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Apetite voraz de políticos vai custar R$ 2

bi ao ano
Extraído de: Expresso da Notícia - 16 de Dezembro de 2006

"Eu recebi só R$ 6,5 milhões. Estão colocando R$ 4 milhões a mais na minha conta.
Eles que expliquem para onde foi o dinheiro"

Valdemar Costa Neto, deputado que renunciou durante a CPI do

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Mensalão e retorna à Câmara na legislatura que se inicia em 2007

Os salários de deputados e senadores passarão de R$ 12.847 para R$ 24.500 a partir de 1º


de fevereiro de 2007. Diante das esperada reação da opinião pública, a Câmara dos
Deputados divulgou matérias tentando "abafar" o impacto do "super-aumento" que
deputados e senadores se "autoconcederam" no dia 14. O presidente da Câmara, Aldo
Rebelo, garantiu que a medida "não vai significar aumento de despesas para a Casa", que
promoverá cortes em várias rubricas. Na verdade, porém, o efeito cascata do aumento
significará gastos próximos de R$ 2 bilhões ao ano. A decisão conjunta das mesas da
Câmara e do Senado criou um aumento automático, vinculado aos vencimentos dos
ministros do STF, e deflagrou um efeito cascata: a Assembléia Legislativa paulista não
perdeu tempo e vai aplicar o mesmo porcentual. Seus deputados receberão R$ 18,3 mil,
além, é claro, de uma significativa relação de vantagens e "subsídios". Na Câmara
Municipal de São Paulo, um constrangido Ricardo Trípoli (sem partido), presidente da casa,
anunciou que, a contragosto, deverá aplicar o reajuste aos vencimentos dos nobres edis. "Se
não fizer isso, qualquer vereador entra na Justiça e ganha", lamentou, resignado,
aparentando tristeza e decepção por ter de distribuir o substancial aumento a seus pares.
Estima-se que 51.808 vereadores de todo o País não se farão de rogados e aceitarão (ou
exigirão) o aumento.

Aldo Rebelo tentou convencer a imprensa de que a "equiparação salarial" não representará
aumento de gastos. Ele aponta medidas como a suspensão da reforma dos apartamentos
funcionais e a construção do prédio do anexo 5. "A fixação desse subsídio implica e exige
cortes de gastos na Câmara e no Senado para ficar dentro dos nossos orçamentos. Ou seja,
não haverá aumento de despesa", insistiu, com uma convicção trêmula.

Além desses supostos cortes, a Câmara prometeu que, em 2007, não arcará mais com a
despesa das convocações extraordinárias, devido à aprovação da Emenda Constitucional nº
50 . A última convocação, ocorrida entre dezembro de 2005 e janeiro deste ano, teve um
custo de R$ 62 milhões.
Rebelo garantiu que, para compensar o inimaginável aumento de 91% nos 15 salários dos
parlamentares, serão implantadas pela Câmara no próximo ano medidas propostas por
estudo da Diretoria Geral e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que vão gerar novas
economias com a racionalização e a transparência dos gastos. Ele não informou, porém,
quais seriam as medidas, nem quanto custou aos cofres da Câmara o estudo da FGV.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral


(TSE) Março Aurélio de Mello disse que o aumento de 91% no salário de deputados e
senadores provocará efeito cascata no serviço público. "A temporada está aberta", disse.

"Não somos menos"

Enquanto o comunista Aldo Rebelo se esforçava para tentar justificar o monumental


aumento de salário, o senador Ney Suassuna, líder do PMDB no Senado, recentemente
absolvido na CPI dos Sanguessugas, saiu do mutismo que se submeteu durante as
investigações e assumiu a defesa do aumento, de forma incisiva. "Não somos menos do que
os ministros do Supremo", disparou, dando a entender que a motivação do polpudo
aumento decorre mais de um direito de equiparação do que da real necessidade dos
parlamentares. O aumento seria, por esse peculiar raciocínio, uma forma de auto-afirmação
dos parlamentares, que podem ficar atrás de quaisquer outros poderes da República.

O jovem Rodrigo Maia, líder do PFL, filho de Cesar Maia, justificou à Rede Globo que não
se trata de aumento salarial, pois os parlamentares recebem "subsídios". Dramático, o líder
do PTB, deputado José Múcio Monteiro (PE), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que
sem o aumento salarial a Câmara e o Senado correriam o risco de atrair apenas
parlamentares interessados em se valer do mandato para atividades desonestas.

