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oCrescimento e Desenvolvimento infantil

Saúde da Criança (Pediatria)


Aula do dia 10/11/2014 – Prof. Alexandre Miralha

Desenvolvimento infantil
Conceito

Processo de construção da identificação humana. A progressão do desenvolvimento


vai da dependência a independência através de um processo contínuo da concepção a
maturidade. Não é uma linha reta, mas sim um zig-zag progressivo, uma espiral
ascendente.

Individualizado – crianças crescem e se desenvolvem em velocidades diferentes umas


das outras.

Progressão de habilidades que a criança adquire, de modo que ela passa de uma total
dependência da mãe e da família, até a completa independência.

 Maturação: é um processo geneticamente determinado de organização


progressiva das estruturas morfológicas cerebrais.
 Desenvolvimento: reflete um aumento de habilidades funcionais.

Determinismo biológico x cultural:

 Alicerces: possibilidades e limitações da espécie (fator biológico). Cada


indivíduo tem suas limitações.
 Sofre consequência da maturação cerebral. Esta é determinada pelo
crescimento embriológico/intrauterino, pelos hormônios tireoidianos e pela
alimentação.
 Variação individual (temperamento, fator genético)

Áreas Básicas
Propostas por Gesell. Desenvolvem-se em conjunto, porém não na mesma velocidade.
Devem receber estímulos ambientais que ajudem em seu desenvolvimento.

Uma área pode estar bem desenvolvida, enquanto outra não. Ex: uma criança pode
andar adequadamente, mas não falar, devido à surdez; uma criança cresce
adequadamente, mas não fala e não interage, devido ao autismo.
 Motora grossa:
Atividade dos grandes grupos musculares das raízes dos membros: sustentação
da cabeça, sentar, andar.
No primeiro ano de vida ocorrem diversos avanços nessa área:
1) Posição deitada.
2) Sustentação da cabeça.
3) Rolar na cama. Para isso é necessária maturidade dos músculos para-
vertebrais.
4) Sentar com apoio, e mais tarde, sem apoio.
5) Flexionar o tronco e engatinhar
6) Ficar em pé com apoio na parede.
7) Andar sem apoio: 12 a 13 meses.
É necessário orientar os pais para a prevenção de acidentes domésticos, como
prender a cabeça entre as barras do berço, por exemplo.
Esse desenvolvimento ocorre de maneira rápida, com um decréscimo na
velocidade a cada mês.

 Motora fina:
Após ocorrer a maturação das raízes de nervos maiores, são desenvolvidos os
movimentos mais finos, delicados, precisos, relacionados aos músculos
pequenos das extremidades. Ex: preensão, movimento em pinça (a partir dos 9
meses).

 Linguagem: Expressão vocal.


Não é muito rica no primeiro ano de vida. O máximo que ocorre é duplicação
de sílabas no segundo semestre, que variam conforme o ambiente círculo
social da criança (família). Ex: “mama”, “papa”, “baba”, “auau”.
Deve-se evitar conversar com a criança usando diminutivos, pois a mesma pode
acostumar-se a falar apenas dessa forma.
Não se deve corrigir erros de linguagem da criança com repreensões ou
castigos, isso pode inibi-las de continuar se expressando pela fala.

 Cognitiva:
Funções mentais: Raciocínio, memória, simbolização.
Tem um maior desenvolvimento a partir da metade do 2º ano de vida.

 Psicossocial:
Subjetividade, percepção, relacionamentos.
No primeiro e no segundo anos de vida, os relacionamentos da criança são
principalmente dentro da família.
Nos anos seguintes, a criança desenvolve suas amizades na escola. A partir
desse convívio, ela pode adotar hábitos de outras crianças e de suas famílias
(“imitação”).
Os pais devem observar isso e corrigir aqueles hábitos que não sejam
adequados, porém sem repreender muito fortemente a criança, pois isso pode
estimular a curiosidade dela e levá-la a fazer aquilo que é considerado
“errado”. Deve-se conversar com naturalidade e explicar para a criança porque
ela não deve fazer aquilo.

Vigilância do Desenvolvimento Infantil na Atenção Primária à Saúde no Contexto da


AIDPI (Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância).

Deficiências graves são (e devem ser) reconhecidas ainda na Infância, porém distúrbios
na linguagem, hiperatividade e transtornos emocionais não são comumente
diagnosticados antes dos três ou quatro anos, assim como distúrbios de aprendizagem
raramente são identificados antes do ingresso da criança na escola. (Palfrey et al,
1987).

