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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

O Processo de
14 Execução III

14.1 – A Execução Contra Devedor Insolvente

A Insolvência
Noções Iniciais:
Se o devedor for insolvente, a execução será coletiva, envolvendo todos os credores, de modo
semelhante ao que ocorre na falência comercial. Esta modalidade chama-se de execução contra
devedor insolvente. A insolvência civil pode ser:
ƒ real: toda vez que as dívidas excederem à importância dos bens do devedor (CPC, art. 748);
ƒ presumida: na ausência de bens para a penhora (art. 750, I) e no arresto com base no art. 813,
I, II e III (art. 750,II).

Ato de insolvência, nos termos do art. 813 é, por exemplo: a impontualidade no pagamento,
ausentar-se furtivamente, alienar bens imóveis sem ficar com outros suficientes para cobrir as
dívidas, ou cometer fraudes para lesar credores.

O Requerimento da Declaração de Insolvência:


A declaração de insolvência pode ser requerida:
ƒ por qualquer credor quirografário;
ƒ pelo devedor;
ƒ pelo inventariante do espólio do devedor.

A Insolvência Requerida Pelo Credor:


Se a insolvência foi requerida pelo credor, o devedor será citado para opor embargos em 10 dias; se
não os oferecer, o juiz proferirá, em 10 dias, a sentença. Nos embargos, o devedor poderá se defender
da mesma forma como numa execução comum, mas poderá também demonstrar que, apesar do
débito em aberto, o seu ativo é superior ao passivo, não sendo, portanto insolvente. O devedor ilidirá

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o pedido de insolvência se, no prazo para opor embargos, depositar a importância do crédito, para lhe
discutir a legitimidade ou o valor (CPC, art. 757). Não havendo provas a produzir, o juiz dará a
sentença em 10 dias; havendo-as, designará audiência de instrução e julgamento (CPC, art. 758).

A Insolvência Requerida Pelo Devedor ou pelo seu Espólio:


É lícito ao devedor ou ao seu espólio, a todo tempo, requerer a declaração de insolvência (CPC, art.
759). A petição, dirigida ao juiz da comarca em que o devedor tem o seu domicílio, conterá (CPC,
art. 760):
ƒ a relação nominal de todos os credores, com a indicação do domicílio de cada um, bem como
da importância e da natureza dos respectivos créditos;
ƒ a individuação de todos os bens, com a estimativa do valor de cada um;
ƒ o relatório do estado patrimonial, com a exposição das causas que determinaram a insolvência.

A declaração de insolvência requerida pelo próprio devedor é chamada de auto-insolvência.

A Declaração Judicial de Insolvência


Noções Iniciais:
Caso o devedor não apresente defesa, ou se esta não for acolhida, e se não tiver realizado o depósito,
será declarada a insolvência. Na sentença que declarar a insolvência, o juiz nomeará, dentre os
maiores credores, um administrador da massa e mandará expedir edital, convocando os credores para
que apresentem, no prazo de 20 dias, as suas declarações de crédito.

A insolvência não será declarada se o devedor depositar a importância da dívida, para lhe
discutir a legitimidade ou o valor.

Efeitos da Declaração:
Conforme o art. 751 do Código de Processo Civil, a declaração de insolvência do devedor produz o
vencimento antecipado das suas dívidas; a arrecadação de todos os seus bens suscetíveis de penhora,
quer os atuais, quer os adquiridos no curso do processo; e a execução por concurso universal dos seus
credores. Os créditos são classificados em ordem de preferência, de acordo com o que dispõe a lei
civil. Declarada a insolvência, o devedor perde ainda o direito de administrar os seus bens e de dispor
deles, até a liquidação total da massa (CPC, art. 752).

Se o devedor for casado e o outro cônjuge, assumindo a responsabilidade por dívidas, não
possuir bens próprios que bastem ao pagamento de todos os credores, poderá ser declarada,
nos autos do mesmo processo, a insolvência de ambos (CPC, art. 749).

O Administrador da Massa dos Bens do Devedor:


A massa dos bens do devedor insolvente ficará sob a custódia e responsabilidade de um
administrador, que exercerá as suas atribuições, sob a direção e superintendência do juiz (CPC, art.
763). O administrador da massa tem a função de arrecadar os bens do devedor, cuidar da sua guarda,
representar a massa em juízo, promover a cobrança das dívidas ativas e alienar em praça ou em
leilão, com autorização judicial, os bens da massa. O administrador terá direito a uma remuneração,

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que o juiz arbitrará, atendendo à sua diligência, ao trabalho, à responsabilidade da função e à
importância da massa (CPC, art. 767).

