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1º Semestre de 2002/2003
Eng.ª de Sistemas e Computação + Eng.ª Física Tecnológica
Díodos I
Curva Característica
Material
Díodo de silício 1N914 ou equivalente
Resistências: 1KΩ, 100 Ω, e 10 Ω
Introdução
O díodo é um dispositivo de dois terminais, que é constituído por uma junção entre
dois tipos de semicondutores, um do tipo p e outro do tipo n. O funcionamento do díodo
foi discutido nas aulas teóricas. Neste laboratório vamos apenas concentramo-nos nas
características externas (corrente-tensão) do díodo e em algumas das suas aplicações
práticas.
O símbolo de um díodo está representado na Figura 1. Num díodo o terminal
marcado com um traço ou por um ponto é chamado de cátodo, e está geralmente bem
assinalado num díodo real. (Ver figura 1). O outro terminal é chamado de ânodo. A
terminologia é remanescente da notação do tubo de vácuo. O ânodo refere-se ao
potencial mais alto ou positivo, e o cátodo refere-se ao terminal de potencial mais baixo
ou negativo.
Símbolo
Encapsulamento típico
A análise do comportamento eléctrico estático dos díodos de junção pn, feita nas
aulas teóricas pode ser sintetizada pela equação 1.
GUIA DO LABORATÓRIO DE ELECTRÓNICA I — Díodos I
Um díodo de junção permite o fluxo de uma grande corrente no sentido directo, mas
conduz apenas uma pequeníssima corrente em sentido inverso. Enquanto a corrente
directa pode situar-se na faixa das dezenas ou mesmo centenas de miliampères, a
corrente inversa encontra-se usualmente na faixa dos nanoampères, ou seja, cerca de
seis ordens de grandeza menor.
Quando o díodo está polarizado diretamente, existe uma pequena queda de potencial
aos seus terminais, chamada barreira de potencial ou tensão de arranque. Para díodos de
silício à temperatura ambiente, esta tensão é de aproximadamente 0.7 V.
O facto de o díodo conduzir preferencialmente num sentido sugere o uso prático
destes dispositivos para a obtenção de uma tensão uniredicional a partir de uma tensão
alternada (rectificação). Este é um dos tópicos que terá a oportunidade de estudar neste
laboratório.
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GUIA DO LABORATÓRIO DE ELECTRÓNICA I — Díodos I
Experimental
Nesta primeira experiência vai obter dados que lhe permitem traçar a curva
característica do díodo.
E1 - Monte o circuito da figura 2. Use um díodo de silíco (1N914 ou equivalente).
Vd
1KΩ
E3 - Represente gráficamente a
curva estática do díodo (corrente -
tensão).
E4 - Determine a barreira de
potencial ou tensão de arranque VB, e ∆Id
a resistência do díodo em
polarização directa Rf (veja a Figura
4.)
∆Vd
VB
∆Vd
Rf =
∆I d
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Osciloscópio
100 Ω
Figura 6.
10 mV/divisão
Sensibilidade (escala vertical) = = 1mA/divisão
10
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Utilize para esse efeito tensões alternadas sinusoidais de frequências diferentes (50 Hz;
1KHz; 10 KHz; e 100 KHz) Observe a tensão de saída para valores diferentes de C,
comece por fazer C=0.
(Este assunto continua no próximo guia de laboratório)
Vo
Vd
Vi
C 1KΩ
Bibliografia
Microelectronic Circuits, 4º edition
Adel S. Sedra, e Kenneth C. Smith Smith
Oxford University Press
Microelectrónica
Jacob Millman, Arvin Grabel
1º volume, 2ª edição, McGraw-Hill, 1992
Nota histórica
(P 7KRPDV (GLVRQ REVHUYRX TXH R YLGUR GDV OkPSDGDV HVFXUHFLD FRP
R WHPSR R TXH R OHYRX D VXVSHLWDU GH TXH DOJR VH GHVORFDYD QR LQWHULRU GDV
OkPSDGDV TXH XVDYD (P $PEURVH )OHPLQJ XWLOL]RX HVWH FKDPDGR ³HIHLWR
(GLVRQ´SDUDIDEULFDURSULPHLURGtRGRXPGLVSRVLWLYRFRPGRLVHOpWURGRVDRTXDOHOH
FKDPRX´YiOYXOD´
2SULPHLURGtRGRIRLFRQVWUXtGRQXPLQYyOXFURGHYLGURIHFKDGRDYiFXRWDO
FRPRDOkPSDGDHOpFWULFDGHILODPHQWRLQYHQWDGDSRU(GLVRQ
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SHORFiWRGR
(VWD SDVVDJHP GH FRUUHQWH HOpFWULFD Vy VH YHULILFD VH R VLQDO GD FDUJD QR
kQRGR IRU SRVLWLYR &DVR D FDUJD GR kQRGR VHMD QHJDWLYD QmR H[LVWH SDVVDJHP GH
FRUUHQWHHOpFWULFD
LQLFLDOPHQWHSDUDGHWHFWDURQGDVKHUW]LDQDVGH
UHFWLILFDGRUGHFRUUHQWH
)LJXUD-RKQ$PEURVH)OHPLQJXVRXXPDOkPSDGDFRPRHVWDFRPXPHOpWURGRGH
GHWHFWRUSDUDRQGDVGHUDGLR
GHWHFomR GD SDVVDJHP RX QmR GH FRUUHQWH HOpFWULFD 3RU HVWH IDFWR IRL R SULPHLUR
GtRGRVIRLSRVVtYHOFRQVWUXLUDPHPyULDELQiULD
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GUIA DO LABORATÓRIO DE ELECTRÓNICA I — Díodos I
Projecto extra-curricular
O díodo semicondutor, além da importante função de retificar o sinal possui características
relativas à temperatura que o tornam capaz de medir tal grandeza. Na Figura 9 representam-se as
características I-V de um mesmo díodo para diferentes temperaturas. Se mantivermos a corrente que passa
pelo díodo constante, teremos aos terminais do díodo uma tensão que varia em função da temperatura (ver
Equação 3). Uma vez que dentro de determinadas aproximações, a tensão no díodo é directamente
proporcional à temperatura absoluta, podemos comparar a mesma com uma tensão de referência, e
implementar um controlador de temperatura com um díodo semicondutor. A Figura 10 representa um
diagrama esquemático de um circuito electrónico que implementa um destes controladores.
nk I
VD = T ln D + 1 (3)
q IS
Fig. 10 – Controlador de temperatura que usa díodos semicondutores como sensores de temperatura
Neste circuito, a tensão sobre o díodo D1 (que neste caso deve ser o sensor de temperatura) é
comparada com uma tensão ajustada em P1. Da maneira como está montado este circuito, L1 acende
quando a temperatura sobre o díodo D1 for maior que a temperatura ajustada. Se invertermos os pinos 2 e
3 do integrado 741, L1 acende quando a temperatura sobre o díodo for menor que o valor ajustado.
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GUIA DO LABORATÓRIO DE ELECTRÓNICA I — Díodos I
Electrónica Optoelectrónica