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O Lugar da Leitura no

Ministério Pastoral
P or Dona ld R. Lindbla d

Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Traduzido do original em Inglês
The Minister and His Study: The Place of Reading in Pastoral Ministry
Circular Letter 2007 — ARBCA
By Donald R. Lindblad

Via: ARBCA.com
(Association of Reformed Baptist Churches of America)

Tradução por Camila Almeida


Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Maio de 2016

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a graciosa


permissão do Comitê de Publicações ARBCA, representado pela pessoa de Gary Marble, sob a licença
Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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O Lugar da Leitura no Ministério Pastoral
Por Donald R. Lindblad

[Carta Circular da ARBCA • 2007]

“Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros,
principalmente os pergaminhos.” (2 Timóteo 4:13)

Queridos irmãos,

O assunto aprovado na Assembleia Geral da ARBCA do ano passado para a Carta Circular
em 2007, foi: “O Lugar de Leitura no Ministério Pastoral”. De comum acordo as igrejas
também me pediram para escrever a carta, e eu humildemente apresento os seguintes
documentos para a vossa consideração e reflexão.

Enquanto o apóstolo Paulo escreve a sua segunda Epístola a Timóteo, ele o faz a partir do
interior de uma prisão Romana, aguardando julgamento. Estas são algumas das últimas
palavras que ele escreveu, ou pelo menos algumas das últimas que são inspiradas e
incluídas no cânon das Escrituras. O tempo de sua partida está próximo (4:6). Sua vida
cheia de graça e produtiva carreira ministerial estão chegando ao fim. Neste contexto, o
poderoso apóstolo conclui que ele tem três necessidades atuais: companheirismo; um
manto e material de leitura de livros e especialmente dos pergaminhos.

Os dois primeiros são óbvios e quase intuitivos. Paulo tem sido sistematicamente
abandonado por uma série de antigos amigos e companheiros ministeriais. Outros
perseguem o ministério em regiões distantes do Império Romano. Ele encontra-se, na maior
parte do tempo, sozinho na prisão (somente Lucas está com ele) e se sente isolado. Bons
amigos seriam um incentivo, então ele pede que Timóteo, seu filho na fé, e Marcos, agora,
mais uma vez útil para o ministério, viessem até ele. O inverno se aproxima (v. 21), daí a
necessidade de um manto quente para afastar o frio do inverno.

Mas, e sobre os livros e pergaminhos? Eles são necessários enquanto Paulo se aproxima
de seu fim? Além disso, Paulo tem sido o destinatário da revelação especial. Assim, a maior
parte do Novo Testamento é o registro permanente do anúncio da Nova Aliança de Deus

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com o Seu povo mediado através deste servo de Deus. Qual a importância dos livros e
pergaminhos para Paulo? Bom, ele precisa tê-los, mesmo na prisão, no final dos seus dias.
Mesmo um apóstolo quer ler livros!

Se tal luz conducente na Igreja Primitiva, o apóstolo dos gentios, demanda livros para ler,
o que acontece com aquelas luzes menores de hoje, ministros comuns do Evangelho em
nossas igrejas? Como eles podem agir sem eles? Enquanto a observação de Paulo no
verso 13 parece quase trivial e fora de contexto naquele Livro que registra o esplendor da
nossa salvação, deve ser mantido em mente que esta é também a Palavra de Deus, dada
para a nossa instrução e obediência. Quaisquer que fossem os livros e pergaminhos, eles
eram preciosos para Paulo, bem como indispensáveis para as suas circunstâncias atuais.
Paulo está solitário, consciente do inimigo da Igreja, considera a sua própria mortalidade, e
pede por livros.

Por quê o Ministro Deve Lê?

Em algum nível, essa referência não é surpreendente. Os Cristãos sempre foram


conhecidos como o Povo do Livro. As Escrituras são o centro da vida do Cristão, e até
mesmo os Cristãos que são não-leitores, por natureza, os quais geralmente poderiam
considerar a leitura como uma obrigação, amam a Bíblia e têm um interesse profundo e
duradouro em seu conteúdo.

