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Diretoria
Hamilton Pereira – presidente
Ricardo de Azevedo – vice-presidente
Selma Rocha – diretora
Fávio Jorge Rodrigues da Silva – diretor
Coordenação editorial
Flamarion Maués
Editora Assistente
Candice Quinelato Baptista
Assistente editorial
Viviane Akemi Uemura
Edição de texto
Antônio Carlos Olivieri
Revisão
Maurício Baltazar Leal
Márcio Guimarães Araújo
Editoração eletrônica
Enrique Pablo Grande
Capa
Berenice Abramo
Ilustração da capa
Paulino NR Lazur
Impressão
Gráfica Bartira
A Previdência Social no Brasil
A Previdência Social no Brasil / Rosa Maria Marques ... [et al.]. – 1. ed. – São
Paulo : Editora Fundação Perseu Abramo, 2003. – (Coleção Cadernos da
Fundação Perseu Abramo)
Vários autores.
ISBN 85-86469-92-0
03-5886 CDD-368.400981
Copyright © 2003 by Rosa Maria Marques, Einar Braathen, Laura Tavares Soares,
José Pimentel, Eli Iôla GurgelAndrade,Arlindo Chinaglia, Ricardo Berzoini,
José Dirceu, Sulamis Dain e JoãoAntonio Felicio
ISBN 85-86469-92-0
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Sumário
Apresentação, 7
Hamilton Pereira
Abertura, 11
José Genoino
Parte 1 – Experiências internacionais, 15
Experiências internacionais e a Reforma da Previdência, 17
Rosa Maria Marques
O modelo nórdico de Seguridade Social, 31
Einar Braathen
Reforma da Previdência: a experiência da América Latina, 37
Laura Tavares Soares
Parte 2 – A história da Previdência Social no Brasil, 51
Previdência Social – Aspectos, conceitos, estruturas e
fatores condicionantes, 53
José Pimentel
Estado e Previdência no Brasil: uma breve história, 69
Eli Iôla Gurgel Andrade
História da Previdência Social, 85
Arlindo Chinaglia
Parte 3 – A situação atual e a reforma, 97
A reforma necessária, 99
Ricardo Berzoini
Uma necessidade de justiça social, 121
José Dirceu
Condições econômicas e sociais, 129
Sulamis Dain
A CUT e a Reforma da Previdência, 151
João Antonio Felicio
Sobre os autores, 161
Índice de quadros e gráficos, 167
5
Este segundo livro da série Cadernos
da Fundação Perseu Abramo
reúne textos elaborados a partir do
Seminário A Reforma da Previdência,
realizado pela Fundação Perseu Abramo
e pelo Diretório Nacional do Partido
dos Trabalhadores nos dias 23 e 24
de maio de 2003, em São Paulo.
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Hamilton Pereira
Presidente da Fundação Perseu Abramo
Apresentação
7
APRESENTAÇÃO
8
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Abril de 2003
9
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
José Genoino
Presidente do Partido dos Trabalhadores
Abertura
11
ABERTURA
12
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
13
ABERTURA
que 80% dos servidores públicos não chegam a receber 2 mil reais
como aposentadorias e pensões.
É neste país que nós queremos aumentar os gastos públicos
com a Seguridade Social. Não só qualificar como aumentar os gas-
tos públicos, e todos sabemos o que significa a Seguridade Social
num país de exclusão como o nosso.
Portanto, o debate sobre a Reforma da Previdência faz parte
da história do Partido dos Trabalhadores. Nosso partido tem uma
responsabilidade, a esquerda brasileira e o PT têm a responsabili-
dade histórica de viabilizar esse projeto de mudança, de transfor-
mação, de reformas. A esquerda tem a tarefa imprescindível de
viabilizar um projeto alternativo para o país que queremos, e isso
está presente nas declarações e resoluções do nosso partido.
O debate é o caminho. A divergência é salutar. A polêmica
enriquece. E a livre manifestação de opinião faz parte de um parti-
do que desde o nascimento é pluralista. Mas essa pluralidade – que
é a seiva da vitalidade do nosso partido – só não se degrada num
mero amontoado de homens e mulheres porque o PT, de maneira
inovadora, construiu os dois elos nas extremidades dessa corrente:
o elo da pluralidade em todos os sentidos, sim, mas também o elo
da unidade de ação do partido. Por isso o debate político funda-
menta, dá consciência, dá consistência para que nós, os militantes,
as militantes, senadores e senadoras, deputados e deputadas, pre-
feitos e prefeitas, governadores e governadoras, enfim, para todos
os filiados entenderem que chegamos ao governo, mas o partido
vai manter a sua vitalidade, a sua dinâmica, a sua cabeça erguida.
A força que temos para debater e ser críticos é a mesma que
coloca em nossos ombros a responsabilidade de não frustrar mi-
lhões e milhões de brasileiros.
O PT tem uma sina: não queremos o isolamento e o gueto, nem
a domesticação. Queremos a mudança e a transformação. E va-
mos ao debate, que esse é o caminho adequado.
