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manual de

especificações
técnicas
enquadramento .01

empreendimentos
urbanísticos .02

redes de distribuição .03

instalação de gás .04


em edifícios

anexos .05
7ª EDIÇÃO
Setembro de 2008
Propriedade edp gás distribuição
Reprodução proibida
A EDP Gás, numa perspectiva de melhoria contínua,
empreendeu mais uma revisão ao Manual de
Especificações Técnicas, constituindo esta a sua 7ª
Edição.

O sector da Energia em Portugal enfrenta desafios


decorrentes da diversificação das fontes de energia,
da globalização dos mercados e dos compromissos
assumidos a nível ambiental. O sector do Gás
Natural, em particular, sofreu, nos últimos dois anos,
um profundo reenquadramento, em consequência
do cumprimento das directivas comunitárias,
nomeadamente no que concerne à separação das
actividades de comercialização e de operação do
sistema, conduzindo à progressiva liberalização do
sector.

Assinala-se que, em 1 de Janeiro de 2008, a marca


EDP Gás substitui a marca Portgás, originando,
ainda, as sub-marcas – EDP Gás Distribuição
(Operador de Rede de Distribuição) e EDP Gás Serviço
Universal (Comercializador de Último Recurso
Retalhista).

Assim, esta nova edição, para além de fazer as


correcções à edição anterior, introduz as alterações
decorrentes da aplicação das directivas comunitárias,
das actualizações legislativas, das novas
Especificações Técnicas da EDP Gás Distribuição e
incorpora a nova imagem da EDP Gás.

Este documento não substitui, de forma alguma, os


regulamentos oficiais e a legislação em vigor.

O conteúdo desta publicação não é exaustivo,


pretendendo, apenas, divulgar as opções técnicas
da EDP Gás Distribuição, para a distribuição de Gás
Natural na região Norte, constituindo um auxiliar
prático para os profissionais da indústria gasista.

03
.01 enquadramento

1. Introdução 08
2. Objectivo 08
3. Legislação 08
4. Normas 10
5. Especificações técnicas EDP Gás Distribuição 10
6. Glossário 11
7. Limite de responsabilidade da EDP Gás Distribuição 14
8. Início de abastecimento 14

.02 empreendimentos urbanísticos

1. Introdução 16
2. Tipos de construção 17
3. Interacção EDP Gás Distribuição - Promotor 17
3.1. É da responsabilidade do Promotor 17
3.2. É da responsabilidade da EDP Gás Distribuição 17
4. Entidades licenciadas para a realização de Rede de Distribuição 17
5. Constituição dos processos para construção/instalação 18
6. Aquisição de redes em fase posterior à construção 21

.03 redes de distribuição

1. Generalidades 23
2. Instalação da tubagem 26
3. Redes em polietileno 27
3.1. Instalação das tubagens 27
3.2. Dimensões e características 29
3.3. Métodos de manuseamento dos tubos de polietileno 30
3.3.1. Manuseamento do tubo fornecido em rolo 30
3.3.2. Manuseamento do tubo fornecido em bobine 30
3.3.3. Manuseamento do tubo fornecido em vara 31
3.3.4. Instalação do tubo dentro de uma manga 31
3.4. Soldaduras 31
3.4.1. Generalidades 31
3.4.2. Soldadura topo-a-topo com interface de aquecimento 32
3.4.3. Soldadura através de uniões electrossoldáveis (electrossoldadura) 34
3.4.4. Soldadura de tomadas em carga de derivação e obturação 35
4. Ramais de edifício 35
4.1. Generalidades 35

04
4.2. Dimensionamento de ramais de edifício 35
4.3. Tipos de materiais a utilizar 35
5. Controlo 36
6. Ensaios 36
6.1. Generalidades 36
6.2. Ensaio de resistência mecânica 36
6.3. Ensaio de estanquidade 36
7. Desenhos de cadastro (telas finais) 37
8. Ligação à rede existente 37

.04 instalação de gás em edifícios

1. Generalidades 39
2. Materiais utilizados 39
3. Instalação da tubagem 41
3.1. Tubagem em galeria técnica ventilada 41
3.2. Tubagem em canalete 42
3.3. Tubagem à vista 42
3.4. Tubagem embebida 42
3.5. Tubagem em tecto falso 43
4. Soluções para o abastecimento 43
4.1. Generalidades 43
4.2. Distribuição 4 bar / 21 mbar 43
4.3. Distribuição 4 bar / 300 mbar / 21 mbar 44
4.3.1. Distribuição 4 bar / 300 mbar / coluna montante / 21 mbar 44
4.3.2. Distribuição 4bar / 300 mbar/ conduta do edifício / coluna montante / 21 mbar 44
4.3.3. Distribuição 4bar / 300 mbar/ conduta do edifício / 21 mbar 45
5. Caixas de abrigo 46
5.1. Generalidades 46
5.2. Instalação das caixas de abrigo 46
5.3. Características das caixas de abrigo e dos dispositivos de corte 47
5.3.1. Caixas de abrigo para os edifícios unifamiliares 47
5.3.2. Caixas de abrigo para edifícios colectivos 48
5.3.3. Caixas de abrigo para clientes pequeno terciário 49
5.4. Ligação à terra 49
5.5. Exemplos de colocação 49
6. Redutores 50
6.1. Redutores de edifício 50
6.2. Redutores individuais 50
7. Coluna montante 50
7.1. Edifícios com coluna montante interior 50

05
7.2. Edifícios com coluna montante exterior 51
7.3. Coluna montante em edifícios de grande altura 51
8. Derivações de Piso e Fogo 52
8.1. Instalação 52
8.2. Válvulas de corte 52
8.3. Contador e redutor 52
9. Instalação de gás a jusante do contador 52
10. Instalação de equipamentos de queima 53
10.1. Instalação de aparelhos de queima 53
10.2. Ligação de aparelhos de queima à instalação de gás 53
10.3. Evacuação dos produtos de combustão 55
10.4. Condutas de exaustão 55
10.5. Alimentação de ar de combustão dos aparelhos a gás 55
10.6. Características de compartimentos com aparelhos a gás 56
11. Ensaios 56

.05 anexos

ANEXO I: Dimensionamento da instalação de gás em edifícios 58


ANEXO II: Projectos de rede de distribuição (RD) em loteamentos ou urbanizações 64
ANEXO III: Redutores de 3ª classe (edifício) 67
ANEXO IV: Redutores de 3ª classe (redutores individuais) 77
ANEXO V: Contadores de gás 95
ANEXO VI: Normas para Termos de Responsabilidade 97

06
enquadramento .01

empreendimentos
urbanísticos .02

redes de distribuição .03

instalação de gás .04


em edifícios

anexos .05
1. Introdução Nas situações omissas neste manual, devem
os interessados contactar a EDP Gás, de forma
a recolherem a informação que julguem
A EDP Gás Distribuição é o Operador da Rede necessária.
de Distribuição concessionada em regime de
serviço público de distribuição de Gás Natural
3. Legislação
na região Litoral Norte de Portugal (abrangendo
29 concelhos distribuídos pelos Distritos de
Porto, Braga e Viana do Castelo). Sem pretendermos ser exaustivos, indicamos
alguns diplomas legislativos que, pela sua
A EDP Gás Serviço Universal é o Comercializador importância no âmbito do presente manual, é
de Último Recurso Retalhista na zona geográfica imprescindível divulgar:
operada pela EDP Gás Distribuição.
Decreto-Lei 263/89, de 17 de Agosto – este
No contexto do projecto nacional do Gás diploma aprova e regula a actividade das
Natural, primordial para o desenvolvimento entidades instaladoras e montadoras bem
económico, ambiental e regional do país, à como define os grupos profissionais associados
EDP Gás cabe um papel de particular relevo, à indústria de gases combustíveis.
enquanto responsável pela promoção do
mercado de gás natural tendo por base os Decreto-Lei 232/90, de 16 de Julho – este
princípios de objectividade, transparência, diploma visa estabelecer as normas a que
equidade e racionalidade técnico-económica. deve obedecer a constituição do sistema de
infra-estruturas, composto pelo terminal de
Nesse sentido, a permanente colaboração recepção, armazenagem e tratamento, pelos
entre a EDP Gás, os promotores, os arquitectos, gasodutos de transporte, pelas redes de
os projectistas, as entidades inspectoras e as distribuição, pelas estações de compressão e
entidades instaladoras, será uma garantia de pelos postos de redução de pressão.
qualidade para todos os intervenientes neste
projecto, nomeadamente, para o cliente. Portaria 376/94, de 14 de Junho – aprova o
regulamento técnico relativo à instalação,
2. Objectivo exploração e ensaio dos postos de redução de
pressão a instalar nos gasodutos de transporte
e nas redes de distribuição de gases combustíveis.
Este documento é destinado aos intervenientes
na concepção, elaboração dos projectos, na Portaria 386/94, de 16 de Junho, alterada
construção, na inspecção e na manutenção pela Portaria 690/2001 de 10 de Julho –
das instalações de redes de gás (Redes de aprova o regulamento técnico relativo ao
Distribuição e Instalação de Gás em Edifícios), projecto, construção, exploração e manutenção
nomeadamente, promotores, arquitectos, de redes de distribuição de gases combustíveis.
projectistas, entidades inspectoras e entidades
instaladoras. Portaria 361/98, de 26 de Junho, alterada
pela Portaria 690/2001 de 10 de Julho –
Estabelece, ainda, as opções técnicas da EDP aprova o regulamento técnico relativo ao
Gás no que concerne às redes de distribuição projecto, construção, exploração e
e instalação de gás em edifícios. manutenção das instalações de gás
combustível canalizado em edifícios.

08
<< Índice

Decreto-Lei 521/99, de 10 de Dezembro – o regime jurídico aplicável ao exercício das


este diploma estabelece as normas relativas actividades de transporte, armazenamento
ao projecto, execução, abastecimento e subterrâneo, recepção, armazenamento e
manutenção das instalações de gás. regaseificação de gás natural liquefeito, à
distribuição e comercialização de gás natural
Portaria 362/2000, de 20 de Junho, e à organização dos mercados de gás
alterada pela Portaria 690/2001 de 10 de natural. Completa a transposição da Directiva
Julho – aprova os procedimentos aplicáveis n.º 2003/55/CE, do Parlamento Europeu e
às inspecções das instalações e das redes do Conselho, de 26 de Junho.
e ramais de gás, bem como procede à
aprovação do estatuto das entidades Despacho nº 19624-A/2006, de 25 de
inspectoras das redes e ramais de Novembro – este diploma aprova o
distribuição e instalações de gás. Regulamento de Relações Comerciais (RRC),
o Regulamento Tarifário (RT), o Regulamento
Portaria 690/2001, de 10 de Julho do Acesso às Redes, às Infra-Estruturas e às
(rectificações) – aprova a revisão de alguns Interligações (RARII) e o Regulamento da
regulamentos, nomeadamente as Portarias Qualidade de Serviço (RQS) relativos ao
386/94 de 16 de Junho, 361/98 de 26 de Sistema Nacional de Gás Natural.
Junho e 362/2000 de 20 de Junho.
Portaria n.º 34/2007 de 8 de Janeiro – este
Portaria nº 1211/2003, de 16 de Outubro – diploma aprova o regulamento aplicável aos
este diploma aprova o Estatuto das Entidades contadores de gás e dispositivos de
Inspectoras das Instalações de Combustíveis conversão de volume para uso doméstico,
Derivados do Petróleo. comercial e das indústrias ligeiras.

Decreto-Lei nº 30/2006, de 15 de Fevereiro Despacho nº 14669-AZ/2007 de 6 de Julho


– este diploma estabelece os princípios gerais – este diploma aprova o Regulamento de
relativos à organização e ao funcionamento Operação das Infra-Estruturas (ROI) para o
do Sistema Nacional de Gás Natural (SNGN), sector do gás natural.
bem como ao exercício das actividades de
recepção, armazenamento, transporte,
distribuição e comercialização de gás natural,
e à organização dos mercados de gás
natural. Transpõe, parcialmente, para a
ordem jurídica nacional a Directiva n.º
2003/55/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 26 de Junho, que estabelece
regras comuns para o mercado interno de
gás natural e revoga a Directiva n.º 98/30/CE,
do Parlamento Europeu e do Conselho, de
22 de Junho.