A Verificação e a Classificação dos Créditos


Art. 768 - Findo o prazo, a que se refere o n.º II do art. 761, o escrivão, dentro de 5 (cinco) dias,
ordenará todas as declarações, autuando cada uma com o seu respectivo título. Em seguida
intimará, por edital, todos os credores para, no prazo de 20 (vinte) dias, que lhes é comum,
alegarem as suas preferências, bem como a nulidade, simulação, fraude, ou falsidade de dívidas
e contratos.

Parágrafo único - No prazo, a que se refere este artigo, o devedor poderá impugnar quaisquer
créditos.

Art. 769 - Não havendo impugnações, o escrivão remeterá os autos ao contador, que organizará
o quadro geral dos credores, observando, quanto à classificação dos créditos e dos títulos legais
de preferência, o que dispõe a lei civil.

Parágrafo único - Se concorrerem aos bens apenas credores quirografários, o contador


organizará o quadro, relacionando-os em ordem alfabética.

Art. 770 - Se, quando for organizado o quadro geral dos credores, os bens da massa já tiverem
sido alienados, o contador indicará a percentagem, que caberá a cada credor no rateio.

Art. 771 - Ouvidos todos os interessados, no prazo de 10 (dez) dias, sobre o quadro geral dos
credores, o juiz proferirá sentença.

Art. 772 - Havendo impugnação pelo credor ou pelo devedor, o juiz deferirá, quando necessário,
a produção de provas e em seguida proferirá sentença.

§ 1º - Se for necessária prova oral, o juiz designará audiência de instrução e julgamento.

§ 2º - Transitada em julgado a sentença, observar-se-á o que dispõem os três artigos


antecedentes.

Art. 773 - Se os bens não foram alienados antes da organização do quadro geral, o juiz
determinará a alienação em praça ou em leilão, destinando-se o produto ao pagamento dos
credores.

O Saldo Devedor
Art. 774 - Liquidada a massa sem que tenha sido efetuado o pagamento integral a todos os
credores, o devedor insolvente continua obrigado pelo saldo.

Art. 775 - Pelo pagamento dos saldos respondem os bens penhoráveis que o devedor adquirir,
até que se lhe declare a extinção das obrigações.

Art. 776 - Os bens do devedor poderão ser arrecadados nos autos do mesmo processo, a
requerimento de qualquer credor incluído no quadro geral, a que se refere o art. 769,
procedendo-se à sua alienação e à distribuição do respectivo produto aos credores, na
proporção dos seus saldos.

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A Extinção da Obrigações
Art. 777 - A prescrição das obrigações, interrompida com a instauração do concurso universal
de credores, recomeça a correr no dia em que passar em julgado a sentença que encerrar o
processo de insolvência.

Art. 778 - Consideram-se extintas todas as obrigações do devedor, decorrido o prazo de 5


(cinco) anos, contados da data do encerramento do processo de insolvência.

Art. 779 - É lícito ao devedor requerer ao juízo da insolvência a extinção das obrigações; o juiz
mandará publicar edital, com o prazo de 30 (trinta) dias, no órgão oficial e em outro jornal de
grande circulação.

Art. 780 - No prazo estabelecido no artigo antecedente, qualquer credor poderá opor-se ao
pedido, alegando que:
I - não transcorreram 5 (cinco) anos da data do encerramento da insolvência;
II - o devedor adquiriu bens, sujeitos à arrecadação (art. 776).

Art. 781 - Ouvido o devedor no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá sentença; havendo provas
a produzir, o juiz designará audiência de instrução e julgamento.

Art. 782 - A sentença, que declarar extintas as obrigações, será publicada por edital, ficando o
devedor habilitado a praticar todos os atos da vida civil.

A “Concordata Civil”
Noções Iniciais:
Após a aprovação do quadro geral de credores, elaborado dentro do processo de execução contra
devedor insolvente, poderá o devedor fazer uma proposta de pagamento aos credores. Ouvidos estes,
e se não houver oposição de nenhum deles, o juiz aprovará a proposta por sentença. A concordância
dos credores pode ser expressa ou tácita, mas ainda que um único dos credores rejeite a proposta,
ainda que não fundamentada sua atitude, estará ela repelida.

Art. 783 - O devedor insolvente poderá, depois da aprovação do quadro a que se refere o art.
769, acordar com os seus credores, propondo-lhes a forma de pagamento. Ouvidos os credores,
se não houver oposição, o juiz aprovará a proposta por sentença.