14
Parte 1 –
Experiências internacionais
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Experiências internacionais e a
Reforma da Previdência
17
E XPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
18
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
19
E XPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
Quadro 1
Trajetórias de construção e desenvolvimento
– Estado e trabalhadores
Ano de criação dos partidos socialistas, das federações sindicais
e primeiras leis de cobertura dos principais riscos
Riscos
Países Sindicato Partido Acidente
Velhice Invalidez Morte Doença Matern.
de trab.
EUA -- -- 1935 1935 1935 1965 nd 1908
RU 1867 1900 1908 1911 1925 1911 1911 1887
Alemanha 1868 1875 1889 1889 1889 1883 1883 1884
Itália 1906 1892 1919 1919 1919 1927/4 1912 1898
Ja p ã o -- -- 1941 -- -- 1922 nd 1911
França 1895 1905 1910 -- -- 1928 1928 1898
Espanha -- -- 1919 1919 1919 1942 1929 1932
Suécia 1898 1889 1932 1932 1932 1891/3 1891/31 1901
Fonte: elaborado a partir de informações de “Security Programs Throughout the World” (1990) e Navarro (1993).
MARQUES, 1997
20
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 2
Trajetórias de construção e desenvolvimento
– Financiamento e custo da mão-de-obra
21
E XPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
Gráfico 1
Trajetórias de construção e desenvolvimento
– Financiamento e custo da mão-de-obra
Custo horário da mão-de-obra na
indústria e serviços 1999 (Euro)
Fonte: Eurostat
Portugal 7,0
Grécia 11,8
Espanha 15,3
Irlanda 16,2
Itália 18,8
Reino Unido 19,3
Finlândia 20,8
Países Baixos 21,7
Luxemburgo 22,7
França 23,8
Suécia 25,8
Bélgica 26,2
Alemanha 26,8
Dinamarca 27,0
Áustria 27,2
0 5 10 15 20 25 30
22
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 3
Trajetórias de construção e desenvolvimento
– Desemprego e financiamento
23
E XPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
24
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
25
E XPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
Quadro 4
Receitas e despesas da Seguridade Social
Linha branca – próprias do Ministério da Saúde
26
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 5
Déficits ou superávits ?
27
E XPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
28
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
29
E XPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
30
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Einar Braathen
O modelo nórdico de
Seguridade Social
31
O MODELO NÓRDICO DE S EGURIDADE SOCIAL
2. O seguro popular
32
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
33
O MODELO NÓRDICO DE S EGURIDADE SOCIAL
34
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
35
O MODELO NÓRDICO DE S EGURIDADE SOCIAL
36
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Reforma da Previdência:
a experiência da América Latina
37
REFORMA DA P REVIDÊNCIA
38
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
39
REFORMA DA P REVIDÊNCIA
40
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
41
REFORMA DA P REVIDÊNCIA
nós fomos o que mais avançamos] e que resistiu por mais tempo ao
ideário ortodoxo. Nele, e em suas conseqüências, estamos entretanto
mergulhados [naquela ocasião, em 1998, com Fernando Henrique] numa
adesão tardia, porém profunda, às virtudes do mercado”1.
1. Prefácio de Sulamis Dain, in: SOARES, L. Tavares. Ajuste neoliberal e desajuste social
na América Latina. Petrópolis, 2001.
42
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
43
REFORMA DA P REVIDÊNCIA
44
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
45
REFORMA DA P REVIDÊNCIA
2. Quero registrar aqui que colhi esses dados de um estudioso de Campinas, chamado
Milton Majestic, que tem acompanhado os debates e tem muitos dados interessantes a
respeito disso.
46
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
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REFORMA DA P REVIDÊNCIA
48
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
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REFORMA DA P REVIDÊNCIA
50
Parte 2 –
A história da
Previdência Social no Brasil
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
José Pimentel
Previdência Social –
Aspectos, conceitos, estruturas
e fatores condicionantes
53
P REVIDÊNCIA SOCIAL
54
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
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P REVIDÊNCIA SOCIAL
56
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
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P REVIDÊNCIA SOCIAL
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A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
59
P REVIDÊNCIA SOCIAL
Quadro 1
Contribuintes X Não-contribuintes da população ocupada total* – 2001
Existem 40,7 milhões de brasileiros que estão fora do sistema previdenciário, o que
representa 57,7% da população ocupada total...
% de % de não-
Contribuintes Não-contri- Total
cobertura cobertura
(a) buintes (b) (c = a + b)
(a/c) (a/c)
60
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 2
... mas nem todos podem contribuir. Excluindo (I) pessoas que recebem menos de
1 salário mínimo e (II) pessoas com idade inferior a 16 anos e superior a 59 anos,
chega-se a 18,7 milhões de pessoas potenciais contribuintes à Previdência Social.
Potenciais % de
POSIÇÃO NA Contribuintes Total
contribuintes cobert.