Decreto-Lei nº 140/2006, de 26 de Julho,


alterado pelo Decreto-Lei 65/2008 de 9 de
Abril – este diploma desenvolve os princípios
gerais relativos à organização e ao
funcionamento do Sistema Nacional de Gás
Natural, aprovados pelo Decreto-Lei n.º
30/2006, de 15 de Fevereiro, regulamentando

09
4. Normas combustível. Requisitos para os tubos de
borracha e plástico para ligação dos
aparelhos que utilizam combustíveis gasosos
Os equipamentos, materiais, acessórios e da 2ª família.”
respectiva instalação de gás deverão cumprir
integralmente as Normas Aplicáveis. NP EN 30-1-1:2000 – “Aparelhos domésticos
para preparação dos alimentos que utilizam
Os documentos normativos aqui referidos combustíveis gasosos. Parte 1-1: Segurança.
não podem ser considerados exaustivos, nem Generalidades.”
restritivos ou condicionantes, tratando-se
apenas de uma descrição indicativa e de NP EN 10208-1:1999 – “Tubos de aço para
referência. redes de fluidos combustíveis. Condições
técnicas de fornecimento. Parte 1: Tubos de
Recomendação da CT 01/OIG, do IPQ – esta classe A.”
recomendação define o procedimento a
adoptar pelos organismos de inspecção, na 5. Especificações técnicas
avaliação da conformidade associada à EDP Gás Distribuição
quantificação de monóxido de carbono no
ambiente (COamb) no âmbito da verificação Indicam-se, seguidamente, as Especificações
das condições de ventilação e exaustão dos Técnicas da EDP Gás Distribuição em vigor,
produtos da combustão dos locais onde estão aplicáveis às Redes de Distribuição (RD) e
montados e a funcionar aparelhos a gás. Instalações de Gás em Edifícios (IG).

EN 1057: 2006 – “Cobre e ligas de cobre. Encontram-se disponíveis na EDP Gás, para
Tubos de cobre sem soldadura para sistemas consulta:
de distribuição de água e de gás em ET 114 – Banda avisadora
aplicações sanitárias e de aquecimento.” ET 206 – Postos de regulação e medida de
3ª classe
NP 1037-1:2002 – “Ventilação e evacuação ET 207 – Redutores de 3ª classe
dos produtos da combustão dos locais com ET 301 – Tubagens de polietileno para gás
aparelhos a gás. Parte 1: Edifícios de ET 302 – Acessórios de polietileno para gás
habitação. Ventilação natural.” ET 303 – Transições metal/polietileno
ET 304 – Válvulas em polietileno
NP 1037-3:2002 – “Ventilação e evacuação ET 305 – Mangas de protecção para redes
dos produtos da combustão dos locais com em aço e polietileno
aparelhos a gás. Parte 3: Volume dos locais. ET 307 – Caixa de visita tronco-cónica
Posicionamento dos aparelhos a gás.” “Ø 200” para válvulas de rede
secundária
NP 1037-4:2001 – “Ventilação e evacuação ET 308 – Colar espaçador
dos produtos da combustão dos locais com ET 309 – Foles de vedação para tubagem
aparelhos a gás. Parte 4: Instalação e protegida com mangas
ventilação das cozinhas profissionais.” ET 401 – Instalações de gás: conversão de
edifícios do mercado existente
NP 4271:1994 – “Redes, ramais de distribuição ET 402 – Válvula de corte geral a edifícios
e utilização de gases combustíveis da 1ª, 2ª ET 425 – Chapa de identificação de fracção
e 3ª famílias. Simbologia.” ET 429 – Juntas planas, não metálicas, para
ligações roscadas
NP 4436:2005 – “Tubos flexíveis de borracha ET 430 – Contadores de gás de diafragma
e plástico para utilização com gás ET 434 – Armário S 300

10
<< Índice

ET 436 – Armário S 2300 para ser ligado a uma conduta, através da


ET 437 – Inscrições na porta da caixa de qual se faz a exaustão dos gases da
abrigo a equipamentos de gás combustão para o exterior do compartimento
nos edifícios onde está instalado o aparelho.
ET 501 – Abertura de vala
ET 502 – Fecho de vala e reposição de Aparelho do tipo C – equipamento de circuito
pavimento estanque, isto é, recebe o ar de combustão
ET 550 – Desenhos de cadastro das redes e descarrega os gases de queima
de transporte e distribuição de gás respectivamente de e para o exterior do
ET 560 – Relatório final de obra edifício, através de condutas fornecidas com
ET 601 – Montagem de rede em polietileno o aparelho.
ET 602 – Construção de ramais isolados em
polietileno Areia – é um material de origem mineral
ET 605 – Soldadura de tubagem em finamente dividido em grânulos, composto
polietileno basicamente de dióxido de silício, com 0,063
ET 651 – Ensaios de resistência mecânica a 2 mm. A areia forma-se à superfície da
e de estanquidade Terra pela fragmentação das rochas por
erosão, por acção do vento ou da água.
6. Glossário
Areia doce e fina – é um tipo de areia cujos
grânulos têm a dimensão máxima de 125μm.
Para efeitos do presente manual, entende-se Esta areia, por ser doce, não pode ter origem
por: no mar.

Acessibilidade de grau 1 – situação em que Brasagem forte – processo de ligação, sem


o acesso a um dispositivo pode fazer-se sem fusão, do metal de base executado com
dispor de escadas nem de meios mecânicos metal de adição cuja temperatura de fusão
especiais. é igual ou superior a 450ºC.

Alimentação em baixa pressão – sistema Caixa de abrigo – caixa de visita fechada,


de alimentação de instalações de gás a uma seca e ventilada, encastrada ou fixa na
pressão não superior a 50 mbar. parede, cuja tampa deve conter na face
exterior a inscrição legível e indelével da
Alvéolo técnico de gás – local existente num palavra “Gás” e, na face interior ou exterior
edifício, com acessibilidade de grau 1, afecto, da tampa, deve conter a inscrição “proibido
a título exclusivo, ao alojamento de baterias fumar ou foguear” ou símbolos
de contadores, redutores com dispositivo de correspondentes, de acordo com as normas
segurança incorporado e dispositivos de aplicáveis.
corte, incluindo as tubagens correspondentes.
Canalete ou calha técnica – elemento
Aparelho a gás – aparelho alimentado com destinado a assegurar a protecção mecânica
gases combustíveis e abrangido pela Directiva da tubagem.
dos Aparelhos a Gás.
Cave – dependências de um edifício cujo
Aparelho do tipo A – equipamento em que os pavimento esteja a um nível inferior ao da
gases de combustão produzidos descarregam soleira da porta de saída para o exterior do
directamente para a atmosfera envolvente. edifício e ainda as que, embora situadas a
um nível superior ao da respectiva soleira,
Aparelho do tipo B – equipamento concebido contenham zonas com pavimentos

11
rebaixados ou desnivelados, não permitindo mesmo piso do edifício.
uma continuidade livre e natural do
escoamento de eventuais fugas de gás para Edificação – totalidade de um ou mais
o exterior, não se considerando exterior pátios edifícios estabelecidos sobre terreno estável
ou saguões interiores. e suficientemente firme, incluindo a estrutura
resistente e respectivas caves (se estas
Certificado de Inspecção – documento existirem).
emitido por uma Entidade Inspectora que
atesta a conformidade da instalação, após Edifício – construção realizada com os
ter procedido à inspecção das partes visíveis, materiais adequados, de carácter
aos ensaios da instalação e à verificação permanente, que serve de habitação ou
das condições de ventilação e de evacuação constitui, por exemplo, um espaço comercial,
dos produtos da combustão (de acordo com industrial, administrativo, religioso ou cultural.
Portaria 362/2000 de 20 de Junho com as O edifício pode ter logradouro, que dele faz
alterações introduzidas pela Portaria parte, mas ao qual não têm que se aplicar
690/2001 de 10 de Julho). obrigatoriamente as mesmas regras técnicas
da instalação interior.
Cliente doméstico – cliente que compra gás
natural para uso não profissional ou Edifício Colectivo de habitação – construção
comercial. de um imóvel destinado à habitação
individual, com parte colectiva.
Cliente pequeno terciário – cliente não
doméstico com consumo anual igual ou Edifício de grande altura – edifício,
inferior a 10 000 m3 (n). classificado pelo regulamento de segurança
contra incêndios, de altura igual ou superior
Coluna montante – conjunto, usualmente a 28 m, definidos pela diferença entre a cota
vertical, de tubagens e acessórios, ligado ao do último piso coberto susceptível de
ramal ou conduta do edifício, geralmente ocupação e a cota da via de acesso ao
instalado nas partes de uso comum do edifício, no local, de cota mais elevada, donde
mesmo, que permite o abastecimento de seja possível aos bombeiros levar a cabo
gás aos diferentes pisos do edifício. eficazmente para todo o edifício operações
de salvamento de pessoas e de combate a
Conduta de edifício – conjunto de tubagens incêndios.
e acessórios que interliga o dispositivo de
corte geral ao edifício às colunas montantes. Empreendimento urbanístico – designação
genérica que engloba os loteamentos,
Conversão – operação que consiste em dotar urbanizações, edifícios colectivos de
com uma instalação de gás os edifícios já habitação e moradias unifamiliares.
existentes.
Entidade distribuidora – entidade
Derivação de fogo – conjunto de tubagens concessionada ou licenciada para a
e acessórios que interliga a derivação de distribuição de gás natural, bem como a
piso ou a própria coluna montante à entidade exploradora de redes e ramais de
instalação do consumidor. GPL reconhecida pela DGEG nos termos
previstos no respectivo Estatuto.
Derivação de piso – conjunto de tubagens
e acessórios, em geral com desenvolvimento Entidade inspectora de gás – organismo de
horizontal, ligado à coluna montante, que inspecção nos termos da norma aplicável
alimenta as derivações de fogo situadas no para acreditação e reconhecida nos termos

12
<< Índice

do Estatuto das Entidades Inspectoras de Gás da instalação ou das redes e ramais de gás
que procede, nomeadamente, à apreciação e pela definição das características dos
e aprovação de projectos de instalações, à aparelhos a instalar, qualificado para o efeito,
inspecção das redes e ramais de distribuição, nos termos da legislação em vigor.
das instalações e da montagem e
funcionamento dos aparelhos, bem como à Promotor – gestor do empreendimento
verificação das condições de ventilação dos urbanístico.
locais onde esteja prevista a montagem de
aparelhos, de acordo com as indicações do Reconversão – operação de adaptação de
projecto de ventilação do edifício, transmitidas instalações de gás já existentes de uma
através do projecto da instalação. família de gases para outra.

Entidade instaladora – entidade reconhecida Redutor de 3ª classe – equipamento de


nos termos do Estatuto das Entidades redução que se instala num ponto da rede
Instaladoras e que procede à execução, submetido a uma pressão de serviço variável,
manutenção, reparação, alteração ou com o objectivo de assegurar a passagem
ampliação de instalações e à montagem ou de gás para jusante, em condições de
reparação dos correspondentes aparelhos. pressão predeterminadas. Neste caso, as
pressões a montante são iguais ou inferiores
Instalação de baixa pressão – a instalação a 4 bar.
de gás cuja pressão de serviço não excede
50 mbar. Regulador ou redutor de pressão –
dispositivo que permite reduzir a pressão de
Instalação de gás (IG) – sistema instalado entrada do gás, compreendida entre valores
num edifício, com ou sem logradouro, determinados, regulando-a para uma
constituído pelo conjunto de tubagens, pressão a jusante prefixada.
dispositivos, acessórios, equipamentos e
aparelhos de medição, que assegura a Rede de Distribuição (RD) – rede de
distribuição de gás desde o dispositivo de distribuição de gás canalizado cuja pressão
corte geral ao edifício, inclusive, até às máxima de serviço é menor ou igual a 4 bar.
válvulas de corte dos aparelhos a gás, Por facilidade, adiante designada por RD.
inclusive, contando com a eventual extensão
a jusante da válvula. Ramais de Edifício ou Ramais de Imóvel – são
os troços que partindo da rede de distribuição
Instalação de média pressão – a instalação de gás, alimentam os edifícios, terminando na
de gás cuja pressão de serviço está válvula de corte geral do edifício.
compreendida entre os 50 mbar e os 1,5 bar.
Termo de Responsabilidade da instalação
Loteamentos – constituição de um ou mais de gás – documento emitido pela entidade
lotes destinados imediata ou instaladora atestando a conformidade da
subsequentemente à edificação urbana, e instalação com o projecto, com a legislação
que resulte da divisão de uma ou várias vigente e regras aplicáveis de acordo com o
propriedades, ou do seu emparcelamento Despacho 6934/2001 de 4 de Abril (2ª série).
ou reparcelamento. Declara, também, que foram realizados os
ensaios indicados com resultados
Moradia Unifamiliar – construção de um satisfatórios.
imóvel destinado à habitação individual.
Tomada em carga – acessório constituído
Projectista – técnico responsável pelo projecto por duas partes distintas, colocado na RD e

13
que permite, após a execução de um procedimentos internos de início de
conjunto de etapas, efectuar uma derivação abastecimento ou, se aquando do teste de
da RD para um ramal. funcionamento dos equipamentos, se verificar
que não estão reunidas as condições de
Tubagem Embebida – tubagem vertical ou segurança para o funcionamento da
horizontal inserida no interior de uma parede instalação.
ou pavimento.

Urbanização – construção de um ou mais


imóveis destinados à habitação individual Limite de responsabilidade da EDP Gás
Distribuição
com ou sem parte colectiva.

7. Limite de responsabilidade da EDP


Gás Distribuição

O limite de responsabilidade da EDP Gás


Distribuição em termos de manutenção e
operação termina na válvula de corte geral
ao edifício, exclusive, elemento onde tem
início a instalação de gás (Art.º 3º da Portaria
361/98 de 26 de Junho).

