em análise. (Errado)

Item C - Não houve desrespeito à norma de segurança na reação ao ataque ao


carro-forte. O porte de arma dos vigilantes é exclusivamente para uso quando
no exercício da atividade de vigilância no local de trabalho e para defesa
pessoal. A condição de defesa pessoal é dada pelo Estatuto do Desarmamento
e por seus regulamentos. Ser de defesa pessoal indica que a arma só poderá
ser utilizada em legítima defesa, ou seja, em reação a ataques iniciados
por terceiros. E foi exatamente o que aconteceu no caso hipotético da
questão! (Errado)

Item D – Não há indícios no enunciado da questão para afirmarmos que os


proprietários do posto de gasolina desrespeitaram qualquer norma de
segurança. E arrisco dizer que não houve problema algum nos procedimento
dos proprietários. (Errado)

Item E - O enunciado que analisemos as suas assertivas com base na Lei


7.102/83. Pois bem, de todo o estudado até aqui, você há de concordar
comigo que, à luz da referida norma, não existe nenhuma disposição que trate
a respeito da conduta de vítimas em assaltos a carros-fortes. (Errado)

Gabarito: Letra “A”

28. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010] Durante um


assalto a uma instituição bancária, os vigilantes que faziam a
segurança do local trocam tiros e depois entram em luta corporal com
os criminosos. No confronto, três assaltantes são mortos. Durante a
investigação policial que se segue, as autoridades concluem que os
vigilantes agiram corretamente na proteção do patrimônio da
instituição bancária, mas decidem informar o Ministério da Justiça
sobre irregularidades nas armas que teriam sido usadas pelos
vigilantes no confronto, em razão dos dados presentes nos exames
cadavéricos realizados nos corpos dos assaltantes.

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Em tais exames, os peritos constataram marcas de queimaduras


similares a armas elétricas de choque (tasers), marcas de golpes de
cassetetes de madeira, perfurações de balas causadas por revólveres
calibre 38 e lacerações vermelhas nos olhos, condizentes com uso de
gás de pimenta. Diante de tais informações, considerando a Lei no
7.102/1983, conclui-se que os vigilantes:

(A) Usavam revólveres não permitidos para o seu trabalho.

(B) Usavam armas elétricas de choque e recipientes de gás de pimenta sem


permissão no seu trabalho.

(C) Usavam cassetetes não permitidos para o seu trabalho.

(D) Usavam revólveres, cassetetes e armas elétricas de choque permitidos no


seu trabalho.

(E) Deveriam utilizar cassetete de borracha, e não de madeira, em seu


trabalho.

Comentário:

Item A - Observando com atenção o caso hipotético, podemos observar que as


perfurações de balas encontradas nos cadáveres foram causadas por
revólveres calibre 38. Logo, conclui-se que os vigilantes usavam sim revólveres
permitidos para o seu trabalho. (Errado)

Item B - Certíssimo! Recapitulando para não esquecer: a Lei 7.102/83, em seu


art. 22, versa que será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar
revólver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha. O
mesmo artigo, em seu parágrafo único, estabelece também que quando
empenhados em transporte de valores, os vigilantes poderão também utilizar
espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação nacional.
Perceba que não existe, portanto, previsão legal para o uso de armas elétricas
de choque e recipientes de gás de pimenta. À luz da Lei 7.102/83, ao usarem
tais armas, agiam de fato ilegalmente. (Certo)

Item C - O enunciado nos diz que os cadáveres das vítimas apresentaram


sinais de golpes de cassetetes de madeira. Se eram de madeira, então os
cassetetes utilizados eram de tipo permitido pela Lei nº 7.102/83 (cassetetes
de madeira ou de borracha). (Errado)

Item D - Os revólveres (de calibre .38) e os cassetetes (de madeira) utilizados


pelos vigilantes estavam de acordo com a lei. As armas elétricas de choque
não. Não há previsão na Lei nº 7.102/83 para o uso de armas não letais por
vigilantes. Há a possibilidade, mas quem a regulamenta é outra norma, a
Portaria DPF nº 3.233/12, a ser estudada na próxima aula! (Errado)
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Item E - Nessa você não cai, tenho certeza! A essa altura do campeonato você
já deve estar cansado de saber que, de acordo com o regramento da Lei
7.102/83, tanto os cassetetes de madeira quanto os de borracha são
perfeitamente permitidos para os vigilantes. (Errado)

