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DOUTO JUIZO … VARA CÍVEL DA COMARCA DE TERESINA – PI

SUPERMAN, brasileiro, solteiro, professor, portador do RG 111 SSP-PI, do CPF 111,


e-mail: super@wow.com residente e domiciliado na rua Onze, n° 111, bairro São Cristóvão,
Teresina (PI), por meio de seu advogado legalmente constituído, com procuração nos autos do
processo, e endereço constante à ..., para onde devem ser remetidas as intimações, vem
respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos termos do art.700 e seguintes, e ainda o art.
319 do Código de Processo civil propor a seguinte:

AÇÃO MONITÓRIA

Em face de HE-MAN, brasileiro, viúvo, médico, portador do RG 222 SSP-PI, do CPF


222, e-mail: man@wow.com, residente e domiciliado na rua Cem, 222, bairro Ininga,
Teresina(PI), pelos fatos e razões de direito a seguir expostas:

I – DOS FATOS
Superman comprou de He-Man no valor de R$ 5.000,00, 150 kg de alimentos (feijão,
arroz, óleo de cozinha, macarrão e sardinha) para vender em pequeno Mercado de sua
propriedade localizado no bairro de Joquei na cidade de Teresina. Para tanto Superman emitiu
cheque para pagamento em 05.11.2016 que não foi compensado por falta de fundos. He-Man,
que era amigo de Superman, tentou amigavelmente a cobrança por todos esses meses, o que
acabou por ocasionar à perda da força executiva do título.
II – DO DIREITO
II.1 – DO CABIMENTO
O cheque emitido pelo requerido já se encontra prescrito, por já ter transcorrido mais
de 06 (seis) meses do prazo de apresentação do referido título extrajudicial ao banco sacado,
não sendo possível, destarte, a sua cobrança via ação de execução de título extrajudicial.
Pensando justamente nessas situações, o legislador criou a ação monitória, que é um
meio pelo qual o credor poderá cobrar do devedor soma em dinheiro, com base em prova
escrita sem eficácia de título executivo, conforme o art. 700, I do CPC.

II.2 – DA PROVA SEM EFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO


O art. 784, I do CPC considera cheque um título executivo extrajudicial. Ocorre que o
art. 59 da lei 7.357/85 (lei de Cheques) estabelece um prazo prescricional de 6 meses para a
execução do cheque contado de sua apresentação. No caso concreto tal prazo se passou
tornando o cheque sem eficácia de título executivo, mas prova bastante para lastrear a
presente ação.
No que diz respeito ao posicionamento do STJ sobre ação monitória de cheque
prescrito ressalta-se as seguintes súmulas:
Súmula 299 do STJ - é admissível a ação monitória fundada em
cheque prescrito.
Súmula 531-STJ: Em ação monitória fundada em cheque prescrito
ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio
jurídico subjacente à emissão da cártula.

Pela leitura de tais súmulas é interessante notar que, não só, o cheque prescrito é título
admissível para mover uma ação monitória como também não há necessidade de menção do
negócio jurídico subjacente à emissão desta cártula na ação monitória. Entretanto, com
objetivo de se precaver contra qualquer contestação sobre a existência do negócio jurídico,
tanto o cheque, substrato da presente ação, quanto as notas fiscais das compras feitas pelo réu
estão anexadas aos autos.

II.3– DA OBRIGAÇÃO PENDENTE

Está comprovado que Requerido se recusa a cumprir a obrigação de pagar o valor


prescrito nos cheques referente ao valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), incorrendo na
prática de ato ilícito, devendo, portanto, ser compelido ao pagamento do crédito corrigido
monetariamente e juros de mora desde a data de seu vencimento. Pela evidência do direito do
autor, como consta nos autos, cabe ao juiz deferir expedição de mandado de pagamento, para
o cumprimento da devida obrigação pelo réu, conforme dispõe o art. 701, caput, do CPC, que
concede o prazo de 15 dias para o cumprimento do mandado, bem como prevê o pagamento
de honorários advocatícios no aporte de 5% do valor atribuído à causa.

II.4 – VALOR ATUALIZADO DO DÉBITO


Até a presente data o valor do débito é de…, mediante a aplicação de juros de 1% ao
mês e atualização monetária, conforme demonstra planilha de cálculo anexa.

III – DOS PEDIDOS


Diante do exposto requer:
a) A citação do réu para, no prazo de 15 dias, cumprir a obrigação de pagar a quantia devida,
ficando nesse caso isento de honorários advocatícios, conforme disposto no art. 701, §1°, ou
querendo, dentro do mesmo prazo, opor embargos nos termos do art. 702, caput do CPC;
b) A constituição de pleno direito do título executivo judicial, caso não seja efetuado o
pagamento e não apresentados os embargos ou caso apresentados sendo estes rejeitados,
devendo ser observado o disposto no Título II do Livro I da Parte Especial do mesmo código,
conforme disposto no art. 702, §8° do CPC;
c) A condenação do réu em honorários no percentual de 5% do valor da causa e custas
processuais;
d) Protestar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial pelo cheque e
pelas notas fiscais acostadas aos autos.

Dá ao valor da causa o valor atualizado do título reclamado.

Nesses termos,
Pede deferimento.

Teresina, 27 de Abril de 2018.


Advogado
OAB

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