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DICAS:

Ajuste de limiter no sistema de áudio


Texto, pesquisa e adaptações: Fernando José Peixoto Lopes
Técnico operador de áudio
(27)9-9518-4850 Vivo e WhatsApp
fernando@masterdbsound.com.br

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O ajuste do limiter é complexo pois envolve fatores relacionados com a potência
como: o ganho de tensão, a sensibilidade de entrada e fatores relacionados com o
controle de dinâmica (threshold, ratio, attack e release).

Para isso inicialmente precisamos converter a capacidade máxima de potência em


capacidade máxima de tensão:

Potência = (voltagem) ² / impedância


Voltagem = √ potência x impedância

Sensibilidade de entrada:
Determina a tensão máxima que um amplificador pode assumir na sua entrada sem
produzir distorção evidente, a sensibilidade de entrada é calculada como o cociente
entre a capacidade máxima de tensão e o ganho de tensão (fator de multiplicação)

Como calcular:

SENSIBILIDADE = Capacidade máxima de tensão / Ganho de tensão

EXEMPLO:

Vamos calcular a sensibilidade de entrada de um amplificador de 1000W (potência


contínua) para uma impedância de 8ohms e com um ganho de tensão de 32dB.

Vamos converter a capacidade máxima de potência em capacidade máxima de


tensão:

Vmax = √1000W x 8ohms = 89.44V

Calculo da sensibilidade de entrada do amplificador:

Sensibilidade= Vmax / fator de multiplicação

Uma vez que o ganho de tensão é dado em dB, devemos calcular o fator de
multiplicação:

(32/20)
32 dB = 20 log10 (X) ----> X = 10 = 40

SENSIBILIDADE = 89.44V/ 40 = 2.23V

Quando o amplificador recebe um sinal de 2.23V, a tensão de saída corresponderá a


89.44V, que com uma impedância de 8ohms gerará uma potência de 1000 w, isso
significa que para não exceder a capacidade de potência do amplificador devemos
limitar a sensibilidade de entrada do amplificador em 2.23V.

Temos então que colocar o limiar de limitação do nosso processador em:

dBu= 20 log10 (2.23v / 0.775v) = 9,18 dBu


Se houver excesso de tensão enviada ao amplificado este produzirá distorção e
consequentemente mais tensão na saída, mais potência e maior temperatura
(podendo assim queimar o alto-falante).

Se este amplificador for conectado em um alto-falante de:

Potência contínua: 500w


Impedância: 8 Ohms
Capacidade de tensão: √ 500 w x 8 Ohms: 63.34v
Sensibilidade de entrada: 63.34v / 40x = 1.58v

Limiar de limitação: dbu= 20 log10 (1.58v / 0.775v) = 6.18 dbu

Sendo assim, necessitamos limitar a saída de nosso processador para que o


amplificador não receba mais de 1.58V na sua entrada.

Um alto-falante pode suportar picos de curta duração (6dB a mais que sua
capacidade de potência contínua), ou seja, quatro vezes sua
capacidade de potência (sinal de teste: ruído rosa AES2-1984, fator de crista 6dB.)

10 log10 (4) = 6 db

Já um amplificador pode suportar picos duas vezes a sua potencia contínua (sinal de
teste: sweep de ondas senoidais, fator de crista 3 db)

10 log10 (2) = 3 db

Então para que um amplificador possa desenvolver a potencia de pico de um alto


falante, a capacidade de potencia continua FTC do amplificador deve ser o dobro da
potência continua do alto-falante.

CONTROLE DE DINÂMICA

Threshold: determina o limiar mínimo necessário para realizar a compressão,


normalmente indicado em dBu.

Ratio: determina o nível de compressão que será realizada uma vez alcançado o
limiar de compressão. Normalmente é indicado através de uma relação numérica
2:1, 4:1, 10:1 o inf.

Attack: determina o tempo de início da compressão após o sinal alcançar ou superar


o limiar de limitação, normalmente é expressado em ms.

Release: determina o tempo de relaxamento da compressão uma vez que o attack


for iniciado, normalmente é indicado em segundos.

É recomendável para proteção do alto falante usar o release com 10 a 20 vezes o


tempo de attack.
EXEMPLO:

Usando o mesmo exemplo anterior:

Potência FTC do amplificador: 1000 w @ 8 Ohms


Potência de pico do amplificador: 2000 w @ 8 Ohms
Ganho de tensão: 32 dB (40x)
Capacidade máxima de tensão: 89.44 V
Sensibilidade de entrada: 2.23 V (9.18 dBu)

Potência contínua do alto-falante: 500 w @ 8 Ohms


Potência de pico: 2000 w @ 8 Ohms
Capacidade de tensão: 63.24 V
Sensibilidade de entrada: 1.58V (6.19 dBu)

Se usarmos como referência para o cálculo de limiter a sensibilidade de entrada do


alto-falante (1.58 V), este nunca ultrapassará a potência de 500 w porque
perderemos 6dB de dinâmica.

Se usarmos como referencia a sensibilidade de entrada do amplificador (2.23V), este


ultrapassará durante grandes períodos os 500 w que é a potência continua do alto-
falante, e pode assim produzir a queima do mesmo.