8. Início de abastecimento

A EDP Gás Distribuição só pode iniciar o


abastecimento quando na posse do Termo
de Responsabilidade emitido pela entidade
instaladora e depois de a entidade inspectora
ter procedido a uma inspecção das partes
visíveis, aos ensaios da instalação e à
verificação das condições de ventilação e de
evacuação dos produtos de combustão, por
forma a garantir a regular utilização do gás
em condições de segurança, emitindo o
respectivo Certificado de Inspecção da IG, do
qual deve ser entregue uma cópia à EDP Gás
Distribuição. Para que os devidos ensaios
sejam realizados e a instalação do cliente
seja colocada em serviço é necessário ter
ligação de água e de energia eléctrica para
se testar os equipamentos.

No entanto, a EDP Gás Distribuição poderá


não iniciar o abastecimento, se após a
inspecção, por parte da entidade inspectora,
ocorrerem alterações que contrariem os

14
enquadramento .01

empreendimentos .02
urbanísticos

redes de distribuição .03

instalação de gás .04


em edifícios

anexos .05
1. Introdução É constituída por dois subcapítulos, a saber:

- Redes de Distribuição (RD);


Esta primeira parte do Manual de - Instalação de Gás em Edifícios (IG).
Especificações Técnicas apresenta um
conjunto de instruções destinado a: O primeiro subcapítulo retratará as
uniformizar as designações aplicáveis aos informações relevantes relativas ao projecto
empreendimentos urbanísticos; definir as e construção das redes de distribuição (RD),
relações a estabelecer, caso a caso, entre terminando na válvula de corte geral, estando
os promotores dos empreendimentos e a reservada para o segundo subcapítulo a
EDP Gás e a enumerar, para cada informação respeitante à instalação de gás
empreendimento, a documentação (IG), ou seja, aos aspectos de projecto e
necessária a entregar na EDP Gás bem como construção relativos à infra-estruturação de
o planeamento e detalhes de construção a gás no interior dos imóveis.
realizar.

2
6

4
5

3 Referência
Infra-estrutura Designação
no desenho
1 existente
Tubagem principal
2 a instalar
3 individual
Ramal
4 de imóvel colectivo
Instalação de Gás 5 edifício
6 fogo
Fig. 1 – Rede de distribuição (RD) e Instalação de Gás
em Edifícios (IG)

16
<< Índice

2. Tipos de construção 3.2. É da responsabilidade da EDP Gás


Distribuição

Para efeitos de sistematização, dividimos a) Garantir a todos os intervenientes a


os tipos de construção e infra-estruturas de disponibilização da informação necessária
gás associados, tratados neste manual, do à realização dos projectos e construção
seguinte modo: das RD e IG;
b) Analisar o traçado das redes de distri-
- Loteamentos – construção da RD buição por forma a que a rede projectada
- Urbanização – construção da RD + IG permita uma fácil integração com a rede
- Edifício Colectivo de Habitação – construção de distribuição da EDP Gás;
da IG c) Assegurar um serviço de assistência ao
- Moradia Unifamiliar – construção da IG cliente, 24 h/dia, após a entrada em
serviço das redes, de forma a garantir a
3. Interacção EDP Gás Distribuição - segurança de pessoas e bens;
Promotor d) Assegurar a manutenção de uma carteira
de instaladores de redes de gás,
Após entendimento de ambas as partes, aprovados de acordo com a legislação
poderá ser assinado um contrato que regula em vigor, e qualificados pela EDP Gás
as condições de projecto, construção e Distribuição para a construção das RD.
abastecimento das redes de gás.
A EDP Gás Distribuição reserva-se o direito
No que diz respeito às actividades de de verificar, por si ou por uma entidade em
projecto, construção e abastecimento: quem delegue esta função, o cumprimento
do que a lei estipula relativamente à
3.1. É da responsabilidade do Promotor construção das RD e IG, e a observância das
Especificações Técnicas da EDP Gás
a) Nas situações em que se aplique, a Distribuição.
entrega à EDP Gás, para análise, do
projecto da rede de distribuição (RD), 4. Entidades licenciadas para
executado por um projectista a realização de Rede de Distribuição
devidamente credenciado;
b) A escolha da entidade instaladora da RD, O exercício da actividade de instalação e
da lista de empresas qualificadas pela montagem de redes de gás atribuído aos
EDP Gás Distribuição; diversos grupos profissionais (Projectista,
c) A entrega do projecto da instalação de Técnico de Gás, Instalador de Redes de Gás,
gás em edifícios (IG), executado por um Mecânico de Aparelhos de Gás e Soldador)
projectista devidamente credenciado, a é condicionado à posse da respectiva licença.
uma entidade inspectora para
aprovação; A construção das redes de distribuição deve
d) A construção das RD e IG do empreendi- ser realizada por entidades qualificadas pela
-mento, de acordo com os projectos EDP Gás Distribuição de acordo com as
validados, e a obtenção dos respectivos normas de construção aqui estabelecidas e
Certificados de Inspecção; detalhadas nas Especificações Técnicas da
e) O cumprimento integral da legislação, dos EDP Gás Distribuição.
regulamentos oficiais aplicáveis e das
especificações técnicas da EDP Gás Os ramais de imóvel a partir das redes em
Distribuição. serviço são da competência da EDP Gás
Distribuição, pelo que esta diligenciará a sua

17
construção mediante solicitação do 5. Constituição dos processos
proprietário do imóvel ou do administrador para construção/instalação
do edifício, no caso de edifício em regime de
propriedade horizontal, e mediante a Apresentam-se nas páginas seguintes, para
autorização das entidades gestoras do cada tipo de empreendimento, fichas resumo
subsolo. dos processos de RD e IG.

Edifício Colectivo de Habitação, Moradia Unifamiliar ou Pequeno Terciário


[consumo anual previsto inferior ou igual a 10 000m3 (n)]
Instalação de Gás (IG)

Antes execução da IG

Actores: Acções: Requisitos:

- Tipo e características da instalação (moradia


unifamiliar, edifício colectivo ou outro, n.º de pisos,
n.º de fogos e existência de aquecimento central
a gás)
Requisita a ligação à rede,
Requerente indicando: - Potência nominal individualizada, à fracção,
dos equipamentos a gás (kW)

- Planta topográfica com a localização proposta


para o ponto de entrega ou, em alternativa,
coordenada georeferenciada do ponto de entrega

Após execução da IG

Actores: Acções: Requisitos:

Evidencia conformidade - Certificado ou relatório de inspecção, emitido


Requerente da IG, entregando por uma Entidade Inspectora

- Certificado ou relatório de inspecção, emitido


Ligação à rede existente por uma Entidade Inspectora
EDP Gás
Distribuição Abastecimento e serviços
de acordo com o
contratualmente
estabelecido

Celebração de contrato
Requerente com Comercializador - Os do Comercializador

18
<< Índice

Loteamento
Rede de Distribuição (RD)

Antes execução da RD

Actores: Acções: Requisitos:

Promotor Entrega do Projecto da RD - Explicitados no Anexo II deste Manual

EDP Gás Validação do Projecto da RD


Distribuição

Indicação da Entidade - Lista de Entidades Instaladoras Qualificadas


Instaladora pela EDP Gás Distribuição

Indicação dos prazos


Promotor previstos para início e
conclusão da obra

Execução e ensaios da RD,


supervisionados por uma - Entidade Inspectora acreditada
Entidade Inspectora

Após execução da RD

Actores: Acções: Requisitos:

- Desenhos de cadastro da RD, elaborados em


conformidade com a ET 550
Entrega de
documentação:
Entidade - Relatório Final de Obra, elaborado em
Instaladora conformidade com a ET 560

Interligação à rede da EDP - Acompanhamento e coordenação por parte da


Gás Distribuição Área de Exploração da EDP Gás Distribuição

19
Urbanização
Rede de Distribuição (RD) + Instalação de Gás (IG)

Antes execução da RD

Actores: Acções: Requisitos:

Promotor Entrega do Projecto da RD - Explicitados no Anexo II deste Manual

EDP Gás Validação do Projecto da RD


Distribuição

Indicação da Entidade - Lista de Entidades Instaladoras Qualificadas


Instaladora pela EDP Gás Distribuição

Indicação dos prazos


Promotor previstos para início e
conclusão da obra

Execução e ensaios da RD,


supervisionados por uma - Entidade Inspectora acreditada
Entidade Inspectora

Após execução da RD

Actores: Acções: Requisitos:

- Desenhos de cadastro da RD, elaborados em


conformidade com a ET 550
Entidade Entrega de
Instaladora documentação: - Relatório Final de Obra, elaborado em
conformidade com a ET 560

Após execução da RD

Evidencia conformidade - Certificado ou relatório de inspecção, emitido


Promotor da IG, entregando: por uma Entidade Inspectora
- Certificado ou relatório de inspecção, emitido
Ligação à rede existente por uma Entidade Inspectora
EDP Gás
Distribuição Abastecimento e
serviços de acordo com
o contratualmente
estabelecido
Celebração de contrato
Requerente - Os do Comercializador
com Comercializador

20
<< Índice

6. Aquisição de redes em fase posterior a) Execução de sondagens para garantia da


à construção correcta localização e instalação da rede;
b) Detecção da RD instalada, com recurso a
Numa fase posterior à construção em que a tecnologia adequada, a realizar por
EDP Gás e o Promotor/Proprietário da Rede entidade designada pela EDP Gás
acordem a transacção da propriedade da Distribuição;
mesma, a EDP Gás só efectivará essa c) Realização de testes de acordo com os
transacção após a recepção dos seguintes procedimentos e especificações técnicas
documentos: da EDP Gás Distribuição;
d) Inspecção das partes visíveis da rede e
- Certificado de Inspecção emitido por uma da operacionalidade de manobra das
entidade inspectora acreditada; válvulas.
- Desenhos de Cadastro (telas finais) da RD,
executados em conformidade com a A realização deste conjunto de acções será
especificação técnica ET 550; feita a expensas do proprietário da rede.

e a realização de um conjunto de acções,


que compreendem, nomeadamente:

21
enquadramento .01

empreendimentos
urbanísticos .02

redes de distribuição .03

instalação de gás .04


em edifícios

anexos .05
<< Índice

1. Generalidades d) Nas RD, deverão ser instalados dispositivos


de corte (válvulas) nas seguintes situações:

a) O projecto e a construção das RD, cuja • Para que o comprimento de troços de


pressão máxima de serviço é de 4 bar, tubagem sem seccionamento não exceda
obedecerão integralmente ao que estipula 500m;
a Portaria 386/94 de 16 de Junho, • A montante e a jusante de troços de
regulamento técnico relativo ao projecto, tubagem apoiados em pontes;
construção, exploração e manutenção de • A montante e a jusante de troços de
redes de distribuição de gases tubagem enterradas sob ferrovias;
combustíveis, alterada pela Portaria • A montante e a jusante dos atravessa-
690/2001 de 10 de Julho. mentos de linhas de água;
• A montante e a jusante dos atravessa-
b) São parte integrante das RD as tubagens mentos de vias rodoviárias de grande
enterradas, designadas por “Ramais de tráfego;
Imóvel” ou “Ramais de Edifício”, que • Nas derivações de troços principais;
partindo da tubagem principal da RD, • De forma a permitir isolar grupos, no
alimentam os edifícios, indo até à válvula máximo, de 200 consumidores.
de corte ao edifício, exclusive (Art.º. 1º da
Portaria 386/94 de 16 de Junho). e) As válvulas são manobráveis por uma
manga telescópica (fig. 2) e acedidas
c) Os materiais constituintes da RD deverão através de uma caixa tronco-cónica (ET
ser conformes às especificações técnicas 307), instalada na superfície do pavimento
da EDP Gás Distribuição: (fig. 4). Esta caixa permite também
identificar facilmente a localização das
ET 114 – Banda avisadora válvulas. Nos fins de linha são instaladas
ET 301 – Tubagens de polietileno para purgas em conformidade com a
gás especificação técnica ET 604 (fig. 3).
ET 302 – Acessórios de polietileno para
gás f) Sendo as válvulas equipamentos de segu-
ET 303 – Transições metal/polietileno rança deverão, sempre que possível, ser
ET 304 – Válvulas em polietileno instaladas em passeios de modo a
ET 305 – Mangas de protecção para permitir melhor acesso e visibilidade.
redes em aço e polietileno
ET 307 – Caixa de visita tronco-cónica
“Ø 200” para válvulas de
rede secundária
Nível do solo

Caixa tronco-cónica

Base de apoio em betão

Manga telescópica

Extensor de manobra
Tubagem PE
Válvula PE

Fig. 2 – Pormenor da
manga telescópica

23
ø 260

Taco Esferocónico calibre 25

230
Caixa tronco-cónica

10
Válvula Esferocónica de encravamento manual
com transição para PE incorporada (DN 25)

Base de apoio em betão

Areia doce e fina

Curva electrossoldável 32 mm
Tomada em carga
União electrossoldável 32 mm
Tubo PE 32 mm