OCUPAÇÃO (A) (C)
(B) (A/C)
Empregados 22.886.767 7.671.263 30.558.030 74,9
Empregados
21.464.289 - 21.464.289 100,0
com carteira
Empregados
1.422.478 7.671.263 9.093.741 15,6
sem carteira
Trabalhador
1.554.479 1.780.123 3.334.602 46,6
doméstico
Trabalhador
doméstico 1.443.737 - 1.443.737 100,0
com carteira
Trabalhador
doméstico 110.742 1.780.123 1.890.865 5,9
sem carteira
Por conta própria 2.219.627 8.222.945 10.442.572 21,3
Empregador 1.698.505 1.042.283 2.740.788 62,0
N ão -
6.118 6.878 12.996 47,1
remunerados*
TOTAL 28.365.496 18.723.492 47.088.988 60,2
Fonte: PNAD 2001/IBGE
Elaboração: Secretaria de Previdência Social/MPS
* São trabalhadores que não recebem rendimentos do trabalho, mas possuem outras fontes de renda.
61
P REVIDÊNCIA SOCIAL
Quadro 3
A década de 1990 foi marcada pela deterioração das relações formais de trabalho,
com queda de de 13,7% na participação dos trabalhadores com carteira assinada
entre 1990 e 2000. Por outro lado, verificou-se um aumento da participação dos
conta-própria e empregados sem carteira
19,3%
21,0% 22,2% 23,2%
23,9% 24,2% 25,1%
25,0% 25,7% 26,6% 27,9% 27,2% 27,8%
57,7% 54,2%
52,3% 51,3% 49,9% 49,1%
47,2% 47,0% 46,4% 45,0% 44,0% 45,3% 45,5%
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
62
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 4
Segundo o IBGE, para cada beneficiário da Previdência Social há, em média,
2,5 pessoas beneficiadas indiretamente. Assim, em 2002, a Previdência beneficiou
74 milhões de pessoas, ou seja, 41,2% da população brasileira.
25
21,1
19,5 20,0
20 18,2 18,8
17,5
16,5 6,9
15,2 15,7 6,6
6,3 6,5
6,1
Milhões
15 5,9
5,8 5,8
5,8
10
13,4 14,3
11,6 12,1 12,6 13,1
9,4 9,9 10,7
5
0
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Rural Urbano
Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social - AEPS; Boletim Estatístico de Previdência Social - BEPS
Elaboração: SPS/MPS
63
P REVIDÊNCIA SOCIAL
Quadro 5
Arrecadação líquida, despesas com benefícios previdenciários
e saldo previdenciário – Urbano e rural
Benefícios
Arrecadação
Ano Clientela previdenciários Saldo (a-b)
líquida (a)
(b)
TOTAL 44.148 47.249 (3.101)
1997 Urbano 42.670 38.182 (4.488)
Rural 1.478 9.067 (7.589)
TOTAL 46.641 53.743 (7.102)
1998 Urbano 45.301 43.872 (1.429)
Rural 1.340 9.870 (8.531)
TOTAL 49.128 58.540 (9.412)
1999 Urbano 47.801 47.886 (85)
Rural 1.327 10.654 (9.328)
TOTAL 55.715 65.787 (10.072)
2000 Urbano 54.172 53.614 (558)
Rural 1.543 12.173 (10.630)
TOTAL 62.492 75.328 (12.836)
2001 Urbano 60.651 60.711 (60)
Rural 1.841 14.617 (12.776)
TOTAL 71.028 88.027 (16.999)
2002 Urbano 68.726 70.954 (2.228)
Rural 2.302 17.072 (14.770)
Fonte: Fluxo de Caixa INSS, Boletim Estátistico da Previdência Social, Informar/INSS
Elaboração: SPS/MPS
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A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 6
Valor médio dos benefícios pagos pela
Previdência Social – Em reais – set. 2002 (INPC)
65
P REVIDÊNCIA SOCIAL
viço público prestado fosse muito melhor. Temos agora esse con-
tingente de 71% acima de 40 anos de idade, o que requer de nossa
parte debate e reflexão.
A idade média das aposentadorias no serviço público federal
para os homens, em 2002, foi de 57 anos e, para as mulheres, 54
anos. Aqui a ampla maioria é aposentadoria integral. A idade é
acima dessa no caso de aposentadoria proporcional. Por isso, na
nova regra de transição, essas questões serão objeto de debate.
Por último, no Quadro 7, temos as aposentadorias médias no
Executivo civil da União – neste valor estão excluídos o Banco Cen-
tral e o Ministério Público federal. A média é 2.272 reais. Essa mé-
dia do Executivo não é justa, porque há pessoas com 53 mil reais e
uma grande quantidade com 402 reais. É como se pegássemos uma
pessoa, botássemos a sua cabeça numa lareira e os seus pés num
freezer, e utilizássemos o umbigo para tirar a temperatura média.
Quadro 7
Valor médio dos benefícios previdenciários no
Serviço Público Federal e no RGPS
(média de dezembro/2001 a novembro/2002)
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
Militares 4.265,00
Legislativo 7.900,00
Judiciário 8.027,00
RGPS
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A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 8
Valor médio dos aposentados, em salários mínimos
59,3
36,5
34,8
20,1
10,9
1,8
0
INSS Executivo Militares Legislativo Judiciário Ministério
(civis) Público
União
Fonte: Boletim Estatístico da Previdência Social, SRH/MPOG; STN / MF, setembro 2002
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P REVIDÊNCIA SOCIAL
68
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
1. Introdução
1. CARIELLO, R. “Alta dos juros é aceitável, diz Chaui”. Folha de S.Paulo, São Paulo,
p. A8, 23 fev. 2003.
