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O que sua RAIVA fala de você: um

caso descrito por Bert Hellinger


1 DE NOVEMBRO DE 2017IPÊ ROXO - INSTITUTO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR9 COMENTÁRIOS

Bert Hellinger, em seu livro Ordens do amor, ao fazer uma rodada de perguntas e respostas
com os clientes de seu seminário, abordou o tema da raiva, classificando 6 tipos e suas
fontes.

O caso de Jan, um homem que descreve como um relacionamento anterior ainda reverbera
dentro de si através da raiva, trouxe o assunto à tona. Bert então, aproveita o gancho para
descrever esse sentimento, trazendo grandes insights para nós através de suas palavras.

Leia abaixo e perceba como os conhecimentos trazidos pela constelação são valiosos e
podem ser aplicados imediatamente para nosso desenvolvimento pessoal. Ao nos
identificarmos com certas situações, ganhamos uma nova oportunidade de integrar partes de
nós que por vezes preferimos não olhar.

Porém, o caminho para o crescimento é um só: Ver a realidade, aceitá-la e se for possível,
trabalhar em nosso próprio desenvolvimento. Oportunidade esta que Bert Hellinger e as
constelações nos dão em larga escala.

Estudo de Caso: A raiva.


JAN: Estou muito perturbado e deprimido. Quero contar uma coisa que estive o tempo todo
com vontade de mencionar aqui. Há quatro anos tive um relacionamento que se desfez há
dois anos, mas nunca foi corretamente encerrado. Desde então penso nessa mulher, não sei
quantas vezes por dia. Isso também me atrapalha muito em meu atual relacionamento.
Sinto-me preso e não sei o que é.
HELLINGER: Você ainda lhe deve algo.
Longa pausa.
HELLINGER: O que você ficou lhe devendo?
JAN: Não sei, simplesmente ainda estou com uma tremenda raiva dela.
HELLINGER: Você sabe como nasce essa raiva? Há uma frase inteligente e bem-
humorada a respeito: “Que mal lhe fiz para estar tão furioso com você?” Neste caso, a raiva
funciona como defesa contra a culpa.
Longa pausa.
HELLINGER: O que há agora?
JAN: Talvez eu lhe deva respeito.
HELLINGER: Isso é muito pouco aqui. Dou-lhe, porém, outra dica. As mulheres se
sentem atraídas pelo homem que se posta ao lado do pai, mas sentem pena do que fica ao
lado da mãe.
Raiva como defesa contra a dor (Continuação)
ROBERT: Estou pensando na raiva que você acabou de citar e a relaciono com a minha
separação.
HELLINGER: Numa separação, a raiva muitas vezes funciona como um substitutivo da
dor pela perda. Quando ambos os parceiros se permitem sentir a dor por aquilo que correu
mal, eles poderão mais tarde conversar bem um com o outro. Num divórcio, é muito
importante que ambos tenham chorado e sentido essa dor profunda. Muitos procuram onde
está a culpa porque querem escapar dessa dor. Mas quem a sofreu também fica livre.
Raiva reprimida (Continuação)
HARTMUT: Eu me atormento com o problema da raiva, da ira e da agressão. Não tenho
lembrança de ter jamais cedido a essas coisas.
HELLINGER: Muito bem! Isso se chama continência emocional. Só pode ser encontrado
em animais alfa.
HARTMUT (ri): O que quero saber agora é se ainda preciso resgatar essas coisas ou se
encontro uma solução conservando ou recuperando a paz.
HELLINGER: Já lhe dei a resposta.
HARTMUT: Então meus ouvidos não estão funcionando bem.
Diversos tipos de raiva (Continuação)
HELLINGER: Há diversos tipos de raiva:

Primeiro: Alguém me agride ou me faz uma injustiça, e eu reajo com indignação e raiva.
Essa raiva permite que eu me defenda ou me imponha com energia. Ela me capacita para
agir, é positiva e me fortalece. Essa raiva é objetiva e por isso é adequada. Ela cessa logo
que atinge seu objetivo.