500<l<200 |mm|

Tubagem em polietileno
500<l<600

PE PE
PE 32

Fig. 3 – Pormenor da purga

24
<< Índice

ø 260

Paraf. Sext. M12x100


DIN 931

230
ø 340

Fig. 4 – Pormenor de caixa de manobra tronco-cónica e da tampa

25
2. Instalação da tubagem modelos oficialmente aprovados (Art.º.
18º da Portaria 386/94 de 16 de Junho);

a) As tubagens das RD não deverão ser d) Nas redes enterradas o recobrimento


implantadas em locais onde fiquem da tubagem de gás deve ser, no mínimo,
sujeitas ao efeito de vibrações ou possam de 0,6m (Art.º 23º da Portaria 386/94 de
sofrer a agressão provocada pela 16 de Junho). No entanto, se for
expansão de raízes arbóreas e, sempre construtivamente impossível ou
que possível, instalar-se-ão sob passeios; inconveniente a colocação da tubagem a
profundidade que garanta aquele
recobrimento, pode ser instalada a menor
profundidade, desde que seja protegida
com uma manga ou outra solução
construtiva que assegure a degradação
de cargas, por forma que as cargas
Localização exercidas sobre a tubagem sejam
Localização aconselhada equivalentes às que se exerceriam com
não aconselhada
recobrimento de 0,6m;
Fig. 5 – Localização aconselhada para instalação da tubagem

b) Deve, também, ser evitada a colocação e) A tubagem só pode ser assente após a
sob pavimentos sujeitos a cargas rolantes. protecção das extremidades do tubo com
No entanto, quando ocorra o tampões, para evitar a entrada de água
atravessamento de vias ferroviárias ou ou materiais estranhos;
rodoviárias de grande tráfego, a tubagem
tem de ser obrigatoriamente protegida f) O enchimento da vala, em conformidade
com manga (ET 305) para preservar os com o disposto na especificação técnica
efeitos das cargas rolantes. No interior da ET 502, faz-se, em primeiro lugar,
manga de protecção, a tubagem deve utilizando material idêntico ao da
apoiar em espaçadores de tipo e primeira camada (areia doce e fina) por
espaçamento impostos pela especificação forma a que a tubagem fique nele
técnica ET 308 da EDP Gás Distribuição, completamente envolvida, mantendo a
sendo a manga vedada (ET 309) e espessura mínima de 0,10m em todas
ventilada em obediência às especificações as direcções (Art.º 24º da Portaria
técnicas aplicáveis, para descarregar em 386/94 de 16 de Junho). O enchimento
local seguro eventuais fugas de gás; da vala prosseguirá, até 0,30m acima
da geratriz do tubo, com terra crivada,
c) O traçado das tubagens deve ser o mais podendo esta provir da própria
rectilíneo possível. Na colocação em obra, escavação da vala, a qual será
o tubo deverá ficar ligeiramente correctamente compactada por
“ondulante”, isto é, não deverá ficar camadas de 10cm.
instalado sob tensão. Quando for Será, então, colocada a 0,30m acima
necessário efectuar mudanças de da geratriz superior da tubagem
direcção, estas far-se-ão por dobragem instalada, uma banda avisadora (Art.º
a frio dos tubos, de maneira a que o raio 8º da Portaria 386/94 de 16 de Junho)
de curvatura da tubagem dobrada seja em conformidade com a ET 114 (fig. 6),
no mínimo igual a 30 vezes o diâmetro sendo posteriormente executado o
externo desta. Se a curvatura da tubagem restante recobrimento com materiais
tiver de ser inferior a esse valor, é isentos de pedras e em camadas que
obrigatória a utilização de acessórios de garantam uma perfeita compactação;

26
<< Índice

50

30
300
1000

Fig. 6 – Banda avisadora

g) Q u a n d o a s t u b a g e n s d e g á s s ã o de rede de gás canalizado pode ser


colocadas na proximidade de outras directamente encastrado numa
instalações subterrâneas (fig. 7), as alvenaria nem a ela encostar
distâncias mínimas a respeitar entre a directamente, tendo sempre de ser
geratriz da tubagem de gás e cada uma protegido com uma manga;
dessas outras instalações subterrâneas,
deverão ser (Art.º 25º da Portaria 386/94 j) As mangas de protecção devem ser
de 16 de Junho): conformes ao explicitado na
especificação técnica ET 305;
• 0,50m relativamente à tubagem de
esgotos; k) Sempre que a manga for em tubo de
• 0,20m relativamente às restantes aço, envolvendo tubagens catodica-
tubagens. mente protegidas, a manga deve ser
também catodicamente protegida.
No entanto, estas distâncias podem ser
encurtadas desde que a tubagem de
3. Redes em polietileno
gás seja instalada dentro de uma
manga de protecção (ET 305). Neste
caso, as extremidades da manga não Os tubos e acessórios de polietileno, adiante
podem ficar situadas a distância inferior designado por PE, têm uma aplicação cada
à legalmente imposta para as outras vez maior, não só devido à sua resistência,
instalações subterrâneas contra a qual mas também pela facilidade com que são
exercem protecção; colocados em obra.

h) Se um troço da RD tiver de ser implan- 3.1. Instalação das tubagens


tado num percurso paralelo a uma outra
tubagem de gás e não for possível a) A utilização de tubos de polietileno na
garantir uma distância superior a 0,20m, construção de RD está restringida a troços
deve ser construído, entre as duas enterrados;
tubagens, um murete de protecção;
b) No entanto, na ligação das RD aos
i) As tubagens das RD não podem distar edifícios, os tubos de polietileno podem
menos de 0,20m de obras de alvenaria emergir do solo no exterior dos edifícios
enterradas na sua vizinhança. Se, por (Art.º 24º da Portaria 386/94 de 16 de
imperativos de construção, esta distância Junho com as correcções introduzidas
tiver de ser encurtada, a tubagem tem de pela Portaria 690/2001 de 10 Julho),
ser protegida com manga. Nenhum troço devendo neste caso:

27
0.20

0.20

0.20

0.50

0.60
Electricidade

Água Gás

Telefone

Esgoto

Enchimento compactado

0.60
Banda avisadora amarela
de pré-aviso (”ET 114”)

Areia doce
0,30
0.10
ø

Gás
0.10

0.10 ø 0.10

Fig. 7 – Vala tipo: distâncias de segurança a outras infra-estruturas

28
<< Índice

• Ser protegidos até uma profundidade 3.2. Dimensões e características


mínima de 0,20m por uma manga
metálica cravada no solo que proteja o Os tubos de polietileno deverão ser conformes
tubo; aos requisitos da especificação técnica da
• Ficar embebidos na parede exterior do EDP Gás Distribuição ET 301, sendo de
edifício até 1,10m, protegidos por uma destacar que:
manga de acompanhamento que resista
ao ataque químico das argamassas. a) Os tubos a utilizar na construção das RD
serão diferenciados em função do
c) São permitidos os seguintes métodos de diâmetro:
ligação entre extremidades de tubos, na
construção de RD: • Para diâmetros iguais ou inferiores a 110
mm as tubagens serão da série SDR 11,
• Uniões electrossoldáveis, nos tubos de sendo a resina do tipo PE 80;
diâmetro nominal inferior a 160mm;
• Soldadura topo-a-topo, para diâmetros • Para diâmetros superiores a 110 mm as
iguais ou superiores a 160mm; tubagens serão da série SDR 17.6, sendo
a resina do tipo PE 100.
d) Não são permitidas ligações roscadas
(Art.º 20º da Portaria 386/94 de 16 de b) Cada lote de tubos deve ser acompa-
Junho); nhado das seguintes indicações:

e) Se, por necessidade de protecção, o tubo • Qualidade do material;


de polietileno for instalado no interior de • Características mecânicas;
uma manga, a sua introdução deve ser • Características dimensionais;
feita com uma protecção que evite • Resultados dos ensaios efectuados.
danificar as paredes do tubo;

f) O PE é sensível às elevações de tempe-


Diâmetro Espessura Diâmetro
ratura, amolecendo a temperaturas exterior (mm) (mm) interior (mm)
superiores a 40ºC, o que diminui a sua
resistência mecânica e a pressão máxima 20 3,0 14,0
de serviço que as tubagens podem 32 3,0 26,0
suportar, não sendo, portanto, permitida 40 3,7 32,6
a sua exposição a estas temperaturas; 63 5,8 51,4
110 10,0 90,0
g) Deve ter-se um cuidado especial sempre 160 9,1 141,8
que uma tubagem de gás de PE se encontre 200 11,4 177,3
na vizinhança de uma conduta de transporte
de calor (ex: redes de aquecimento urbano, Tab. 1 – Dimensões dos tubos de polietileno
redes industriais de vapor ou quaisquer
outros fluidos quentes, condutas de esgoto
condensado, águas quentes ou outros fluidos Para ramais de edifício são utilizados os
em condições semelhantes). Nestes casos, PEØ20, Ø32 e Ø40, enquanto que para
a tubagem de PE terá que ser protegida com as redes de distribuição são utilizados os
material isolante e encamisada, para garantir PE Ø63, Ø110, Ø160 e Ø200.
que a temperatura do PE nunca ultrapasse
os 20 ºC (Art.º 25º da Portaria 386/94 de 16
de Junho).

29
c) Conforme o seu diâmetro e, normalmente, 3.3.2. Manuseamento do tubo fornecido em
para os comprimentos indicados, os tubos bobine
podem ser fornecidos em rolos, em
bobines ou em varas, de acordo com a Quando o tubo se apresenta em bobine, o
tabela seguinte. seu assentamento pode ser efectuado por
translação progressiva da bobine resultante
Diâmetro Rolos Bobines Varas do movimento de rotação dela própria (fig. 9).
(mm) (m) (m) (m)

20, 32, 40, 63 100 * **


110 50 * ** 12
Pavimento
160 * 12 Tubagem PE Bobine Móvel
200 12
* Comprimentos superiores, só com consulta prévia
** Consulta prévia, com comprimento máximo a definir
Tab. 2 – Dimensões dos rolos, bobines ou varas Fig. 9 – Tubo em bobine

3.3. Métodos de manuseamento dos tubos Quando se utiliza equipamento que


de PE simultaneamente procede à abertura da vala
e ao assentamento do tubo, é a própria
3.3.1. Manuseamento do tubo fornecido em máquina retroescavadora que suporta a
rolo bobine. À medida que a escavação avança,
faz-se a cobertura do leito e o assentamento
Quando o tubo se apresenta em rolo, está do tubo (fig. 10). A extremidade do tubo que
mais protegido quer contra as agressões fica assente na vala, terá de estar tamponada
mecânicas, quer contra a acção das para impedir a entrada de corpos estranhos.
radiações ultravioletas. Por esse motivo, o
tubo deve ser extraído do rolo (fig. 8), saindo
do interior deste, tomando a sua ponta lateral
mais conveniente e provocando a rotação Pavimento
do rolo para evitar um desenrolar helicoidal, Tubagem PE
o que daria origem a tensões na parte
desenrolada, provocando o aperto localizado
do tubo e um efeito de mola, além de dificultar
o seu próprio assentamento. Fig. 10 – Método de instalação do tubo fornecido
em bobine

Note-se que as extremidades do rolo devem Durante o assentamento, o tubo deve estar
estar tamponadas pois as pontas destes orientado:
rolos ficam muitas vezes na vertical o que
potencia a entrada de poeiras, lixo e água a) À entrada da vala;
da chuva. b) Nas mudanças de direcção;
c) Nas passagens e nas ultrapassagens de
obstáculos.
Protecção mecânica

Quando a tracção do tubo é efectuada com


o auxílio de um guindaste, ou qualquer outra
máquina a motor, deve ser feita sob controlo
Rotação do Rolo dinamométrico, respeitando o esforço de
tracção admissível. Sempre que se efectuar
Fig. 8 – Tubo em rolo

30
<< Índice

um corte no tubo deve, de imediato, 3.3.4. Instalação do tubo dentro de uma


proceder-se ao seu tamponamento nas manga
duas secções resultantes do corte, para
prevenir a entrada de corpos estranhos para A colocação dos tubos de polietileno em
o interior do tubo. mangas de protecção obedece aos seguintes
requisitos mínimos:
3.3.3. Manuseamento do tubo fornecido em
vara a) O diâmetro interno mínimo da manga é
função do diâmetro externo do tubo
A utilização de tubos fornecidos em vara, (Especificação ET 305);
que aumenta sensivelmente o número de b) Antes de proceder à colocação do tubo,
junções na construção da tubagem, está no interior da manga, deve providenciar-
reservada aos seguintes casos: -se a passagem de um testemunho,
constituído por troço de PE do mesmo
a) Em tubagens de diâmetro exterior igual diâmetro do tubo a instalar. Após a
ou superior a PE Ø160; passagem, o testemunho não deve
b) Na construção ou reparação de tubagens apresentar qualquer ranhura profunda.
situadas em pontos especiais; Se apresentar, deve encarar-se a
c) Na construção de obras de ponto especial possibilidade de proteger o tubo em toda
(ultrapassagem de obstáculos). a sua extensão com PVC, caso a manga
de protecção não seja de PVC.
Durante o armazenamento das varas,
deverão ser tomadas as seguintes 3.4. Soldaduras
precauções particulares:
3.4.1. Generalidades
a) Os tubos devem ser mantidos na vara tal
como fornecidos, ou seja, como A complexidade dos trabalhos a realizar no
embalados, até ao momento da utilização; âmbito das redes de distribuição de gás, e
b) As superfícies de apoio em armazém sobretudo porque as características de
devem ser planas e limpas; soldadura do polietileno são muito sensíveis
c) Os rolos devem ser colocados horizontal- à boa execução, cumprimento e controlo dos
mente, ficando os tubos assentes segundo seus procedimentos, torna fundamental a
a sua geratriz; correcta definição destes, que deverão ser
d) Não devem ser empilhados tubos sempre claros para que se torne possível proceder
que a altura exceda 1m. a fim de não de modo eficaz ao controlo da operação de
originar a ovalização dos mesmos; soldadura.
f) É interdito o armazenamento de tubos
sob pisos betuminosos, pois estes Os requisitos, normas e condições técnicas
degradam as suas características; aplicáveis bem como os critérios de avaliação
g) Os tubos devem estar sempre tamponados. a satisfazer, na execução das soldaduras
em tubagens e acessórios de PE, encontram-
A construção dos troços de tubagem com -se explicitados na especificação técnica da
varas convém ser efectuada, sempre que EDP Gás Distribuição ET 605. Contudo, em
possível, antes do seu assentamento em seguida, descrevem-se, de forma sucinta,
obra. os aspectos mais relevantes dos dois
processos de soldadura usados:

• Topo-a-topo;
• Electrossoldadura.