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E STADO E P REVIDÊNCIA NO BRASIL: UMA BREVE HISTÓRIA
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A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
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E STADO E P REVIDÊNCIA NO BRASIL: UMA BREVE HISTÓRIA
Gráfico 1
Previdência Social
Proporção anual despesas/receita (%)
Período: 1923 a 2002
120
100
80
60
40
20
0
1923
1924
1925
1926
1927
1928
1929
1930
1931
1932
1933
1934
1935
1936
1937
1938
1939
1940
1941
1942
1943
1944
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1952
1953
1954
1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
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A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
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E STADO E P REVIDÊNCIA NO BRASIL: UMA BREVE HISTÓRIA
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A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
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E STADO E P REVIDÊNCIA NO BRASIL: UMA BREVE HISTÓRIA
6. Desta forma, ficava coberto o conjunto dos trabalhadores urbanos, apenas excetuan-
do-se os trabalhadores do setor informal, que, no entanto, ganham o direito à assistência
médica previdenciária em 1974.
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Referências bibliográficas
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A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Arlindo Chinaglia
85
H ISTÓRIA DA P REVIDÊNCIA SOCIAL
86
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
87
H ISTÓRIA DA P REVIDÊNCIA SOCIAL
Próprio. Vamos supor alguém que pode ter 20 anos como servidor
mas também 15 anos na iniciativa privada. Como é que vai ser feito
o cálculo? Vai ser a totalidade das contribuições, uma média no Re-
gime Geral e uma média no Regime Próprio. A média do Regime
Geral será naturalmente menor, porque já tem o teto. E além desse
problema, que vai jogar o valor muito para baixo, vai considerar
100% das contribuições. No Regime Geral são considerados 80%
das contribuições e desprezados os 20% piores. Então agrava para
o servidor aqui também. Está pior para o servidor.
Há um outro problema, essa proposta é tecnicamente irreali-
zável na nossa opinião. Por quê? Como saber a remuneração de
20 anos atrás, na iniciativa privada, ou mesmo em outro Regime
Próprio? Esses dados não existem. É por isso que na Emenda Cons-
titucional 20 estabeleceu-se que o cálculo seria feito a partir de
1994, no caso do Regime Geral.
Também se propõe a contribuição dos atuais e dos novos ina-
tivos. A proposta para os atuais inativos é uma contribuição a partir
de 1.058 reais, que é a faixa de isenção do imposto de renda. Para
os futuros aposentados, os atuais servidores públicos, a taxa de
isenção vai até o teto de 2.400 reais. Qual é a justificativa para
isso? É que quem já se aposentou muito provavelmente contribuiu
menos do que a atual geração. Aliás, a atual geração de servidores
será aquela mais penalizada, de acordo com essa proposta, se não
houver alguns ajustes.
A PEC 40 propõe a ampliação do teto do Regime Geral. Já foi
dito que se vai cobrar mais da iniciativa privada e o benefício só
virá lá na frente. Porém, ao aumentar a contribuição, primeiro, o
Regime Geral é fortalecido. Segundo, diminui-se a margem de Pre-
vidência complementar privada, aberta, no caso do Regime Geral
da Previdência, e fechada, no caso dos Regimes Próprios. No caso
dos servidores públicos, gostaria de discutir na bancada e com o
nosso governo, para tentarmos instituir uma mudança na Constitui-
ção de maneira a tornar possível, além da Previdência complemen-
tar privada, uma Previdência complementar pública, aquilo que
genericamente chama-se de fundos públicos. Evidentemente, isso
tem de ser trabalhado da maneira mais adequada.
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A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
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H ISTÓRIA DA P REVIDÊNCIA SOCIAL
90
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
do e nós provamos que não. Quer dizer, nisso o nosso governo não
entrou nem pode entrar.
O que representa a questão do superávit do Regime Geral? A
Seguridade Social, que é uma tese cara para todos nós, envolve
Previdência, Saúde e Assistência Social. Então, quando se fala do
dinheiro da Seguridade Social, fala-se de uma mistura, de algo que
não existe, porque a Seguridade Social é o Regime Geral, é para os
trabalhadores da iniciativa privada. Então, dizem que o superávit
que foi de 32 bilhões de reais, em 2002, dá para pagar todas as
aposentadorias do Regime Geral, e dá para pagar também a dos
servidores públicos federais, civis e militares. Ou seja, o superávit
da Seguridade é dessa monta.
Porém, esse superávit precisa ser relativizado. Só existe esse
suposto superávit porque é pouco o dinheiro que vai para a Saúde,
para a Assistência Social, e os benefícios pagos pela Previdência
também são baixos. Então não dá para levarmos às últimas conse-
qüências a tese do superávit. Ela serve apenas para provar que,
mantido aquele cálculo do Fernando Henrique, evidentemente há
dinheiro de sobra, não dá para falar em quebra. Agora, também
não dá para dizer que não é preciso fazer reformas.