Ocorre que, segundo o senador Jefferson Péres (PDT-AM), esta é a pior legislatura que o
Congresso já teve. Para ele, nunca o Parlamento presenciou uma legislatura de tão baixo
nível, apontando o "recorde" de escândalos e investigações de atos de corrpução praticados
por parlamentares como na atual legislatura. Péres classificou o ato do Congresso de
"vexaminoso".

José Múcio Monteiro lamentou que, antes do aumento, o salário líquido de um deputado

não ultrapassava R$ 8,5 mil. Por isso, continua o deputado, "se não receber, terá de vir
para ca com patrocínio de empresas, de associações patronais", previu. "Os pobres não
serão representados, será uma casa de ricos e de representantes de ricos. Se o político vai
receber,tem de ser um valor digno, que o mantenha na atividade de forma séria",
argumentou.

O impacto da dinheirama

A soma dos gastos decorrentes do aumento dos salários (ou "subsídios") dos parlamentares
atingirá o valor de R$ 1.928.117.550 ao ano. A astronômica soma representa o gasto com
salários (ou "subsídios") com 594 parlamentares (senadores e deputados federais), 224
aposentados e pensionistas do Congresso, 1059 deputados estaduais e 51.808 vereadores.

Ao que tudo indica, não foi apenas o apetite voraz dos políticos que gerou o aumento
urdido na surdina. O aumento resultará na recondução de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) -
afundando de vez as pretensões de Arlindo Chinaglia (PT-SP) - à presidência da Câmara.
Renan Calheiros também pretende a ser reconduzido à presidência do Senado e também se
esforçou para justificar a dinheirama que brotará no contracheque privilegiado de seus
pares.

Afinado com aldo, Renan afirmou que o aumento será possível sem acarretar aumento de
gastos para o Senado, por causa de medidas de contenção de despesas. Renan registrou os
cortes de despesas no último biênio no Senado. Em 2005, segundo ele, foram cortados R$
24 milhões em gastos de custeio, repetindo o tom das justificativas coradas de Aldo.

Ao contrário do que vinha sendo dito pelos deputados, quando o aumento ainda era tratado
como "boato", o reajuste será concedido sem corte nas verbas extras que os congressistas
recebem todo o mês. Senadores e deputados recebem várias cotas mensais: R$ 15 mil de
verba indenizatória, R$ 4.268 para selos e telefones, R$ 3.000 de auxílio moradia, R$
50.815 de verbas de gabinete, além de uma cota de passagens aéreas que vai de R$ 4.147 a
R$ 24 mil (depende da origem do parlamentar). Mesmo parlamentares eleitos pelo Distrito
Federal recebem passagens aéreas. Além disso, deputados e senadores recebem 15 salários
anuais.

Ao assumir, no início da legislatura, os parlamentares recebem, também, uma mala de cor


preta, luxuosa, para o transporte de documentos. A regalia foi enfatizada por Maria
Christina Mendes Caldeira, ex-mulher do deputado Valdemar Costa Neto (SP), durante
depoimento na CPI do Mensalão, onde ela compareceu para depor sobre episódios
relacionados com os valores negociados entre PT e PL.

Quem votou a favor

SENADORES

- Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado;

- Ney Suassuna (PB), líder do PMDB;

- Ideli Salvatti (SC), líder do PT

- Demóstenes Torres (PFL-GO);

- Tião Viana (PT-AC);

- Efraim Moraes (PFL-PB).


DEPUTADOS

- Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da Câmara;

- Wilson Santiago (PB), líder do PMDB;

- Rodrigo Maia (RJ), líder do PFL;

- Miro Teixeira (RJ), líder do PDT;

- José Múcio Monteiro (PE), líder do PTB;

- Inácio Arruda, líder do PCdoB;

- Arlindo Chinaglia, líder do governo;

- José Carlos Aleluia (BA), líder da minoria (oposição);

- Luciano Castro (RR), líder do PL;

- Bismarck Maia (CE), vice-líder do PSDB.

- Ciro Nogueira (PP-PI);

- Inocêncio Oliveira ( PL -PE);

- Givaldo Carimbão (PSB-AL);

- Mário Heringer (PDT-MG);

- Jorge Alberto (PMDB-SE);

- Sandro Mabel ( PL -GO);

- Coubert Martins (PPS-BA);

- Carlos Willian (PTC-MG);

- Sandra Rosado (PSB-RN);

- Benedito de Lira (PP-AL).

