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PRÉ-HISTÓRIA
DA PELE Á TECITURA
Por que cobrimos nossos
corpos com roupas?
PROTEÇÃO
“(...) nas últimas culturas paleolíticas vivia-se junto às grandes geleiras
que cobriam a maior parte do continente. Em tais circunstâncias,
apesar dos detalhes das roupas poderem ter sido determinados por
implicações sociais e psicológicas, o motivo principal para se cobrir o
corpo era afastar o frio, uma vez que a natureza fora tão avara com a
proteção natural do homo sapiens.” (LAVER, 1996, p.08)
A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL
DOS TRAJES
“O homem primitivo começa a fundar uma sociedade quando aprende
a exprimir-se através de sons e gestos, mas por outro lado funda uma
sociedade e uma cultura também no momento em que inventa um
instrumento, descobre a gruta, vibra a primeira amigdala. E a amigdala
não comunica, ‘mas serve para’. Ora a pele de urso ou de um lobo
com que nosso homem se cobre pela primeira vez, não pode pertencer
à categoria das coisas que ‘servem para’, mas antes à das coisas que
‘dizem que’?” (ECO, 1989, p.13)
PODER
“Tinha frio e cobria-se, não há dúvida. Mas também não há dúvida que
no espaço de poucos dias depois da invenção do primeiro trajo de
peles, se terá criado a distinção entre os bons caçadores, munidos das
suas peles, conquistadas pelo preço de uma dura luta, e os outros, os
inaptos, os sem-peles. E não é preciso muita imaginação para
imaginar a circunstância social em que os caçadores terão envergado
as peles, já não para proteger-se do frio, mas para afirmar que
pertenciam à classe dominante.” (ECO, 1989, p.15)
PUDOR
“Abriram-se os olhos de ambos; e percebendo que estavam nus,
coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para si.” (Bíblia, Livro
Gênesis, 3:07)
¨(...) E ele disse: Ouvi a Tua voz soar no jardim, e temi, porque estava
nu, e escondi-me. (...) E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher
túnicas de peles, e os vestiu.” (Bíblia, Livro Gênesis, 3:10 e 21)
Livros:
Eles tem o dom da pintura, e o seu corpo é
uma imensa tela. A força da sua arte é
definida em três palavras: os dedos, a
velocidade e a liberdade.
Desenham com as mãos abertas, da extremidade das unhas, às vezes com
uma extremidade de madeiras, cobrem-se de colmo, um caule esmagado.
Gestos vivos, rápidos, espontâneos, para além da infância, este
movimento essencial que procuram os grandes mestres da arte quando
aprenderam muito e tentam esquecer tudo.
H. STERN
Grandes Origem da
Movimentos Escrita
Glaciais c.3.500 a.C.
1.000.000 a.C. 500.000 a.C. 30.000 a.C. 10.000 a.C. 5.000 a.C. 1.500 a.C.
Reprodução em resina.
Costas, esta tanga é
considerada uma das mais
antigas representações têxteis
Vênus de Lespugne, França. Obra da História, provavelmente feita
em marfim, do período Paleolítico. com fios torcidos.
C. 21.000 a.C.
VÊNUS DE WILLENDORF
Cabelo trançado
ou touca.
Sapatos Casaco
Há evidências do cuidado bastante detalhado para
a preparação do vestuário com o qual o Homem do
Gelo se vestia contra o frio.
57 TATUAGENS
Símbolos decorativos, religiosos, ou, devido à
localização no corpo, marcas terapêuticas,
semelhantes à acupuntura.
Referências Bibliográficas
BOUCHER, François. História do Vestuário no Ocidente. São Paulo: Editora Cosac
Naify, 2010.
BRAGA, João. História da Moda: uma narrativa. São Paulo: Editora Anhembi-Morumbi,
2009.
ECO, Umberto. O hábito fala pelo monge, in Psicologia do Vestir. 3. ed. Lisboa: Assírio e
Alvim, 1989.
CHATAIGNIER, Gilda. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. São Paulo: Estação das
Letras e Cores, 2006.
JASON, Anthony F. Iniciação a História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2006
LAVER, James. A roupa e a moda. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1989.