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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

11 Os Recursos

11.1 – Introdução

Noções Gerais
Conceito:
Recurso é o procedimento que visa ao reexame de qualquer ato judicial decisório, seja
sentença, acórdão ou decisão interlocutória. No recurso, a parte demonstra seu
inconformismo com a decisão proferida e postula sua reforma ou modificação.

Espécies de recursos: Segundo grau de jurisdição


(Contra acórdãos)
Embargos Infringentes

Primeiro grau de jurisdição Embargos de Declaração

Apelação de Sentença Recurso Ordinário Constitucional

Agravo Recurso Extraordinário

Embargos de Declaração Embargos de Divergência do STF e STJ

Embargos de Alçada (Contra decisões diferentes de acórdãos)

Correição Parcial (embora não conste em lei, Agravo Regimental contra decisão do relator que causar
também é considerada como recurso) prejuízo à parte (STF)
Agravo Regimental previstos nos Regimentos Internos de
cada Tribunal Estadual
Agravo contra o despacho do presidente do tribunal
recorrido que denega o seguimento do recurso
extraordinário

Recursos sem nomes específicos (Inominados)

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Cabimento:
São recorríveis todos os atos do juiz que caracterizem decisões interlocutórias ou sentenças.
Os despachos, normais ao andamento do processo, não são recorríveis. Para cada decisão
deve haver um único recurso apropriado à sua reforma ou invalidação (princípio da
unirrecorribilidade das decisões). Se existe na lei previsão expressa quanto ao recurso
cabível, a parte deverá observar, caso contrário estará cometendo erro grosseiro e o seu
recurso não será conhecido. Porém, se a lei não estabelece recurso específico, pode haver a
fungibilidade dos recursos.

1Fungibilidade dos recursos:1


A fungibilidade dos recursos é relativa ao recebimento de um recurso por outro, quando não
existência de erro grosseiro. É possível a aplicação da fungibilidade desde que haja razoável dúvida
sobre o tipo de recurso cabível e que não tenha passado o prazo de interposição do recurso correto.

Não conhecer do recurso significa que não foram preenchidas as condições objetivas ou
subjetivas. Não dar provimento significa que, quanto ao mérito, a sentença foi desfavorável
ao autor.

Condições objetivas e subjetivas dos recursos:


Para o recurso ser admitido, devem estar preenchidos certos requisitos objetivos e
subjetivos. São condições objetivas analisadas pelo órgão julgador do recurso:
ƒ o cabimento e a adequação dos recursos;
ƒ a tempestividade;
ƒ a regularidade procedimental, incluindo-se a motivação e o preparo;
ƒ a inexistência de fato impeditivo ou extintivo.
E são condições subjetivas:
ƒ a legitimidade das partes;
ƒ o interesse jurídico do recorrente.

Preparo:
O recurso só é recebido se feito o preparo, isto é, se for feito o pagamento antecipado das
custas. Há recursos, no entanto, para os quais não se exige preparo, como o agravo retido e os
embargos de declaração. São dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministério
Público, pela União, pelos Estados e Municípios e respectivas autarquias, e pelos que gozam
de isenção legal (art. 511, § 1°).

1Deserção:1
A deserção é o não seguimento do recurso por falta de preparo, isto é, por falta de pagamento das
custas para interpô-lo. O preparo é pressuposto objetivo de admissibilidade do recurso. O recurso
poderá até ser recebido, mas, se não for preparado no prazo estabelecido pela lei, será declarado a
sua deserção (o recurso será considerado deserto).

Prazo:
Toda decisão possui um prazo legal para ser recorrida. O prazo comum é de quinze dias,
com exceção do agravo (dez dias) e dos embargos de declaração (cinco dias). Os prazos são

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contados a partir da data em que as partes são intimadas da decisão, da sentença ou do
acórdão. Caso seja proferida em audiência, a partir desta data.

CÓDIGO DE Art. 506 - O prazo para a interposição do recurso, aplicável em todos os casos o disposto no art.
PROCESSO 184 e seus parágrafos, contar-se-á da data:
CIVIL I - da leitura da sentença em audiência;
II - da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em audiência;
III - da publicação do dispositivo do acórdão no órgão oficial.

Parágrafo único - No prazo para a interposição do recurso, a petição será protocolada em


cartório ou segundo a norma de organização judiciária, ressalvado o disposto no § 2º do art. 525
desta Lei.

Legitimidade para interpor o recurso:


Legitimada para recorrer é a parte vencida no todo ou em parte, o terceiro prejudicado e o
Ministério Público. O recurso de terceiro prejudicado é uma das modalidades de
intervenção de terceiros no processo das partes. O terceiro que tiver sofrido algum prejuízo
com o ato decisório (decisão, sentença ou acórdão) tem o direito de impugná-lo, mas
cumpre-lhe demonstrar o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a
relação jurídica submetida à apreciação judicial (CPC, art. 499, § 1°). O Ministério Público
tem legitimidade para recorrer assim no processo em que é parte, como naqueles em que
oficiou como fiscal da lei (CPC, art. 499, § 2°).

Desistência:
Todo recurso após interposto pode contar com a desistência do recorrente, exercitável a
qualquer tempo e independentemente de anuência do recorrido ou litisconsorte. Sua
diferença em relação à renúncia é que esta é formulada nos autos previamente à
interposição do recurso. A desistência pode ser expressa, manifestada oralmente ou por
escrito nos autos, ou tácita, pelo transcurso do prazo para recorrer (art. 502).

Efeitos dos recursos


Noções Iniciais:
A interposição do recurso produz, de imediato, dois efeitos: um, comum a todos os recursos,
o efeito devolutivo; outro, próprio de vários deles, o efeito suspensivo.

Efeito Devolutivo:
Todos os recursos quando possuem pedido de reexame da decisão são recebidos em seu
efeito devolutivo, isto é, submete-se novamente ao crivo do Poder Judiciário a matéria
impugnada. (devolução do assunto ao tribunal, ou seja, transferência do assunto ao
tribunal, pois o termo devolutivo não é empregado aqui no sentido comum de restituição,
mas num sentido quase arcaico, de transferência, remessa ou entrega, do assunto, ao
tribunal).

Efeito Suspensivo:
Gera o impedimento da eficácia do ato decisório desde o momento da interposição do
recurso até que este seja decidido. Têm efeito suspensivo os recursos de apelação, de
embargos infringentes ao acórdão e de embargos de declaração. O agravo e o recurso
extraordinário não produzem efeito suspensivo, mas somente o devolutivo.

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Recurso adesivo
Noções iniciais:
O recurso adesivo poderá ser interposto quando houver sucumbência parcial (sucumbência
recíproca), ou seja, quando cada uma das partes é considerada vencedora e vencida
parcialmente, havendo em cada uma delas interesse em obter uma decisão mais favorável
do que aquela. Funciona como uma oportunidade para a parte que ainda não havia
recorrido, quando intimada para contra-razões. O termo adesivo deve ser compreendido
não como uma adesão ao recurso interposto pela parte contrária, mas como uma adesão à
oportunidade recursal aproveitada pelo oponente.