Mas, quando o Ministério fala de déficit de 17 milhões de
reais no Regime Geral, ele está considerando a conta específica da
Previdência Social, não o orçamento da Seguridade. É quanto os
trabalhadores pagam, quanto as empresas pagam, qual é o valor
do benefício do outro lado... Essa conta não fecha, aí é que se
deve aportar 17 bilhões de reais. De onde sai esse dinheiro? É mais
do que suficiente sair da Seguridade Social. É por isso que esse
debate sobre déficit ou superávit não contempla todas as nuanças,
mas serve como argumento. Para nós foi útil. O governo anterior
não conseguiu escapar disso.
Vamos ao déficit dos regimes próprios: 56,3 bilhões de reais.
Aqui também há um erro. Uma pessoa que se torna servidor público
vai trabalhar na sua repartição, cumprir com suas obrigações. Se
cobram dele ou não, não é ele que decide. Como isso não foi feito...
Primeiro, não há um sistema que diz que tem de se pagar tanto, du-
rante tanto tempo. Segundo, o Estado nunca fez o aporte dos seus
91
H ISTÓRIA DA P REVIDÊNCIA SOCIAL
92
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
possível que o Brasil seja tão diferente que o que cabe em outro
lugar não sirva aqui.
Agora, há limites para a experiência internacional, pois, como
foi dito, a história de cada país produz a história de sua Previdência.
Por exemplo, na medicina, quando existem vários tratamentos para
uma mesma doença, significa que nenhum emplacou para valer. Ne-
nhum médico ia ficar inventando vários tipos de cirurgia se houvesse
uma comprovadamente melhor. Ou seja, se existem várias propostas
no mundo, é porque se trata de situações não resolvidas.
Ou seja, ainda na questão da reforma, as mudanças podem ir
e voltar. Ficam a nossa luta, a nossa tradição e os nossos objetivos.
Essa reforma proposta por nosso governo, inclusive, é algo que
pode ir e voltar. Não existe um fato consumado. Não está escrito
nas estrelas que os modelos da América Latina, do mundo todo,
sejam a última palavra em matéria de organização previdenciária.
O que está faltando nessa questão dos servidores públicos? É
que se você não dá um tratamento diferenciado para esse setor,
para aqueles que têm uma função importante na profissionalização
do Estado, que atuam em benefício da sociedade, isso pode
desestimular as pessoas qualificadas, aplicadas, sérias, honestas, a
ficarem na máquina pública. O que não é nada bom, porque ou
ficam os medíocres, ou ficam medíocres e ladrões, ou ainda ficam
os abnegados, os patriotas, que podem ser poucos. Isso deve estar
presente no debate, porque, embora pessoalmente eu ache que a
aproximação dos regimes e regras é uma bela iniciativa, não pode-
mos esquecer as características do Estado.
Estado mínimo, privatização de estatais, reformas fiscal e
previdenciária: esse é o receituário neoliberal. Mas, para não ficar
no senso comum, na Reforma da Previdência temos o fato de se
propor um Fundo de Pensão com benefício definido. Isso é uma
diferença brutal em relação ao ideário neoliberal. Por quê? Porque
a responsabilidade de garantir o benefício, depois de 30 anos, é da
instituição, e não apenas do indivíduo que colocou o dinheiro numa
pretensa poupança, que vai depender de aplicação financeira e,
num país como o Brasil, que vai demorar 30, 35 anos para saber o
que rendeu. Não dá muito certo.
93
H ISTÓRIA DA P REVIDÊNCIA SOCIAL
94
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
95
H ISTÓRIA DA P REVIDÊNCIA SOCIAL
96
Parte 3 –
A situação atual e a reforma
A REFORMA NECESSÁRIA
98
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Ricardo Berzoini
A reforma necessária
99
A REFORMA NECESSÁRIA
100
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
101
A REFORMA NECESSÁRIA
102
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
103
A REFORMA NECESSÁRIA
104
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
105
A REFORMA NECESSÁRIA
106
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 1
Previdência Rural X Urbana
Valores em milhões de reais correntes
Benefícios
Arrecadação
Ano Clientela previdenciários Saldo (a-b)
líquida (a)
(b)
TOTAL 44.148 47.249 (3.101)
1997 Urbano 42.670 38.182 (4.488)
Rural 1.478 9.067 (7.589)
TOTAL 46.641 53.743 (7.102)
1998 Urbano 45.301 43.872 (1.429)
Rural 1.340 9.870 (8.531)
TOTAL 49.128 58.540 (9.412)
1999 Urbano 47.801 47.886 (85)
Rural 1.327 10.654 (9.328)
TOTAL 55.715 65.787 (10.072)
2000 Urbano 54.172 53.614 (558)
Rural 1.543 12.173 (10.630)
TOTAL 62.492 75.328 (12.836)
2001 Urbano 60.651 60.711 (60)
Rural 1.841 14.617 (12.776)
TOTAL 71.028 88.027 (16.999)
2002 Urbano 68.726 70.954 (2.228)
Rural 2.302 17.072 (14.770)
Fonte: Fluxo de Caixa INSS; Boletim Estatístico da Previdência Social; Informar/INSS
Elaboração: SPS/MPS
107
A REFORMA NECESSÁRIA
108
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
tra também o valor per capita, quanto se gasta para cada cidadão
comparativamente em termos de subsídio, lembrando que no INSS
está todo o setor rural, se estivesse só o setor urbano praticamente
desapareceria o subsídio.