Além disso, os ministros devem ler, pois isso é fundamental para a sua vocação. Mesmo
uma leitura superficial das Epístolas Pastorais revelará que a principal responsabilidade do
ministro na igreja é a de mestre. Como um exemplo, descobrimos que ele deve ser apto
para ensinar, lembrar os irmãos de certas coisas, dar atenção à leitura pública da Palavra,
à exortação e ao ensino, esforçar-se na palavra e no ensino, e ensinar e exortar (1 Timóteo
3:2; 4:6, 13, 16; 5:17; 6:2). Da mesma forma, Paulo sustenta a importância de pregadores
e mestres da palavra em 2 Timóteo 1:11, 13; 2:2, 14, 15, 24, 25; 4:1, 2, 5. O mesmo pode
ser encontrado em Tito, especialmente de 2:1, 15. Em algum momento o óbvio sugere-se:
se os ministros são mestres, como eles podem ensinar a menos que tenham algo a ensinar?
Um professor deve primeiro ser um aprendiz!

A nossa Confissão, a , faz esta observação no Capítulo 26,

parágrafo 5: “Na execução deste poder com que Ele é assim confiado, o Senhor Jesus
chama do mundo para Ele mesmo, através do ministério de Sua Palavra, por meio de Seu

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Espírito, aqueles que são dados a Ele por Seu Pai...”. No parágrafo 10: “O trabalho dos
pastores é atender constantemente ao serviço de Cristo, em Suas igrejas, no ministério da
Palavra e oração, com a assistência às suas almas, como quem deve prestar contas a
Ele...”. Finalmente, no parágrafo 11: “Apesar de ser a incumbência dos bispos ou pastores
das igrejas serem diligentes em pregar a Palavra, em virtude de seu ofício...” (itálicos meus).

Claramente, tanto as Escrituras e a Confissão ensinam a mesma coisa: os ministros são,


principalmente e primariamente, pregadores e mestres. Essa é a sua vocação e essa é a
sua grande obra. O ministro é um especialista, não um generalista. Desde que os mestres
precisam de algo para ensinar, eles precisam ser alunos ao longo da vida, leitores contínuos
do Livro e livros.

Quase universalmente em círculos Reformados desde os tempos da Reforma Protestante,


pastores de igrejas locais têm sido referidos como “ministros da Palavra” (ou, da Palavra e
Sacramentos). Deus estava no centro de crença, Seu apontamento significa o centro da
vida da Igreja. O ministro, embora seja não mais um sacerdote do que qualquer outro
membro do corpo de Cristo, no entanto, tinha uma responsabilidade especial designada por
Deus para anunciar os termos da salvação e para assegurar o Seu povo dos mesmos por
meio da água, vinho e pão.

Há uma ou duas gerações passadas, uma mudança sutil ocorreu, às vezes, até mesmo no
mundo Reformado. Pastores não são mais ministros da Palavra, mas os gestores de
pessoas ou programas na igreja. A gestão ultrapassou ministério. O ministro designado por
Deus tornou-se ou um treinador ou um funcionário. Pessoas e programas têm ultrapassado
a proclamação, assim, há pouco tempo deixado ou necessário para ler livros, exceto para
aqueles sobre terapia e sociologia por um lado, ou técnicas de gestão, por outro. A sala
familiar e a sala de reuniões têm substituído o estudo.

John Stott observa:

Se os pastores de hoje levassem a sério o Novo Testamento a respeito da prioridade


da pregação e ensino, eles não somente encontrariam que isso extremamente os
ocuparia, mas também, sem dúvida, isso teria um efeito muito salutar sobre a Igreja.
Em vez disso, é trágico relatar, muitos são, essencialmente, os administradores, cujos
símbolos do ministério são o escritório em vez do estudo, e o telefone, em vez da
Bíblia (Between Two Worlds: The Art of Preaching in the Twentieth Century [Entre
Dois Mundos: A Arte de Pregar no Século Vinte], p. 124).