O remédio inominado do art. 783 costuma ser chamado de “concordata civil”, em analogia com a
concordata comercial, prevista na antiga Lei de Falências, porém nada tem a ver com esta
concordata, na verdade se assemelha a uma mera tentativa de conciliação. A concordata civil produz
a novação das obrigações, substituindo-as pela sentença. O descumprimento da concordata civil não
reabre a insolvência anterior, já extinta, mas obriga os credores a tentarem nova execução, desta vez
com base na sentença que homologou a proposta.

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14.2 – A Execução Contra a Fazenda Pública

Noções Gerais
Noções Iniciais:
A execução contra a Fazenda Pública tem um regime especial. Não é possível a execução ordinária,
pois em regra, os bens públicos não podem ser alienados, e inexiste assim a responsabilidade
patrimonial da Fazenda Pública.

“É peculiar aos bens públicos a condição de inalienabilidade, da qual


decorre a impenhorabilidade, qualidade que somente pode desaparecer em
virtude de lei especial expressa. Essa situação impõe que a execução por
quantia contra a Fazenda tenha um procedimento diferente, com medidas
Prof. Vicente
especiais, já que a expropriação de bens não é possível”. (Direito Processual
Greco Filho Civil Brasileiro, vol. 3, p. 93)

Fazenda Pública:
O termo Fazenda Pública abrange todas as pessoas jurídicas de direito público interno (União,
Estados e Municípios, Distrito Federal e Territórios) incluindo suas autarquias, cujo regime
financeiro, orçamentário e contábil é público.

Sociedades de economia mista, empresas públicas ou fundações não são consideradas como
Fazenda Pública.

Execução de Títulos Extrajudiciais contra a Fazenda Pública


Em relação aos títulos extrajudiciais há dois entendimentos. Uma primeira corrente doutrinária
entende que só é possível a execução de título judicial, ou seja, sentença condenatória transitada em
julgado, conforme o art. 100 da Constituição Federal que expressamente menciona “os pagamentos
devidos pela Fazenda em virtude de sentença judiciária” e a necessidade de observância ao regime de
reexame obrigatório das sentenças proferidas contra a Fazenda Pública. De acordo com este
entendimento, o detentor de título extrajudicial deve propor primeiramente uma ação de
conhecimento para a obtenção do título judicial. Uma segunda corrente entende ser possível a
execução contra a Fazenda Pública aparelhada com título extrajudicial, sob o fundamento de que os
títulos executivos extrajudiciais se equiparam à sentença condenatória transitada em julgado, não
sendo óbice a obrigatoriedade do reexame necessário.

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Os Embargos à Execução Contra a Fazenda Pública
Embargos:
Iniciado o processo executório, a Fazenda Pública é citada, em dez dias, para oferecer embargos.
Conforme o art. 741 do Código de Processo Civil, na execução contra a Fazenda Pública, os
embargos só poderão versar sobre:
ƒ falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;
ƒ inexigibilidade do título;
ƒ ilegitimidade das partes;
ƒ cumulação indevida de execuções;
ƒ excesso de execução;
ƒ qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,
compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença;
ƒ incompetência do juízo da execução, bem como suspeição ou impedimento do juiz.

Será oferecida, juntamente com os embargos, a exceção de incompetência do juízo, bem como
a de suspeição ou de impedimento do juiz (art. 742 do CPC).

Excesso de Execução:
Há excesso de execução:
ƒ quando o credor pleiteia quantia superior à do título;
ƒ quando recai sobre coisa diversa daquela declarada no título;
ƒ quando se processa de modo diferente do que foi determinado na sentença;
ƒ quando o credor, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o adimplemento da do
devedor;
ƒ se o credor não provar que a condição se realizou.

O Pagamento
Noções Iniciais:
Caso a Fazenda Pública não oponha embargos ou sejam estes julgados improcedentes, a requisição
do pagamento será feita efetuada por intermédio do presidente do tribunal competente, que irá
requerê-lo. O pagamento em via judicial dos débitos da Fazenda Pública está previsto no art. 100 da
Constituição Federal, onde está estipulado que só poderão ser efetuados na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios.

Não estão sujeitos ao regime dos precatórios os pagamentos de obrigações definidas em lei
como de pequeno valor, que a Fazenda Pública deva fazer em virtude de sentença judicial
transitada em julgado (art. 100, § 3º, Constituição Federal).

