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Faculdade Cásper Líbero – São Paulo – Brasil

Facultad de Comunicaciones de la Universidad de Antioquia – Medellín – Colômbia


I SEMINÁRIO BRASIL-COLÔMBIA DE ESTUDOS E PRÁTICAS DE COMPREENSÃO
(10 e 12/12/2015)

VILÉM FLUSSER E O PENSAMENTO DA COMPREENSÃO

José Eugenio Menezes1

O trabalho relata as concepções do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser (1920-1991)


a respeito dos termos “diálogo” e “discurso” presentes nos processos comunicativos e
problematiza a forma como essas noções oferecem elementos para os estudos e práticas
de compreensão. A partir da autobiografia do autor, publicada com o título Bodenlos – o
que significa “sem chão” ou “sem fundamento” –, investiga sua formação como
autodidata que teceu os fios da vida e dos conhecimentos no diálogo com os familiares,
os amigos e/ou amigos de seus filhos e um conjunto de interlocutores citados na
autobiografia, a saber, sete brasileiros e quatro imigrantes. Considera que seu
diagnóstico, de que o ambiente brasileiro das décadas de 1970 e 1980 estava marcado
pelo excesso de discursos redundantes que tentavam impor sistemas de concepção do
mundo e pela raridade dos diálogos nos quais os interlocutores poderiam criar novas
informações, é fundamental para o entendimento das possibilidades do que denomina
“conversação”. Na medida em que o objetivo de Flusser era provocar novos
pensamentos e ampliar a conversação, situação muito diferente do que denominava
“conversa fiada”, investiga-se como suas concepções de “discurso”, “diálogo” e
“conversação” contribuem para uma epistemologia da compreensão. Através de uma
metodologia de pesquisa bibliográfica nas obras do autor, estuda a possibilidade de se
conceber a conversação como forma de se tensionar a dinâmica entre discurso e diálogo
nos processos comunicativos. Através de pesquisa bibliográfica e do diálogo com
estudiosos dos trabalhos de Vilém Flusser, especialmente alguns dos redatores dos
verbetes da obra Flusseriana: an intelectual toolbox, publicada em 2015, explora as
possíveis relações entre os termos “conversação” e “epistemologia da compreensão”.
Considera, na busca das contribuições para uma epistemologia da compreensão, a
possibilidade de se conviver entre diálogos e discursos, tecendo as tramas de narrativas
que contam diversas formas de sabedorias, ciências, artes, religiões, filosofias e outras
maneiras de se compreender e se “engajar” – um termo forte para Flusser – no universo.

Palavras-chave: Discurso. Diálogo. Vilém Flusser. Epistemologia da Compreensão.


Ambientes Comunicacionais.

1
Doutor em Ciências da Comunicação pela USP, docente do Programa de Pós-Graduação da Cásper
Líbero. Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura do Ouvir. E-mail: jeomenezes@casperlibero.edu.br

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