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Embora os comentários de Stott são de determinada época, e poderíamos acrescentar ao
telefone todos os tipos de novas tecnologias, ele está certo. Seja qual for o necessário e
legítimo lugar que possa haver para a gestão e administração, outra pessoa não deveria
fazer isso? Biblicamente, os pastores não são gestores de pessoas ou acumuladores de
papéis, mas ministros da Palavra! Se assim for, isso pode exigir uma reestruturação radical
de nossas agendas. Não são de pessoas populares ou de despachadores de papel que
necessitamos, mas de pessoas saturadas por Deus, aptos para ensinar todo o conselho de
Deus. Como o teólogo holandês Herman Witsius afimou no século 17: “Ninguém ensina
bem, a menos que ele tenha primeiro aprendido bem”.

O Que os Ministros Devem Ler?

Nosso texto não é totalmente claro quanto à natureza precisa dos livros e dos pergaminhos.
Faz-se grande especulação nos comentários. A diferença entre as duas palavras implica
que os pergaminhos eram mais valiosos e duradouros do que os livros. Alguns sugeriram
que Paulo pede documentos legais que poderiam ser úteis na sua defesa perante o
imperador. Parece mais natural, no entanto, adotar a visão de que o que Paulo requer são
aqueles livros essenciais e centrais para seu chamado como um Cristão e um apóstolo. Ele
pede pelos pergaminhos, as Escrituras, talvez a Septuaginta (a tradução Grega do Antigo
Testamento), e especialmente estes. Em seguida, ele deseja livros. Estes poderiam ser
livros seculares, cópias de autores pagãos que ele conhecia tão bem e citou em seu
ministério público, ou talvez aqueles livros que apontam para Cristo, ou Suas próprias
Epístolas ou relatos iniciais da vida de Cristo (Lucas 1:1-4). Em qualquer caso, os livros
eram pergaminhos que ele considerava proveitosos em sua vida e obra. A partir disso,
aprendemos:

Em primeiro lugar, leia a Bíblia. Não há nenhum substituto. Leia-a em primeiro lugar, regular
e repetidamente. Leia de novo e de novo, para o bem de sua própria alma, assim como
para o benefício das pessoas a quem você serve. Paulo queria especialmente os
pergaminhos. Stott escreve: “Quanto mais elevada for a nossa visão da Bíblia, mais
meticuloso e consciente o nosso estudo dela deveria ser” (Entre Dois Mundos, p. 182). Os
comentários de James Stalker são também relevantes:

A partir disso, uma das qualificações primárias do ministério é uma íntima familiaridade
com as Escrituras. Para esta finalidade, uma grande parte do estudo exigido de você
na faculdade é dirigida; e os hábitos subsequentes da vida ministerial devem ser
formados com o mesmo objetivo em vista. Uma grande parte do nosso trabalho é a

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examinação das Escrituras, e um pregador da mais alta ordem será sempre um
homem poderoso nas Escrituras (The Preacher and His Models [O Pregador e Seus
Modelos], p. 108).

Samuel Miller afirma:

Ele deve, então, estar pronto, em todas as ocasiões para explicar as Escrituras. Este
é o seu primeiro e principal trabalho. Ou seja, não apenas afirmar e sustentar as meras
simples e elementares doutrinas do Evangelho; mas também elucidar com clareza as
diversas partes do Livro Sagrado, tanto doutrinária, histórica, típica, profética ou
praticamente. Ele deve estar pronto para corrigir traduções errôneas da Escritura
Sagrada; conciliar aparentes contradições; esclarecer obscuridades reais; ilustrar a
força e a beleza de alusões a modos e costumes antigos; e, em geral, explicar a
Palavra de Deus, como aquele que a tornou o objeto de seu profundo e bem sucedido
estudo (An Able and Faithful Ministry [Um Ministério Fiel e Capaz], p. 10).

Em segundo lugar, leia os livros básicos. Através dos séculos, a Igreja Cristã tem insistido
em um ministério erudito. A robusta educação bíblica e teológica é uma necessidade, não
um luxo. A nossa Associação apoia oficialmente este princípio através do seu apoio ao
Institute of Reformed Baptist Studies [Instituto de Estudos Batistas Reformados]. Ministros
potenciais devem receber todo o treinamento formal que puderem.