O nome adesivo se deve ao fato de ele é subordinado ao recurso principal, ou seja, não possui uma
tramitação autônoma. Conforme o princípio de que o acessório segue o principal, se houver
desistência, inadmissibilidade ou deserção do recurso principal, o adesivo também será
prejudicado. Contudo, o recorrente adesivo pode pagar as custas do recurso principal, para evitar a
deserção de ambos.

CÓDIGO DE Art. 500 - Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as
PROCESSO exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles
CIVIL poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege
pelas disposições seguintes:
I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de
que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no
recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado
inadmissível ou deserto.

Parágrafo único - Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente,


quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior.

Cabimento e legitimidade:
O recurso adesivo cabe na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e
no recurso especial, mas não é admitido no agravo e nos embargos de declaração. O recurso
adesivo não pode ser interposto por terceiro prejudicado ou pelo Ministério Público, uma
vez que a lei faz referência apenas a autor e réu.

Na verdade, o recurso adesivo não é propriamente um recurso em si, mas um modo especial de se
interpor a apelação, os embargos infringentes, o recurso extraordinário ou o recurso especial,
podendo-se falar então em apelação principal e apelação adesiva, embargos infringentes principal e
embargos infringentes adesivos ou recurso extraordinário principal e recurso extraordinário
adesivo.

Requisitos:
Requisito do recurso adesivo é que a sentença tenha sido apenas parcialmente procedente,
podendo autor e réu considerarem-se ambos vencidos em parte. Além dos seus requisitos
próprios, aplicam-se também ao recurso adesivo as mesmas regras do recurso principal,
quanto às condições da admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior. O prazo
para interposição é o que a parte dispõe para contra-razões.

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11.2 – Os Recursos do Primeiro Grau de Jurisdição

A apelação
Noções iniciais:
A apelação é um recurso ordinário, de primeiro grau, cabível contra as decisões terminativas
ou definitivas (sentenças), as quais põem termo ao processo, decidindo ou não o mérito da
causa.

A regra geral, de que da sentença cabe apelação, aplica-se a todos os tipos de processo
(conhecimento, execução, cautelar e procedimentos especiais), mas há exceções, como as previstas
da Lei de Execuções Fiscais (art. 34) e na Lei dos Juizados Especiais (art. 41). Não cabe apelação
das decisões interlocutórias mistas, uma vez que não põem fim ao processo nem esgotam a
jurisdição.

Legislação:
Código de Processo Civil, arts. 513 a 521.

Prazo:
O prazo da apelação é de 15 dias, contados da intimação da sentença. O prazo para contra-
razões é também de 15 dias.

No Estatuto da Criança e do Adolescente o prazo para interpor apelação e oferecer contra-razões é


de 10 dias (art. 198, II).

CÓDIGO DE Art. 555 - No julgamento de apelação ou de agravo, a decisão será tomada, na câmara ou turma,
PROCESSO pelo voto de 3 (três) juízes.
CIVIL
§ 1° - Ocorrendo relevante questão de direito, que faça conveniente prevenir ou compor
divergência entre câmaras ou turmas do tribunal, poderá o relator propor seja o recurso julgado
pelo órgão colegiado que o regimento indicar; reconhecendo o interesse público na assunção de
competência, esse órgão colegiado julgará o recurso.

§ 2° - Não se considerando habilitado a proferir imediatamente seu voto, a qualquer juiz é


facultado pedir vista do processo, devendo devolvê-lo no prazo de 10 (dez) dias, contados da
data em que o recebeu; o julgamento prosseguirá na 1a (primeira) sessão ordinária subsequente à
devolução, dispensada nova publicação em pauta.

§ 3° - No caso do § 2° deste artigo, não devolvidos os autos no prazo, nem solicitada


expressamente sua prorrogação pelo juiz, o presidente do órgão julgador requisitará o processo e
reabrirá o julgamento na sessão ordinária subsequente, com publicação em pauta.

Efeito devolutivo:
Como vimos, chama-se efeito devolutivo da apelação o reexame pelo tribunal da matéria
impugnada. O efeito devolutivo da apelação está previsto no art. 515 do Código de Processo
Civil.

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CÓDIGO DE Art. 515 - A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
PROCESSO
CIVIL § 1° - Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões
suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.

§ 2° - Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um


deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.

§ 3° - Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode
julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em
condições de imediato julgamento.

§ 4° - Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou


renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível
prosseguirá o julgamento da apelação.

A Lei 10.352/01, tendo em vista as dificuldades existentes, e em privilégio da economia processual,


possibilitou que o tribunal conheça diretamente do mérito da causa, independentemente de sua
apreciação pelo juiz de primeiro grau.

Efeito suspensivo:
A apelação tem ainda, normalmente, o efeito suspender a executividade dos efeitos da
decisão enquanto não julgado o recurso. Não é possível a prática de nenhum ato em
primeira instância, no aguardo da decisão superior.

Efeito meramente devolutivo:


Em regra, a apelação será recebida nos efeitos devolutivo e suspensivo, porém, em certos
casos a apelação é recebida com efeito meramente devolutivo. Os casos estão previstos no
art. 520 do Código de Processo Civil. A principal característica do efeito meramente
devolutivo é que neste caso, apesar da apelação, pode-se promover desde logo a execução
provisória do julgado (art. 521).

CÓDIGO DE Art. 520 - A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto,
PROCESSO recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que:
CIVIL
I - homologar a divisão ou a demarcação;

II - condenar à prestação de alimentos;

III - julgar a liquidação de sentença; (revogado pela Lei n° 11.232, de 22.12.2005)

IV - decidir o processo cautelar;

V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;

VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.

VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;

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Procedimento:
O procedimento da apelação segue as seguintes regras:
ƒ A petição é dirigida ao próprio juiz prolator da sentença recorrida, contendo os nomes
e qualificação das partes, os fundamentos de fato e de direito em que se baseia e o
pedido de nova decisão.

Súmula Impeditiva de Recurso:


O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com
súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal (art. 518, § 1° do
CPC, incluído pela Lei nº 11.276/06). É importante observar que o juiz de primeiro grau
poderá em sua sentença não estar de acordo com súmula do STJ ou do STF, hipótese em que é
possível à parte recorrer.

ƒ As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na


apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior (art. 517).
ƒ Recebida a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe, abrirá vistas ao
apelado para, querendo, oferecer contra-razões, no prazo de 15 dias, salvo na hipótese
de apelação de indeferimento liminar de petição inicial, caso em que, ou o juiz se
retrata e o processo continua, ou, em 48 horas, determina a remessa dos autos ao
tribunal (art. 296).
ƒ Após as contra-razões, o juiz pode rever os pressupostos de admissibilidade do recurso
no prazo de cinco dias, especialmente quando alertado pelo apelado (art. 518, § 2°).
ƒ Provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-
lhe prazo para efetuar o preparo. Esta decisão será irrecorrível, cabendo ao tribunal
apreciar-lhe a legitimidade (art. 519).
ƒ Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no processo;
recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução
provisória da sentença, extraindo a respectiva carta (art. 521).