Quadro 2
Beneficiários X Subsídios
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
Previdência dos Servidores
Previdência INSS
da União
109
A REFORMA NECESSÁRIA
25,6 anos. É bom. Tomara que viva 40, 50 anos. Ela vai viver 25,6
anos e a Previdência precisa planejar isso, precisa calcular. As
mulheres, que são mais sábias e tolerantes, vivem mais 27,8 anos
após a aposentadoria, e os homens mais 23,4 anos. Quem se apo-
senta aos 60 anos vive mais 17,9 anos, em média. Sendo 19,6 anos
as mulheres e 16,1 anos os homens.
Quadro 3
Expectativa de vida
90,0
85,8
84,8 82,3 85,4
79,6 81,2
79,6 77,8 77,9 79,9
76,1 76,7
75,4 75,7
75,6
74,1 76,1
74,4 72,9 73,0
71,7 72,1 73,4
71,4
69,9
68,9 68,6
69,2 68,1
65,1
64,0
2 10 20 30 40 50 60 70 80
Idade, em anos
Fonte: PNAD/IBGE/MPS.
110
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
a mulher. É bom lembrar: antes da Emenda 20, não havia nem isso.
Portanto, a regra permitia aposentar-se antes. Essa pessoa aos 50,5
tende a viver aproximadamente mais 25,6 anos. Se ganha 2 mil
reais – vamos imaginar a situação da pessoa que teve o mesmo
salário a vida toda, o que é muito raro – e contribuiu com 11% ao
longo de toda sua vida, pagou 92.950 reais. Seu empregador, por
exemplo, a União, pagou ou deveria ter pago 185.900 reais, o do-
bro da contribuição do empregado. Pagamento total: 278.850 reais.
Ao se aposentar com os mesmos 2 mil reais, ao longo de 27 anos,
que é o caso, por exemplo, de uma pessoa que viveu dois anos a
mais que a média, receberá 665.600 reais, sem contar o pagamen-
to dos benefícios de risco.
Mas esse exemplo não é dos mais graves do ponto de vista
previdenciário. Um cidadão que foi comerciário dos 16 aos 23 anos,
pagando INSS pelo salário mínimo, recolheu 8% sobre 240 reais, o
salário mínimo atual, e seu empregador recolheu 22% sobre seu sa-
lário. Total: 6.552 reais de recolhimento nesse período. Depois, ele
passou num concurso para função administrativa na União, com sa-
lário de 1.200 reais, por exemplo. Ficou dos 23 aos 38 anos, 15
anos. Sua contribuição da União, acumulada, seria de 77.220 reais.
Vamos supor que aos 38 anos o cidadão fizesse concurso,
por exemplo, para procurador, e passasse a receber 6 mil reais.
Aos 48 anos, foi promovido na carreira, passou para 8 mil reais e
aposentou-se aos 53 anos. Nesses 15 anos, somou 257.400 reais,
nos primeiros dez anos, e mais 171.600 reais, nos cinco últimos
anos. Somando com o restante, o total de contribuições é 512 mil
reais. Se ele viver até os 68 anos, ou seja, morrer antes da média,
se tiver uma vida infelizmente inferior à idade média, receberá 1,56
milhão de reais de benefícios pagos pelo Estado. Se por acaso
deixar pensão para sua esposa de 60 anos, ela usufruirá em média
até os 79,6 anos, o que somará 2,038 milhões de reais.
Vou dar outro exemplo aleatório. Um servidor com salário de 4
mil reais, desde os 20 anos. Aos 40, sofre um acidente e morre.
Deixa uma pensão para sua esposa de 36 anos. Ela viverá em média
até os 76 anos; a contribuição, incluída a patronal do funcionário, foi
de 353.200 reais, a retribuição será de 2,08 milhões de reais.