31
3.4.2. Soldadura topo-a-topo com
interface de aquecimento

3.4.2.1. O princípio de soldadura


A soldadura é executada através
do contacto entre as extremidades
a ligar após o seu aquecimento.

3.4.2.2. As prescrições de
Fig. 11 – Corte do topo da tubagem perpendicularmente ao eixo
soldadura
A soldadura topo-a-topo pode
ser realizada em tubagens
DN 160mm. Todavia, em si-
tuações especiais, devidamente
autorizadas pela EDP Gás Dis-
tribuição, poder-se-ão realizar
soldaduras topo-a-topo em DN 110.
Esta técnica não pode ser utilizada
para ligações entre elementos de
espessuras diferentes.

O soldador deverá manter-se


Fig. 12 – Limpeza dos acessórios a soldar atento durante a execução da
operação de soldadura e obedecer
aos seguintes requisitos:

a) Proteger o posto de soldadura;


b) Pré-montar no equipamento de
soldadura os elementos a
soldar;
c) Alinhar e nivelar os elementos
a soldar;
d) Ajustar as maxilas de fixação
do equipamento de soldadura
através de um aperto ligeiro;
Fig. 13 – Instalação de posicionador e) Montar a interface de corte /
preparação no intervalo entre
os elementos a soldar;
f) Preparar com o auxílio da inter-
face de corte/preparação as
superfícies a soldar, as quais,
após a operação, deverão
apresentar planos perpendi-
culares ao eixo do tubo;
g) Retirar a interface de corte /
preparação e as aparas
resultantes da respectiva
operação;

Fig. 14 – Registo dos parâmetros de soldadura

32
<< Índice

h) Controlar o acabamento e o
paralelismo entre as duas
extremidades a soldar através
da obser vação visual e
aproximação dos dois
elementos a soldar;
i) Verificar o alinhamento entre os
elementos a soldar;
j) Desengordurar a interface de
aquecimentos e as orlas dos Fig. 15 – Montagem de uma tomada em carga
elementos a soldar, utilizando
para tal um papel absorvente e
álcool;
k) Verificar a temperatura de
superfície da interface de
aquecimento;
l) Ter presente o valor da força
necessária a aplicar (força de
pré-aquecimento), e o
respectivo tempo de encosto à
unidade de aquecimento
(tempo de pré-aquecimento),
de modo a proporcionar o Fig. 16 – Perfuração de uma tomada em carga
aparecimento do rebordo de
fusão definido pela sua altura;
m) Colocar a interface de aqueci-
mento entre as duas superfícies
a soldar;
n) Deslocar os elementos a soldar
até ao contacto com a interface
de aquecimento e aplicar a
força de pré-aquecimento
correspondente à pressão
P1=0,15 N/mm 2 , até que se
verifique o aparecimento em
toda a periferia da orla dos Fig. 17 – Colocação da tampa de vedação
elementos a soldar de uma
altura de rebordo de fusão
definida pelo fabricante do
equipamento;
o) Reduzir a força aplicada a um
valor quase nulo correspondente
à pressão P2=0,01N/mm 2 a
0,02N/mm 2 , tendo em vista
preparar o aquecimento das
superfícies a soldar. Esta
pressão deve ser mantida
durante o tempo mencionado
pelo fabricante do equipamento;

33
p) Retirar a interface de aquecimento após 3.4.3.2. As prescrições de soldadura
afastamento das superfícies a soldar, tendo A electrossoldadura pode ser utilizada para
em atenção o tempo de saída da unidade tubagens de qualquer diâmetro, sendo
definido pelo fabricante do equipamento. normalmente utilizada em tubagens DN <
Esta fase é a mais importante e crítica da 160.
operação de soldadura;
q) Aplicar, lentamente mas de modo progres- Para que a soldadura de acessórios
sivo uma pressão que permita a (derivações de rede, reduções de diâmetro,
realização da soldadura, tendo em válvulas, etc.) com utilização de uniões
atenção os tempos definidos pelo electrossoldáveis fique totalmente estanque,
fabricante do equipamento; o soldador deverá manter-se atento durante
r) Manter a pressão de soldadura P3 = 0,18 a execução da operação de soldadura e
N/mm 2 , durante o arrefecimento, de obedecer aos seguintes requisitos:
acordo com o tempo definido pelo
fabricante do equipamento; a) Proteger o posto de soldadura;
s) Manter as maxilas apertadas durante o b) Preparar as extremidades dos elementos
período de arrefecimento, sem influência a soldar, devendo estas apresentar um
de qualquer esforço mecânico (o plano perpendicular ao eixo da tubagem;
arrefecimento forçado é interdito); c) Eliminar a camada de óxido existente no
t) Desapertar as maxilas do equipamento tubo, por raspagem de uma película de
de soldadura após concluída a fase de material (aproximadamente 0,1 mm), na
arrefecimento; zona de soldadura;
u) Proceder ao controlo visual e dimensional d) Limpar o interior dos acessórios e o
de rebordo exterior resultante da exterior do tubo, com um pano de
soldadura, o qual poderá fornecer algodão ou, em alternativa, papel de
informações importantes sobre eventuais limpeza, embebido em solvente;
deficiências ocorridas durante a operação e) Montar os acessórios (colocação por
de soldadura. encaixe ou por deslizamento). No entanto,
antes de proceder à montagem, deve
Os valores de pressão, tempo e temperatura marcar-se nos tubos a unir a profundidade
são normalmente fornecidos pelo fabricante de encaixe dos acessórios electrossol-
do equipamento ou podem ser retirados de dáveis;
tabelas e ábacos. Contudo, aconselhamos f) As peças a soldar devem ser imobilizadas
como metodologia de trabalho o recurso às pela utilização de posicionadores e
tabelas elaboradas pelo fabricante. fixadores adequados;
g) Proceder à soldadura conforme instruções
do fabricante do equipamento. O ciclo de
3.4.3. Soldadura através de uniões fusão não pode ser interrompido. Se, por
electrossoldáveis (electrossoldadura) qualquer motivo, isso tiver acontecido,
não pode retomar-se o ciclo de soldadura.
3.4.3.1. O princípio de soldadura O acessório utilizado tem de ser
Os acessórios electrossoldáveis estão obrigatoriamente removido;
equipados com uma resistência eléctrica h) O tempo de arrefecimento deve ser
incorporada no polietileno, perceptível na cumprido, para permitir obter uma
parede interna e que alimenta em condições soldadura com qualidade;
bem definidas, aquece o polietileno a uma i) Os posicionadores só devem ser retirados
temperatura que torna possível a soldadura após terminado o tempo de arrefecimento
dos elementos a ligar. recomendado pelo fabricante.

34
<< Índice

3.4.4. Soldadura de tomadas em carga de o “calcanhar” da chave fique ao nível da


derivação e obturação coroa da tomada em carga. Nesta fase,
a fresa trespassou totalmente a parede
A soldadura com a tubagem em carga, de do tubo;
tomadas de derivação e obturação, faz-se • A matéria cortada fica retida na mesma;
por acessórios que podem ser instalados em • Girar a chave no sentido anti-horário,
tubagens em carga, para permitir derivar um até que a face superior fique ao nível da
abastecimento de gás, partindo de uma coroa da tomada em carga.
tubagem de rede. Esses acessórios têm a
designação genérica de tomadas em carga.
4. Ramais de edifício
Este tipo de soldadura deve efectuar-se
cumprindo as seguintes fases (eliminação
da camada de óxido do tubo, limpeza, 4.1. Generalidades
montagem da tomada em carga, montagem
dos posicionadores, execução da soldadura, Os ramais de edifício derivam de uma
arrefecimento, desmontagem dos tubagem principal da RD, perpendicular-
posicionadores e perfuração), que abaixo mente a esta e prolongam-se até à válvula
são descritas em pormenor: de corte ao edifício. O traçado do ramal deve
procurar minimizar a sua extensão.
a) Imediatamente antes da colocação da
tomada em carga, limpar a metade Por cada válvula de corte geral existe apenas
superior do tubo numa distância um ramal.
aproximada de 12cm e a uma
profundidade de cerca de 0,1mm, no 4.2. Dimensionamento de ramais de edifício
sentido axial, por meio de um raspador;
b) Desengordurar a superfície superior Apresenta-se, de seguida, uma tabela com
preparada, utilizando um pano de os diâmetros, função do caudal (m3/h (n));
algodão embebido em solvente. Retirar a
tomada em carga da embalagem, no
instante da montagem, e desengordurar Caudal necessário calculado pelo
projectista (m3/h (n)) Diâmetros
o interior;
c) Introduzir a metade inferior da tomada Q 30 PE 20
em carga entre o tubo e o dispositivo de 30 < Q 120 PE 32
fixação; 120 < Q 250 PE 40
d) Colocar a metade superior sobre o tubo;
e) Colocar os parafusos em cruz nos orifícios Tab. 3 – Diâmetros aconselhados para ramais,
função do caudal (m3/h (n))
previstos nas duas partes da tomada em
carga e fixá-los;
f) Montar os posicionadores; 4.3. Tipos de materiais a utilizar
g) Executar a soldadura;
h) Deixar arrefecer a tomada em carga, O ramal de edifício deve ser sempre em
durante o período recomendado pelo polietileno, o diâmetro deve ser seleccionado
fabricante; de acordo com a tabela 3.
i) Desmontar os posicionadores;
j) Efectuar a perfuração procedendo às Não é aceitável a realização do ramal em cobre.
seguintes operações: Quando é instalada a caixa de abrigo da válvula
• Retirar a tampa; de corte geral, deve ser deixado um negativo
• Introduzir a chave no perfurador roscado; de diâmetro adequado, para posteriormente
• Girar a chave no sentido horário, até que passar a tubagem de polietileno no seu interior.

35
5. Controlo d) Pressões inicial e final do ensaio;
e) Conclusões;
f) Observações particulares.
Independentemente da pressão máxima de
serviço estabelecida para a rede de polie- A EDP Gás Distribuição recomenda que os
tileno em consideração (pressão máxima fluídos de ensaio sejam o ar ou o azoto.
essa que não pode exceder 4 bar), durante
a construção da rede deve assegurar-se Deve proceder-se à medição contínua das
que todos os requisitos legais e da arte são pressões e temperaturas durante os ensaios,
cumpridos, nomeadamente: com o auxílio de aparelhos registadores e
de um indicador de pressão calibrado para
a) A tubagem foi instalada respeitando os as leituras inicial e final. Os instrumentos de
raios de curvatura impostos legalmente, medida devem dispor de certificados de
indicados neste manual; calibração válidos.
b) Foram instaladas as mangas de protecção
da rede ou outros sistemas construtivos 6.2. Ensaio de resistência mecânica
impostos legalmente, indicados neste
manual; Deve ser realizado um ensaio à pressão de
c) Foram cumpridas as profundidades de 6 bar, durante 6 horas, após a estabilização
assentamento da tubagem legalmente das condições de ensaio.
impostas ou, no caso de não ser possível,
tomadas as medidas de protecção da Neste ensaio, a Entidade Inspectora
rede legalmente exigidas; procederá à medição contínua das pressões
d) A instalação de acessórios electrossol- e temperaturas, com auxílio de aparelhos
dáveis e tomadas em carga foi realizada registadores, após o que deverá emitir o
seguindo os princípios da boa arte, sem relatório referente ao ensaio.
esquecer a utilização de posicionadores.
Os ensaios consideram-se satisfatórios se,
após a estabilização das condições de
6. Ensaios
ensaio, a pressão se mantiver constante nas
6 horas seguintes, com eventual correcção
6.1. Generalidades face às variações de temperatura.