O agravo
Noções iniciais:
No processo surgem muitas vezes questões variadas e intermediárias que reclamam uma
decisão do juiz (decisão interlocutória). Quando a decisão não extinguir o processo, ou fase
autônoma dele, e estiver sujeita à preclusão, é passível de agravo, que existe exatamente
para provocar a reapreciação desta decisão que tenha agravado a situação da parte. Não
estão sujeitas a agravo os despachos (art. 504), que nada decidem, nem a sentença, que
possui a apelação como recurso cabível (art. 514). O agravo possui duas formas: retido e de
instrumento.

Legislação:
Código de Processo Civil, arts. 522 a 529.

CÓDIGO DE Art. 522 - Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida,
PROCESSO salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação,
CIVIL bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é

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Parágrafo único - O agravo retido independe de preparo.

Prazo:
O prazo para interposição de agravo é de 10 dias, contados da intimação da decisão
impugnada.

Agravo retido:
No agravo sob a forma retida, o recurso permanece nos autos, sem processamento e sem
custas, para futuro conhecimento do tribunal, preliminarmente, quando do julgamento de
eventual apelação (efeito devolutivo retardado). Tem ele sua forma em simples petição
juntada ao processo, facultada a apresentação de razões, no prazo de dez dias da intimação
da decisão e sem preparo, manifestando a parte sua discordância e seu desejo de não vê-la
precluir. Mas seu conhecimento pelo tribunal fica condicionado a expresso pedido do
interessado nas razões ou contra-razões de apelação.

CÓDIGO DE Art. 523 - Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele conheça,
PROCESSO preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação.
CIVIL
§ 1º - Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na
resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal.

§ 2º - Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de 10 (dez) dias, o juiz poderá reformar
sua decisão.

§ 3º - Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá


agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do
respectivo termo (art. 457), nele expostas sucintamente as razões do agravante.

Retratação:
A regra constante no § 2° do art. 523 permite o juízo de retratação no agravo retido. O juízo
de retratação é uma característica do agravo retido, sendo que o juiz pode reformar sua
decisão desde que ouvida a parte contrária (agravado) no prazo de dez dias.

Agravo Oral:
O agravo retido poderá ser formulado oralmente, mediante a exposição sucinta das razões no
termo, das decisões proferidas em audiência de instrução e julgamento (art. 523, § 3°). A Lei
11.187/05 restringiu o alcance do agravo retido pela forma oral e imediata para somente as
audiências de instrução e julgamento e não mais de qualquer audiência, como era
anteriormente.

Agravo de instrumento:
O agravo de instrumento é a forma para que a parte possa obter, desde logo, o reexame da
decisão interlocutória a ele contrária. No agravo de instrumento há a formação de autos
apartados, com o translado de peças dos autos principais. Com a Lei 9.139/95 o agravo de
instrumento passou a ser formado apenas com as peças necessárias, por simples cópias,
dispensada autenticação e a ser interposto diretamente no Tribunal de Justiça, fugindo à
regra existente no direito brasileiro de que os recursos são interpostos perante o órgão que
prolatou a sentença.

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CÓDIGO DE Art. 524 - O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, através de
PROCESSO petição com os seguintes requisitos:
CIVIL I - a exposição do fato e do direito;
II - as razões do pedido de reforma da decisão;
III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo.

Art. 525 - A petição de agravo de instrumento será instruída:


I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das
procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II - facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis.

§ 1º - Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de


retorno, quando devidos, conforme tabela que será publicada pelos tribunais.

§ 2º - No prazo do recurso, a petição será protocolada no tribunal, ou postada no correio sob


registro com aviso de recebimento, ou, ainda, interposta por outra forma prevista na lei local.

Art. 526 - O agravante, no prazo de 3 (três) dias, requererá juntada, aos autos do processo de
cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a
relação dos documentos que instruíram o recurso.

Parágrafo único - O não cumprimento do disposto neste artigo, desde que arguido e provado
pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo.

Art. 527 - Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribuído incontinenti, o relator:


I - negar-lhe-á seguimento, liminarmente, nos casos do art. 557;
II - converterá o agravo de instrumento em agravo retido, salvo quando se tratar de decisão
suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de
inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, mandando
remeter os autos ao juiz da causa;
III - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (art. 558), ou deferir, em antecipação de tutela,
total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
IV - poderá requisitar informações ao juiz da causa, que as prestará no prazo de 10 (dez) dias;
V - mandará intimar o agravado, na mesma oportunidade, por ofício dirigido ao seu advogado,
sob registro e com aviso de recebimento, para que responda no prazo de 10 (dez) dias (art. 525, §
2º), facultando-lhe juntar a documentação que entender conveniente, sendo que, nas comarcas
sede de tribunal e naquelas em que o expediente forense for divulgado no diário oficial, a
intimação far-se-á mediante publicação no órgão oficial;
VI - ultimadas as providências referidas nos incisos III a V do caput deste artigo, mandará ouvir
o Ministério Público, se for o caso, para que se pronuncie no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único - A decisão liminar, proferida nos casos dos incisos II e III do caput deste
artigo, somente é passível de reforma no momento do julgamento do agravo, salvo se o próprio
relator a reconsiderar.

Conversão do agravo de instrumento em agravo retido:


A Lei 10.352/01 introduziu a possibilidade da conversão do agravo de instrumento em agravo
retido. A Lei 11.187/05 transformou a faculdade em dever processual de proceder à conversão
salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil
reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que
a apelação é recebida.

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Impedimento de Agravo Regimental:
De acordo com o parágrafo único do art. 527, fica impedido o agravo interno (regimental)
contra a decisão liminar que venha a converter o agravo de instrumento em retido e da que
atribui efeito suspensivo ao recurso ou concede antecipação de tutela (total ou parcial). Estas
decisões só poderiam ser reformadas no momento do julgamento do agravo de instrumento,
salvo se o próprio relator a reconsiderar.

Julgamento e reforma pelo próprio juiz:


O agravo deve ser julgado em trinta dias, contados da intimação do agravado, para que o
relator pedirá dia, sem que o processo passe por revisor (art. 528). É permitido que o
próprio juiz, ao tomar conhecimento do agravo, reforme inteiramente a decisão, caso em
que, comunicado o tribunal, o recurso é julgado prejudicado.

CÓDIGO DE Art. 528 - Em prazo não superior a 30 (trinta) dias da intimação do agravado, o relator pedirá dia
PROCESSO para julgamento.
CIVIL
Art. 529 - Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará
prejudicado o agravo.

Embargos de declaração
Noções iniciais:
Os embargos de declaração são recursos que não tem como objetivo a reforma ou invalidade
da sentença. São dirigidos ao próprio juiz prolator da sentença para esclarecer obscuridade,
eliminar contradição ou suprir omissão existente no julgado.

CÓDIGO DE Art. 535 - Cabem embargos de declaração quando:


PROCESSO I - houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição;
CIVIL II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal.

A Lei 8.950/94 retirou a possibilidade de oposição de embargos de declaração para


esclarecimento de dúvidas. Esta possibilidade existe, porém, nos juizados especiais cíveis.

É cabível embargos de declaração contra decisão interlocutória?