Ideal como isso é, nem todos os ministros em nossos círculos tiveram o benefício de
significativo treinamento formal; mas todos podem ler! Paulo tinha lido as obras de filósofos
e historiadores seculares. Ele poderia interagir com ideias. Sua formação deu-lhe uma
mente treinada, com as habilidades de pensamento crítico necessárias que acompanham
esse tipo de formação. Ele aprendeu a ser mais preciso e fazer distinções claras. Um pastor
sem o benefício de treinamento formal, chegando em casa logo após o final da Segunda
Guerra Mundial, aceitou um chamado para uma pequena igreja rural e sentiu-se
imediatamente sobrecarregado com tudo o que ele não sabia sobre o mundo das ideias e
da Palavra de Deus. Pelos próximos doze anos ele passou nove horas por dia, em seu
estudo, seis dias por semana, apenas lendo, na esperança de recuperar o atraso. Isso,
além de outras responsabilidades pastorais!

Para uma reflexão mais aprofundada sobre o que foi citado acima, o leitor pode desejar
consultar vários artigos no volume um dos Selected Shorter Writings [Mais Breves Escritos
Selecionados] de Benjamin B. Warfield. Bem como, considere o seguinte a partir de Herman
Witsius:

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Aquele que gostaria de ser um verdadeiro teólogo, e digno desse nome honrado, deve
estabelecer as bases de seus estudos na escola inferior da natureza e de todos os
aspectos do universo, desde as maravilhas da providência Divina, a partir dos
monumentos da história antiga bem como da moderna, desde os santuários de todas
as artes, desde as belezas de várias línguas, reunir e guardar em sua memória, como
em uma tesouraria do tipo mais sagrado, aquelas coisas que, quando depois
avançarem para uma escola superior, ele pode estabelecer como uma fundação para
uma superestrutura mais nobre (On the Character of a True Theologian [Sobre o
Caráter de Um Verdadeiro Teólogo], p. 28).

Em terceiro lugar, leia os melhores livros. Você não terá tempo para ler tudo, portanto, seja
seletivo. Por exemplo, leia os livros mais lidos. Leia o livro a partir do qual todos os outros
parecem tirar as suas ideias (por exemplo, leia Calvino!). Leia os grandes livros em primeiro
lugar, as fontes primárias. Comece com livros antigos e os clássicos, aqueles que são
altamente elogiados e têm resistido ao teste do tempo. Leia com cautela os novos, que
podem ser cheios de novidade e especulação, e quando a novidade passa, logo serão
esquecidos. O remédio para a nossa era não é inovação, mas renovação espiritual. Como
alguém disse: “Os mais recentes nem sempre são os mais verdadeiros”.

Como os Ministros Devem Ler?

Primeiro, ele deve ler regularmente. A leitura deve tornar-se hábito. Os melhores
professores do mundo são aqueles que nunca param de aprender. Calvino comenta sobre
Deuteronômio 5:23ss, “Ninguém jamais será um bom ministro da Palavra de Deus, a menos
que ele seja, antes de tudo, um estudioso”. Spurgeon semelhantemente comentou: “Aquele
que deixou de aprender, deixou de ensinar. Aquele que já não semeia no estudo, não mais
colherá no púlpito”. O ministro nunca deve parar de aprender.

A leitura deve ser uma prioridade, ou isso nunca será feito. O pastor deve determinar ler
todos os dias, mesmo que ele tenha uma dupla vocação. Que o clamor seja: ‘Nenhum dia
sem leitura!’. Ele deve determinar ganhar a batalha sobre a tirania da urgência. Ele deve
decidir quando ele está disponível e quando ele não está, para além de situações de
emergência. Algumas coisas não serão feitas se você ler. Acostume-se com isso! James
Boice observou:

O ministério não deve ser apenas um ministério educado. Deve ser educável e educar
a si mesmo. Se assim for, o pregador continuará sendo fresco, vivo e interessante.

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Caso não seja, seu material acabará em breve e os sermões se tornarão repetitivos e
enfadonhos (The Preacher and Preaching [O Pregador e a Pregação], p. 95).