Terminada a construção, e antes da entrada 6.3. Ensaio de estanquidade


em serviço, toda e qualquer rede de
distribuição é obrigatoriamente submetida, Este ensaio deve ser realizado utilizando uma
em toda a sua extensão, de uma só vez ou coluna de mercúrio (ou manómetro
por troços, aos ensaios de resistência equivalente calibrado, com resolução de 1
mecânica e estanquidade estabelecidos na mbar), a uma pressão de 0,5 bar e uma
especificação técnica ET 651. duração mínima de 24 horas. Far-se-á a
leitura inicial e final de ensaio.
A realização dos ensaios far-se-á na
presença de uma Entidade Inspectora que A verificação de estanquidade de todas as
elaborará um relatório (Art.º 32 da Portaria juntas será efectuada com um produto
386/94 de 16 de Junho), no qual consta: espumífero.

a) Referência dos troços ensaiados;


b) Data, hora e duração do ensaio;
c) Temperatura do fluido durante o ensaio;

36
<< Índice

7. Desenhos de Cadastro (telas finais)

Os Desenhos de Cadastro cumprirão


integralmente a especificação técnica ET 550,
e serão elaborados à medida que a obra for
avançando, para que todos os obstáculos
que interfiram com a RD e todas as
instalações subterrâneas detectadas na sua
vizinhança, fiquem convenientemente
representadas. Estes desenhos
representarão, de entre outros, os seguintes
elementos:

a) Tipo de material utilizado e respectivo


diâmetro;
b) Posicionamento em projecção horizontal,
mencionando a profundidade de
assentamento dos tubos;
c) Acessórios utilizados e respectivo posicio-
namento.

8. Ligação à rede existente

A realização de trabalhos em rede em serviço


só pode ser executada na presença de um
técnico da Área de Exploração da EDP Gás
Distribuição.

As soluções técnicas a adoptar para as


interligações são analisadas pela EDP Gás
Distribuição, caso a caso.

37
enquadramento .01

empreendimentos
urbanísticos .02

redes de distribuição .03

instalação de gás .04


em edifícios

anexos .05
<< Índice

1. Generalidades e) Quando as potências, por aparelho de


queima, forem superiores a 35 kW, a
pressão máxima de serviço a jusante do
a) O projecto, a construção e a exploração contador deve ser a exigida pelas
das instalações de gás combustível instruções de funcionamento do(s)
canalizado em edifícios habitados, aparelho(s) a alimentar (Art.º 5º da Portaria
ocupados ou que recebam público e 361/98 de 26 de Junho);
respectivos anexos, desde que a potência
instalada, por fogo ou local de consumo, f) Compete ao projectista projectar e calcular
não ultrapasse 70 kW, obedecem à as instalações de gás em conformidade
Portaria 361/98 de 26 de Junho alterada com as disposições regulamentares e
pela Portaria 690/2001 de 10 de Julho; assumir a responsabilidade técnica da
execução do projecto (Art.º 6º do Decreto-
b) As ampliações e alterações importantes, -Lei 263/89 de 17 de Agosto);
bem como as conversões ou reconversões
de instalações em edifícios já existentes, g) O projectista das instalações de gás é
obedecem à Portaria 361/98 de 26 de responsável pelas soluções técnicas
Junho, alterada pela Portaria 690/2001 adoptadas, pelo dimensionamento das
de 10 de Julho; tubagens e selecção dos materiais
adequados, tendo em consideração as
c) As instalações de gás combustível características do gás a distribuir e as
canalizado em edifícios, de acordo com características dos diversos aparelhos
o Art.º nº3 da Portaria 361/98 de 26 de utilizados, devendo juntar ao projecto o
Junho, são limitadas: Termo de Responsabilidade (Art.º 4º do
Decreto-Lei 521/99 de 10 de Dezembro);
• A montante, pelo dispositivo de corte
geral ao edifício, inclusive; h) O técnico de gás que superintende a
• A jusante, pelas válvulas de corte aos montagem da rede deve assegurar o
aparelhos a gás, inclusive. cumprimento do projecto, acompanhar e
controlar a sua execução material, assim
d) As pressões de serviço normalmente como verificar os materiais utilizados,
utilizadas pela EDP Gás Distribuição, são cumprindo as normas regulamentares (Art.º
as seguintes: 6º do Decreto-Lei 263/89 de 17 de Agosto).

• Coluna montante: 300 mbar;


2. Materiais utilizados
• A jusante do contador: 21 mbar.

Coluna montante Tubagem a) Na construção das instalações de gás nos


em canalete edifícios é autorizada a utilização de tubos
e acessórios de cobre e aço, sendo o
primeiro o material mais utilizado;

b) É de realçar que todos os acessórios


utilizados na construção de instalações de
gás nos edifícios deverão satisfazer as
normas técnicas europeias aplicáveis ou
Caixa de corte
Ramal Ramal Alvéolo técnico de gás outras tecnicamente equivalentes, desde
Geral ao edifício
Tubagem principal da rede de distribuição que aceites pelas entidades oficiais
competentes;
Fig. 18 – Elementos constituintes de uma instalação de gás

39
• Cobre 54 mm < 110 mm -
Ø exterior Espessura mínima
(mm) da parede (mm) Soldobrasadas (idêntico ao anterior, mas
as duas peças a unir podem ser dispostas
6
topo a topo ou em ângulo).
8
Rolos de 25 m

0,8
10 e) Os tubos de aço devem obedecer aos
12 requisitos da NP EN 10208-1 ou de outra
15 tecnicamente equivalente (Art.º 7º da
18 1,0 Portaria 361/98 de 26 de Junho);
22
28 1,2 f) Os tubos de aço devem ser interligados
Varas de 5 m

35
entre si por qualquer dos seguintes
1,5 métodos (Art.º 48º da Portaria 361/98, de
42
26 de Junho, alterado pela Portaria
54 2,0
690/2001, de 10 de Julho):
Tab. 5 – Dimensões dos tubos de cobre
• Soldadura eléctrica, topo-a-topo;
• Flanges ou uniões da classe PN 10,
Ø exterior Ø interior
soldadas electricamente;
(in) (mm) (mm) • Uniões roscadas, nos tubos de 50
mm.
1/8 10,3 6,8
1/4 13,7 9,2
g) Só devem usar-se ligações por juntas
3/8 17,1 12,5 mecânicas (Art.º 48º da Portaria 361/98
1/2 21,3 15,8 de 26 de Junho):
3/4 26,7 21,0
1 33,4 26,6 • Na instalação de válvulas e acessórios;
1 1/4 42,2 35,1 • Na ligação dos aparelhos;
1 1/2 48,3 40,9 • Quando a brasagem forte ou soldobra-
2 60,3 52,5 sagem não possam ser correctamente
executadas no local.
2 1/2 73,0 62,7

Tab. 6 – Dimensões dos tubos de aço h) Não é permitida a utilização de juntas


metálicas em tubagens enterradas;

c) Os tubos de cobre a utilizar nas IG devem i) Quando se utilizarem juntas metálicas em


obedecer à norma EN 1057; tubagens embebidas na parede, essas
juntas têm obrigatoriamente de ficar
d) As interligações das tubagens de cobre situadas em caixas de visita (Art.º 48º da
com latão ou bronze devem ser feitas por Portaria 361/98 de 26 de Junho). As portas
meio de brasagem forte (Art.º 48º da de visita dessas caixas são seladas pela
Portaria 361/98 de 26 de Junho): EDP Gás Distribuição;

• Cobre 54 mm - Brasagem capilar j) A estanquidade das juntas não soldadas


forte (o metal de adição é uma liga com deve ser obtida por aperto metal-metal,
40% prata, com Tfusão 450º C, no estado admitindo-se o uso de fita PTFE e pastas
líquido e penetra, por capilaridade, entre ou líquidos apropriados, sendo interdito
as duas peças a unir, as quais se o uso do filasso ou pastas do tipo
apresentam em sobreposição); polimerizável;

40
<< Índice

k) As interligações aço/cobre devem ser Qualquer troço de tubagem que seja


realizadas com auxílio de juntas isolantes colocado fora de serviço, deve ser tamponado
ou acessórios mistos, soldados no lado com um bujão roscado ou fixado por
do aço e brasados forte ou soldobrasados processo equivalente (Art.º 47º da Portaria
no outro extremo (Art.º 48º da Portaria 361/98 de 26 Junho).
361/98 de 26 de Junho);
As tubagens podem ser implantadas:
l) As válvulas e dispositivos de corte devem
ter assinalado de forma indelével o sentido a) Em galerias técnicas ventiladas;
da passagem do fluxo. b) Em canalete;
c) Em manga ventilada;
3. Instalação da tubagem d) À vista;
e) Embebidas nas paredes e/ou pavimentos.

A instalação da tubagem deve cumprir as 3.1. Tubagem em galeria técnica ventilada


indicações contidas no projecto, o que não
impede que o técnico de gás e o instalador Por razões de segurança, é recomendável
submetam à consideração do projectista as que a instalação de gás seja feita em galerias
observações que julguem pertinentes. técnicas especificamente destinadas para
esse fim. Esta recomendação é
As tubagens de gás não devem atravessar particularmente relevante nos edifícios novos
(Art.º 16º da Portaria 361/98 de 26 de Junho): de habitação colectiva.

a) Locais que contenham reservatórios de

Redutor de pressão
Dimensões em mm
combustíveis;
b) Condutas e locais de recepção ou armaze-
nagem de lixos domésticos; A4

c) Condutas diversas nomeadamente de G4

electricidade, água, telefone e correio;


d) Caixas de elevadores ou monta-cargas;
e) Casas de máquinas de elevadores ou A3
Contadores de Gás
monta-cargas; G6
f) Cabinas de transformadores ou de quadros
eléctricos;
g) Espaços vazios das paredes duplas, salvo A4

G6
se no atravessamento a tubagem for
do fogo abastecido

protegida por uma manga, cujos extremos


Referência

excedam a espessura da parede, sendo


o espaço anelar entre a tubagem e a A3

manga convenientemente ventilado, de G4


modo que eventuais fugas de gás sejam
200

reduzidas até aos extremos da manga;


h) Parques de estacionamento cobertos; Corte

i) Outros locais com perigo de incêndio.

Estas restrições são anuladas se a tubagem Compartimento


para alojamento Planta
ficar contida numa manga metálica, cujas dos contadores
extremidades se encontrem em espaços
livremente ventilados.
Fig. 19 – Exemplo de uma galeria técnica ventilada

41
3.2. Tubagem em canalete 3.4. Tubagem embebida

a) As tubagens de gás podem ficar alojadas a) As tubagens, quando embebidas na


em canaletes, desde que estes sejam parede ou pavimento, devem respeitar
devidamente ventilados e construídos em um traçado rectilíneo e utilizar o mínimo
materiais não combustíveis (Art.º 21º da de juntas mecânicas. Estas, a existirem,
Portaria 361/98 de 26 de Junho); terão de ficar facilmente acessíveis em
caixa de visita (Art.º 20º da Portaria 361/98,
b) Os canaletes devem ser inspeccionáveis, 26 de Junho);
através de tampas, da mesma classe de
material, fixadas mecanicamente (Art.º b) Nos troços horizontais as tubagens devem
21º da Portaria 361/98, 26 de Junho). ficar situadas na parte superior da parede,
a uma distância máxima de 0,2 m do
3.3. Tubagem à vista tecto ou dos elementos da estrutura
resistente (Art.º 20º da Portaria 361/98 de
a) As tubagens à vista não devem ficar em 26 de Junho com as alterações
contacto com quaisquer outras tubagens, introduzidas pela Portaria 690/2001 de 10
cabos eléctricos ou similares, sendo as de Julho);
distâncias mínimas entre aquelas e estes
de 3 cm em percursos paralelos e de 2 c) Nos troços verticais, a tubagem deve ficar
cm nos cruzamentos. (Art.º 19º da Portaria na prumada das válvulas de corte dos
361/98, 26 de Junho); aparelhos que alimentam;

b) Os troços horizontais devem ficar situados d) Sempre que forem realizadas mudanças
na parte superior da parede, a uma de direcção, por meio de soldadura ou
distância máxima de 0,2 m do tecto ou brasagem forte, em tubagens embebidas,
dos elementos da estrutura resistente, essas zonas de mudanças de direcção
com excepção dos casos de conversão serão obrigatoriamente localizadas em
ou reconversão (Art.º 20º da Portaria caixas de visita facilmente acessíveis;
361/98 de 26 de Junho com as alterações
introduzidas pela Portaria 690/2001 de 10 e) Tubos de aço embebidos no betão só
de Julho). necessitam de protecção quando o reboco
for de gesso. Neste caso, a tubagem será
previamente revestida com uma matéria
Percursos (cm) Recobrimento inerte;
Tubagem (cm)
Paralelos Cruzados
Em tecto falso 3 2 f) Os tubos de cobre a utilizar em troços
À vista 3 2 embebidos na parede devem dispor de
um revestimento exterior (Art.º 8º da
Embebida
Portaria 361/98 de 26 de Junho). O
- redes de
vapor ou 5 3 2 revestimento deve ser inalterável, à base
água quente de PVC, PE ou equivalente e deve
- redes assegurar protecção química e isolamento
eléctricas 10 3 2
eléctrico;
- chaminés e
condutas ar 5 5 2
quente g) A tubagem de gás não pode:

Tab. 7 – Espessura de recobrimento e afastamento mínimos • Ficar em contacto directo com o metal
do tubo de gás relativamente a outras tubagens
das estruturas ou com as armaduras de

42
<< Índice

betão de paredes, pilares ou pavimentos; • As distâncias mínimas entre as tubagens


• Atravessar juntas de dilatação nem de gás e as outras tubagens sejam de 3 cm
juntas de ruptura da alvenaria ou betão; em percursos paralelos ou de 2 cm nos
• Passar no interior de elementos ocos, a cruzamentos;
não ser que fique no interior de uma • Os tectos falsos disponham de superfície
manga estanque e sem soluções de aberta suficiente, de forma a impedir a
continuidade, desembocando pelo menos acumulação de gás;
uma das extremidades dessa manga num • Todo o percurso da tubagem for visitável.
local ventilado;
• Ser instalada nas paredes de chaminés; 4. Soluções para o abastecimento
• Ser causa, pela construção de roços, de
diminuição da solidez ou de redução da
ventilação, da estanquidade ou do 4.1. Generalidades
isolamento térmico ou sonoro da obra.
De acordo com o previsto no Decreto-Lei
521/99 de 10 de Dezembro, na sua área de
concessão compete à EDP Gás Distribuição
O Roço deve ser
Roço
completamente estabelecer as pressões de alimentação das
cheio instalações de gás que, como é sabido, se
B
iniciam na válvula de corte geral (inclusive) e
A-B
A terminam na válvula de corte ao aparelho
(inclusive) (Art.º 3 da Portaria 361/98 de 26
PAREDE ACABADA
de Junho).
Furos a obturar
Neste capítulo, são apresentadas e
Fig. 20 – Preparação da parede
identificadas as soluções de distribuição de
gás aos edifícios.