Embora o art. 535 diga respeito somente à sentença ou acórdão, a jurisprudência tem aceitado
a interposição de embargos de declaração também contra as decisões interlocutórias.

Legislação:
Código de Processo Civil, arts. 535 a 538.

Prazo:
O prazo é de 5 dias da data da publicação da sentença.

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Procedimento:
Nos embargos de declaração não há vista à outra parte para alegações, nem custas a pagar.
Os embargos interrompem o prazo para a interposição de outro recurso por qualquer das
partes.

Procedimento:
O procedimento dos embargos de declaração mais simples uma vez que via de regra não
cabe contra-razões. O juiz ou o tribunal irá apreciá-lo, ante a peça de interposição, não
estando sujeito a preparo. O rito dos embargos de declaração é o seguinte:
ƒ A petição é dirigida ao juiz ou relator, com a indicação do ponto obscuro, contraditório
ou omisso (art. 536).
ƒ O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias; nos tribunais, o relator apresentará os
embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto (art. 537).

Interrupção dos prazos:


Efeito dos embargos de declaração é a interrupção do prazo para a interposição de outros
recursos, por qualquer das partes (art. 538).

Embargos protelatórios:
Se a parte interpuser os embargos de declaração com o fim de atrasar o processo, o juiz ou o
tribunal, declarará que estes são protelatórios e condenará o embargante a pagar ao
embargado multa não excedente de 1% sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos
protelatórios, a multa é elevada a até 10%, ficando condicionada a interposição de qualquer
outro recurso ao depósito do valor respectivo (art. 538, parágrafo único).

Embargos de alçada
Os embargos de alçada, também chamados embargos infringentes do julgado, não constam
do Código de Processo Civil, mas de leis especiais. Cabem apenas em certos processos e são
julgados pelo próprio juiz da causa. Cabem na Justiça Federal, nas causas até 50 OTN (Lei
6.825/80). E nas execuções fiscais federais de igual valor (Lei 6.830/80). Em ambos os
casos os embargos de alçada constituem o único recurso possível, ficando excluídos a
apelação e o agravo de instrumento.

Correição parcial
Embora o Código de Processo Civil tenha sido omisso a respeito, a doutrina e a
jurisprudência entendem cabível a correição parcial contra atos do juiz, que tumultuem o
processo, em prejuízo da parte, quando não houver, no caso, um recurso específico. Caberá,
por exemplo, correição parcial no retardamento exagerado e injustificado de atos judiciais,
ou na recusa de determinar o seguimento de agravo de instrumento, contrariando a regra do
art. 528 do CPC.

As leis de organização judiciária costumam prever a correção parcial (ex: art. 93 do Código
Judiciário do Estado de São Paulo).

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11.3 – Os Recursos do Segundo Grau de Jurisdição

Noções gerais
No segundo grau de jurisdição devemos separar os recursos em duas classes: recursos
contra acórdãos e recursos contra outras decisões que não acórdãos. No primeiro caso,
temos os embargos infringentes, os embargos de declaração, o recurso ordinário
constitucional, o recurso extraordinário e os embargos de divergência. No segundo caso
temos o agravo de instrumento contra o despacho do Presidente do Tribunal recorrido que
denega o seguimento do recurso extraordinário (art. 544), o agravo regimental de decisão de
relator que causar prejuízo à parte (art. 317 do RISTF) e vários outros, até sem nome, como
os constantes dos arts. 532, § 1°, e 557, parágrafo único, do CPC, e ainda os recursos
estaduais locais, próprios do regimento interno de cada tribunal.

Juízo a quo é aquele que proferiu a decisão, juízo ad quem é aquele a quem se dirige o recurso.

Embargos infringentes
Noções gerais:
Dá-se o nome de embargos infringentes ao recurso interposto contra acórdão proferido em
apelação ou ação rescisória quando o julgamento não tenha sido unânime.

CÓDIGO DE Art. 530 - Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em
PROCESSO grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o
CIVIL desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.

A Lei 10.352/01 restringiu o cabimento dos embargos infringentes aos casos em que:
• o acórdão não unânime houver reformado a sentença, ou seja, dado provimento ao recurso
de apelação;
• o tribunal ter julgado procedente a ação rescisória.

Prazo:
O prazo de interposição é de 15 dias (art. 508).

Efeitos:
Os embargos infringentes produzem ambos os efeitos recursais: o devolutivo e o suspensivo.

Procedimento:
ƒ Interpostos os embargos, abrir-se-á vista ao recorrido para contra-razões; após, o
relator do acórdão embargado apreciará a admissibilidade do recurso (art. 531).
ƒ Da decisão que não admitir os embargos caberá agravo, em 5 dias, para o órgão
competente para o julgamento do recurso (art. 532).

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ƒ Admitidos os embargos, serão processados e julgados conforme dispuser o regimento
do tribunal (art. 533). A escolha do relator recairá, quando possível, em juiz que não
haja participado do julgamento da apelação ou da ação rescisória.
ƒ Caso a norma regimental determine a escolha de novo relator, esta recairá, se possível,
em juiz que não haja participado do julgamento anterior. Impugnados os embargos,
serão os autos conclusos ao relator e ao revisor pelo prazo de 15 dias para cada um,
seguindo-se o julgamento (art. 534).

Embargos de declaração
Como já visto anteriormente no caso da sentença, cabem da mesma forma embargos de
declaração para a própria Câmara, quando no acórdão há obscuridade, lacuna, dúvida ou
contradição . O prazo é o mesmo: cinco dias, da data da publicação do acórdão.

Recurso ordinário
Recurso ordinário constitucional é aquele que cabe para o STF, no julgamento de
determinadas matérias, decididas em única instância pelos Tribunais Superiores, tais como
mandado de segurança e habeas corpus, conforme constitucionalmente disposto no art. 102,
II. Cabe ainda para o STJ, em matérias decididas pelos Tribunais de segunda instância, da
Justiça Comum, tais como mandado de segurança e habeas corpus, conforme
constitucionalmente disposto no art. 105, II.

CÓDIGO DE Art. 539 - Serão julgados em recurso ordinário:


PROCESSO
CIVIL I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de
injunção decididos em única instância pelos Tribunais superiores, quando denegatória a decisão;

II - pelo Superior Tribunal de Justiça:


a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) as causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e,
do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.

Recurso extraordinário e recurso especial


Recurso extraordinário:
O recurso extraordinário, para o Supremo Tribunal Federal, é o que pode ser interposto das
decisões proferidas por outros tribunais, no caso de ofensa à Constituição (art. 102, III da
Constituição Federal e art. 541 do CPC).

Recurso especial:
O Recurso Especial, para o Superior Tribunal de Justiça, é o que poderá ser interposto das
decisões proferidas por outros tribunais da Justiça comum, em matéria não constitucional.
Nos termos do art. 105, III da Constituição Federal, cabe Recurso Especial quando a decisão
recorrida contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe vigência, julgar válida lei ou ato de

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governo local contestado em face da lei federal ou der à lei federal interpretação divergente
da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Cabimento:
Cabe recurso extraordinário quando alegada ofensa a preceito constitucional. As demais
matérias, não constitucionais, como contrariedade à lei federal, ou interpretação divergente
de lei federal, passam à competência do Superior Tribunal de Justiça, na área da justiça
comum, através do recurso especial.