Em segundo lugar, ele deve ler sistematicamente. Ele deve ler metodicamente, por todas
as disciplinas teológicas e bíblicas. Ele não deve ser um homem de uma coisa, apenas
equilibrado, evitando cada cavalo de batalha. Donald Macleod relatou que o ministro
escocês William Cunningham deu aos seus alunos um exercício no método teológico e um
senso de proporção teológica. Tenha um sistema e trabalhe o sistema; tenha um plano e
trabalhe o plano. Os livros que você compra não são para decoração, mas para a
edificação. Leia-os!

Em terceiro lugar, ele deve ler bastante. Leia os livros e os pergaminhos. Como J. C. Ryle
disse:

Isso exige... um remir diligente de tempo. Devemos dar atenção à leitura, a cada dia
que vivemos. Devemos nos esforçar para fazer toda a nossa leitura apoiar o nosso
trabalho. Devemos manter nossos olhos abertos continuamente, e estar selecionado
temas para nossos sermões... Devemos manter em nossa mente o negócio de nosso
Mestre — observando, considerando, reunindo algo que lançará uma nova luz sobre
o nosso trabalho, e nos permitirá expressar a verdade de uma forma mais marcante.
Aquele que procura algo para aprender sempre será capaz de aprender alguma coisa
(Warning to the Churches [Alerta às Igrejas], p. 40).

Em quarto lugar, ele deve ler com sabedoria. Aprenda a ler seletivamente. Desconfie de
perder o seu tempo com o excesso de informações disponíveis hoje, especialmente a partir
da internet, muitas das quais não podem ser verificadas quanto ao autor ou veracidade.
Todo mundo é um escritor; todo mundo tem um blog; todos dizem ser uma autoridade.

Alguns livros são o melhor livro sobre o assunto; alguns livros são apenas bons livros; e
alguns livros são livros ruins. Nem todo livro é o melhor livro, e muitos livros são livros
perigosos. Richard Baxter observou que alguns são mais aptos para confundir do que para
edificar.

Determine-se a ler com discrição. Esteja disposto e pronto para deixar de lado o livro que
não pode defender o seu direito de existir. Há muito o que fazer, sem perder tempo
folheando “palavras sem proveito”.

Aprenda também a arte de extrair a substância. Alguns livros demandam ser lidos e

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sublinhados cuidadosamente. Outros podem ser vistoriados e arquivados para referência
futura. Esteja familiarizado com a sua biblioteca. “Faça de alguns os seus melhores amigos;
cumprimente outros apenas ocasionalmente”.

Em quinto lugar, ele deve ler devocionalmente. Há um equilíbrio a ser buscado entre
doutrina e prática. John Murray afirmou que o objetivo do Cristão era a piedade inteligente.
Nem um sentimento de piedade mística nem um racionalismo morto é o que as Escrituras
visam. Leia com propósito; leia e medite; leia para o bem da sua alma; leia e ore. Seja
dominado pelo que você lê. Warfield alegou que os extremos do sentimento de piedade e
racionalismo têm sempre caçado em dupla, e arrastado as suas presas juntamente. Ele
também alegou que o conhecimento sem zelo é inútil; zelo sem conhecimento é pior do que
inútil, é positivamente destrutivo. “O que precisamos em nossos púlpitos são santos
eruditos se tornando pregadores”, disse Warfield (Mais Breves Escritos Selecionados,
1:378). Ou, nas palavras de Witsius, mais uma vez:

A fim de que ele seja assim instruído, deixe-o de todo o coração renunciar à sua
própria sabedoria; que ele faça de si mesmo um tolo, para que ele seja sábio... Ao
estudar, que ele não somente leia, mas ore; que ele não comungue com o homem
somente, mas com Deus na oração, consigo mesmo em meditação (True Character
[Verdadeiro Caráter], 37).

Quem Pode Ajudar os Ministros em Sua Leitura?

A carta circular é designada para ser lida por membros da igreja, bem como por seus
oficiais. Aqui há uma palavra especial para eles, enquanto pensam sobre seus pastores e
leitura:

Em primeiro lugar, dê-lhe o respeito que o seu ofício merece. Seus ministros são um dom
de Cristo, dado a vocês na igreja para o benefício do corpo. John Owen é útil enquanto ele
escreve:

Há uma maior glória em dar um ministro a uma pobre congregação, do que há na


instalação e entronização de todos os papas e cardeais, e metropolitanos, que já
existiram no mundo: deixe que a glória deles seja o que for, Cristo está acima, em Seu
trono de glória na comunicação deste ofício e esses oficiais (As Obras de John Owen,
9:439).