Gabarito: Letra “B”

29. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010] X e Y prestam


determinado serviço profissional no seu local de trabalho. Por
desatenção, X dispara acidentalmente sua arma, atingindo Y. X é preso
e encaminhado à delegacia próxima ao local, onde devolve ao
representante da empresa que o empregava o uniforme e a arma que
usava, sendo encaminhado a uma sala, onde deverá aguardar, em
prisão especial, pela manifestação do juiz sobre seu caso. Y, por sua
vez, é levado a um hospital particular pago pela empresa que o
empregava, onde é submetido a uma cirurgia, a qual, no entanto, não
é suficiente para lhe salvar a vida. A família de Y é comunicada, na
oportunidade, que será beneficiada pelo recebimento do seguro de
vida em grupo, feito pela empresa.

De acordo com a Lei no 7.102/1983, qual dos fatos abaixo NÃO é


indicativo de que X e Y eram vigilantes?

(A) X e Y usavam uniformes em serviço.

(B) X e Y tinham porte de arma quando em serviço.

(C) Y teve a despesa do hospital paga pela empresa que o empregava.

(D) Y tinha seguro de vida em grupo pago pela empresa que o empregava.

(E) X foi encaminhado à prisão especial por ato decorrente do serviço.

Comentário:

Vamos revisar o importante art. 19 da lei 7.102/83: ao vigilante é


assegurado uniforme especial aprovado pelo Ministério da Justiça, a
expensas do empregador; porte de arma, quando no exercício da atividade
de vigilância no local de trabalho; prisão especial por ato decorrente do
exercício da atividade de vigilância; e seguro de vida em grupo, feito pelo
empregador.

Pelo amor de Deus, não se esqueça dessas garantias, pois são grandes
candidatas a questões de sua prova! Aos itens:

Item A – Diante do exposto acima, se X e Y usavam uniformes em serviço,


estamos sim diante de grande evidência de que eram vigilantes. (Certo)

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Item B - Se X e Y tinham porte de arma quando em serviço, temos mais um


forte indício de que os dois eram vigilantes, pois a Lei 7.102/83 dá aos
vigilantes o direito de ter porte de arma, quando no exercício da atividade de
vigilância no local de trabalho. (Certo)

Item C - Caro aluno, agora te pergunto: há nas garantias acima revisadas o


direito de o vigilante ter suas despesas hospitalares (quaisquer que sejam
elas) pagas pelo empregador? Claro que não! A assertiva erra, portanto, ao
afirmar que o pagamento da despesa do hospital de X e Y pela sua empresa
empregadora é um indício de que eles são vigilantes. (Errado)

Item D - Y tinha seguro de vida em grupo pago pela empresa que o


empregava. Mais um forte indício de que Y é um vigilante. (Certo)

Item E - A prisão especial por ato decorrente do serviço é uma das garantias
dadas aos vigilantes. Acabamos de ver isso! Logo, mais outro indício de que X
é um vigilante. (Certo)

Gabarito: Letra “C”

3.5. O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA e os vigilantes

Bom, ao estudarmos o regramento da Lei 7.102/93 e de seu


regulamento sobre os vigilantes, já citamos uma série de competências do
Ministério da Justiça.

Porém, em se tratando de vigilantes, as competências desse órgão não


param por aí, porque cabe ainda ao Ministério da Justiça, por intermédio do
Departamento de Polícia Federal ou mediante convênio com as Secretarias
de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal:

aprovar uniforme;

fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;

fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada


unidade da Federação;

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fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das


empresas especializadas e dos estabelecimentos financeiros;

autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e

fiscalizar e controlar o armamento e a munição destinados à


formação, ao treinamento e ao uso dos vigilantes.

Atenção: A fixação do currículo dos cursos de formação de


vigilantes NÃO SERÁ OBJETO DE CONVÊNIO.

Para treinar, duas de nossa banca:

[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] De acordo com as


disposições da Lei 7.102/83, julgue os itens a seguir:

30. É possível que, mediante convênio firmado com o Ministério da Justiça, as


Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal aprovem os
uniformes, fixem o currículo dos cursos de formação e autorizem a aquisição e
a posse de armas e munições de vigilantes.

31. Fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas


especializadas e dos estabelecimentos financeiros é competência exclusiva do
Ministério da Justiça, não podendo ser ela objeto de convênio.

Comentário 30:

Você já sabe que grande parte das competências do Ministério da


Justiça pode ser objeto de convênio com as Secretarias de Segurança Pública
Estaduais. A questão estaria correta não fosse por incluir dentre as
competências passíveis de convênio a de fixar o currículo dos cursos de
formação de vigilantes. Essa competência, segundo o art. 20, parágrafo único,
da Lei 7.102/83, não será objeto de convênio.

Gabarito: Errado

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Mais um importante passo dado em sua caminhada!

Participe do fórum de nosso curso e fique atento também ao seu Quadro


de Avisos. Dúvidas, questionamentos e sugestões serão sempre bem-vindos.

Conte comigo sempre que precisar!

Bons estudos e até a nossa próxima aula!

***

QUESTÕES DE SUA AULA

01. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Segundo o que dispõe a


Lei nº 7.102/83, é vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento
financeiro que não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua
aprovação, elaborado pelo Ministério da Justiça.

02. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] A pequena cooperativa


singular de crédito Alfa encontra-se instalada dentro de um prédio comercial
cuja edificação possui sistema de alarmes, circuito de fechado de TV, além de
vigilância patrimonial. Segundo o regramento estabelecido pela Lei nº
7.102/83, a cooperativa Alfa poderá ficar dispensada de instalar sistema de
segurança.

03. [CESPE – AGENTE/PAPILOSCOPISTA – POLICIA FEDERAL – 2012]


Ainda que se instale em cidade interiorana e apresente reduzida circulação
financeira, a cooperativa singular de crédito estará obrigada a contratar
vigilantes, independentemente de se provar que a contratação inviabilizará
economicamente a manutenção do estabelecimento.

04. [CESGRANRIO – TÉCNICO – ÁREA 02 – BANCO CENTRAL – 2010]


Os meliantes X, Y e Z planejam um assalto contra determinado
estabelecimento. Ao relatar para os comparsas quais os mecanismos
que compõem o sistema do referido estabelecimento, Z indica ter
observado apenas: (1) alarme com comunicação imediata com a
delegacia policial das redondezas, (2) presença de oito vigilantes
armados no local, (3) porta de travamento de segurança, com detector
de metais e (4) mecanismo de segurança com feixes de laser
acionados enquanto o estabelecimento se encontra fechado. Com tais
informações, conclui-se que, de acordo com a Lei no 7.102/1983, o
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estabelecimento em questão NÃO é um estabelecimento financeiro


onde há guarda de valores em virtude da
(A) presença de oito e não dez vigilantes armados no local.
(B) presença de mecanismo de segurança com feixes de laser.
(C) presença de detector de metais na porta de travamento de segurança.
(D) ausência de sistema de telefonia especial, artefatos que retardem a ação
de criminosos e locais especiais de proteção ao cliente em caso de ações
violentas.
(E) ausência de equipamentos que possibilitem a identificação dos criminosos,
artefatos que retardem a ação dos criminosos ou cabina blindada com
permanência ininterrupta de vigilante.

[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] No que concerne às


disposições da Lei nº 7.102/83 e seus regulamentos, julgue os itens a
seguir.
05. O serviço de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias
Militares, nos estabelecimentos financeiros estaduais, a critério do
Departamento de Polícia Federal.
06. Vigilância ostensiva é a atividade exercida no interior dos estabelecimentos
e em transporte de valores, por pessoas uniformizadas e adequadamente
preparadas para impedir ou inibir ação criminosa.
07. Há na Lei a obrigatoriedade de que o transporte de numerário, para
suprimento ou recolhimento do movimento diário dos estabelecimentos
financeiros, em montante superior a 50.000 Ufir, seja efetuado em veículo
especial e que esse veículo seja necessariamente de propriedade da própria
instituição.
08. A Lei veda qualquer possibilidade de efetuação de transporte de numerário
em veículos comuns.
09. Existem cidades na Região Amazônica em que não há possibilidade de se
fazer transporte de numerário nos veículos especiais das empresas
especializadas ou dos próprios estabelecimentos financeiros interessados.
Comprovada a inviabilidade do uso desse tipo de transporte, o Ministério da
Justiça deverá autorizar o transporte de numerário por outros meios.

10. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Segundo o que


estabelece Lei 7.102/83, o fato de possuírem requisitos mínimos de segurança
é condição suficiente para que os estabelecimentos financeiros possam ter
direito a descontos sobre os prêmios aos assegurados, nos casos de seguros
contra roubo e furto qualificado.

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[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] De acordo com a norma


que dispõe sobre a segurança dos estabelecimentos financeiros, julgue
os itens a seguir.
11. O estabelecimento financeiro que infringir as disposições da Lei 7.102/83
ficará sujeito a penalidades que vão da advertência até a interdição do
estabelecimento, de acordo a gravidade da infração, a sua situação de
reincidente e a sua condição econômica.
12. O Ministério da Justiça, por intermédio de órgão competente, procederá
pelo menos a uma fiscalização anual no estabelecimento financeiro, quanto ao
cumprimento das disposições relativas ao sistema de segurança. A lei prevê a
possibilidade de que essa fiscalização possa ser feita mediante convênio com
as Secretarias de Segurança Pública dos Estados, Territórios e do Distrito
Federal.

13. [FGV – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/PA – 2010] Os serviços


de vigilância e de transporte de valores não poderão ser executados por uma
mesma empresa.

14. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] São consideradas como


segurança privada as atividades desenvolvidas em prestação de serviços com a
finalidade exclusiva de proceder à vigilância patrimonial das instituições
financeiras e de outros estabelecimentos privados.

15. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] A empresa de segurança


Gama, empresa privada, é especializada em fornecer serviços de vigilância
patrimonial e transporte de valores para instituições financeiras. Não há
impedimentos legais para que ela preste também atividades de segurança
privada a entidades sem fins lucrativos e a órgãos e empresas públicas.

[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Sobre as empresas de


segurança privada, segundo os ditames da Lei 7.102/83, julgue os
itens a seguir.
16. A exigência para que os diretores das empresas especializadas em
segurança privada não tenham antecedentes criminais registrados não se
aplica aos demais empregados dessas empresas.
17. A vedação a estrangeiros para a propriedade e a administração das
empresas especializadas em segurança privada não é absoluta, pois há
exceção para aqueles estrangeiros que não tenham antecedentes criminais
registrados.

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18. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Mike Davis, brasileiro


naturalizado, mesmo tendo cumprido todos os demais requisitos exigidos, não
poderá exercer a profissão de vigilante, pois sua condição de naturalizado é
impeditiva para tal intento, segundo o regulamentado pela Lei nº 7.102/83.

19. [PONTO E MARCOS GIRÃO - BACEN – 2013] Registro prévio no


Departamento de Polícia Federal, sujeição semestral a rigorosos exames de
saúde física e mental e adequado preparo são disposições a serem
obrigatoriamente obedecidas para o exercício da atividade profissional de
vigilante.

20. [FGV – TEC. SEGURANÇA JUDICIÁRIA – TRE/PA – 2010] Para o


exercício da profissão, o vigilante deverá ser brasileiro.

21. [CESGRANRIO – TÉCNICO – ÁREA 02 – BANCO CENTRAL – 2010]


Observe as informações a seguir sobre diferentes pessoas.
W: espanhol de nascimento, brasileiro naturalizado, porteiro, sexo
masculino, 35 anos, portador de certificado de dispensa do serviço
militar, segundo grau completo.
X: brasileiro nato, pedreiro, sexo masculino, 24 anos; deixou de votar
nas últimas eleições, mas justificou sua ausência; estudou até a sétima
série do primeiro grau.
Y: brasileira nata, secretária, sexo feminino, 21 anos; sem
antecedentes criminais; estudou até a oitava série do primeiro grau.
Z: brasileiro nato, motorista, sexo masculino, 31 anos; sem
antecedentes criminais registrados, mas tendo sido investigado em
uma ocorrência policial; estudou até a quinta série do primeiro grau.
Analisando as informações acima, conclui-se, com base na Lei no
7.102/1983, que somente W, Y e Z, somente têm os requisitos
necessários para serem vigilantes:

[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] A respeito dos cursos de


formação de vigilantes, segundo a Lei 7.102/83 e seus regulamentos,
julgue os itens a seguir.
22. O curso de formação de vigilantes somente poderá ser ministrado por
instituição capacitada e idônea, autorizada a funcionar pelo Ministério da
Justiça, e que será também a responsável por fixar o currículo do curso de
formação de vigilantes e a carga horária para cada disciplina.
23. É requisito para que um curso de formação de vigilantes possa funcionar a
disponibilidade de instalações seguras e adequadas e de uso exclusivo para
treinamento teórico e prático dos candidatos a vigilantes.
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24. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Tício, vigilante da


empresa Delta há um ano e três meses, pretende se habilitar para exercer as
atividades de escolta armada. Por seu comportamento exemplar e
irrepreensível, o gerente operacional de sua empresa, Fabiano, aceitou seu
intento e o selecionou para participar do curso de extensão específico para a
habilitação desejada. Diante do exposto, pode-se concluir que Tício já reúne
alguns requisitos para candidatar-se a ser um vigilante com a especialidade de
escolta armada.

25. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] O vigilante Joaquim, ao


receber uma ligação telefônica de sua esposa informando-lhe que estava
passando mal, saiu com muita pressa do trabalho sem desfazer-se de sua
farda de vigilante e conduziu sua esposa ao hospital. Terminado o
atendimento, Joaquim retorna a sua empresa e, ao ser avistado pelo seu
supervisor, foi por ele advertido por ter saído da empresa usando o uniforme
de vigilante. Com base na situação hipotética acima podemos afirmar que a
conduta do seu supervisor foi errada e inapropriada, pois Joaquim estava em
situação de urgência, no seu horário de trabalho e, por isso, considerou não ter
infringido a lei.

26. [PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] Segundo o que dispõe


a Lei 7.102°83, das especificações do uniforme do vigilante constará
apito com cordão, emblema da empresa e plaqueta de identificação do
vigilante. A plaqueta de identificação será autenticada pela empresa,
terá validade de seis meses e conterá:
I. Nome do vigilante.
II. Nome da empresa de segurança privada ou transporte de valores.
III. Modelo de arma para o qualquer está autorizado a portar.
IV. Fotografia tamanho 3x4 do vigilante.
V. Número de registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do
Trabalho.
Estão corretos os itens:
(A) I, IV e V
(B) I, III e IV
(C) I e II
(D) II, III, IV e V
(E) Todos estão corretos

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27. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010] Durante o


procedimento de carregamento do caixa eletrônico de uma instituição
bancária, situado em um posto de gasolina, os quatro vigilantes
encarregados da proteção do numerário que se encontra no carro-forte
são atacados por meliantes fortemente armados, que disparam em sua
direção. Os vigilantes reagem e ocorre intensa troca de tiros. Na
oportunidade, o cidadão X, que passava pelo local, recebe um disparo
fatal. Dias depois, no curso do inquérito policial para investigar a sua
morte, o exame pericial é divulgado, indicando que o disparo partiu de
um revólver calibre 22. Considerando essas informações e com base na
Lei no 7.102/1983, conclui-se que:
(A) o disparo que atingiu X partiu da arma de um dos meliantes.
(B) o número de vigilantes empregados na proteção ao numerário era
inadequado.
(C) os vigilantes desrespeitaram norma de segurança na reação ao ataque ao
carro-forte.
(D) os proprietários do posto de gasolina desrespeitaram norma de segurança
aplicável ao carregamento de dinheiro em caixas eletrônicos.
(E) X se aproximou de forma inadequada e imprudente do carro-forte.

28. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010] Durante um


assalto a uma instituição bancária, os vigilantes que faziam a
segurança do local trocam tiros e depois entram em luta corporal com
os criminosos. No confronto, três assaltantes são mortos. Durante a
investigação policial que se segue, as autoridades concluem que os
vigilantes agiram corretamente na proteção do patrimônio da
instituição bancária, mas decidem informar o Ministério da Justiça
sobre irregularidades nas armas que teriam sido usadas pelos
vigilantes no confronto, em razão dos dados presentes nos exames
cadavéricos realizados nos corpos dos assaltantes.
Em tais exames, os peritos constataram marcas de queimaduras
similares a armas elétricas de choque (tasers), marcas de golpes de
cassetetes de madeira, perfurações de balas causadas por revólveres
calibre 38 e lacerações vermelhas nos olhos, condizentes com uso de
gás de pimenta. Diante de tais informações, considerando a Lei no
7.102/1983, conclui-se que os vigilantes:
(A) Usavam revólveres não permitidos para o seu trabalho.
(B) Usavam armas elétricas de choque e recipientes de gás de pimenta sem
permissão no seu trabalho.
(C) Usavam cassetetes não permitidos para o seu trabalho.
(D) Usavam revólveres, cassetetes e armas elétricas de choque permitidos no
seu trabalho.
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(E) Deveriam utilizar cassetete de borracha, e não de madeira, em seu


trabalho.