1Pré-questionamento:1
Pré-questionamento é a arguição da questão controvertida perante o juiz de origem. Inexistindo pré-
questionamento, será inadmissível o recurso extraordinário (Súmula n° 282 do STF).

Há casos em que um acórdão deve ser impugnado, parte por Recurso Extraordinário e parte
por embargos infringentes. Isso ocorre quando o dispositivo de um acórdão contém matéria
julgada por maioria de votos e matéria julgada de modo unânime. Na parte em que houve
apenas maioria de votos cabem embargos infringentes. E na matéria unânime o Recurso
Extraordinário fica sobrestado até o julgamento dos embargos infringentes (art. 498 do CPC).
O mesmo procedimento supra deve ser adotado na conjugação de embargos infringentes e
recurso especial para o STJ.

Prazo:
O prazo é de 15 dias (CPC, art. 508).

Efeitos:
Os recursos extraordinário e especial serão recebidos no efeito devolutivo.

Procedimento:
ƒ O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição
Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal
recorrido, em petições distintas, que conterão a exposição do fato e do direito, a
demonstração do cabimento do recurso interposto e as razões do pedido de reforma da
decisão recorrida (art. 541).
ƒ Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da
divergência mediante certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório de
jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que tiver sido
publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na
Internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as
circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados (art. 541,
parágrafo único, com redação dada pela Lei nº 11.341/2006). As decisões judiciais
disponíveis na Internet podem ser usadas, na fundamentação de recursos, como prova
de divergência jurisprudencial.
ƒ Recebida a petição pela secretaria do tribunal, será intimado o recorrido, abrindo-se-
lhe vista, para apresentar contra-razões (art. 542, caput). Findo esse prazo, serão os
autos conclusos para admissão ou não do recurso, no prazo de 15 dias, em decisão
fundamentada (art. 542, § 1°).
ƒ Admitidos ambos os recursos, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de
Justiça (art. 543, caput). Concluído o julgamento do recurso especial, serão os autos
remetidos ao Supremo Tribunal Federal, para apreciação do recurso extraordinário, se

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este não estiver prejudicado (art. 543, § 1°). Na hipótese de o relator do recurso
especial considerar que o recurso extraordinário é prejudicial àquele, em decisão
irrecorrível sobrestará o seu julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal
Federal, para o julgamento do recurso extraordinário (art. 543, § 2°) e nesse caso, se o
relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, não o considerar prejudicial,
devolverá os autos ao Supremo Tribunal de Justiça, para o julgamento do recurso
especial (art. 543, § 3º).

Repercussão geral das questões constitucionais:


Através da Emenda Constitucional n° 45/2004, a Constituição passou a exigir que no
recurso extraordinário, “o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a
admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus
membros” (CF, art. 102, § 3°). A Lei 11.418/2006 acrescentou os arts. 543-A e 543-B ao
Código de Processo Civil para regulamentar o procedimento do disposto constitucional.

“Essa exigência (repercussão geral), muito semelhante a uma que já houve


no passado (a arguição de relevância), tem o nítido objetivo de reduzir a
quantidade dos recursos extraordinários a serem julgados pelo Supremo
Tribunal Federal e busca apoio em uma razão de ordem política: mirando
Candido Rangel o exemplo da Corte Suprema norte-americana, quer agora a Constituição
Dinamarco
que também a nossa Corte só se ocupe de casos de interesse geral, cuja
decisão não se confine à esfera de direitos exclusivamente dos litigantes e
possa ser útil a grupos inteiros ou a uma grande quantidade de pessoas. Daí
falar em repercussão geral - e não porque toda decisão que vier a ser
tomada em recurso extraordinário vincule todos, com eficácia ou
autoridade erga omnes, mas porque certamente exercerá influência em
julgamentos futuros e poderá até abrir caminho para a edição de uma
súmula vinculante”. (O processo civil na reforma constitucional do Poder Judiciário)

Procedimento (repercussão geral):


O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do
Supremo Tribunal Federal, a existência da repercussão geral. Para efeito da repercussão
geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.
Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária à súmula ou
jurisprudência dominante do Tribunal. Se a Turma decidir pela existência da repercussão
geral por, no mínimo, 4 votos, ficará dispensada a remessa do recurso ao Plenário. Negada a
existência da repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria
idêntica, que serão indeferidos liminarmente, salvo revisão da tese, tudo nos termos do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. O Relator poderá admitir, na análise da
repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos
termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. A Súmula da decisão sobre a
repercussão geral constará de ata, que será publicada no Diário Oficial e valerá como
acórdão.

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Agravo:

CÓDIGO DE Art. 544 - Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo nos
PROCESSO próprios autos, no prazo de 10 (dez) dias.
CIVIL
§ 1° - O agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido.

§ 2° - A petição de agravo será dirigida à presidência do tribunal de origem, não dependendo do


pagamento de custas e despesas postais. O agravado será intimado, de imediato, para no prazo de
10 (dez) dias oferecer resposta, podendo instruí-la com cópias das peças que entender
conveniente. Em seguida, subirá o agravo ao tribunal superior, onde será processado na forma
regimental.

§ 3° - O agravado será intimado, de imediato, para no prazo de 10 (dez) dias oferecer resposta.
Em seguida, os autos serão remetidos à superior instância, observando-se o disposto no art. 543
deste Código e, no que couber, na Lei no 11.672, de 8 de maio de 2008.

§ 4° - No Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do agravo


obedecerá ao disposto no respectivo regimento interno, podendo o relator:

I - não conhecer do agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado


especificamente os fundamentos da decisão agravada;
II - conhecer do agravo para:
a) negar-lhe provimento, se correta a decisão que não admitiu o recurso;
b) negar seguimento ao recurso manifestamente inadmissível, prejudicado ou em confronto com
súmula ou jurisprudência dominante no tribunal;
c) dar provimento ao recurso, se o acórdão recorrido estiver em confronto com súmula ou
jurisprudência dominante no tribunal.

Art. 545 - Da decisão do relator que não conhecer do agravo, negar-lhe provimento ou decidir,
desde logo, o recurso não admitido na origem, caberá agravo, no prazo de 5 (cinco) dias, ao
órgão competente, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 557.

Embargos de divergência em recurso especial e extraordinário


Com o objetivo de pacificar a jurisprudência no âmbito interno do STJ e do STF, foram
instituídos os embargos de divergência no recurso especial e no recurso extraordinário.
Além dos casos admitidos em lei, é embargável a decisão da turma que, em recurso especial
ou extraordinário divergir do julgamento de uma outra turma ou do plenário. O prazo para
interposição é de 15 dias (art. 508).

CÓDIGO DE Art. 546 - É embargável a decisão da turma que:


PROCESSO
CIVIL I - em recurso especial, divergir do julgamento de outra turma, da seção ou do órgão especial;

II - em recurso extraordinário, divergir do julgamento da outra turma ou do plenário.

