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PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA
Carlos Renato Domingos
PODER JUDICIÁRIO
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CURSO DE PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA NO REGIME GER
PRÁTICA PREVIDENCIÁRIA
Carlos Renato Domingos
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Décima
Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo
do §1º do art.557 do C.P.C., interposto pelo INSS, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
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Todavia, após 10.12.1997, advento da Lei nº 9.528/97, em que o legislador passou a exigir a
efetiva comprovação da exposição a agentes nocivos, ganha significativa importância, na avaliação
do grau de risco da atividade desempenhada (integridade física), em se tratando da função de
vigilante, a necessidade de arma de fogo para o desempenho das atividades profissionais, situação
comprovada no caso dos autos, inclusive, com cursos específicos, requeridos/autorizados pela
Polícia Federal para o desempenho da função (fl.169/175 e declaração fl.176).
Não afasta a validade de suas conclusões, ter sido o laudo técnico ou o Perfil Profissiográfico
Previdenciário elaborado posteriormente à prestação do serviço, vez que tal requisito não está
previsto em lei, mormente que a responsabilidade por sua expedição é do empregador, não
podendo o empregado arcar com o ônus de eventual desídia daquele e, ademais, a evolução
tecnológica propicia condições ambientais menos agressivas à saúde do obreiro do que aquelas
vivenciadas à época da execução dos serviços.
No caso dos autos, o Perfil Profissiográfico Previdenciário emitido com base nas avaliações
técnicas efetuadas pelo médico do trabalho em 02.10.2000 (fl.56/58) comprova o exercício de
atividade especial no período pretérito, ou seja, desde 14.01.1995, termo inicial do pacto laboral na
empresa Pires Serviços de Segurança e Transporte de Valores Ltda.
Assim, mantidos os termos da decisão agravada que determinou a conversão de atividade especial
em comum (40%) nos períodos de 23.09.1985 a 21.07.1987, na função de vigia noturno, na
empresa Irga Lupércio Torres S/A (SB-40 fl.52) e de 14.09.1987 a 06.08.1990, vigia, na empresa
Pincéis Tigre S/A (SB-40 fl.18), ainda que não utilizasse arma de fogo, vez que havia presunção
legal de periculosidade da atividade, conforme código 2.5.7 do Decreto 53.831/64, e de 14.01.1995
a 14.02.2000, na função de vigilante, junto à empresa Pires Serviços de Segurança e Transporte
de Valores Ltda, vez que para o desempenho de suas atividades portava revólver calibre 38 (PPP
doc.15/16, fl.59/62), a configurar atividade com alto grau de risco à integridade física do
trabalhador.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo previsto no §1º do art. 557 do C.P.C., interposto
pelo INSS.
SERGIO NASCIMENTO
Desembargador Federal Relator
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O Exmo. Sr. Desembargador Federal Sérgio Nascimento (Relator): Trata-se de agravo previsto
no §1º do art. 557 do C.P.C., interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS em face da
decisão monocrática de fl.230/235, que negou seguimento à apelação do réu e deu parcial
provimento à apelação da parte autora para determinar a conversão de atividade especial em
comum nos períodos de 23.09.1985 a 21.07.1987, de 14.09.1987 a 06.08.1990 e de 14.01.1995 a
14.02.2000, todos na condição de vigilante. Em conseqüência, condenou o réu a conceder ao autor
o beneficio de aposentadoria por tempo de serviço, a contar de 23.11.20011.
Alega o agravante, em síntese, que não restou comprovado o exercício habitual e permanente de
atividade perigosa uma vez que o autor não portava arma de fogo na função de vigia, não havendo
outros agentes nocivos no ambiente de trabalho, e aponta que no formulário Perfil Profissiográfico
Previdenciário (fl.15/16) não consta a assinatura do profissional legalmente habilitado a discorrer
sobre as condições ambientais para o período anterior a 02.01.2000.
É o relatório.
SERGIO NASCIMENTO
Desembargador Federal Relator
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