29. [CESGRANRIO – TÉCNICO ÁREA 02 – BACEN – 2010] X e Y prestam


determinado serviço profissional no seu local de trabalho. Por
desatenção, X dispara acidentalmente sua arma, atingindo Y. X é preso
e encaminhado à delegacia próxima ao local, onde devolve ao
representante da empresa que o empregava o uniforme e a arma que
usava, sendo encaminhado a uma sala, onde deverá aguardar, em
prisão especial, pela manifestação do juiz sobre seu caso. Y, por sua
vez, é levado a um hospital particular pago pela empresa que o
empregava, onde é submetido a uma cirurgia, a qual, no entanto, não
é suficiente para lhe salvar a vida. A família de Y é comunicada, na
oportunidade, que será beneficiada pelo recebimento do seguro de
vida em grupo, feito pela empresa.
De acordo com a Lei no 7.102/1983, qual dos fatos abaixo NÃO é
indicativo de que X e Y eram vigilantes?
(A) X e Y usavam uniformes em serviço.
(B) X e Y tinham porte de arma quando em serviço.
(C) Y teve a despesa do hospital paga pela empresa que o empregava.
(D) Y tinha seguro de vida em grupo pago pela empresa que o empregava.
(E) X foi encaminhado à prisão especial por ato decorrente do serviço.

[PONTO E MARCOS GIRÃO – BACEN – 2013] De acordo com as


disposições da Lei 7.102/83, julgue os itens a seguir:
30. É possível que, mediante convênio firmado com o Ministério da Justiça, as
Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal aprovem os
uniformes, fixem o currículo dos cursos de formação e autorizem a aquisição e
a posse de armas e munições de vigilantes.
31. Fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas
especializadas e dos estabelecimentos financeiros é competência exclusiva do
Ministério da Justiça, não podendo ser ela objeto de convênio.

[CESPE – TÉCNICO SEGURANÇA – BACEN – 2013] As atividades do


sistema financeiro ligadas à movimentação de numerário e dados de
movimentação bancária são revestidas de uma série de
especificidades, em especial relacionadas à segurança. Acerca desse
assunto e considerando a legislação relacionada, julgue os itens a
seguir.

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32. A legislação brasileira exige que o transporte de valores seja executado


por empresas especializadas nesse tipo de serviço, proibindo que
estabelecimentos financeiros executem essa atividade.
33. As penas previstas para estabelecimentos financeiros que descumprirem
as normas do sistema de segurança abarcam desde advertência ou multa até a
interdição.
34. Para a execução de serviços de transporte de numerário no valor de sete a
vinte mil unidades fiscais de referência, poderá ser utilizado um veículo comum
com dois vigilantes.

[CESPE – TÉCNICO SEGURANÇA – BACEN – 2013] No que diz respeito a


transporte de valores e segurança para estabelecimento financeiro,
julgue os itens a seguir.
35. É permitido ao vigilante, quando estiver realizando a segurança de um
estabelecimento financeiro, portar revólver calibre .32, .38 ou .40, além de
cassetete de madeira ou de borracha.
36. O vigilante em serviço, além de ser autorizado por lei a portar arma, tem
direito a seguro de vida em grupo feito pela empresa empregadora, a uniforme
e a prisão especial, se o ato que motivou sua prisão tiver sido decorrente do
serviço de vigilância que estava desempenhando.
37. O número mínimo de vigilantes adequado ao sistema de segurança de
estabelecimentos financeiros será definido no plano de segurança do
estabelecimento. No entanto, esse número não deve ser inferior a vinte por
cento do número de funcionários da empresa e as peculiaridades do
estabelecimento, como localização, área, instalações e encaixe, devem ser
observadas.

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