Parágrafo único - Observar-se-á, no recurso de embargos, o procedimento estabelecido no


regimento interno.

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11.4 – Questões Relativas aos Recursos

Reexame obrigatório
Noções iniciais:
Certas sentenças, havendo ou não apelação das partes, devem ser remetidas ao tribunal pelo
próprio juiz, para serem confirmadas, não produzindo efeito antes disso. As sentenças
proferidas nas hipóteses previstas no art. 475 sujeitar-se-ão obrigatoriamente ao duplo grau
de jurisdição, somente alcançando o trânsito em julgado após o julgamento pelo Tribunal de
Justiça. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, a sentença:
ƒ proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas
autarquias e fundações de direito público:
ƒ que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa
da Fazenda Pública (art. 585, VI).

Anteriormente, o reexame obrigatório tinha o nome de apelação necessária ou de ofício. Mas


no Código de Processo Civil atual o reexame não é mais tratado como recurso, passando a ser
um instituto de feição própria, diversa da natureza dos recursos.

Exceções:
Não estão sujeitas à remessa necessária os casos de condenação das Fazendas Públicas ou de
procedência de embargos envolvendo quantia menor do que sessenta salários mínimos.
Trata-se de um valor fixado com vistas a evitar a discussão de quantias reduzidas que não
influirão na economia do Poder Público, mas poderiam ampliar o abarrotamento dos
Tribunais. Também é excluída da remessa obrigatória a sentença que se fundar em
jurisprudência do plenário ou súmula do STF, bem como em súmulas dos tribunais
superiores competentes (STJ, TST, TSM e TSE).

Uniformização da jurisprudência
A uniformização da jurisprudência é um incidente no julgamento de um recurso. Ocorrendo
divergência na interpretação de tese jurídica, a Câmara ou Grupo de Câmaras poderá
atribuir, por meio de acórdão, ao Tribunal Pleno, a solução da questão, em abstrato. Quando
o Tribunal Pleno decide a questão, a Câmara ou Grupo de Câmaras que remeteu a questão
deverá completar o julgamento, aplicando a tese dada ao caso concreto (art. 476). O
incidente da uniformização da jurisprudência pode ser provocado pela parte, ao arrazoar o
recurso ou em petição avulsa, bem como por juiz participante do órgão julgador.

“Há, portanto, uma cisão do julgamento do recurso ou do processo de


competência originária dos tribunais, fazendo o pleno a fixação da tese
jurídica e a Câmara, Grupo de Câmaras ou Turma a aplicação da tese
Vicente Greco fixada ao caso concreto.”
Filho

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A intervenção do Ministério Público no incidente de uniformização da jurisprudência é
sempre obrigatória.

Declaração de inconstitucionalidade
O juiz da causa ou uma das partes pode pedir que lei ou ato normativo do Poder Público seja
examinado quanto à sua constitucionalidade. A questão é então submetida (em abstrato) ao
Tribunal Pleno (ou ao Órgão Especial, caso exista) para posterior julgamento do caso em
concreto, aplicando-se a decisão adotada (art. 480). É um incidente semelhante ao incidente
de uniformização de jurisprudência quanto a seu processamento. Da decisão que se seguir
ao julgamento de constitucionalidade pelo Tribunal Pleno, são inadmissíveis embargos
infringentes quanto à matéria constitucional (Súmula 455 do STF).

A ação rescisória
Noções iniciais:
A ação rescisória, embora semelhante a um recurso, é uma ação autônoma, movida perante
um tribunal, destinada a desconstituir sentença de mérito ou acórdão já transitado em
julgado. Tem como objetivo reparar a injustiça de uma sentença transitada em julgado.

No caso de sentenças meramente homologatórias cabe ação ordinária de nulidade ou de anulação


(art. 486). Estão nesse caso, por exemplo, a arrematação ou a adjudicação sem embargos. Não cabe
rescisória nas sentenças dadas em jurisdição voluntária, por não haver nestas coisa julgada material.
A separação consensual, portanto (pertencente à jurisdição voluntária) desconstitui-se por ação
comum e não por rescisória, da mesma forma como são desconstituídos os atos jurídicos em geral.

Prazo:
A ação deve ser proposta no prazo de dois anos (prazo decadencial), contados do trânsito
em julgado da decisão (CPC, art. 495).

Legitimidade ativa:
Podem ajuizar a ação rescisória as partes, o terceiro juridicamente interessado (assistente) e
o Ministério Público, quando tiver sido parte ou na qualidade de fiscal da lei, se não ouvido
no processo em que sua intervenção era obrigatória ou se a sentença for decorrente de
colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei.

Cabimento:
A rescisória só cabe contra sentença de mérito, como definida no art. 269 do CPC. O art. 485
do CPC relaciona as hipóteses em que o acórdão ou sentença podem ser rescindidos. Essa
lista é taxativa.

CÓDIGO DE Art. 485 - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
PROCESSO I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
CIVIL II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as
partes, a fim de fraudar a lei;

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IV - ofender a coisa julgada;
V - violar literal disposição de lei;
VI - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja provada
na própria ação rescisória;
VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de que
não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se baseou a
sentença;
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa.

§ 1º - Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexistente


um fato efetivamente ocorrido.

§ 2º - É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem
pronunciamento judicial sobre o fato.

Procedimento:
ƒ Além dos requisitos do art. 282, a petição inicial deverá conter: a cumulação do pedido
de rescisão com o de novo julgamento da causa, se for o caso; prova de depósito de 5%
sobre o valor da causa, a título de multa, caso a ação seja declarada inadmissível ou
improcedente por unanimidade (este último item não se aplica à União, aos Estados,
ao Município nem ao Ministério Público).
ƒ Recebida a inicial, o relator mandará citar o réu, concedendo prazo entre 15 e 30 dias
para a resposta. Terminado o prazo, com ou sem resposta, o relator observará se é o
caso de atender as providências preliminares e de proceder ao julgamento conforme o
estado do processo.
ƒ Se necessária a produção de provas, o relator delegará a competência ao juiz de direito
da comarca onde ela deva ser produzida, fixando um prazo entre 45 e 90 dias para a
devolução dos autos.
ƒ Ao término da instrução, será aberta vista sucessivamente ao autor e ao réu, com
prazos respectivos de 10 dias para alegações finais, indo os autos ao relator, para o
julgamento no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça (na forma
dos seus regimentos internos) ou nos Estados, conforme dispuser a norma de
Organização Judiciária.

O ajuizamento da ação rescisória não impede o cumprimento da sentença ou acórdão rescindendo,


ressalvada a concessão, caso imprescindíveis e sob os pressupostos previstos em lei, de medidas de
natureza cautelar ou antecipatória de tutela (CPC, art. 489).

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Questões de Concursos

Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Magistratura/RS – 2003) A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será,
no entanto, recebida só no efeito devolutivo quando interposta da sentença que
( ) a) rejeitar liminarmente a petição inicial da ação de execução.
( ) b) julgar procedente os embargos à execução.
( ) c) confirmar a antecipação dos efeitos da tutela.
( ) d) julgar improcedente o mandado de segurança.
( ) e) julgar procedente a ação popular.