111
A REFORMA NECESSÁRIA
Exclusão previdenciária
112
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 4
Contribuintes X Potenciais contribuintes
por posição na ocupação na população
ocupada restrita* – 2001
113
A REFORMA NECESSÁRIA
114
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 5
Brasil: estrutura da população ocupada
(1990 a 2002 – janeiro a novembro)
4,5% 4,5% 4,4% 4,4% 4,3% 4,5% 4,7% 4,6% 4,6% 4,6% 4,6% 4,2% 4,1%
19,3%
21,0% 22,2% 23,2%
23,9% 24,2% 25,1%
25,0% 25,7% 26,6% 27,9% 27,2% 27,8%
57,7% 54,2%
52,3% 51,3% 49,9% 49,1%
47,2% 47,0% 46,4% 45,0% 44,0% 45,3% 45,5%
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
115
A REFORMA NECESSÁRIA
116
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
117
A REFORMA NECESSÁRIA
118
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
119
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
José Dirceu
Uma necessidade
de justiça social
121
UMA NECESSIDADE DE JUSTIÇA SOCIAL
122
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
123
UMA NECESSIDADE DE JUSTIÇA SOCIAL
124
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
125
UMA NECESSIDADE DE JUSTIÇA SOCIAL
126
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
127
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
128
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Sulamis Dain
129
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
130
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
131
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
Quadro 1
Distribuição dos assalariados, por níveis de rendimento
Brasil e grandes regiões – 1999
(em %)
Nível de Norte Centro-
Brasil Nordeste Sudeste S ul
rendimentos Urbana Oeste
Até 1 salário
18,2 21,3 40,9 10,5 11,0 16,2
mínimo
Mais de 1 a 2
26,6 30,6 29,4 23,2 29,5 32,3
salários mínimos
Mais de 2 a 3
20,7 17,6 12,4 23,6 24,1 20,4
salários mínimos
Mais de 3 a 5
15,0 14,1 7,6 18,2 16,5 12,9
salários mínimos
Mais de 5 a 10
12,1 10,9 5,7 15,2 12,4 11,1
salários mínimos
Mais de 10 a 20
4,3 3,9 2,2 5,4 4,1 4,3
salários mínimos
Mais de 20
1,9 1,3 1,0 2,3 1,7 2,3
salários mínimos
Sem rendimento 0,2 0,1 0,3 0,1 0,2 0,1
Sem declaração 1,0 0,2 0,5 1,5 0,5 0,4
Total 100,00 100,00 100,00 100,00 100,0 100,0
Empregados 36.805.740 1.607.767 8.096.902 18.172.580 6.019.420 2.875.962
Trabalhadores
5.334.533 252.183 1.153.222 2.638.264 804.142 482.619
domésticos
Total 42.140.273 1.859.950 9.250.124 20.810.844 6.823.562 3.358.581
132
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 2
Comparações entre PEA ocupada no setor privado e servidores públicos civis da União
Remuneração e aposentadoria
RGPS Servidores
– média 2002
Remuneração média dos filiados
887,47 2.457,41
que contribuem pelo salário
Aposentadoria média concedida
812,30 2.188,73
por tempo de contribuição
% Aposentadoria / remuneração 91,5% 89,1%
Escolaridade – Trabalhadores
RGPS Servidores
e Servidores ocupados – 2002
Pós-graduação strictu sensu nd 8,6%
Superior completo nd 45,6%
Segundo grau completo ou pelo
20,4% 28,5%
menos superior incompleto
Primeiro grau completo 34,1% 8,8%
Até primeiro grau completo, inclui
45,5% 8,5%
não informado
133
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
134
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
135
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
Gráfico 1
O grau de pobreza entre os idosos é substancialmente inferior ao
da população mais jovem e, caso não houvesse as transferências
da Previdência, a pobreza entre os idosos triplicaria.
50
40
30
10
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
Idade (em anos)
136
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 3
Receitas e despesas da Seguridade Social
OGU 2002
137
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
o que sobrar para ser financiado é que será fonte de pressão, ori-
gem do déficit. A interpretação do resultado de qualquer orçamen-
to depende de escolhermos por onde começar.
Quadro 4
OGU 2002
Despesas da Seguridade Social
exclui encargos previdenciários da União
Valores
TIPO
p ag o s
1 - Assistenciais (LOAS e RMV) 5.145,20
1 - RGPS 86.000,60
2 - Ações de saúde e saneamento 19.770,30
3 - Ações de assistência social 319,60
4 - Outras ações da Seguridade 3.311,10
6 - Pessoal ativo e encargos 5.697,50
7 - Ações FAT 11.951,60
8 - Ações do Fundo da Pobreza 2.130,00
9 - Encargos especiais 2.751,20
Total Global 137.077,00
Gráfico 2
Seguridade Social
Superávit orçamentário
40.000
Em bilhões de reais
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
1997 2001 2003
138
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
IPI
IR 4%
16%
II
2%
PIS/Pasep
3% FGTS Previdência
CPMF 5% 15%
Cofins
4% 11%
139
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
Gráfico 4
Evolução da dívida pública brasileira –
Comparação com despesas de pessoal
700
600
1994
500
2001
400
300
200
100
0
DLT DPF DAD DPU
140
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Quadro 5
A Reforma da Previdência e os serviços
Despesa total de pessoal – Evolução ante o PIB
% PIB 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Total Executivo 4,65 4,17 3,98 3,99 4,10 4,09 4,13 4,27
Total Legislativo 0,19 0,19 0,20 0,20 0,20 0,19 0,20 0,22
Total Judiciário 0,40 0,41 0,49 0,61 0,61 0,64 0,70 0,72
Total MPU 0,04 0,04 0,05 0,06 0,05 0,06 0,07 0,07
Total Transferências 0,40 0,26 0,24 0,23 0,23 0,24 0,23 0,27
Servidores e
5,68 5,07 4,95 5,09 5,20 5,22 5,33 5,55
Militares
Fonte: Boletim de Pessoal-MPOG –SRH
141
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
nários e os ativos, hoje, são 400 mil. Então, essa relação tenderá a
se equilibrar a longo prazo.