Quem votou contra

- senadora Heloísa Helena (AL), líder do PSOL;


- deputado Chico Alencar (RJ), líder do PSOL;

- deputado Henrique Fontana (RS).

Confira, abaixo, a lista dos parlamentares acusados de envolvimento em corrupção que


disputaram as últimas eleições:

Parlamentares citados na CPI do Mensalão

deputado Sandro Mabel ( PL -GO)- reeleito

deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) - não

deputado Professor Luizinho (PT-SP) - não

deputado Pedro Henry (PP-MT) - reeleito

deputado João Magno (PT-MG) - não

deputado João Paulo Cunha (PT-SP) - reeleito

deputado José Mentor (PT-SP) - reeleito

deputado Josias Gomes (PT-BA) - não

deputado Vadão Gomes (PP-SP) - reeleito

deputado Valdemar Costa Neto ( PL -SP)- reeleito

deputado Paulo Rocha (PT-PA) - não

deputado José Borba (PMDB-PR) - não

PARLAMENTARES CITADOS NA CPI DOS SANGUESSUGAS

deputado Amauri Gasques ( PL -SP)- não

deputado Carlos Nader ( PL -RJ)- não

deputado Coronel Alves ( PL -AP)- não

deputado João Caldas ( PL -AL)- não

deputado Júnior Betão ( PL -AC)- não

deputado Maurício Rabelo ( PL -TO)- não


deputado Paulo Gouveia ( PL -RS)- não

deputado Raimundo Santos ( PL -PA)- não

deputado Reinaldo Betão ( PL -RJ)- não

deputado Reinaldo Gripp ( PL -RJ)- não

deputado Ricardo Rique ( PL -PB)- não

deputado Wellington Fagundes (PL-MT)- reeleito

deputado Wellington Roberto ( PL -PB)- reeleito

deputado Alceste Almeida (PTB-RR) - não

deputado Carlos Dunga (PTB-PB) - não

deputado Cleuber Carneiro (PTB-MG) - não

deputado Edir Oliveira (PTB-RS) - não

deputado Eduardo Seabra (PTB-AP) - não

deputada Elaine Costa (PTB-RJ) - candidatura com recurso no TSE

deputado Fernando Gonçalves (PTB-RJ) - candidatura com recurso no TSE

deputado Íris Simões (PTB-PR) - não

deputado José Militão (PTB-MG) - não

deputado Jonival Lucas Júnior (PTB-BA) - não

deputado Neuton Lima (PTB-SP) - não

deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) - não

deputado Ricarte de Freitas (PTB-MT) - não

deputado Agnaldo Muniz (PP-RO) - não

deputado Benedito Dias (PP-AP) - não

deputado Cleonâncio Fonseca (PP-SE) - não


deputado Enivaldo Ribeiro (PP-PB) - não

deputado Érico Ribeiro (PP-RS) - não

deputado Ildeu Araújo (PP-SP) - não

deputado Irapuan Teixeira (PP-SP) - não

deputado Pedro Henry (PP-MT) - reeleito

deputado Reginaldo Germano (PP-BA) - não

deputado Adelor Vieira (PMDB-SC) - não

deputado Cabo Júlio (PMDB-MG) - não

deputado João Correia (PMDB-AC) - não

deputado João Magalhães (PMDB-MG) - reeleito

deputado Marcelino Fraga (PMDB-ES) - não

senador Ney Suassuna (PMDB-PB) - não

deputada Celcita Pinheiro (PFL-MT) - não

deputado César Bandeira (PFL-MA) - não

deputada Laura Carneiro (PFL-RJ) - não

deputado Marcos de Jesus (PFL-PE) - não

deputado Isaías Silvestre (PSB-MG) - não

deputado Marcondes Gadelha (PSB-PB) - reeleito

deputado Paulo Baltazar (PSB-RJ) - não

deputado João Grandão (PT-MS) - não

deputado Pastor Amarildo (PSC-TO) - não

IDÉIA:
FAZER UM QUIS COM AS INFORMAÇÕES CONSTANTES, POR EXEMPLO:
QUAL DESSES NOMES VC CONHECE?
QUANTOS ANOS O FULANO ESTÁ NA POLÍTICA?

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