02 - (Magistratura/RS – 2003) Sobre o agravo, considere as assertivas abaixo.


I - Interposto o agravo retido e ouvido o agravado no prazo de 10 (dez) dias, o Juiz poderá
reformar sua decisão.
II - Será retido o agravo de decisão proferida na audiência de instrução e julgamento e de
decisão que inadmite a apelação interposta.
III - Recebido o agravo de instrumento no Tribunal e distribuído incontinente, o Relator
negar-lhe-á seguimento, liminarmente, se assim o entender, por aplicação do princípio do
livre arbítrio judicial.
Quais são corretas?
( ) a) Apenas I.
( ) b) Apenas II.
( ) c) Apenas III.
( ) d) Apenas I e II.
( ) e) I, II e III.

03 - (Magistratura/SP – 176) Assinale a asserção incorreta:


( ) a) O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo
Ministério Público.
( ) b) A parte que aceitar, expressa ou tacitamente, a sentença ou a decisão, não poderá
recorrer.
( ) c) O recorrente poderá desistir do recurso, a qualquer tempo, se contar com anuência do
recorrido ou dos litisconsortes.
( ) d) O prazo para interposição de apelação contar-se-á da data da intimação às partes,
quando a sentença não for proferida em audiência.

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04 - (Ministério Público/MG – 40) Assinale a opção incorreta:
( ) a) a apelação interposta contra a sentença que decreta a interdição será recebida em seu
efeito devolutivo e suspensivo;
( ) b) a apelação interposta de sentença que decide o processo cautelar será recebida só no
efeito devolutivo;
( ) c) será recebida só no efeito devolutivo a apelação interposta da sentença que
homologar a divisão ou a demarcação;
( ) d) será recebida só no efeito devolutivo a apelação interposta da sentença que julgar
procedente o pedido de instituição de arbitragem;
( ) e) será recebida só no efeito devolutivo a apelação interposta da sentença que julgar a
liquidação de sentença.

05 - (Ministério Público/MG – 40) Assinale a opção correta:


( ) a) o recurso adesivo será admissível apenas na apelação e nos embargos infrigentes;
( ) b) o recurso adesivo será interposto perante a autoridade competente para admitir o
recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para recorrer;
( ) c) o recurso adesivo será conhecido, mesmo se houver desistência do recurso principal,
ou se for ele declarado inadmissível ou deserto;
( ) d) cabem embargos infrigentes quando não for unâmine o julgado proferido em apelação
e em ação rescisória;
( ) e) os embargos de declaração suspendem o prazo para o oferecimento de outros recursos,
por qualquer das partes.

06 - (Ministério Público/MG – 40) No tocante ao recurso de agravo de instrumento é correto afirmar


que:
( ) a) se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará
prejudicado o agravo;
( ) b) em prazo não superior a trinta dias da intimação do agravado, o relator pedirá dia para
julgamento;
( ) c) será sempre retido o agravo das decisões posteriores á sentença, salvo caso de
inadmissão da apelação;
( ) d) será dirigido diretamente ao tribunal competente, através da petição, com a exposição
do fato e do direito; as razões do pedido de reforma da decisão e o nome e endereço
completo dos advogados, constantes do processo;
( ) e) todas as alternativas acima são verdadeiras.

07 - (Ministério Público/SP – 2006) São princípios fundamentais dos recursos previstos no Código de
Processo Civil:
( ) a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a infungibilidade e a
garantia da reformatio in peius.
( ) b) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e a
proibição da reformatio in peius.
( ) c) o duplo grau necessário de jurisdição, a taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e
a garantia da reformatio in peius.
( ) d) o duplo grau necessário de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a
infungibilidade e a garantia da reformatio in peius.
( ) e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de taxatividade, a singularidade, a
infungibilidade e a proibição da reformatio in peius.

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08 - (Ministério Público/SP – 82) A intervenção do Ministério Público, no incidente de uniformização
da jurisprudência, é
( ) a) facultativa, a critério do Ministério Público quando vislumbra interesse público na
causa.
( ) b) obrigatória, em todos os casos.
( ) c) obrigatória, somente quando o Ministério Público suscitar o incidente.
( ) d) obrigatória, se houver interesse de incapaz na causa.
( ) e) desnecessária, já que a iniciativa do incidente é uma faculdade do juiz.

09 - (Ministério Público/SP – 82) Em sede de desistência do recurso.


( ) a) o recorrente somente poderá desistir do recurso com a anuência do recorrido.
( ) b) o recorrente somente poderá desistir do recurso com a anuência do recorrido e
homologação judicial.
( ) c) o recorrente poderá desistir do recurso a qualquer tempo, independentemente de
anuência do recorrido.
( ) d) os efeitos da desistência somente ocorrerão após a homologação judicial.
( ) e) a homologação da desistência é necessária para por fim ao procedimento recursal.

10 - (Ministério Público/SP – 82) Os embargos infringentes devem ser endereçados


( ) a) ao Presidente do Tribunal, que os encaminhará à Câmara competente para o seu
processamento.
( ) b) ao Presidente da Câmara na qual foi proferido o acórdão embargado.
( ) c) ao relator do acórdão embargado, que é o competente para decidir a respeito de sua
admissibilidade.
( ) d) ao magistrado que proferiu o voto vencido, que dá embasamento aos embargos
infringentes.
( ) e) ao novo relator, que determinará a abertura de vista ao embargo para a impugnação.

11 - (Procurador/GO – 8) Quanto ao Recurso Adesivo, é possível assegurar que:


( ) a) é admissível no Agravo, no Recurso Especial e Recurso Extraordinário;
( ) b) não se admite na Apelação;
( ) c) não será conhecido por qualquer óbice ao conhecimento do recurso principal;
( ) d) dispensa a abertura de visitas ao recorrido.

12 - (Procurador/GO – 8) Por efeito devolutivo retardado entende-se:


( ) a) o julgamento tardio dos recursos nos tribunais;
( ) b) o efeito devolutivo contido no agravo retido;
( ) c) a consequência do efeito devolutivo no Recurso Extraordinário e no Recurso Especial;
( ) d) o conhecimento do Recurso Especial e do Recurso Especial em razão de agravo ao
STF ou ao STJ, conforme o caso.

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13 - (Procurador/S. Paulo – 2002) Assinale a assertiva verdadeira quanto aos efeitos dos recursos.
( ) a) No ordenamento brasileiro, todos os recursos têm efeito suspensivo, a fim de assegurar
o direito subjetivo do vencido.
( ) b) O juízo de retratação é inerente à interposição de qualquer recurso, atribuindo ao
julgador a possibilidade de rever sua decisão.
( ) c) Todos os recursos possuem efeito devolutivo, existente quando houver pedido de
reexame da decisão.
( ) d) Com o efeito suspensivo transfere-se a um órgão jurisdicionalmente superior o exame
da matéria anteriormente decidida, não impedindo os efeitos da sentença.
( ) e) O efeito devolutivo prolonga o estado de ineficácia da sentença.