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Owen menciona três coisas que são necessárias em cada um que pode ser estimado ser
uma dádiva dada por Cristo à Igreja: uma imitação dEle; uma representação dEle e zelo
por Ele. Há uma representação de Cristo em todos os Seus ofícios:

Representar a Cristo em Seu ofício profético. Ele foi o grande Mestre da igreja; e o
principal trabalho dos ministros é “pregar a palavra em tempo e fora de tempo”, por
todos os meios exercitar a igreja no conhecimento de Deus e de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. “E dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos
apascentarão com ciência e com inteligência”. Aqueles que tomam para si ser
pastores, e negligenciam este trabalho de apascentar o rebanho, podem, a tão baixo
preço, e com igual modéstia, renunciar a Jesus Cristo (Obras, 9:437).

Em segundo lugar, dê-lhe a sua atenção. Lembre-se que toda aquela leitura, preparação e
pregação não é apenas para Ele, mas para você. Em um sermão intitulado “The Character
of a True Evangelical Pastor” [O Caráter de Um Verdadeiro Pastor Evangélico], o Puritano
John Flavel observou:

Sua esterilidade e não persuasão, suas divisões e instabilidade nos custam mais do
que todas as outras dores nos nossos estudos e púlpitos. Quão facilmente e
docemente o arado iria, apenas se vocês estabelecessem ambas as mãos da oração
e obediência para nos auxiliar nesse trabalho... os mordomos de Cristo fornecem
pratos excelentes para vocês, até mesmo festas de coisas gordurosas feitas de
medula; e os servem às suas almas sobre o joelho de oração, na época devida;
tenham cuidado com desprezá-lo, se em algum momento, os pratos não são
enfeitados como vocês esperam, com figuras curiosas, e flores da retórica. O Senhor
vos dê apetites famintos, boa digestão e almas prósperas; então sereis a nossa coroa
de glória, e nós, a vossa no dia de nosso Senhor Jesus Cristo; à Palavra e graça do
Qual recomendo a todos vós, que é capaz de vos edificar e dar herança entre os que
são santificados (As Obras de John Flavel, 6:585).

Em terceiro lugar, dê-lhe o dom do tempo. Deixe-o fazer o seu trabalho, não criando uma
outra agenda para ele. Assuma alguma responsabilidade pelo seu próprio sustento
espiritual. Amamos os irmãos por não exigir demais do seu pastor. Ele estará lá quando
você precisar dele.

Em quarto lugar, dê-lhe uma compensação adequada para que ele possa comprar livros.
Como pode um homem fazer o seu trabalho sem suas ferramentas? Um comerciante requer
ferramentas; as ferramentas do negócio de um ministro são livros. Spurgeon escreveu:

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Até a mais alta medida de sua capacidade eles devem suprir seu ministro, não
somente com a comida que é necessária para sustentar a vida de seu corpo, mas com
alimento mental, de modo que a sua alma não esteja com fome. Uma boa biblioteca
deve ser tida como uma parte indispensável do mobiliário da igreja; e os diáconos,
cujo negócio é “servir às mesas”, serão sábios se, sem descuidar da mesa do Senhor,
ou dos pobres, e sem diminuir os suprimentos da mesa jantar do ministro, eles tiverem
um cuidado com sua mesa de estudo, e os mantiverem alimentado com novas obras
e livros de referência em justa abundância. Isso seria dinheiro bem gasto, e seria
produtivo muito além das expectativas... Parcimônia com um ministro é falsa
economia (Lectures to My Students [Lições aos Meus Alunos], 1:190).