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Precatório
O termo precatório designa uma ordem judicial de pagamento, emitida quando a Fazenda Pública é
processada e condenada a indenizar a pessoa física ou jurídica que a acionou. O precatório, porém,
não é uma ordem de pagamento à vista. O Judiciário envia as ordens para o Poder Público e elas vão
se acumulando até o dia 1° de julho de cada ano. Todas as ordens que chegam até essa data devem
ser incorporadas ao orçamento público e saldadas até o final do exercício seguinte. A não-
incorporação dos precatórios no orçamento e seu não-pagamento constitui crime de responsabilidade,
pois todas elas resultam de ações já transitadas em julgado, para as quais não cabe mais nenhum
recurso.

Art. 100 - À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda
CONSTITUIÇÃO Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem
FEDERAL cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação
de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

§ 1º - É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao


pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios
judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte,
quando terão seus valores atualizados monetariamente. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 30, de 2000)

§ 1º-A - Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,


vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações
por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em
julgado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)

§ 2º - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder


Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o
pagamento segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e
exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o sequestro da quantia
necessária à satisfação do débito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)

§ 3º - O disposto no caput deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual,
Distrital ou Municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)

§ 4º - São vedados a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem como
fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução, a fim de que seu pagamento não se faça,
em parte, na forma estabelecida no § 3º deste artigo e, em parte, mediante expedição de precatório.
(Parágrafo incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

§ 5º - A lei poderá fixar valores distintos para o fim previsto no § 3º deste artigo, segundo as
diferentes capacidades das entidades de direito público. (Parágrafo renumerado pela Emenda
Constitucional nº 37, de 2002)

§ 6º - O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar
frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade. (Parágrafo
renumerado pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)

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Dotação Orçamentária:
Os precatórios que forem apresentados até o dia 1º de julho serão incluídos no orçamento da entidade
de direito público, onde a respectiva verba ficará reservada e o pagamento será efetuado até o fim do
exercício financeiro seguinte. Não havendo verba orçamentária já prevista, o precatório apresentado
depois de 1º de julho só será atendido no próximo orçamento.

Se não houver a inclusão da verba no orçamento, conforme for determinado, o interessado


poderá impetrar mandado de segurança para garantir o seu direito.

Correção Monetária:
Apresentado o precatório antes de 1º de julho, nesta data são atualizados seus valores, com correção e
juros, mas o pagamento será feito no exercício seguinte, até o final do ano. Isto importa em afirmar
que o pagamento, normalmente será feito sem correção monetária e juros de 1º de julho até sua
efetivação, o que, no mínimo, acarreta prazo de seis meses. Neste caso, o credor sempre terá direito a
receber a diferença por meio de novos precatórios, o que vem a ser inconveniente de monta, já que
perpetua a execução.

Créditos de Natureza Alimentícia:


Os créditos de natureza alimentar que aparecem como exceção no art. 100 da Constituição Federal,
têm preferência de pagamento em relação aos que não tenham natureza alimentar. Esta espécie
compreende aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na
responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado., o precatório é dispensado. A
verba alimentar é a que se destina a satisfazer as necessidades básicas da pessoa, nelas incluindo-se
não apenas o consumo de alimentos, como também tudo o que for essencial à sua manutenção e à da
família, como moradia, educação.

Ordem de Pagamento:
Os pagamentos serão realizados na ordem de apresentação dos precatórios. Conforme o art. 731 do
Código de Processo Civil e o § 2º do art. 100 da Constituição Federal, se o credor for preterido no
seu direito de preferência, o presidente do tribunal, que expediu a ordem, poderá, depois de ouvido o
chefe do Ministério Público, ordenar o sequestro da quantia necessária para satisfazer o débito.

Existe na doutrina uma discussão sobre contra quem caberia a ação de sequestro. De acordo
com uma corrente, como os bens públicos são impenhoráveis, também não podem ser
sequestrados. Assim, o sequestro, determinado pelo presidente do tribunal, deverá ser dirigido
contra o credor que recebeu o pagamento, sem atender a ordem de preferência. Outra corrente
entende que, de forma diversa, é cabível o sequestro das verbas da receita da Fazenda Pública
para o pagamento de suas obrigações. Por fim, de acordo com um terceiro entendimento, a
Fazenda Pública junto com o credor podem ser acionados.

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14.3 – A Execução de Prestação Alimentícia

Noções Gerais
Alimentos:
É possível a execução daquele que for condenado a pagar prestação alimentícia (definitiva ou provisória)
em razão de parentesco ou casamento. A execução de prestação alimentícia pode ocorrer de quatro modos
de acordo com o Código de Processo Civil e a Lei de Alimentos: desconto em folha de pagamento;
cobrança em aluguéis ou outros rendimentos do devedor; expropriação de bens do devedor; e coerção
(prisão civil).