Durante muito tempo na pediatria a avaliação do desenvolvimento foi negligenciada,


de forma que muitas alterações só eram diagnosticadas aos 3 ou 4 anos de idade.
Assim, perdia-se a melhor oportunidade de estimular o desenvolvimento da criança,
pois nos primeiros 3 anos de vida o sistema nervoso possui maior plasticidade.

Modelos de desenvolvimento
Interacional: considera que o desenvolvimento é fruto da ação simultânea de fatores
genéticos e ambientais.

Transacional: considera que os fatores genéticos e ambientais, dotados de


plasticidade, se modificam mutuamente. Atualmente é considerado o modelo mais
completo.
Uma vez que o sistema nervoso central tem maior plasticidade nos primeiros 3 anos de
vida, qualquer criança com deficiência reconhecida precocemente pode ser
estimulada, seja com fonoterapia, fisioterapia ou terapia ocupacional, e acompanhada,
de forma que ela consiga conquistar o marco de desenvolvimento que havia sido
perdido.
O desenvolvimento integral da criança depende de políticas governamentais, da
organização da comunidade, e da integração da família, para que a criança tenha todos
os seus direitos garantidos. Valores, políticas, redes sociais, serviços e acessibilidade
estão envolvidos nesse processo, além de saúde, educação, trabalho, ambiente, justiça
e saneamento. Todos esses fatores contribuem para o desenvolvimento e crescimento
da criança.

Análise do desenvolvimento pós-natal do recém-nascido a termo


Regras gerais

A evolução do movimento vai desde uma atividade em bloco generalizada (como rolar
na cama, sustentar a cabeça, sentar sem e com apoio, engatinhar) até as respostas
individuais, que surgem a partir do primeiro ano de vida.

Direção céfalo-caudal, de modo que o controle da cabeça e o uso das mãos precedem
a deambulação. Assim, uma criança não começa a andar sem antes ter sustentado a
cabeça, rolado na cama, sentado com e sem apoio, e engatinhado.

Caso a criança tenha desnutrição ou algum outro processo patológico que afete o
desenvolvimento, ela pode perder os últimos marcos conquistados. Por exemplo: se
ela já estava andando, pode parar de andar, se já estava engatinhando, pode parar de
engatinhar. Dependendo da intensidade e duração desse processo patológico, a
criança pode ou não recuperar o marco perdido.

Respostas automáticas devem desaparecer para que se possa adquirir o movimento


voluntário.
O recém-nascido é dotado de diversos reflexos, como o da preensão palmar e plantar,
do abraço (de Monro), e do tremor do queixo (Chvostek - presença de espasmos dos
músculos faciais em resposta à percussão do nervo facial na região zigomática).
Ao longo do tempo, esses reflexos desaparecem e os movimentos tornam-se
voluntários. Por exemplo: o reflexo da preensão palmar passa a ser voluntário entre o
4º e 5º mês de vida. Assim, após esse período a criança só pegará um objeto colocado
na mão dela se o mesmo lhe chamar atenção, seja pela cor ou pelo formato.

Desenvolvimento psicomotor no primeiro ano de vida

Vai até objetos

Senta com apoio


Preensão palmo-pulgar

Senta sem apoio

Fica em pé com apoio

 Desenvolvimento céfalo-caudal.
 Reflexos subcorticais originam os reflexos transitórios.
 Professor lê os marcos da figura.

Roteiro para avaliação do desenvolvimento

 História clínica
 Exame neurológico
 Habilidades funcionais: exemplificadas na figura acima.
 Tônus muscular:
“Tônus muscular é o estado de tensão permanente dos músculos, de origem
essencialmente reflexa, variável, cuja missão fundamental tende ao ajuste das
posturas locais e da atividade geral, e dentro do qual é possível distinguir de
forma semiológica diferentes propriedades” (Barraquer, 1968)

Estudo semiológico do tônus:


o Inspeção da criança despida (estado muscular/volume muscular)
o Mobilidade e extensibilidade

o Durante o exame clínico deve-se avaliar ainda o tônus muscular da criança,


o que é um dos parâmetros mais importantes.
o Palpa-se os músculos procurando sinais de flacidez, hipertonia e etc, de
modo a diagnosticar algum tipo de paralisia.
o O tônus muscular é o estado de semicontração involuntário dos músculos,
que mantém a posição do corpo. Ele se reflete no exame semiológico na
simetria e na palpação dos grupos musculares.
o Verifica-se mobilidade, extensibilidade e simetria muscular.
o O comprometimento do tônus pode refletir em atraso do desenvolvimento
da criança, até mesmo na área psicossocial.