Uniões 4.2. Distribuição 4 bar / 21 mbar


mecânicas
proibidas
Esta solução é representativa do abasteci-
mento a moradias, em que na caixa de
Não deve existir contacto abrigo é colocada, entre outros, a válvula de
com as partes metálicas
corte geral em local com acessibilidade de
grau 1, o redutor individual para 21 mbar, e
o contador.

Fig. 21 – Aspectos da instalação

3.5. Tubagem em tecto falso

As tubagens podem ser implantadas entre Z (RD) P 4 bar


os tectos falsos e os tectos, se forem
simultaneamente cumpridos os requisitos
seguidamente indicados (Art.º 16 da Portaria Ramal P 4 bar

361/98 de 26 de Junho, alterado pela Portaria Z - Válvula + Redutor Individual


690/2001 de 10 de Julho): (Redutor de Segurança) (4 bar/21 mbar)

Fig. 22 – Distribuição 4 bar / 21 mbar (moradias)

43
4.3. Distribuição 4 bar / 300 mbar / 21 mbar 4.3.2. Distribuição 4 bar / 300 mbar/ conduta
do edifício / coluna montante / 21 mbar
Para esta filosofia de abastecimento, existem
três variantes, função do tipo de edifício e Esta solução é representativa do
suas condicionantes, e que, por esse facto, abastecimento a edifícios colectivos com
serão alvo de tratamento individual. caves avançadas ou quando a partir da
válvula de corte geral existe a alimentação
4.3.1. Distribuição 4 bar / 300 mbar / coluna de várias colunas montantes. No limite de
montante / 21 mbar propriedade do edifício é colocada a válvula
de corte geral, em local com acessibilidade
Esta solução é representativa do abasteci- de grau 1, no interior de uma caixa e procede-
mento a edifícios colectivos, em que à entrada -se à redução para 300 mbar. Através da
do edifício é colocada a válvula de corte geral utilização das condutas de edifício, é feita a
e o redutor, reduzindo este a pressão para distribuição a cada uma das entradas onde
300 mbar. Após esta redução, a coluna é colocada uma segunda caixa que terá uma
montante faz a distribuição no interior do válvula de corte de um quarto de volta com
edifício e para cada fogo procede-se à encravamento.
redução, para 21 mbar, através do redutor
individual. O cumprimento desta norma é fundamental
para a exploração das instalações de gás,
Esta solução é a mais comum em edifícios garantindo a acessibilidade imediata aos
de habitação colectiva. órgãos de corte ao edifício, em caso de
emergência.

O projecto deverá reflectir esta


filosofia, sob pena de não ser
possível o abastecimento após
construção.
B
Coluna Montante A coluna montante a 300
30mbar (10%) mbar faz a distribuição no
X (RD) P 4bar interior do edifício e para cada
fogo procede-se à redução,
através do redutor individual,
Ramal P 4bar para a pressão de 21 mbar.
X - Válvula + Redutor de Edifício (4 bar/300 mbar)

Pormenor B
Interior da Habitação

1,5 mbar

Válvula de Corte
ao aparelho

Redutor Individual
(Redutor de Segurança)
(300 mbar/21 mbar)

Fig. 23 – Distribuição 4 bar / 300 mbar / coluna montante / 21 mbar (edifícios colectivos)

44
<< Índice

Pormenor B Interior da Habitação


1,5mbar

Válvula
de Corte
ao aparelho

Redutor Individual
(Redutor de Segurança)
(300 mbar/21 mbar)

B
Coluna Montante
P 300mbar
W

Limite da Propriedade B

Cave
W
Y
Ramal P 4bar

Conduta de Edifício
Limite da Edificação
P 300mbar

(RD) P 4bar

X - Válvula + Redutor de Edifício (4 bar/300 mbar)


W - Válvula

Fig. 24 – Distribuição 4 bar / 300 mbar / conduta do edifício / coluna montante / 21 mbar (edifícios colectivos)

4.3.3. Distribuição 4 bar / 300 mbar/ conduta alvéolo técnico, onde se reduz
do edifício / 21 mbar individualmente a pressão para os 21 mbar
e se procede à contagem.
Esta solução é representativa do
abastecimento a edifícios colectivos,
nomeadamente conversões com alvéolo
técnico exterior, em que à entrada do edifício
é colocada a válvula de corte geral em local
com acessibilidade de grau 1 e redutor de
edifício, reduzindo-se a pressão para 300
mbar. Através da utilização das condutas de
edifício, quer enterradas quer aéreas, o gás
é conduzido à segunda caixa, normalmente
nas traseiras do edifício e designada por

45
1,5mbar

X
(RD)

1,5mbar (5%)
Ramal P 4bar
Conduta de Edifício

X - Válvula + Redutor de Edifício (4 bar/ 300 mbar)


Y - n Redutores individuais (redutor segurança – 300/21 mbar
+ n Contadores (alvéolo técnico exterior)

Fig. 25 – Distribuição 4 bar / 300 mbar/ conduta do edifício / 21 mbar (edifícios colectivos)

no exterior do edifício, em local de


acessibilidade de grau 1.

As caixas de abrigo devem ser exteriormente


marcadas com a palavra “GÁS” em
caracteres indeléveis e com a indicação
“Proibido fumar ou foguear” ou com esta
expressão simbolicamente representada.

Se as caixas de abrigo estiverem agrupadas


num mesmo local, cada uma delas deve
possuir indicações indeléveis que identifiquem
claramente (ET 425) qual o número de
entrada ou o fogo que o conjunto válvula de
corte, redutor e contador alimenta.
Fig. 26 – Alvéolo técnico

5.2. Instalação das caixas de abrigo

5. Caixas de Abrigo No limite de propriedade, na entrada de cada


edifício ou na proximidade deste, mas
sempre acessível pelo exterior, deve existir
5.1. Generalidades uma válvula de corte geral (ET 402) alojada
no interior de uma caixa de abrigo.
As caixas de abrigo devem ser fechadas,
secas e ventiladas, situadas de preferência As caixas de abrigo devem ser encastradas

46
<< Índice

ou fixas, na parede, maciço ou muro do accionado, só pode ser rearmado pela EDP
edifício que servem, de forma a: Gás Distribuição (Art. 18º da Portaria 361/98
de 26 de Junho com as alterações
a) Abrirem num acesso público; introduzidas pela Portaria 690/2001 de 10 de
b) Não servirem de elemento de suporte; Julho).
c) Quando encastradas, não deixarem
espaços ocos. Deverá, também, ficar instalado, de
preferência, junto da entrada, em local de
O topo da caixa de abrigo deve ser protegido acessibilidade de grau 1, numa caixa fechada
com um lintel construído na parede ou muro embutida ou encastrada na parede do
de encastramento. A distância entre o fundo edifício e com acesso pelo exterior do mesmo
da caixa de abrigo e o pavimento não deve com excepção, quando necessário, em casos
ser inferior a 40 cm nem superior a 140 cm de conversão e de reconversão. (Art. 18º da
(fig. 27), adoptando-se sempre que possível Portaria 690/2001 de 10 de Julho).
40 cm.
5.3.1. Caixas de abrigo para os edifícios
No caso de já se encontrarem instalados unifamiliares
armários de contadores eléctricos, as caixas
de abrigo devem ser encastradas à mesma Utilizam-se dois tipos de caixas, função do
altura. caudal (m3/h (n)), a saber:

a) S 2300, de acordo com a ET 436, para


caudais máximos até 6 m3/h (n) (fig. 28);
b) S 300, de acordo com a ET 434, para
caudais máximos até 16 m3/h (n) (fig. 29).

No intuito de permitir uma melhor


acessibilidade para operação e manutenção
dos equipamentos deverá, sempre que
possível, ser utilizada caixa S300, mesmo
que para caudais máximos até 6 m3/h (n).
Máx. 140 cm
Mín. 40 cm

350
E = 170

Fig. 27 – Instalação das caixas de abrigo


485 E = 467

5.3. Características das caixas de abrigo e


dos dispositivos de corte
E = 325 197

No interior da caixa de abrigo existe, entre


outros, um dispositivo de corte, designado
por válvula de corte geral ao edifício (ET 402),
a qual constitui o ponto de início da instalação (em mm)
de gás nele inserida. Deverá ser do tipo de
corte rápido com encravamento e, uma vez Fig. 28 – Caixa de abrigo do tipo S 2300

47
A caixa de abrigo conterá, sempre que
232 possível, os três equipamentos, a saber:
216 535 válvula de corte geral, redutor e contador.

O contador é fornecido pela EDP Gás


E = 497 Distribuição, de acordo com o estabelecido
no anexo V; o redutor deve ser seleccionado
517
de acordo com o estabelecido no anexo IV;
as válvulas de corte geral a utilizar em
moradias são de acordo com a especificação
E = 504
técnica ET 402.

Deverão, obrigatoriamente, ser tamponados


os dois extremos da tubagem que, no futuro,
(em mm) permitirão a instalação do redutor individual.

Fig. 29 – Caixa de abrigo do tipo S 300 As caixas de abrigo poderão ser construídas
em alvenaria e a sua porta em conformidade
com o disposto na especificação técnica ET 437.

5.3.2. Caixas de abrigo para edifícios


6
colectivos

5.1
110 mm 7 Sempre que uma instalação inclua várias
300 mm

5
8
colunas montantes alimentadas pelo mesmo
4 9
ramal de edifício deve, para além do
dispositivo de corte geral colocado no limite
3
do edifício, cada uma delas ser equipada
2
com um dispositivo de corte de um quarto
1 de volta (Art.º 18 da Portaria 361/98 de 26 de
Junho). As válvulas de corte geral a utilizar
em edifício colectivo são de acordo com a
Pos. Descrição
especificação técnica ET 402.
Observações
1 Ramal de edifício PE SDR 11
Tipo de caixas, função do equipamento a
2 Baínha metálica
instalar:
3 Transição PE / Metal Acessório de roscar
c/ junta esferocónica
4* Válvula 1/4 de volta com Junta esferocónica
encravamento manual a) S 300 e S 2300, para albergar equipa-
5 Curva de ligação Junta esferocónica mento de corte e redução para caudais
5.1** Tampão de saída de 5 Junta esferocónica até 30 m3/h (n) (fig. 30);
6 Redutor de pressão De acordo com
Anexo IV do Manual
b) Para o caso de caudais superiores a 80
7 Curva de ligação ao G4 m 3 /h (n), as caixas de abrigo, são
contador
8 Ligação à terra De acordo com o normalmente realizadas em alvenaria e
ponto 5.4 do Manual
Caixa de entrada de De acordo com o a sua porta em conformidade com o
9 edifício ponto 5.3.1 do Manual
disposto na especificação técnica ET 437.
* Solução a adoptar na válvula de derivação de piso e
na válvula de derivação de fogo
** A retirar aquando da montagem do redutor Deverão, obrigatoriamente, ser tamponados
os dois extremos da tubagem que, no futuro,
Fig. 30 – Esquema do interior da caixa de abrigo de edifício
unifamiliar permitirão a instalação do redutor de edifício.

48
<< Índice

caudais superiores a 16 m3/h (n) as caixas,


6 normalmente, são em alvenaria, podendo
ser em metal, tendo de respeitar os requisitos
7.1
5.1
estabelecidos na ET 206 da EDP Gás
7
Distribuição. Para caudais até 16 m3/h (n)
5
8 podem ser utilizadas a caixas S 300.
4 9
Deverão, obrigatoriamente, ser tamponados
3 os dois extremos da tubagem que, no futuro,
2 permitirão a instalação do redutor individual.