A execução de prestação alimentícia está regulada tanto nos arts. 732 a 735 do CPC como nos
arts. 16 a 19 da Lei 5.478/68 (Lei de Alimentos), que se complementam.

Desconto em Folha de Pagamento:


A execução alimentícia ocorre preferencialmente através de desconto em folha de pagamento, se o
devedor for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa, bem como empregado sujeito
à legislação do trabalho (CPC, art. 734). Nestes casos, o juiz expede uma ordem para a empregadora
descontar na folha o valor das prestações alimentícias. A comunicação será feita à autoridade, à
empresa ou ao empregador por ofício, de que constarão os nomes do credor, do devedor, a
importância da prestação e o tempo de sua duração.

Cobrança em Rendimentos do Devedor:


É cabível também a cobrança de alimentos da prestação de aluguéis de prédios, ou outros
rendimentos do devedor que poderão ser recebidos diretamente pelo alimentando, ou por depositário
nomeado (Lei 5.478/68, art. 17)

Prisão Civil:
Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os alimentos provisionais, o juiz mandará citar o
devedor para, em 3 dias, efetuar o pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de
efetuá-lo. Se o devedor não pagar, nem se escusar, o juiz decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 a 3
meses. O cumprimento da pena não exime o devedor do pagamento das prestações vencidas e
vincendas. Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.

Não há previsão legal de limitação quanto ao número de prisões do devedor de alimentos. Há


limitação apenas quanto ao tempo de cada prisão (de 1 a 3 meses). A prisão pode ser
decretada tantas vezes quantos forem os sucessivos inadimplementos do devedor.

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Questões de Concursos

Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Procurador/RR – 2006) Acerca dos precatórios, está incorreto afirmar que


( ) a) a apresentação dos precatórios tem que ser feita até 1º de julho para ser pago até o
final do exercício seguinte, após inclusão da verba necessária no orçamento.
( ) b) as indenizações originadas de responsabilidade objetiva do Estado, por qualquer causa,
têm natureza alimentícia e dispensam o regime de precatórios, devendo ser pagas
imediatamente.
( ) c) o termo limite para pagamento do precatório é o último dia do ano seguinte àquele em
que o precatório foi comunicado ao Presidente do Tribunal, ou seja, o prazo de um ano
e meio.
( ) d) o precatório é expedido após ter sido intentada pelo credor ação de execução contra a
Fazenda Pública, nos termos do art. 730, do CPC.
( ) e) é vedado o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução, para que o
pagamento se faça parte como obrigação definida em lei como de pequeno valor e
parte mediante expedição de precatório.

02 - Da sentença declarativa de insolvência constará:


( ) a) nomeação, dentre todos os credores, de um para servir como administrador da massa;
( ) b) expedição de éditos com prazo de 20 dias para a habilitação dos credores da massa;
( ) c) fixação do termo legal da insolvência;
( ) d) indicação do dia, hora e local da abertura da insolvência.

03 - Assinale a alternativa incorreta. A insolvência poderá ser requerida:


( ) a) pelo credor;
( ) b) pelo devedor;
( ) c) pelo espólio do devedor;
( ) d) de ofício, pelo juiz.

04 - Nos embargos à execução contra a Fazenda Pública não é cabível a discussão de:
( ) a) excesso de execução;
( ) b) incompetência do juízo da execução;
( ) c) excesso de penhora;
( ) d) cumulação indevida de execuções;
( ) e) novação.

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05 - A prisão civil ao devedor de alimentos inadimplente pode ser imposta:
( ) a) em sucessivas oportunidades, em face de novos inadimplementos;
( ) b) uma única vez;
( ) c) somente no caso de existir bem para a execução;
( ) d) apenas na hipótese de praticar, o devedor fraude de execução ou fraude contra
credores.

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Gabarito

01.B 02.B 03.D 04.C 05.A

Bibliografia

„ CURSO AVANÇADO DE PROCESSO CIVIL


Luiz Rodrigues Wambier
Revista dos Tribunais

„ DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO


Greco, Vicente
Saraiva

„ PRIMEIRAS LINHAS DE D. PROCESSUAL


CIVIL
Santos, Moacyr Amaral
Saraiva

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Direito Processual Civil


14 – O Processo de Execução III

Atualizada em 10.12.2011

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