Instrumento para avaliação

Profissionais de saúde da atenção primária, na sua maioria, não realizam a contento a


vigilância do desenvolvimento infantil (FIGUEIRAS, 2002)

Crianças são diagnosticadas e encaminhadas tardiamente para terapia por atraso no


desenvolvimento. (URE – MIA, 2000).

Anteriormente as tabelas utilizadas para


avaliação do desenvolvimento eram
muito complexas, de modo que muitos
profissionais acabavam não as utilizando,
o que refletia em um atraso nos
diagnósticos de atraso do
desenvolvimento.

Exemplo (Figura): Teste do


desenvolvimento de Denver –
Atualmente utilizado apenas por
psicólogos e neurologistas em crianças
com provável ou possível atraso no desenvolvimento.
O instrumento utilizado atualmente no Brasil para avaliação do desenvolvimento foi
criado pela Profa. Mia (?), da UFPA.

Foi elaborado um instrumento sistematizado para vigilância do desenvolvimento de


crianças de 0 a 2 anos na atenção primária.

Esse escore é baseado na estratégia da AIDPI (Atenção integrada às doenças


prevalentes na infância) e valoriza as informações da mãe sobre o desenvolvimento do
seu filho.

Utiliza as informações sobre os fatores de risco para desenvolvimento da criança e a


observação de alguns reflexos, posturas e 32 marcos do desenvolvimento das áreas
motora, visual, auditiva e cognitiva, distribuídos em 8 faixas etárias entre 2 meses e 2
anos de idade, de fácil observação, já validados por alguns autores e utilizados em suas
escalas de avaliação do desenvolvimento. Leva também em consideração alguns dados
do exame físico, como perímetro cefálico e alterações fenotípicas.

Os marcos escolhidos para observação deviam estar presentes em 3 ou 4 escalas de


avaliação do desenvolvimento infantil (escalas de Gesell, Denver, Bayley e Elizabeth
Pinto).

Foram selecionados os marcos estático-motores, de linguagem, psicossociais e


adaptativos mais significativos, presentes nas tabelas mais utilizadas para avaliação do
desenvolvimento.

A idade limite para aquisição de cada marco foi estabelecida como aquela em que 90%
já o haviam alcançado.

Utiliza-se um quadro de cores com informações simples que qualquer profissional da


saúde pode avaliar. Tem grande sensibilidade e é um método de triagem para verificar
quais crianças podem ou não ter um problema no seu desenvolvimento.

Com base nos dados obtidos, classifica-se o estado do desenvolvimento da criança em:

 Provável atraso no desenvolvimento


 Possível atraso no desenvolvimento
 Desenvolvimento normal

 Desenvolvimento até os 2 meses de idade


A tabela presente no slide do professor está um pouco diferente, porém essa contém mais
informações e eu acredito que seja mais atual.

Esse escore apresenta diversas perguntas que devem ser feitas à mãe em uma anamnese
direcionada. Verifica-se a existência de fatores de risco, como alcoolismo, doenças
maternas e drogas. Leva-se em consideração, ainda, a medida do perímetro cefálico e a
presença de alterações fenotípicas.

Em crianças menores que 2 meses pesquisa-se apenas dois reflexos: de Monro e cócleo-
palpebral. Verifica-se se eles estão presentes ou ausentes, simétricos ou assimétricos.

Crianças com provável atraso no desenvolvimento devem ser encaminhadas para um


serviço de neurologia imediatamente.

Professor lê as tabelas.

 Desenvolvimento de 2 meses a 2 anos de idade


Tabelas e perguntas semelhantes ao quadro anterior, porém nesse caso são avaliados 32
marcos do desenvolvimento, ao longo de 8 faixas etárias. Pesquisam-se os marcos de
acordo com a idade da criança. Por exemplo: para uma criança com 5 meses deve-se avaliar
se ela já alcançou os marcos de 4 meses e 2 meses presentes na tabela.

Professor lê as tabelas.

Deve-se tentar avaliar os marcos durante a consulta. O que não for possível de ser
executado no momento deve ser perguntado à mãe.

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