Em quinto lugar, dê-lhe tempo de descanso. Considere dá-lhe uma licença sabática para
estudo. O termo sabático originalmente se referia à provisão feita referente à terra de Israel.
Levítico 25 exige um Sabath de descanso para a terra a cada sete anos. Após seis anos de
semeadura e colheita, a terra descansaria durante um ano. A importância do descanso para
a terra era mais do que um interesse na química do solo. Ele reconheceu que a terra e a
sua plenitude pertenciam ao Senhor. Deus era benfeitor, e Ele cuidaria de Seu povo.

Sabático agora aparece principalmente no meio acadêmico como um tempo afastado,


dedicado à investigação. Ele também é usado nas igrejas para dar aos ministros uma pausa
muito necessária para o estudo e refrigério. O poço, eventualmente, seca e precisa ser
recarregado. As circunstâncias e os recursos variam de lugar para lugar, mas certamente
aqueles que serviram bem por um período significativo podem ter benefício com o tempo
longe da pressão dos deveres. O tempo de estudo não é tempo perdido, para ele ou para
a igreja.

Conclusão

Mil e quinhentos anos depois de Paulo ter escrito 2 Timóteo, William Tyndale, de igual modo
na prisão por sua fé, solicitou ao governador do Castelo de Vilvorde um manto, uma camisa
de lã, uma capa mais quente, mas também a sua Bíblia, gramática e vocabulário Hebraico.
Ambos os homens viram que tinham necessidades materiais e espirituais. Ambos
reconheceram a importância dos livros.

Fidelidade ministerial repousa sobre o princípio da mordomia. Ministros em um sentido


especial são os principais administradores da casa de Cristo, que deve dar aos da sua casa
“alimento no tempo devido” (Mateus 24:45-47). Flavel coloca desta forma:

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Acreditem, senhores, toda a nossa leitura, estudo e pregação, é apenas insignificante
hipocrisia, até que as coisas lidas, estudadas e pregadas sejam sentidas em algum
grau em nossos próprios corações. Nós dizemos ao nosso povo (o Senhor nos ajude
a dizer o mesmo aos nossos próprios corações) que eles são similares às obras
salvíficas do Espírito, pelo qual as suas (e por que não as nossas próprias almas)
podem ser perdidas... Os labores do ministério esgotarão a medula de seus ossos,
apressarão a velhice e a morte. Eles podem ser adequadamente comparados com a
labuta dos homens na colheita, aos trabalhos de uma mulher no parto, e às agonias
de soldados na frente de batalha. Devemos vigiar enquanto os outros dormem (Obras,
6:586).

Trinta e cinco anos atrás, o escritor comprou uma placa com uma inscrição contendo a
Oração Sacristia [estudo] de Martinho Lutero. Ela foi colocada em seu estudo desde então
como um lembrete comovente do chamado do ministro. Que ela possa solicitar a cada um
que é ministro da Palavra de Deus para que sejam um estudante e mordomo fiel dessa
Palavra.

Senhor Deus, Tu me fizeste um pastor e mestre na Igreja. Tu vês quão impróprio sou
para administrar adequadamente este grande e responsável ofício; e se eu estivesse
sem a Tua ajuda e conselhos, eu certamente o teria arruinado há muito tempo. Por
isso eu Te invoco. Quão alegremente eu anelo produzir e consagrar o meu coração e
boca a este ministério. Eu desejo ensinar a congregação. Eu também desejo sempre
aprender e manter a Tua Palavra como minha companheira constante e meditar sobre
ela com sinceridade. Use-me como Teu instrumento em Teu serviço. Só não me
desampares Tu, pois, se me deixares a mim mesmo, eu certamente trarei tudo à
destruição. Amém.

Vosso irmão em Cristo,


Donald R. Lindblad
Trinity Reformed Baptist Church, Kirkland, WA.

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

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 Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon  Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
 Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Edwards
 Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink  Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
 In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Spurgeon  Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
 Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Jeremiah Burroughs Owen
 Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação  Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
dos Pecadores, A — A. W. Pink  Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
 Jesus! – C. H. Spurgeon Downing
 Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon  Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
 Livre Graça, A — C. H. Spurgeon  Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
 Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield Claraval
 Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
 Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill no Batismo de Crentes — Fred Malone

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— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
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Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
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na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
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encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
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de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
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para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
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Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
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Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
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se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
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nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
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por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
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também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
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interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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