14 - (Procurador/S. Paulo – 2002) Quanto à uniformização de jurisprudência,


( ) a) possui natureza de um recurso.
( ) b) é outorgada às partes como um direito a ser exercido desde que preenchidos os
requisitos oriundos da lei.
( ) c) o julgamento é realizado pelo relator, ouvido o representante do Ministério Público.
( ) d) sua finalidade é a reforma da decisão atacada pelo recurso.
( ) e) o pronunciamento do tribunal limitar-se-á à apreciação prévia de uma questão acerca
da interpretação do direito.

15 - Sérgio interpôs recurso de agravo de instrumento contra decisão contrária a seus interesses
proferida nos autos de uma ação de reparação de danos. A interposição do recurso de
agravo de instrumento deu-se no 5° dia do prazo legal de 10 (dez) dias. Ocorre, entretanto,
que Sérgio percebeu, após a interposição do recurso, que poderia ter requerido fosse
concedido efeito ativo ao seu recurso, o que também não fez. Como o prazo ainda não se
exauriu, ele pretende substituir seu recurso por outro, melhor elaborado. Nesse caso, Sérgio
( ) a) poderá substituir seu recurso.
( ) b) não poderá substituir seu recurso em razão da ocorrência de preclusão temporal.
( ) c) não poderá substituir seu recurso em razão da ocorrência de preclusão consumativa.
( ) d) não poderá substituir seu recurso em razão da ocorrência de preclusão lógica.

16 - Tratando-se de Recurso Extraordinário ou de Recurso Especial, é correto afirmar:


( ) a) Por meio desses recursos não pode pleitear a revisão da matéria de fato. Além disso,
os possíveis fundamentos e hipóteses de cabimento, tanto do Recurso Especial quanto
do Extraordinário, estão previstos na Constituição Federal.
( ) b) Para que sejam interpostos, é necessário que sejam formados instrumentos, já que
esses recursos seguem para os órgãos julgadores, enquanto os autos de que se
originaram permanecem arquivados no Tribunal a quo.
( ) c) Tanto o Recurso Especial quanto o Extraordinário sempre possuem efeito suspensivo,
paralisando a decisão impugnada.
( ) d) O Recurso Especial, ou o Extraordinário, quando interposto contra decisão
interlocutória ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no
prazo para a interposição do recurso contra a decisão de primeiro grau, ou nas contra-
razões de apelação. Importante ressaltar que essa retenção somente se dá no processo
de conhecimento.

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17 - Cabem embargos infringentes contra acórdão
( ) a) unânime que houver reformado, em grau de apelação, sentença de mérito ou houver
julgado improcedente a ação rescisória.
( ) b) não unânime que houver reformado, em grau de apelação, sentença de mérito ou
houver julgado improcedente a ação rescisória.
( ) c) não unânime que houver reformado, em grau de apelação, sentença de mérito ou
houver julgado procedente a ação rescisória.
( ) d) não unânime que houver reformado, em grau de apelação, sentença de mérito ou
sentença meramente extintiva.

18 - O agravo retido:
( ) a) foi abolido do atual sistema recursal, uma vez que os agravos devem ser interpostos
diretamente junto ao tribunal competente para conhecê-los e julgá-los;
( ) b) cabe apenas das decisões proferidas em audiência, ficando a sua apreciação
condicionada à apresentação das respectivas razões, no prazo de dez dias, junto ao
tribunal competente para apreciá-lo e julgá-lo.
( ) c) cabe apenas das decisões proferidas em audiência, devendo ser interposto no próprio
termo e, no mesmo ato, apreciado e julgado pelo próprio juiz em sede de juízo de
retratação; mantida a decisão agravada, caberá dessa nova decisão, agravo de
instrumento a ser interposto diretamente junto ao tribunal competente para apreciar a
matéria;
( ) d) via de regra, pode ser interposto contra qualquer decisão interlocutória, no prazo de
dez dias, ficando retido nos autos para futura apreciação pelo tribunal competente,
desde que reiteradas as suas razões por ocasião do recurso de apelação.

19 - Contra recurso especial julgado por maioria de votos poderá ser interposto:
( ) a) agravo regimental;
( ) b) embargos infringentes;
( ) c) embargos de divergência;
( ) d) recurso ordinário.

20 - Assinale a alternativa correta:


( ) a) Em julgamento de apelação, o tribunal poderá, de ofício, anular o processo sob o
fundamento da ocorrência de cerceamento de defesa.
( ) b) Cabem embargos infringentes contra acórdão, não unânime, que nega provimento a
recurso de apelação.
( ) c) Interposto agravo de instrumento contra decisão indeferitória de liminar, será a parte
contrária intimada para contraminutar o recurso, ainda que não tenha ingressado na
relação processual.
( ) d) o relator do agravo de instrumento converterá o recurso em agravo retido, remetendo
os respectivos autos ao Juízo da causa, quando não se tratar de decisão suscetível de
causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da
apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida.

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21 - Inconformado com decisão proferida por juiz de primeira instância que rejeitou alegação de
ilegitimidade de agir, o réu interpôs agravo de instrumento, o qual foi provido pelo
Tribunal de Justiça do Estado, vencido o terceiro julgador. Contra essa decisão, o autor
poderá interpor:
( ) a) embargos infringentes;
( ) b) recurso especial;
( ) c) agravo regimental;
( ) d) recurso extraordinário.

22 - Assinale a alternativa correta:


I – Considerando-se que a sucumbência é um dos requisitos da recorribilidade, só as partes
sucumbentes no processo é que podem recorrer.
II – Depois de contra-arrazoado o recurso, só é lícito ao recorrente dele desistir com a
anuência da outra parte.
III – Após a resposta do apelado, o juiz poderá, reexaminando os pressupostos de
admissibilidade do recurso, modificar o despacho que o admitiu e deixar de recebê-lo.
IV – Quando a sentença recorrida estiver em conformidade com a súmula do Superior
Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal, o juiz não receberá a apelação.
V – Recurso é deserto quando apresentado fora do prazo legal.
( ) a) todas as respostas estão corretas;
( ) b) só a III e a IV estão corretas;
( ) c) só a I, a IV e a V estão corretas;
( ) d) só a II e a V estão corretas;
( ) e) só a II está correta.

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Gabarito

01.C 02.A 03.C 04.A 05.D 06.E 07.B 08.B 09.C 10.C

11.C 12.B 13.C 14.E 15.C 16.A 17.C 18.D 19.C 20.D

21.B 22.B

Bibliografia

„ A Nova Reforma Processual „ As Reformas de 2005 do CPC


  Flávio C Jorge, Fredie Didier Jr., Marcelo Abelha     Ernane Fidélis dos Santos 
Editora: Editora: Saraiva
Saraiva

„ Alterações do Código de Processo Civil „ Direito Processual Civil Brasileiro


   J. E. Carreira Alvim    Vicente Greco 
Editora: Impetus Editora: Saraiva

„ Instituições de Direito Processual Civil „ Primeiras Linhas de Direito Processual


   Cândido Rangel Dinamarco  Civil
Editora: Malheiros    Moacyr Amaral Santos 
Editora: Saraiva

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Direito Processual Civil


11 – Os Recursos

Atualizada em 10.12.2011

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