Segundo: Fico enfurecido e zangado porque noto que deixei de tomar, exigir ou pedir o que
eu poderia ou deveria ter tomado, exigido ou pedido. Em vez de me impor, recebendo ou
tomando o que me falta, fico enfurecido e zangado com as pessoas de quem não tomei, não
exigi ou não pedi, embora eu pudesse ou devesse ter agido dessa maneira.
Essa raiva é um substitutivo da ação e a consequência de uma omissão. Ela paralisa,
incapacita e enfraquece, e muitas vezes perdura por longo tempo. De maneira semelhante, a
raiva funciona como defesa contra o amor.
Em vez de expressar meu amor, fico com raiva das pessoas que amo. Essa raiva surgiu na
infância, em consequência da interrupção de um movimento afetivo. Em situações
posteriores semelhantes, essa raiva reproduz a vivência original e dela retira a sua força.

Terceiro: Fico com raiva de alguém porque lhe fiz mal, mas não quero reconhecer isso.
Com essa raiva, eu me defendo das consequências dessa culpa e a empurro para a outra
pessoa. Também essa raiva é um substitutivo da ação. Ela me permite ficar inativo, me
paralisa e enfraquece.

Quarto: Alguém me dá tantas coisas grandes e boas, que não consigo retribuir. Isso é
realmente difícil de suportar. Então me volto contra o doador e suas dádivas, ficando
zangado com ele. Essa raiva se manifesta como recriminação, por exemplo, dos filhos
contra os pais.
Ela se torna um substitutivo do tomar, do agradecer e do próprio agir. Paralisa e esvazia a
pessoa. Ou se manifesta como depressão, que é o outro lado da recriminação. Também
serve de substitutivo para o tomar, o agradecer e o dar.

Ela paralisa e esvazia. Essa raiva se manifesta também sob a forma de um luto muito
prolongado depois de uma morte ou uma separação, quando fiquei em dívida com essas
pessoas no que tange ao tomar e ao agradecer. Essa raiva se manifesta ainda, como no
terceiro tipo, se deixei de assumir minha própria culpa e suas consequências.

Quinto: Algumas pessoas têm uma raiva que adotaram de outras contra terceiros. Num
grupo, por exemplo, quando um membro reprime sua raiva, depois de algum tempo um
outro membro se enraivece, geralmente o mais fraco, que não tem absolutamente nenhum
motivo para isso. Nas famílias, esse membro mais fraco é uma criança.
Quando, por exemplo, a mãe fica zangada com o pai, mas reprime sua raiva, um filho fica
zangado com ele. O mais fraco frequentemente não se torna apenas sujeito, mas também
objeto da raiva. Quando, por exemplo, um subordinado se irrita com seu superior mas
reprime sua raiva diante dele, costuma descarregá-la em alguém mais fraco.

Ou, quando um homem fica com raiva de sua mulher, mas a reprime diante dela, um filho é
castigado por ela. Muitas vezes, a raiva não se desloca apenas de um portador para outro,
por exemplo, da mãe para o filho, mas também de um objeto para outro, por exemplo, de
uma pessoa forte para uma pessoa fraca.

Nesse caso, uma filha que assume a raiva da mãe pelo pai, não dirige essa raiva contra o
próprio pai, mas contra alguém mais à sua altura, por exemplo, ao próprio marido. Nos
grupos, a raiva adotada não se dirige então contra a pessoa forte que era inicialmente visada
— por exemplo, o dirigente do grupo —, mas contra um membro fraco, que se torna o bode
expiatório, no lugar do mais forte.

Quando agem através de uma raiva adotada, os perpetradores ficam fora de si. Sentem-se
orgulhosos e em seu direito, mas agem com uma força e um direito que não lhes pertencem,
o que os frustra e enfraquece. Por sua vez, as vítimas dessa raiva adotada se sentem fortes e
em seu direito, pois sabem que sofrem injustamente. No entanto, também eles permanecem
fracos e seu sofrimento é inútil.

Sexto: Existe uma raiva que é virtude e habilidade: uma força de imposição, alerta e
centrada, que responde a emergências e que, com ousadia e saber, enfrenta inclusive o que
é difícil e tem poder. Essa raiva é destituída de emoção. Quando é preciso, também inflige
algum mal ao outro, sem medo e sem maldade: é a agressão como pura energia. Resulta de
uma longa disciplina e de um longo exercício, mas é possuída sem esforço. Essa raiva se
manifesta como ação estratégica.

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