Uma boa escolha é pegar o valor de referencia da sensibilidade de entrada do alto-


falante. (Com 6 dB a menos de dinâmica) e deixar que o attack resolva o problema,
o attack determinará o tempo que o compressor começará a atuar.

Se o valor de attack for 0 ms, a potência nunca excederá 500 w, mas se


modificarmos o valor para (100 ms), este permitirá que durante
esse período de tempo (100ms) o limiter não atue e o amplificador chegue a
picos de 2000W.

O ajuste do attack nos permite manter uma dinâmica de 6 dB, uma vez que
na maioria do tempo controla a potência para que esta não exceda os 500 w,
mantendo assim o alto-falante a salvo.

Threshold: 6.18 dBu


Ratio: ∞: 1 (Infinito por 1)
Attack: 1 período da menor frequência reproduzida.
Release: Entre 10-20 vezes o valor do tempo de attack.

O exemplo anterior nos mostra a condição ideal que o amplificador é capaz de levar o
alto-falante a sua potencia de pico sem distorção, mas a realidade nos mostra que
habitualmente os amplificadores não cumprem esta condição, ainda mais nas
baixas frequências. É comum encontrar amplificadores com uma relação de potencia
em relação aos alto-falantes de 1:1 e 1.5:1.

Nestes casos, devemos assumir que o elemento mais vulnerável na cadeia de


transmissão é o amplificador. O amplificador não será capaz de chegar a capacidade
de potencia de pico do alto-falante. Os cálculos de limiter são realizados de maneira
similar e levam em conta esta nova condicional.
O MUNDO REAL

EXEMPLO:

Alto-falante: 500 w @ 8 Ohms


Amplificador: 750 w @ 8 Ohms
Ganho de tensão: 32 dB

O elemento mais vulnerável na cadeia é o amplificador. Já calculamos o valor


máximo de tensão de saída que o alto-falante pode receber sem distorção notória.

Sabemos que os amplificadores são testados com um sinal de teste que tem 3dB de
fator de crista, portanto sua tensão de pico será:

Vpeak= √1500 w x 8 Ohms = 109.54 V

Também sabemos que os alto-falantes são testados usando ruído rosa modificado
com um fator de crista de 6dB. Ou seja, com uma relação de 2 :1 entre seu valor de
pico e seu valor médio. Portanto:

Vrms= 109.54 V / 2 = 54.77 V

Calculamos a sensibilidade de entrada:


V in= 54.77 V / 40 = 1.37 V -> 20 log10 (1.37 / 0.775) ≃ 5dBu

Como neste caso o amplificador não é capaz de entregar o valor de potência de pico
do alto falante, pode ter um relaxamento ligeiro no valor de Ratio.

Threshold: 5 dBu
Ratio: 10: 1
Attack: 1 período da mínima frequência reproduzida.
Release: Entre 10-20 vezes o tempo do attack.

EXEMPLO:

Alto-falante: 500 w @ 8Ω;


Amplificador: 500 w @ 8Ω;
Ganho de tensão: 32 dB

Vpeak= √1000 w x 8Ω = 89.44 V

Tensão de saída:
Vrms= 89.44 V / 2 = 44.72 V

Sensibilidade de entrada:
VIN= 44.72 V / 40 = 1.12 V ---> 20 log10 (1.12 / 0.775) ≃ 3.2 dBu

Threshold: 3.2 dBu


Ratio: 6 :1
Attack: 1 período da mínima frequência reproduzida.
Release: Entre 10-20 vezes o tempo do attack.
CONCLUSÕES

Prevenir falhas em um alto-falante não é uma função do tamanho do amplificador,


nem da potencia nominal do mesmo.

Prevenir falhas depende de um bom dimensionamento do sistema de áudio para não


levar o alto-falante além de seus limites.

Se um sistema de áudio operar incorretamente, a queima de um alto-falante pode


ocorrer mesmo com um amplificador que tenha energia menor que a do alto-falante.

De outro modo, se um sistema de áudio funciona corretamente, a queima de um alto-


falante pode ser evitada mesmo usando um amplificador com potencia maior que a
potência contínua do alto-falante.

Para um funcionamento correto do sistema de áudio, devemos ser conscientes sobre


os tipos de sinais de áudio que serão reproduzidos, controlar os níveis de saída e
operar todos os equipamentos eletrônicos de forma que nenhum recorte eletrônico
seja produzido na cadeia de sinal.

Exemplos de funcionamento incorreto:

- Realimentação contínua dos microfones


- Excesso de equalização além do range operacional do alto-falante
- Permitir o recorte eletrônico em qualquer parte da cadeia de transmissão
- Forçar o alto-falante a um ponto de distorção evidente.
Cada um dos exemplos anteriores pode ocasionar danos ou falhas ao alto-falante,
independentemente da potencia nominal do alto-falante ou do tamanho do
amplificador utilizado. É responsabilidade do operador do sistema garantir que todos
os elementos da cadeia de áudio sejam operados dentro de suas capacidades. Esta é
a única maneira de garantir que os alto-falante não ultrapasse seu limite.

“DEUS SEJA LOUVADO”!

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