Quadro 6
Despesa total de pessoal – Evolução ante a receita corrente líquida
142
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Gráfico 5
Desajustes – Regime Geral (INSS)
14
12
Em bilhões de reais
10
0
Rurais Renúncia Rmv
143
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
Gráfico 6
Evolução da necessidade de financiamento previdenciária em bilhões
de reais como proporção do PIB – 2003/2022
2,50%
2,00%
Regime Geral
Próprio Servidores
Próprio Militares
1,50%
1,00%
0,50%
0,00%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2011
144
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
145
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
Quadro 7
Alíquotas efetivas
de contribuição
R ed u ção
Salário
de salário
bruto
líquido
Até 1.058 0
1.500 2,88%
2.115 5,05%
2.500 5,11%
3.000 5,96%
4.000 7,06%
5.000 7,78%
6.000 8,2%
7.000 8,6%
10.000 9,3%
Quadro 8
Aposentados
Estatística Excedente %
do Teto
146
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Pensionistas
Excedente
Estatística do Teto %
(R$ 2.400,00)
147
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
148
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
149
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
A CUT e a Reforma
da Previdência
151
A CUT E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
152
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
153
A CUT E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
154
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
155
A CUT E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
156
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
157
A CUT E A R EFORMA DA P REVIDÊNCIA
158
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
159
C ONDIÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS
160
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
Sobre os autores
EINAR BRAATHEN
Pesquisador no Instituto de Desenvolvimento Urbano e Regional
da Noruega (NIBR). Cientista político, foi anteriormente pesquisa-
dor na Universidade de Bergen, onde escreveu sua tese de douto-
rado sobre políticas de desenvolvimento das telecomunicações em
Moçambique e Zimbabwe. Desde 1995 é líder de um projeto para
estudar o processo de descentralização em Moçambique. Em 1997
iniciou seu trabalho no Programa de Pesquisa Comparativa sobre
Pobreza (CROP), sendo o responsável pelos workshops sobre o
161
S OBRE OS AUTORES
162
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
JOSÉ PIMENTEL
Advogado, sindicalista e funcionário do Banco do Brasil. Foi elei-
to em 2002 para o terceiro mandato de deputado federal pelo
Partido dos Trabalhadores do Ceará. Em 2003, integrou as co-
missões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça da
Câmara dos Deputados. Também foi relator da Comissão Espe-
cial de Reforma da Previdência, que analisou e proferiu parecer
sobre a PEC nº 40/03. Em seguida foi escolhido vice-presidente da
Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PLP 076/03
que cria a nova Sudene (Superintendência do Desenvolvimento
do Nordeste). Foi autor do requerimento da CPI do Finor (Fundo
de Investimento do Nordeste), instalada em 2000, da qual foi vice-
presidente e sub-relator de Investigação. Integrou, ainda, a Co-
missão Especial de Reforma da Previdência Social que resultou
na Emenda Constitucional nº 20, e a Comissão Especial que apro-
vou as Leis Complementares nº 108 e 109, ambas de 2001, den-
tre outras.
É autor da Lei nº 9.998, de 2000 (Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações – FUST), que destina 1% do lucro das
operadoras dos serviços de telecomunicações para garantir compu-
tadores e internet nas escolas, bibliotecas e hospitais públicos.
163
S OBRE OS AUTORES
RICARDO BERZOINI
Reeleito em 2002 para o cargo de deputado federal. Em seu pri-
meiro mandato, foi vice-líder do PT na Câmara dos Deputados.
Participou da coordenação da campanha de Lula à Presidência da
República, é membro do Diretório Nacional do Partido dos Traba-
lhadores e exerceu a presidência do PT na cidade de São Paulo
(1999-2000). Cursou Engenharia na Faculdade de Engenharia In-
dustrial (FEI), é funcionário licenciado do Banco do Brasil, foi pre-
sidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Re-
gião e o primeiro presidente da Confederação Nacional dos Ban-
cários (CNB). Na sua gestão à frente do Sindicato, fundou a Bancoop
– Cooperativa Habitacional dos Bancários – e o Projeto Travessia
(que atende centenas de crianças que vivem em situação de risco
nas ruas de São Paulo).
164
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
SULAMIS DAIN
Professora titular de economia do setor público do Instituto de
Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Ja-
neiro (UERJ). Foi secretária-executiva da Comissão da Reforma
Tributária do Executivo Federal que apresentou projeto de Re-
forma Tributária à Constituinte de 1988 e secretária-geral ad-
junta do Ministério da Previdência e Assistência Social, encar-
regada de coordenar o projeto de Reforma da Previdência do
Ministério, também apresentado à mesma Constituinte.
Tem livros e artigos publicados sobre os temas Financiamento Pú-
blico, Empresas Estatais, Reforma Tributária, Reforma da Previ-
dência, Política Pública e Política Social.
165
S OBRE OS AUTORES
166
A P REVIDÊNCIA S OCIAL NO B RASIL
167
Caso não encontre este livro nas livrarias,
solicite-o diretamente a: