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2017.1
1- NORMAS DE LABORATÓRIO
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2- INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS
Deverá ser feito por parte do aluno, um estudo teórico completo a respeito do
experimento a ser realizado. O estudo deverá ser feito utilizando os livros citados na
referência bibliográfica deste componente e material de apoio da web se necessário.
Durante a experiência, o aluno deverá fazer anotações, tais como: dos reagentes,
materiais utilizados, mudanças de colorações, formação de precipitados,
características do composto obtido, reações, etc.
O aluno será aprovado por média, se após as avaliações conseguir média sete.
3- COMPOSTOS TÓXICOS
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A relação abaixo compreende alguns produtos tóxicos de uso comum em
laboratórios:
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a) Aminas aromáticas e seus derivados: anilinas N-substituídas ou não, naftilaminas,
benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados.
b) Compostos N-nitroso: nitrosoaminas (R'-N(NO)-R) e nitrosamidas.
c) Agentes alquilantes: diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila, propiolactona,
óxido de etileno.
d) Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: benzopireno, dibenzoantraceno, etc.
e) Compostos que contém enxofre: tioacetamida, tiouréia.
f) Benzeno: um composto carcinogênico, cuja concentração mínima tolerável é inferior
aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se você sente cheiro de benzeno‚
é porque a sua concentração no ambiente é superior ao mínimo tolerável. Evite usá-lo
como solvente e sempre que possível substitua-o por outro solvente semelhante e
menos tóxico (por exemplo, tolueno).
g) Amianto: a inalação por via respiratória de amianto pode conduzir a uma doença de
pulmão, a asbestose, uma moléstia dos pulmões que aleija e eventualmente mata. Em
estágios mais adiantados geralmente se transforma em câncer dos pulmões.
Boroidreto alcalino
Dissolver em metanol, diluir em muita água, adicionar etanol, agitar ou deixar em
repouso até completa dissolução e formação de solução límpida, neutralizar e verter
em recipiente adequado.
Organolíticos e compostos de Grignard
Dissolver ou suspender em solvente inerte (p. ex.: éter, dioxano, tolueno), adicionar
álcool, depois água, no final ácido 2N, até formação de solução límpida, verter em
recipiente adequado.
Sódio
Introduzir pequenos pedaços do sódio em metanol e deixar em repouso até completa
dissolução do metal, adicionar água com cuidado até solução límpida, neutralizar,
verter em recipiente adequado.
Potássio
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Introduzir em n-butanol ou t-butanol anidro, diluir com etanol, no final com água,
neutralizar, verter em recipiente adequado.
Mercúrio
Mercúrio metálico: recuperá-lo para novo emprego. Sais de mercúrio ou suas
soluções: Precipitar o mercúrio sob forma de sulfeto, filtrar e guardá-lo.
Metais pesados e seus sais
Precipitar soba a forma de compostos insolúveis (carbonatos, hidróxidos, sulfetos,
etc.), filtrar e armazenar.
Cloro, bromo, dióxido de enxofre
Absorver em NaOH 2N, verter em recipiente adequado.
Cloretos de ácido, anidridos de ácido, PCl3, PCl5, cloreto de tionila, cloreto de
sulfurila.
Sob agitação, com cuidado e em porções, adicionar à muita água ou NaOH 2N,
neutralizar, verter em recipiente adequado.
Ácido clorosulfônico, ácido sulfúrico concentrado, óleum, ácido nítrico
concentrado
Gotejar, sob agitação, com cuidado, em pequenas porções, sobre gelo ou gelo mais
água, neutralizar, verter em recipiente adequado.
Dimetilsulfato, iodeto de metila
Cautelosamente, adicionar a uma solução concentrada de NH3, neutralizar, verter em
recipiente adequado.
Presença de peróxidos, peróxidos em solventes, (éter, THF, dioxano)
Reduzir em solução aquosa ácida (Fe(II) - sais, bissulfito), neutralizar, verter em
recipiente adequado.
5- AQUECIMENTO NO LABORATÓRIO
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uso de banhos de aquecimento. Mantas de aquecimento não são recomendadas para
a destilação de produtos muito voláteis e inflamáveis, como éter de petróleo e éter
etílico.
Para temperaturas altas (>200°C) pode-se empregar um banho de areia. Neste caso
o aquecimento e o resfriamento do banho deve ser lento.
Chapas de aquecimento podem ser empregadas para solventes menos voláteis e
inflamáveis. Nunca aqueça solventes voláteis em chapas de aquecimento (éter, CS2,
etc.). Ao aquecer solventes como etanol ou metanol em chapas, use um sistema
munido de condensador.
Aquecimento direto com chamas sobre a tela de amianto só é recomendado para
líquidos não inflamáveis (por exemplo, água).
5.1- QUEIMADURAS
Tratamento para queimaduras graves - elas devem ser cobertas com gaze
esterilizada umedecida com solução aquosa de bicarbonato de sódio a 1%, ou
soro fisiológico, encaminhar logo à assistência médica.
ATENÇÀO: Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Não fure as bolhas
existentes. Não toque com as mãos a área atingida. Procure um médico com brevidade.
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6- REGRAS GERAIS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO
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EXPERIÊNCIA 01
1- INTRODUÇÃO
A grande maioria dos compostos orgânicos utilizados regularmente em
laboratórios de química é sólida ou líquida. O grau de pureza química destes compostos
pode ser avaliado pela determinação das constantes físicas, pois as substâncias puras
possuem propriedades físicas específicas e bem definidas.
As constantes físicas mais utilizadas na caracterização dos compostos orgânicos
são temperatura de fusão e de ebulição. Outras constantes físicas como densidade,
índice de refração e rotação específica também são utilizadas como critério de pureza
para os compostos orgânicos.
Ponto de Fusão
Como a figura 1 mostra, para achar o ponto de fusão coloca-se uma pequena
amostra num capilar de vidro e introduz-se este num banho apropriado para aquecer ao
lado do bulbo de um termômetro. O aquecimento deve ser feito de tal maneira a permitir
que a temperatura suba lentamente e estabeleça o equilíbrio entre a temperatura indicada
pelo termômetro e a do sólido em exame. Caso contrário, obtém-se pontos de fusão mais
altos do que o indicado na literatura. Geralmente anota-se duas temperaturas: aquela em
que a substância começa a fundir e a observada quando a amostra está inteiramente
líquida. O verdadeiro ponto de fusão estará no intervalo compreendido entre estas
temperaturas. Uma substância orgânica e cristalina é considerada pura se a temperatura
de fusão compreender uma variação de 2 a 30 C. Assim, a determinação do ponto de
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fusão de um composto pode ser útil para identificação do composto, por comparação com
os valores encontrados nas tabelas (se a amostra for quase pura) ou por uma indicação
aproximada da pureza relativa do composto.
Para determinar corretamente a temperatura de fusão de um sólido, devem ser
observadas todas as suas mudanças, conforme apresentado na figura 2.
Ponto de Ebulição
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dentro do tubo capilar. A temperatura registrada nestas condições corresponde à
temperatura de ebulição do líquido.
2 - MATERIAL E REAGENTES
Bico de Bunsen Agitador p/ banho
Tela de amianto Espátula
Termômetro Tripé
Tubo de vidro Base de ferro
Béquer de 100 mL Tubos capilares
Rolha de cortiça Vidro de relógio
3 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 – Determinação da temperatura de fusão
a) Caso necessário, colocar a amostra que se quer determinar o ponto de fusão em um
vidro de relógio pulverizar com a espátula.
b) Manter o tubo capilar o mais horizontal possível, empurrar sua extremidade aberta de
encontro à amostra utilizando-se da espátula, para ajudar a acomodar a amostra no tubo.
c) Tomar um tubo de vidro grande, colocando-o em posição vertical encostando-o no chão
do laboratório. Soltar o capilar do extremo superior do tubo de vidro até o chão, com a
ponta fechada voltada para baixo. Repetir esta operação até que se forme uma camada
compacta da amostra no fundo do tubo capilar (aproximadamente 6 mm).
d) Ajuste o capilar ao termômetro, utilizando um anel de borracha, de modo que sua base
fique à mesma altura do bulbo do termômetro (ver figura 1).
e) Mergulhe o conjunto no tubo de Thiele com glicerina e aqueça lentamente o sistema
com o bico de Bunsen. Observe atentamente as mudanças ocorridas com o sólido
durante todo o aquecimento. Anote as temperaturas em que a fusão se inicia e se
completa, de acordo com a figura 2.
f) Resfriar um pouco o banho antes de nova determinação.
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Questionário
1- O que se entende por ponto de fusão?
2- Com que finalidade é usado ponto de fusão?
3- Em cada um dos pares abaixo, indique o produto com ponto de fusão ou ebuliação
mais alto, justificando cada escolha:
a) Um ácido carboxílico e o seu respectivo sal;
b) Ácido salicílico e ácido acetilsalicílico;
c) Éter etílico e álcool etílico;
EXPERIÊNCIA 02
1- INTRODUÇÃO
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Há uma tendência de solventes polares dissolverem substâncias polares e de
solventes apolares dissolverem substâncias apolares. Isso ocorre devido às forças
intermoleculares estabelecidas entre soluto e solvente.
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Esquema 1- Classificação dos compostos orgânicos pela solubilidade
2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Coloque 1,0 mL do solvente em um tubo de ensaio. A seguir adicione gotas do
líquido ou sólido desconhecido, diretamente no solvente. A seguir, agite cuidadosamente
o tubo de ensaio e anote o resultado. Às vezes um leve aquecimento ajuda na dissolução.
Usando o procedimento acima, os testes de solubilidade dos compostos
desconhecidos devem ser determinados nos seguintes solventes: água, éter, NaOH 5%,
NaHCO3 5%, HCl 5%, H2SO4 95 % e H3PO4 85%. O roteiro apresentado no Esquema 1
deve servir como orientação. Usando ácido sulfúrico concentrado pode haver uma
mudança de coloração, indicando um teste positivo de solubilidade.
Sólidos desconhecidos que não dissolvem nos solventes citados acima podem ser
substâncias inorgânicas.
Se o composto dissolver em água, o pH deverá ser medido com papel indicador.
Compostos solúveis em água são, em geral, solúveis em todos os solventes aquosos. Se
um composto é pouco solúvel em água, ele poderá ser mais solúvel em outro solvente
aquoso. Como já citado, um ácido carboxílico poderá ser pouco solúvel em água, mas
muito solúvel em meio básico diluído. Assim, torna-se necessário determinar a
solubilidade dos compostos desconhecidos em todos os solventes.
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Amostra Solubilidade
Água NaOH 5% HCl 5% NaHCO3 5% Éter
A
B
C
D
E
3- IDENTIFICAÇÃO DE UM COMPOSTO DESCONHECIDO PELO TESTE DE
SOLUBILIDADE
Tabela 2- Possíveis compostos desconhecidos
Número Composto Número Composto
1 Acetanilida 11 Naftaleno
2 Acetato de isoamila 12 Cilcoexanona
3 Acetona 13 Hexano
4 Ácido acético 14 Cloreto de t-butila
5 Ácido acetilsalicpilico 15 Álcool etílico
6 Ácido adípico 16 Álcool isopropílico
7 Ácido benzoico 17 Álcool butílico
8 Ácido p-aminobenzóico 18 Álcool amílico
9 Anilina 19 Álcool t-butílico
10 Dimetilamina 20 Benzaldeído
QUESTIONÁRIO
1- Indique as classes de solubilidade a que os compostos abaixo pertencem, baseando-se
apenas em suas características estruturais e no Esquema 1.
a) fenol, cicloexanona, propionato de sódio.
b) 3-metileptanal, ácido oxálico, 2-bromooctano.
2- Um composto desconhecido é solúvel em água e em cloreto de metileno. O teste com
papel de tornassol indicou coloração azul. Qual(is) do(s) composto(s) abaixo poderia ser o
desconhecido? Quais seriam solúveis em H2SO4 95%?
a) dietilamina b) 3-etilfenol c) 2,4-dimetiloctano d) 4-etilanilina
3- Se um composto desconhecido fosse insolúvel em água e HCI 5%, quais testes ainda
seriam necessários para identificá-lo? Existe alguma substância da questão 2 que
apresentaria estas características de solubilidade?
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EXPERIÊNCIA 03
CROMATOGRAFIA
1- INTRODUÇÃO
Cromatografia é uma técnica utilizada para analisar, identificar ou separar os
componentes de uma mistura. A cromatografia é definida como a separação de dois ou
mais compostos diferentes por distribuição entre fases, uma das quais é estacionária e a
outra é móvel.
A mistura é adsorvida em uma fase fixa, e uma fase móvel "lava" continuamente a
mistura adsorvida. Pela escolha apropriada da fase fixa e da fase móvel, além de outras
variáveis, pode-se fazer com que os componentes da mistura sejam arrastados
ordenadamente. Aqueles que interagem pouco com a fase fixa são arrastados facilmente
e aqueles com maior interação ficam mais retidos.
Os componentes da mistura adsorvem-se com as partículas de sólido devido a
interação de diversas forças intermoleculares. O composto terá uma maior ou menor
adsorção, dependendo das forças de interação, que variam na seguinte ordem: formação
de sais > coordenação > pontes de hidrogênio > dipolo-dipolo > Van der Waals.
Dependendo da natureza das duas fases envolvidas tem-se diversos tipos de
cromatografia:
- sólido-líquido (coluna, camada em camada delgada, papel);
- líquido-líquido;
- gás-líquido.
Adsorventes: Sílica (SiO2) que é um dos adsorventes mais utilizados e Alumina (AlO3)
que é o segundo mais utilizado.
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coluna com um eluente menos polar e vai-se aumentando gradativamente a polaridade do
eluente e, consequentemente, o seu poder de arraste de substâncias mais polares. Uma
seqüência de eluentes normalmente utilizada é a seguinte: éter de petróleo, hexano, éter
etílico, tetracloreto de carbono, acetato de etila, etanol, metanol, água e ácido acético.
O fluxo de solvente deve ser contínuo. Os diferentes componentes da mistura
mover-se-ão com velocidades distintas dependendo de sua afinidade relativa pelo
adsorvente ou pelo eluente. Assim, a capacidade de um determinado eluente em arrastar
um composto adsorvido na coluna depende quase diretamente da polaridade do solvente
com relação ao composto.
À medida que os compostos da mistura são separados, bandas ou zonas móveis
começam a ser formadas e cada banda contém somente um composto (Figura 1). Em
geral, os compostos apolares passam através da coluna com uma velocidade maior do
que os compostos polares, porque os primeiros têm menor afinidade com a fase
estacionária. Se o adsorvente escolhido interagir fortemente com todos os compostos da
mistura, ela não se moverá. Por outro lado, se for escolhido um solvente muito polar,
todos os solutos podem ser eluídos sem serem separados.
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A amostra é colocada na parte inferior da placa, através de aplicações sucessivas
de uma solução da amostra com um pequeno capilar. Deve-se formar uma pequena
mancha circular. À medida que o solvente sobe pela placa, a amostra é compartilhada
entre a fase líquida móvel e a fase sólida estacionária. Durante este processo, os diversos
componentes da mistura são separados. Como na cromatografia de coluna, as
substâncias menos polares avançam mais rapidamente que as substâncias mais polares.
Esta diferença na velocidade resultará em uma separação dos componentes da amostra.
Quando estiverem presentes várias substâncias, cada uma se comportará segundo suas
propriedades de solubilidade e adsorção, dependendo dos grupos funcionais presentes
na sua estrutura (Figura 2).
Depois que o solvente ascendeu pela placa, esta é retirada da cuba e seca até
que esteja livre do solvente. Cada mancha corresponde a um componente separado na
mistura original. Se os componentes são substâncias coloridas, as diversas manchas
serão claramente visíveis. Contudo, é bastante comum que as manchas sejam invisíveis
porque correspondem a compostos incolores. Para a visualização deve-se "revelar a
placa". Um método bastante comum é o uso de vapores de iodo, que reage com muitos
compostos orgânicos formando complexos de cor café ou amarela.
Um parâmetro frequentemente usado em cromatografia é o "fator de retenção" de
um composto (Rf). Na CCD, o Rf é função do tipo de suporte (fase fixa) empregado e do
eluente. Ele é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do
componente e a distância percorrida pelo eluente.
Portanto: Rf = dc / ds
dc = distância (cm, mm) percorrida pela componentes da mistura
ds = distância (cm, mm) percorrida pela frente da fase móvel (eluente)
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2- CROMATOGRAFIA EM COLUNA
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3.2 – PROCEDIMENTO
a) Aplicação da amostra na placa
Utilizando um capilar, aplicar duas ou três porções da solução da amostra sobre
uma placa de sílica (3,0 x 7,0 cm) a 1,0 cm da extremidade inferior. Evitar a difusão da
mancha de forma que seu diâmetro não deva ultrapassar a 2 mm durante a aplicação da
amostra. Deixar o solvente evaporar.
b) Desenvolvimento do cromatograma - análise dos componentes de um analgésico:
Pegue 2 tubos de ensaio. No primeiro, coloque o comprimido da amostra e no
segundo, coloque ácido acetilsalicílico. Nos 2 tubos, coloque 2,5 mL de metanol, macere
o sólido e agite cada tubo por 3-5 minutos. Em seguida, filtre e despreze o sólido. Com a
ajuda de um tubo capilar, aplique a uma distância de 1 cm as amostras em duas placas
cromatográficas distintas. Dependendo da concentração das amostras, duas ou três
aplicações serão suficientes.
Prepare a seguir dois sistemas de eluentes: i) dicloromentano; ii) acetona:
dicloromentano 1:1.
Prepare duas cubas cromatográficas, uma para cada sistema de eluentes.
Coloque cada placa cromatográfica dentro de uma cuba. Após a eluição, retire as placas
da cuba. Deixe-as secar. Após a secagem, coloque-as em uma atmosfera de iodo para
revelar as manchas. Em 1-3 minutos, aparecerão manchas amareladas sobre as placas.
Remova então as placas de dentro da cuba de iodo, contornando cada mancha com o
tubo capilar. Calcule o Rf.
QUESTIONÁRIO:
1- Fale sobre o princípio básico que envolve a técnica de cromatografia
2- Cite os principais tipos de forças que fazem com que os componentes de uma
mistura sejam adsorvidos pelas partículas do sólido:
3- Cite as características do solvente para lavar ou arrastar os compostos adsorvidos na
coluna cromatográfica:
4- Por quê se deve colocar papel filtro na parede da cuba cromatográfica?
5- Se os componentes da mistura, após a corrida cromatográfica, apresentam manchas
incolores, qual o processo empregado para visualizar estas manchas na placa
cromatográfica?
6- O que é e como é calculado o Rf ?
7- Quais os usos mais importantes da cromatografia de camada delgada?
8- A alumina, ou óxido de alumínio, tem ação básica e interage fortemente com
espécies ácidas; por sua vez, a sílica gel interage com espécies básicas devido a
natureza ácida do óxido de silício. Baseado nessas informações, explique o
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comportamento distinto dos dois corantes empregados quando se usa alumina ou
sílica como fase fixa. A estrutura dos dois produtos está apresentada abaixo:
N SO3H
CH3 CH3
N S N
+
CH3 CI CH3
N N
Azul de Metileno
Alaranjado
CH3 N de metila
CH3
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EXPERIÊNCIA 04
2- MATERIAL E REAGENTES:
- Conta gotas - Reagente de LUCAS - Álcool t-butílico
- Pipeta de 5 mL - Iodeto de potássio-iodo - solução de bromo
- Tubo de ensaio - Nitrato de prata 5% - Acetona
- Hidróxido de amônio 10% - Metanol - Álcool etílico
- Permanganato de potássio 1% - Reagente de Jones - Ácido sulfúrico
- Cloreto férrico a 2,5% - 2,4-dinitrofenilidrazina - Cloreto de metileno
3- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1- Identificação de Alcenos e Alcinos
a) Teste de Bayer (KMnO4/H20)
Substâncias a serem testadas: Cicloexeno e tolueno
Dissolva 25 mg de um sólido ou 2 gotas de um líquido, a determinar, em 2 mL de
etanol (pode-se usar também 1,2-dimetóxi-etano). Adicione uma solução de
permanganato de potássio a 1% em água (peso/volume), gota a gota, com agitação. O
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teste é positivo se a cor púrpura do reagente desaparecer e se um precipitado castanho
de dióxido de manganês se formar, usualmente em menos de um minuto.
Como as soluções de permanganatos se decompõem para formar dióxido de
manganês, pequenas quantidades de precipitado devem ser interpretadas com cuidado.
Observações:
A solução de oxidante é preparada, dissolvendo-se 7,0 g de K2Cr2O7, em 7 mL de
ácido sulfúrico concentrado. Adicione, lenta e cuidadosamente, esta solução a 40 mL
de água destilada fria. Este reagente deve ser preparado em cada começo de
semestre e armazenado em frasco escuro.
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b) Teste de Lucas:
Adicionar 3 a 4 gotas de álcool t-butílico a 30 gotas do reagente de LUCAS em um
tubo de ensaio. Agitar a mistura vigorosamente. Deixar em repouso e observar o que
acontece. Repetir o mesmo processo, usando álcool etílico.
b) Teste de Tollens:
Preparação do reagente de TOLLENS:
Em um tubo de ensaio, colocar 2 mL de uma solução a 5% de AgNO3. Em seguida
adicionar uma gota da solução a 10% de NaOH. Agitar o tubo e juntar solução de NH4OH
a 10%, gota a gota, com agitação, até que o precipitado de hidróxido de prata se dissolva
totalmente, obtendo-se uma solução transparente. Agitar o tubo e deixar em repouso por
10 minutos.
Substâncias a serem testadas: benzaldeído e cicloexanona.
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Em um tubo de ensaio muito limpo, colocar 0,5 mL (aproximadamente 10 gotas) de
formol e adicionar 0,5 mL do reagente de TOLLENS recentemente preparado. Repetir o
processo usando acetona e depois e glicose. (Quando a amostra for sólida usar
aproximadamente 10 mg).
c) Teste do Iodofórmio:
Substâncias a serem testadas: álcool etílico, metanol e acetona.
Em um tubo de ensaio, colocar 2 mL de água, 5 gotas de álcool etílico e 0,5 mL do
reagente iodeto de potássio-iodo. Adicionar solução a 5% de hidróxido de sódio até que a
solução fique amarela clara. Agitar e esperar cerca de 2-3 minutos. Se não ocorrer
nenhuma modificação, aquecer o tubo a 60oC. Registar suas observações. Repetir o
processo usando metanol e depois acetona.
Observações:
O reagente iodeto de potássio-iodo é preparado, dissolvendo-se 10 g de iodeto de
potássio e 5 g de iodo em 50 mL de água.
O reagente de LUCAS é preparado, dissolvendo-se 22,7 g de cloreto de zinco anidro
em 17,5 g de ácido clorídrico concentrado com resfriamento.
Questionário:
1- O que são grupos funcionais? Qual sua importância?
2- Teste de Bayer e o teste com a solução de bromo são usados na identificação de
ligações múltiplas de alcenos e alcinos, mostre as reações envolvidas.
3- Como podemos reconhecer se o teste de Bayer e teste a com a solução de bromo
foram positivos?
4- O teste de Jones é usado na identificação de que tipo de álcool? Mostre as
reações envolvidas indique se ocorre formação de precipitado ou mudança de cor.
5- No teste de Jones, qual a finalidade da solução oxidante? E como ela é composta?
6- O teste de Lucas é usado na identificação de que tipo de álcool? Mostre as
reações envolvidas indique se ocorre formação de precipitado ou mudança de cor.
7- Quais grupos funcionais são identificados através no teste com cloreto férrico?
Mostre as reações envolvidas indique se ocorre formação de precipitado ou
mudança de cor.
8- O teste com a 2,4-dinitrofenilidrazina é usado para identificar quais tipos de grupos
funcionais? Mostre as reações envolvidas indique se ocorre formação de
precipitado ou mudança de cor.
9- Quais grupos funcionais são identificados através do teste de iodofórmio? Mostre
as reações envolvidas.
10- Por que o reagente de Tollens é positivo apenas para aldeídos? Mostre a reação
envolvida.
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EXPERIÊNCIA 05
PREPARAÇÃO E IDENTICAÇÃO DA ACETONA
1- INTRODUÇÃO
O produto formado a partir da oxidação de álcoois depende do agente oxidante
empregado e da natureza do álcool de partida (álcool primário, secundário ou terciário).
Álcoois primários, por oxidação controlada, produzem aldeídos. A oxidação é feita
com uma solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7) em água e meio ácido. Uma vez
que aldeídos são facilmente oxidados aos ácidos carboxílicos correspondentes, deve-se
remover o mais rápido possível o aldeído que vai sendo formado, através de uma
destilação.
O
H+
RCH2OH + Cr2O72- + Cr 3+
R H
Álcool primário Aldeído
Os álcoois secundários sofrem oxidação, produzindo cetonas. Como agente
oxidante normalmente se utiliza uma solução de K2Cr2O7 + H2SO4 (mistura sulfocrômica).
Pode-se utilizar, alternativamente, CrO3 em ácido acético glacial, CrO3 em piridina ou
ainda uma solução de KMnO4 a quente.
OH O
H2SO4
R C R1 + K2Cr2O7 + Cr 3+ + H2O
R R1
H
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Sendo a acetona um solvente volátil, o refluxo dificulta a saída de seus vapores, à
medida que esta é sintetizada (Figura 1).
A purificação de líquidos, como é o caso da propanona, pode ser feita através da
destilação fracionada, observando-se a temperatura de ebulição deste solvente (56C).
2- MATERIAIS E REAGENTES
Erlenmeyer de 250 mL Dicromato de potássio
Condensador de Liebig Ácido sulfúrico concentrado
Balão de destilacão de 250 mL Álcool isopropílico
Funil de decantação Nitroprussiato de sódio a 2%
Bico de bunsen Hidróxido de sódio a 30%
Pérolas de vidro Ácido acético glacial
Becker de 50 mL
3- METODOLOGIA
a) Preparação da solução oxidante
• Em um erlenmeyer de 250 mL colocar 7,3 g de dicromato de potássio e 37,5 mL de água
destilada. Adicionar lentamente e homogeneizando, 6,3 mL de ácido sulfúrico
concentrado sob corrente de água de torneira.
b) Obtenção da acetona
• Em um balão de destilacão de 250 mL, colocar 7,3 mL de álcool isopropílico, 15 mL de
água destilada e algumas pérolas de vidro.
• Suspender o balão de destilacão em um supote universal e acoplar na abertura lateral
do mesmo, um condensador de Liebig. Na abertura central do balão, adaptar o funil de
decantação contendo a solução oxidante. Adicionar lentamente a solução oxidante ao
balão de destilacão.
• Em seguida, retirar o funil de decantação e substituí-lo por um termômetro.
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• Aquecer o balão de destilação e observar a Temperatura de Ebulição da acetona
(T.E.=560C), para recolher o destilado em um erlenmeyer de 125 mL.
4- IDENTIFICAÇÃO
Em um becker de 50 mL, colocar 4 gotas de acetona obtida. Em seguida, adicionar
4 gotas da solução aquosa a 2% de nitroprussiato de sódio e 4 gotas da solução de
hidróxido de sódio a 30%. Após um minuto, adicionar 8 gotas de ácido acético glacial.
Observar a mudança de coloração. A coloração vermelho-arroxeada indica a presença da
acetona.
QUESTIONÁRIO
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1- EXPERIÊNCIA 06
1- INTRODUÇÃO
O ácido acetil salicílico (AAS) é função mista ácido carboxílico e este contendo
anel benzênico. A aspirina foi introduzida na medicina, no ano de 1899, como anti-
reumático e antipirético. É um dos produtos farmacêuticos de mais alta produção
atualmente.
Um grande número de fenóis e éteres fenólicos ocorre da natureza. Somente um
pequeno deles apresenta interesse especial. Em certos casos eles são modificados
quimicamente de modo a produzir um material com atividade específica medicinal
desejada. O orto-hidroxi-benzôico mais conhecido como ácido salicílico 1, pode ser obtido
das árvores de salgueiro. Embora o ácido acetil salicílico (AAS) não ocorra livre na
natureza, ele tem uma enorme importância como analgésicos sendo conhecido como
aspirina.
A síntese da aspirina é possível através de uma reação de acetilação do ácido
salicílico 1, um composto aromático bifuncional (ou seja, possui dois grupos funcionais:
fenol e ácido carboxílico). Apesar de possuir propriedades medicinais similares ao do
AAS, o emprego do ácido salicílico como um fármaco é severamente limitado por seus
efeitos colaterais, ocasionando severa irritação na mucosa da boca, garganta, e
estômago.
A reação de acetilação do ácido salicílico 1 ocorre através do ataque nucleofílico
do grupo -OH fenólico sobre o carbono carbonílico do anidrido acético 2, seguido de
eliminação de ácido acético 3, formado como um sub-produto da reação. É importante
notar a utilização de ácido sulfúrico como um catalisador desta reação de esterificação,
tornando-a mais rápida e prática do ponto de vista comercial.
O O
O O O
OH H2SO4 OH
+ +
H3C O CH3 H3C OH
OH O
1 2 3
AAS O CH3
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um pó branco, cristalino, solúvel ao álcool, éter e clorofórmio. Pouco solúvel me água, em
doses maciças tende a atacar a mucosa do estômago.
A purificação de compostos cristalinos impuros é geralmente feita por cristalização
a partir de um solvente ou de misturas de solventes. Esta técnica é conhecida por
recristalização, e baseia-se na diferença de solubilidade que pode existir entre um
composto cristalino e as impurezas presentes no produto da reação.
Um solvente apropriado para a recristalização de uma determinada substância
deve preencher os seguintes requisitos:
a) Deve proporcionar uma fácil dissolução da substância a altas temperaturas;
b) Deve proporcionar pouca solubilidade da substância a baixas temperaturas;
c) Deve ser quimicamente inerte (ou seja, não deve reagir com a substância);
d) Deve possuir um ponto de ebulição relativamente baixo (para que possa ser facilmente
removido da substância recristalizada);
e) Deve solubilizar mais facilmente as impurezas que a substância.
O resfriamento, durante o processo de recristalização, deve ser feito lentamente
para que se permita a disposição das moléculas em retículos cristalinos, com formação de
cristais grandes e puros.
Caso se descubra que a substância é muito solúvel em um dado solvente para
permitir uma recristalização satisfatória, mas é insolúvel em outro, combinações de
solventes podem ser empregadas. Os pares de solventes devem ser completamente
miscíveis. (exemplos: metanol e água, etanol e clorofórmio, clorofórmio e hexano, etc.).
2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 - Materiais e Reagentes
Erlenmeyer de 250 mL Ácido salicílico
Pipeta Anidrido acético
Proveta Ácido sulfúrico concentrado
Pisseta Álcool etílico
Kitassato
Bomba de vácuo
Becker de 100 mL
2.2- Metodologia
a) Obtenção do ácido acetil salicílico (AAS)
Em um erlenmeyer de 250 mL, colocar 2,5 g de ácido salicílico e adicionar 5 mL de
anidrido acético, homogeneizando bem.
Em seguida, adicionar 8 gotas de ácido sulfúrico concentrado, homogeneizando a
cada adição.
Caso não se forme um sólido branco, aquecer até 500 – 600C. Resfriar e, em seguida,
adicionar 50 mL de água destilada.
Filtrar à vácuo, lavando com uma pequena quantidade de água destilada.
b) Recristalização
30
Transferir o AAS obtido para um erlenmeyer de 250 mL e adicionar 10 mL de etanol
com 25 ml de água destilada aquecida. Se o AAS não ficar totalmente dissolvido,
aquecer a mistura para completar a dissolução. Deixar a solução límpida esfriar
lentamente para precipitação dos cristais.
Em seguida filtrar a vácuo. Secar em dessecador e determine o rendimento e o ponto
de fusão.
Observações:
O rendimento deve chegar aproximadamente a 3 gramas.
O grau de pureza do produto formando obtido pode ser observado através da
análise por CCD.
QUESTIONÁRIO
1- Proponha outros reagentes para sintetizar a aspirina e outros solventes que poderiam
ser utilizados na sua purificação.
2- Que tipo de reação se verifica neste processo?
3- Qual é o mecanismo da reação entre o ácido salicílico e o anidrido acético, em meio
ácido?
4- O H+ atua, na reação de preparação do AAS, como um reagente ou como um
catalisador? Justifique sua resposta.
5- Porque as gotas do ácido sulfúrico não podem ser adicionadas de uma única vez?
6- Ao purificar um composto por recristalização, é aconselhável esfriar a solução lenta
ou rapidamente? Explique.
7- Quais solventes podem ser empregados para recristalização da “Aspirina”?
8- Por que na purificação da “Aspirina” utiliza-se álcool e água destilada e quente?
9- Na etapa de filtração a vácuo, os cristais formados são lavados com água gelada. Por
quê?
10- Qual é a função do "trap" (kitasato) no aparato para filtração a vácuo?
11- Cite as principais propriedades físicas da “Aspirina”.
12- Cite algumas aplicações da “Aspirina”.
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EXPERIÊNCIA 07
REAÇÃO DE CONDENSAÇO ALDÓLICA
1- INTRODUÇÃO
Sendo uma das reações mais utilizadas para a síntese de ligações carbono-
carbono, a condensação (ou adição) aldólica baseia-se na formação de um íon enolato e
na sua subsequente reação com uma molécula de um aldeído ou cetona, originando um
β-hidroxialdeído ou uma β-hidróxicetona, respectivamente (designados genericamente por
aldóis).
Os aldóis não são geralmente os produtos finais da reação, na medida em que, nas
condições experimentais adotadas, têm tendência a desidratar espontaneamente para
formarem aldeídos ou cetonas α,β-insaturados, estabilizados por ressonância. A adição
aldólica seguida de desidratação recebe o nome de condensação aldólica.
A reação de formação da 1,5-difenil-(E,E)-1,4-pentadien-3-ona (dibenzalacetona),
um composto que é utilizado como protetor solar, é um exemplo de uma condensação
aldólica “mista” ou “cruzada”, pois estabelece entre dois compostos carbonílicos
diferentes (Figura 1). Nestas condições, para que a condensação aldólica resulte na
formação majoritária de um produto, é necessário que um dos reagentes não condense
com ele próprio, ou seja, não tenha a possibilidade de formar um íon enolato em meio
básico. É o que acontece com o benzaldeído, que não tem carbonos com Hα.
O intermediário formado por condensação aldólica de uma molécula de acetona e
uma molécula de benzaldeído possui ainda átomos de hidrogénio ácido, pelo que também
forma um íon enolato que condensa com uma nova molécula de benzaldeído. Dá-se, pois,
uma nova condensação aldólica para originar o produto final.
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2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1- Material e Reagentes
balões de 25, 100 e 250 Ml hidróxido de sódio
vidro de relógio etanol
Espátula Benzaldeído
Pipetas Acetona
Termômetro Diclorometano
Barra éter de petróleo
Provetas Gelo
Placa de agitação
2.2- Procedimento
Em erlenmeyer 50 mL, adicione 0,6 mL de benzaldeído.
Adicione 0,6 mL de acetofenona e 4,0 mL de etanol ao erlenmeyer contendo o
benzaldeído, agite para misturar os reagentes.
Em seguida, adicione 0,5 mL de uma solução de hidróxido de sódio 5% a solução de
benzaldeído/acetofenona. Agite o erlenmeyer por rotação, até a solidificação ou até
que a mistura fique bastante turva (cerca de 3 minutos).
Filtre o precipitado obtido e lave-o exaustivamente no funil com água gelada, para
retirar o excesso de base. Controle a lavagem com papel indicador.
Seque o sólido obtido na estufa durante alguns minutos, a uma temperatura máxima
de 50 ºC. Pese o produto.
Recristalize o sólido de etanol. Pese o produto purificado e calcule o rendimento.
Determine o ponto de fusão
Observações:
A evolução da reação pode ser acompanhado por cromatografia em camada fina,
utilizando como eluente uma mistura de diclorometano/ éter de petróleo (2:3).
QUESTIONÁRIO
2- Proponha o mecanismo de reação para a formação do produto.
3- Neste experimento, qual o rendimento do produto obtido?
4- Qual o produto de oxidação do benzaldeído?
5- Qual seria o produto de redução (NaBH4) do benzaldeído?
6- Caso se utilize somente o benzaldeído e adicionássemos à solução do hidróxido,
que tipo de reação se procede e que produto (s) devemos esperar?
33
EXPERIÊNCIA 08
SÍNTESE E PURIFICAÇÃO DA ACETANILIDA
1- INTRODUÇÃO
Algumas aminas aromáticas aciladas como acetanilida, fenacetina (p-
etoxiacetanilida) e acetaminofen (p-hidroxiacetanilida) encontram-se dentro do grupo de
drogas utilizadas para combater a dor de cabeça. Estas substâncias têm ação analgésica
suave (aliviam a dor) e antipirética (reduzem a febre).
A acetanilida 1, uma amida secundária, pode ser sintetizada através de uma
reação de acetilação da anilina 2, a partir do ataque nucleofílico do grupo amino sobre o
carbono carbonílico do anidrido acético 3 seguido de eliminação de ácido acético 4,
formado como um sub-produto da reação. Como esta reação é dependente do pH, é
necessário o uso de uma solução tampão (ácido acético/acetato de sódio, pH ~ 4,7).
Após sua síntese, a acetanilida pode ser purificada através de uma recristalização.
OO A
c
OH
, O
O
+ A
c
ON
a +
H H
N C
3
2
OC
H3 NCH H
3COH
3
2 3 1H 4
2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 -Materiais e Reagentes
Balão de fundo redondo de 500 mL Ácido acético glacial
Becker de 1000 mL Anidrido acético
Condensador de refluxo Anilina
Funil de Büchner Zinco em pó
Baqueta de vidro
2.1- Metodologia
a) Obtenção da acetanilida
Em um balão de fundo redondo de 500 mL, adaptado ao condensador de refluxo,
colocar 5 mL de anilina, 5 mL de anidrido acético, 5 mL de ácido acético glacial e 0,1
g de zinco em pó. Aquecer suavemente a mistura reacional durante 30 minutos.
Enquanto a mistura estiver no refluxo, colocar 250 mL de água destilada em um
bécher de 1000 mL e levar à geladeira.
Passado o tempo, resfriar a mistura vertendo lentamente no bécher que contém a
água gelada, agitando sempre com o bastão. Formará então um precipitado branco
(acetanilida).
Deixar esfriar e filtrar à vácuo. Lavar várias vezes com água e deixar secar a
temperatura ambiente.
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OBS.: CUIDADO AO MISTURAR A ANILINA E O ANIDRIDO ACÉTICO, POIS A
REAÇÃO É EXOTÉRMICA
b) Recristalização
Transferir a acetanilida obtida para um erlenmeyer de 250 mL e adicionar 10 mL de
etanol com 25 ml de água destilada aquecida. Se o AAS não ficar totalmente
dissolvido, aquecer a mistura para completar a dissolução.
Filtrar à quente, recebendo o filtrado em um erlenmeyer de 250 mL contendo 20 mL
de água ente 40 e 50 0C.
Deixe em repouso para permitir a formação de cristais. Filtre novamente usando um
funil de Buchner, seque, determine o ponto de fusão e o rendimento obtido.
QUESTIONÁRIO
1- Forneça as reações e os respectivos mecanismos envolvidos no experimento:
2- Qual a função da mistura CH3COO-Na+/CH3COOH durante o processo de síntese?
Considerando-se o pKa da anilina, discuta qual deve ser o pH do meio reacional:
3- Em cada um dos pares abaixo, indique o produto com ponto de fusão mais alto,
justificando cada escolha:
a) Um ácido carboxílico e o seu respectivo sal;
b) Ácido propiônico e álcool n-pentílico;
c) Éter etílico e álcool etílico;
4- Qual é o solvente usado na recristalização da acetanilida?
5- Por quê é recomendável utilizar apenas uma quantidade mínima de solvente no
processo de recristalização?
6- Quando e por que se deve utilizar a filtração a quente?
7- Ao purificar um composto por recristalização, é aconselhável esfriar a solução lenta ou
rapidamente? Explique:
8- Além do resfriamento, cite outra(s) técnica(s) utilizada para iniciar a formação de
cristais:
9- Quais características deve ter um bom solvente, para que possa ser usado numa
recristalização?
10- Como se deve proceder para verificar se os compostos acima foram realmente
purificados após a recristalização dos mesmos?
11- Qual o ponto de fusão teórico da acetanilida? Compare com aquele obtido
experimentalmente e justifique, se existir, a diferença entre eles.
35
EXPERIÊNCIA 09
OBTENÇÃO DA p-NITROACETANILIDA
1- INTRODUÇÃO
Os hidrocarbonetos aromáticos são conhecidos, em geral, como arenos. Um grupo
arila é derivado de um areno pela remoção de um átomo de hidrogênio e o seu símbolo é
Ar. Assim, os arenos são simbolizados por ArH, tal como os alcanos o são por RH.
As reações mais características dos arenos benzenóides são as reações de
substituição que ocorrem quando reagem com reagentes eletrofílicos. Estas reações são
do tipo geral que aparece a seguir:
H E
+ E + H
2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 -Materiais e Reagentes
Ácido sulfúrico Erlenmeyer de 250ml Água destilada gelada
Ácido nítrico Termômetro Gelo
Acetanilida Funil de Buchner
2.2- Método
Em um erlenmeyer de 250 mL, coloque 10 mL de ácido sulfúrico e 5,0 mL de ácido
nítrico, ambos concentrados. Resfriar o erlenmeyer em recipiente com água gelada
(gelo), até que a mistura se encontre a menos de 200C.
Quando a temperatura estiver a mais ou menos 150C, adicione vagarosamente 5 g de
acetanilida finamente pulverizada à mistura do erlenmeyer, tendo o cuidado para a
temperatura não ultrapassar 200C. A solução passará a ter uma cor marrom escura.
Em seguida adiciona-se 100 mL de água gelada vagarosamente à mistura do
erlenmeyer e filtra-se à vácuo, lavando sempre com água gelada.
36
QUESTIONÁRIO
37
EXPERIÊNCIA 10
SAPONIFICAÇÃO - SABÕES
1- INTRODUÇÃO
C
H
2OC
O
CH
1
531 C
H
2OH
O
C
HOC
O
CH
1
531 3
+Na
OH C
HO
H+3C
H
1
53C
1
- +
ONa
C
H
2OC
O
CH
1
531 C
H
2OH
Sabões são sais de sódio, de potássio, de cálcio, de chumbo etc. Comumente são
uma mistura de ácidos graxos especialmente ácidos palmíticos esteáricos e oleco.
Os glicerídeos representam os óleos e as gorduras naturais, nas gorduras
predominam ésteres de glicerina + ácido graxo saturado (ácido palmítico) que é o C15H31–
COOH. Nos óleos predominam ésteres de glicerina mais ácidos graxos insaturados (ácido
oléico).
Os ácidos graxos possuem mais de 10 carbonos na cadeia, sendo de cadeia
normal podendo ter ou não dupla ligação. Vejamos:
CH O COC15H31 CH O COC17H33
(gordura) (óleo)
Tripalmitato de glicerina Trioleato de glicerila (Trileina)
38
A ação do sabão é que a molécula possui uma parte apolar que é capaz de
“espetar” num líquido, e possui uma extremidade polar que é capaz de se dissolver na
água.
A sujeira empregada no tecido é geralmente um lipídeo se este é insolúvel na
água. Entretanto, a água é polar e a gordura apolar.
Exemplo: Palmitato de sódio (sabão)
O
C15H31C
- +
O Na
Vejamos o comportamento:
- +
C
OON
a
2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 -Materiais e Reagentes
-Balão de fundo redondo; -Gordura;
-Condensador de refluxo; -Hidróxido de sódio ou potássio;
-Balão de destilação; -Álcool etílico;
-Becker; -Ácido clorídrico;
-Bastão de vidro; -Cloreto de cálcio;
-Tubos de ensaio; -Sulfato de cobre II;
-Tela de amianto; -Sulfato de magnésio;
-Tripé de ferro -Cloreto de sódio.
a) Colocar 2 gramas de sabão num de Becker com 100 ml de água e levar à ebulição
até dissolvê-lo. Esfriar a solução.
b) Colocar 10 ml da solução do sabão em tubo de ensaio e adicionar com agitação 2
mL de uma solução de cloreto de cálcio a 10 %. Observar, anotar e comentar.
39
c) Colocar 5 mL da solução aquosa do sabão em um tubo de ensaio e juntar 1 mL de
ácido clorídrico diluído. Observar a separação dos ácidos graxos. Anotar e
comentar.
d) Colocar 5 ml da solução aquosa do sabão em um tubo de ensaio e juntar 1 ml de
solução de sulfato de cobre. Observar a precipitação do sabão de cobre. Anotar e
comentar.
e) Colocar 5 ml da solução aquosa do sabão num Becker e adicionar 5 gramas de
cloreto de sódio. Observar a separação de um sabão coagulado. Anotar e
comentar.
QUESTIONÁRIO
1- Que são sabões? Explique.
2- O que representam os glicéridos? E o que predominam nestas representações?
3- Que é saponificação?
4- Por que o sabão comum tem reação alcalina?
5- Que é sabão duro e sabão mole?
6- Por que os sabões são denominados “sais de ácidos graxos”?
7- Como se obtém o sabão em pó?
8- Que é índice de saponificação?
9- Por que é imprópria para lavagem de roupas a água que contem sais de cálcio e
magnésio?
10- Explique como o sabão comum elimina a sujeira.
11- Que são ácidos graxos? Exemplifique.
12- Como se recuperam o álcool etílico quando utilizado em preparação de sabões?
13- Dê exemplo de óleos e gorduras na fabricação de sabão.
14- Mostre a reação tripalmitato de glicerina com o hidróxido de potássio dando o nome
do sabão formado.
40
EXPERIÊNCIA 11
RESINA FENOL FORMOL: BAQUELITE
1- INTRODUÇÃO
A baquelite é uma resina fenol formol também chamada de polímero com ligações
cruzadas. As ligações entre as cadeias permitem a forma de uma estrutura tridimensional,
de modo que os polímeros formados são materiais rígidos e completamente insolúveis.
A baquelite cujo consumo total é considerável é uma das primeiras resinas; sua
fabricação foi industrializada na América (1909) pelo belga Back Cland.
Na presença de catalisadores o fenol reage sobre o formol dando produtos sólidos
ou líquidos que se transformam pela polimerização numa substância sólida. A baquelite,
translúcida, dura, insolúvel, isolante, infusível, resistente a unidade e aos agentes
químicos.
Quando o polímero é obtido pela reação de dois monômeros com eliminação
simultânea de uma substância mais simples (H2O, NH3 e etc.).
O polímero fenol-formaldeído ou baquelite no seu primeiro estágio e predominante
linear e tem massa relativamente baixa sendo conhecido como Novolac e é muito
empregado em tintas vernizes e cola pra madeira. A reação, no entanto, pode prosseguir
e gerar a baquelite que é um polímero tridimensional (termofixo). Sendo o mais antigo
polímero sintético de uso industrial onde se presta muito bem à fabricação de objetos
moldados.
Em reações intermediárias, no processo de condensação, pode ocorrer livremente
à temperatura elevada como os polímeros fundidos podem variar pelos pesos
moleculares das moléculas reagentes.
A condensação de fenol-formol na presença de um ácido (reação de Friedel-Craft)
pode ser controlada de modo a produzir um material de baixo peso molecular no quais as
unidades fenólicas são ligadas por grupos metileno.
Quando o peso molecular é cerca de 1000, o material é solúvel e pode ser
misturada com corantes, carga inerte e uma fonte de formaldeído, tal como o
hexametileno-tetramina. Sob aquecimento, a mistura funde-se e é usada pra moldagem.
Posterior aquecimento decompõe o hexametileno-tetramina em formaldeído e amoníaco.
O formaldeído propicia a formação de ligações adicionais entre as cadeias e
forma-se um produto termorrígido. Assim, o polímero final é uma rede tridimensional
rígida, insolúvel e, em certos casos, também quebradiça.
Quando a condensação se processa entre o fenol e o formaldeído, obtem-se as
resinas fenólicas – os mais antigos elementos da família dos plásticos. Apresenta boas
propriedades físicas e químicas e baixo custo de produção.
As resinas fenólicas apresentam uma química complexa. As duas reações mais
importantes entre o fenol e o formaldeído podem ser reguladas com catalisadores
especiais ou por controle de relação de massas entre os reagentes. As duas reações são
hidroximetilação e a formação de ligações metilênicas.
A primeira dessas reações pode ser controlada de modo a ser interrompida
quando da formação de álcoois fenólicos. Em meio ácido e excesso de fenol gera-se
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álcool fenólico dissubstituído. Neste caso, a formação das ligações metilênicas é mais
rápida, dando um polímero termoplástico – a “Novalac”.
Quando se opera em meio alcalino e em presença de excesso de formaldeído,
forma-se um produto trissubstituído, que, por aquecimento, se condensa até resultar uma
resina termofixa. Chega-se a formação de resina chamada resite - aumentando-se
gradativamente a temperatura através de estágios de condensação intermediários que
correspondem a polímeros de cadeia cada vez amis ramificada.
A policondensação pode ser interrompida em qualquer estágio por redução brusca
de temperatura ou por neutralização do catalisador básico.
Esta técnica é usada na produção de pó pra estampagem: a reação é interrompida
no ponto em que o polímero (estrutura chamada reasol). O polímero obtido é reduzido a
pó que submetido a aquecimento em prensa, passa de reasol a resite, permitindo produzir
objetos infusíveis.
As baquelites são as mais conhecidas substâncias termofixas desse grupo e foram
as primeiras matérias plásticas fabricadas e, embora ainda estejam sendo suplantadas,
ainda são muito usadas.
2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.1 -Materiais e Reagentes
-Agitador elétrico magnético com termostato; -Formaldeído (Formol);
-Beckers; -Fenol;
-Condensador de refluxo; -Hidróxido de sódio 40%.
-Erlenmeyer;
-Pipetas;
-Provetas.
42
Quando o processo de cozimento estiver completo, obtem-se uma massa dura rósea
da resina fenol-formol.
QUESTIONÁRIO
1. Que são polímeros?
2. Que é polímero tridimensional?
3. Mostre a reação de polimerização de baquelita.
4. Que é monômero?
5. Que são polímeros termofixos ou termorrígidos?
6. Que tipo de polímero é a baquelita?
7. Qual a diferença entre a baquelita 1º e o 2º estágio para formação da baquelita?
8. Cite algumas aplicações da resina fenol-formol.
9. Qual a função do NaOH a 40% na mistura fenol-formol? Poderíamos substituir o
NaOH por ácido?
10. Qual a finalidade do refluxo na preparação da resina?
11. Por que se utiliza o aquecimento até a ebulição?
12. Qual a dificuldade de deixar em repouso por um certo tempo?
13. O fator temperatura é importante no processo de condensação?
14. No processo de condensação, quais as substâncias que podem ser liberadas?
15. Quais os principais empregos da Novalac?
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANO, E. B.; SEABRA, A. P. Práticas de Química Orgânica. São Paulo, Edart, 1977.
MANO, E. B. Introdução a Polímeros. 3a. ed. São Paulo, Edgard Blucher Ltda., 1988.
VOGEL, A. I., Química orgânica: análise orgânica qualitativa. 3ª ed, Rio de Janeiro, Ao
Livro Técnico SA, 1981.
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