1
5.4. Ligação à terra

Pos. Descrição Observações


A ligação à terra de uma instalação é feita
1 Ramal de edifício PE SDR 11 na caixa de abrigo de edifício (fig. 30 e 31) e
obedece aos seguintes requisitos:
2 Baínha metálica

3 Transição PE / Cu Acessório de roscar c/


junta esferocónica • Piquete de terra com abraçadeira de cobre;
4 Válvula de corte geral - Junta esferocónica
golpe de punho • Fio condutor, multifilar, se secção igual a
5 Curva de ligação Junta esferocónica 16 mm2;
5.1* Tampão de saída de 5 Junta esferocónica • Ligação à tubagem por intermédio de
6 Redutor de pressão De acordo com abraçadeira.
Anexo III do Manual
7 Válvula 1/4 de volta Junta plana

7.1* Tampão na entrada de 7 Junta plana 5.5. Exemplos de colocação


8 Ligação à terra para De acordo com o
coluna montante ponto 5.4 do Manual
Caixa de entrada de
As imagens seguintes pretendem servir de
9 De acordo com o
edifício ponto 5.3.2 do Manual exemplo à boa integração das caixas de
* A retirar aquando da montagem do redutor abrigo na arquitectura existente:
Fig. 31 – Esquema do interior da caixa de abrigo de edifício
colectivo

5.3.3. Caixas de abrigo para clientes pequeno


terciário

As caixas de abrigo para os clientes


classificados como pequeno terciário são
tratadas em detalhe na especificação técnica
ET 206, da EDP Gás Distribuição.

A caixa de abrigo, nos clientes pequeno


terciário, para além do sistema de corte,
redução, contagem, deve conter sempre um
manómetro de 0-600 mbar, com 100mm de
diâmetro e precisão de +/- 0,5%. Para além
destes requisitos, em função do tipo de
utilização poderá ser necessário colocar uma
electroválvula de acordo com a norma NP
1037-3 e outras normas aplicáveis. Para

49
6. Redutores (por exemplo no caso de moradias), o redutor
a seleccionar não bloqueia por excesso de
pressão a jusante. Este redutor, na presença
6.1. Redutores de edifício de uma sobrepressão a jusante, dispara
libertando uma determinada quantidade de
Os redutores a instalar em edifícios colectivos gás para a atmosfera. O tipo de redutor é
de habitação cumprirão o disposto na conhecido como “redutor de alvéolo”.
especificação técnica ET 207 da EDP Gás
Distribuição. No Anexo IV deste manual, explicitam-se as
características técnicas dos redutores
Os referidos redutores, também designados aprovados pela EDP Gás Distribuição.
por redutores de 3ª classe, têm como função
promover a redução da pressão de saída do
7. Coluna montante
gás, da pressão da rede de distribuição para
a pressão de serviço da coluna montante:
300 mbar. A coluna montante é constituída por um
conjunto de tubagens e acessórios, ligados
A definição do redutor a ser instalado pela ao ramal ou conduta de edifício, geralmente
EDP Gás Distribuição será obtida em função instalados nas partes de uso comum do
do consumo total do edifício (em m3/h (n)), mesmo, que permite o abastecimento de
indicado pelo projectista e constante no gás aos diferentes pisos do edifício.
projecto de instalação de rede de gás afecto
ao imóvel a abastecer. 7.1. Edifícios com coluna montante interior

No Anexo III deste manual, explicitam-se as As colunas montantes instaladas no interior


características dos redutores aprovados pela dos edifícios colectivos não devem atravessar
EDP Gás Distribuição e a sua selecção em o interior de qualquer dos fogos (Art.º 30º da
função do caudal. Portaria 361/98 de 26 de Junho).

6.2. Redutores individuais As colunas montantes podem ser instaladas


nos espaços interiores de uso comum dos
Os redutores individuais, de acordo com o edifícios de habitação colectiva nas seguintes
disposto no Art.º. 2º da Portaria 361/98 de condições (Art.º 31º da Portaria 361/98 de 26
26 de Junho, serão do tipo «redutor de de Junho):
segurança» com dispositivo de segurança
incorporado que, automaticamente, provoca a) Em canaletes, exclusivamente reservados
a interrupção do fluxo de gás sempre que à tubagem de gás;
se verifique pelo menos uma das seguintes b) Embebidas nas paredes, desde que
condições: construídas com tubos de aço ou de cobre,
sendo os tubos de aço soldados
a) A pressão a montante seja inferior ou electricamente e os de cobre por
exceda uma certa percentagem do seu brasagem capilar forte, com o mínimo de
valor nominal; juntas possível.
b) A pressão a jusante não atinja (por excesso
de caudal) ou exceda valores prefixados. As juntas mecânicas e as brasagens das
tubagens embebidas devem ficar contidas
Estes redutores farão a redução para 21 mbar. em caixas de visita com acessibilidade de
grau 3 (Art.º 31º da Portaria 361/98 de 26 de
Se a caixa para instalar o redutor for exterior Junho).

50
<< Índice

Uma solução técnica que incrementa a devem ficar instalados imediatamente a


segurança das instalações de gás consiste seguir à entrada da tubagem em cada fogo,
na colocação das colunas montantes e se não for viável a sua instalação no exterior.
contadores em galeria técnica, exclusiva para
gás. As galerias devem ser: 7.3. Coluna montante em edifícios de
grande altura
• Livremente ventiladas;
• Com protecção nas extremidades, superior São edifícios de grande altura os imóveis
e inferior, de forma a impedir a entrada de assim classificados pela regulamentação de
matérias estranhas capazes de danificar a segurança, nomeadamente os que têm
tubagem mecanicamente ou por acção altura superior a 28 m contados a partir do
corrosiva; acesso mais desfavorável para os bombeiros.
• De material resistente ao fogo. Deverão ter as seguintes características:

No caso da utilização de galerias técnicas, a) As colunas montantes podem ser interiores,


o acesso aos contadores, instalados nas desde que colocadas e localizadas de
galerias técnicas, deve estar protegido por modo a não porem em causa o
uma porta corta-fogo que resista ao fogo, cumprimento dos requisitos de segurança
pelo menos 1 hora. do Regulamento de Segurança e
Prevenção de Incêndios em Edifícios,
7.2. Edifícios com coluna montante exterior aplicáveis a edifícios de grande altura.
Neste caso, os contadores devem ser
As colunas montantes exteriores podem ficar implantados o mais próximo possível da
à vista, desde que protegidas em toda a sua coluna montante, dentro de
extensão contra a corrosão e mecanicamente compartimentos reser vados mas
por bainha de aço pelo menos até 2,5 metros comunicantes com os canaletes ou com
de altura do solo. as galerias técnicas, função da solução
adoptada;
A coluna montante deve ficar afastada, no b) O acesso ao compartimento dos conta-
mínimo, 1 metro de qualquer abertura ou dores e aos canaletes deve estar protegido
janela existente no edifício. Esta distância por uma porta que resista ao fogo, pelo
pode ser reduzida, no caso da coluna menos 1 hora;
montante ficar contida num canalete ou c) Essa porta deve abrir para fora e retornar
bainha metálica com os seguintes requisitos: automaticamente à posição de fechada.
Do lado de dentro da porta, junto ao
• Ter uma secção superior a 100 cm2 e ser pavimento, deve existir um murete com
exclusivamente reservado para a coluna altura 0,2 m;
montante; d) Os canaletes das colunas montantes
• Ser ventilado e possuir uma rede corta- devem ser ventilados, a abertura inferior
-chamas a proteger a abertura inferior; do canalete deve ficar situada a uma
• Abertura superior do canalete deve ser altura 2 m acima do nível do arruamento
protegida contra a acção dos agentes e ser protegida com uma rede corta-
atmosféricos e contra a obstrução, -chamas. A caleira entre a vertical dos
nomeadamente resultante de aves e insectos; canaletes e a abertura inferior deve ter
• As saídas do canalete para as derivações uma inclinação igual ou superior a 1 %;
de piso devem ser convenientemente e) Não é permitida a utilização de garrafas
vedadas. de GPL (Art.º 59º da Portaria 361/98 de 26
de Junho);
Os dispositivos de corte das derivações f) A montagem de aparelhos de gás só é

51
permitida desde que a potência global de 27º da Portaria 361/98 de 26 de Junho
cada fogo alimentado não ultrapasse 70 kW com as alterações introduzidas pela
(Art.º 40 da Portaria 690/2001 de 10 de Julho). Portaria 690/2001 de 10 de Julho).

8. Derivações de Piso e Fogo As válvulas a instalar terão como requisito


mínimo a respeitar serem de macho esférico
de passagem integral de 3⁄4”, sendo proibida
8.1. Instalação a utilização de válvulas de 1⁄2” ISO.

As derivações de piso devem ser implantadas 8.3. Contador e redutor


ao longo das paredes (Art.º 23º da Portaria
361/98 de 26 Junho). Compreendem toda a Os pontos de penetração e de saída das
tubagem, desde a coluna montante até ao tubagens dos contadores devem ser
ponto de penetração em cada fogo, e incluem obturados de uma forma estanque com
a válvula de derivação de piso, o redutor materiais inertes (Art.º 53º da Portaria 361/98
individual com segurança incorporada que de 26 de Junho).
fará a redução para 21 mbar e o contador
(este último propriedade da EDP Gás Os contadores e os redutores de segurança
Distribuição). devem ser instalados de modo a ficarem
fixos ou apoiados, não susceptíveis de afectar
Todas as derivações cujo contador não estiver a estanquidade do sistema ou o seu bom
instalado, devem ter, obrigatoriamente, os funcionamento (Art.º 53º da Portaria 361/98
seus extremos tamponados. de 26 de Junho).

8.2. Válvulas de corte Os contadores de gás e os respectivos


redutores de segurança devem ser instalados
As instalações de gás devem possuir válvulas em caixa fechada, seca e ventilada, situada
de corte, pelo menos, nos seguintes pontos de preferência no exterior do fogo, em local
(Art.º 24º da Portaria 361/98 de 26 Junho): permanentemente acessível (Art.º 27º da
Portaria 361/98 de 26 de Junho com as
a) No início de cada derivação de piso, alterações introduzidas pela Portaria
instaladas em caixas de visita, seladas 690/2001 de 10 de Julho). Conforme já
pela EDP Gás Distribuição; indicado, no exterior da Caixa de Abrigo deve
b) Imediatamente a montante de cada estar inscrita a palavra “Gás” em caracteres
contador de gás; indeléveis e a expressão “Proibido fumar ou
c) No ponto de entrada da tubagem em foguear”, ou os símbolos correspondentes.
cada fogo, se a distância do redutor de
segurança existente a montante do O conjunto contador e redutor deve encontrar-
contador for superior a 20m do fogo -se identificado em conformidade com o
considerado. A válvula de corte pode ser disposto na especificação técnica da EDP
instalada no interior do fogo, Gás Distribuição ET 425, relativamente ao n.º
imediatamente a seguir à entrada da de entrada e/ou fogo que alimenta.
tubagem (Art.º 28º da Portaria 361/98 de
26 de Junho); 9. Instalação de Gás a jusante do
d) Quando as várias válvulas de corte se contador
encontram agrupadas, cada uma delas
deve indicar de forma indelével o fogo A jusante do contador, a tubagem instalada
que serve (ET 425). Deve também estar para servir determinado fogo só pode
em local de acessibilidade grau 2 (Art.º atravessar instalações privadas desse mesmo

52
<< Índice

fogo (Art.º 28º da Portaria 361/98 de 26 b) Não é permitida a instalação de aparelhos


Junho). Quer isto dizer que não são permitidas de queima do tipo A, desde que as
derivações da tubagem a jusante de um potências instaladas excedem os valores
contador de um fogo com a finalidade de apresentados na tabela 8:
servir outro fogo.
Aparelhos Potência nominal
Cada aparelho de queima deve ser precedido
Fogões e mesas de encastrar Sem limitação
por uma válvula de corte de gás, do tipo de
1⁄4 de volta (Art.º 54º da Portaria 361/98 de Máquinas de lavar 8,7 kW
26 de Junho). Termoacumuladores 4,2 kW
Caloríferos independentes 4,6 kW
As válvulas de corte aos aparelhos devem Frigroríficos 2,3 kW
ficar situadas entre 1 e 1,40m acima do nível
Tab. 8 – Potências máximas permitidas por cada tipo de
do pavimento (fig. 32), e devem, aparelho
preferencialmente, ser visíveis e facilmente
acessíveis depois do aparelho montado (Art.º
28º da Portaria 361/98 de 26 de Junho). c) É proibida a colocação de aparelhos do
tipo A e B em locais destinados a quartos
Entre um esquentador e um fogão deve haver de dormir e casas de banho.
uma distância mínima de 0,40 m, a fim de
evitar que os produtos da combustão e/ou d) A instalação dos aparelhos gasodomés-
vapores dos cozinhados penetrem no circuito ticos, nas diversas fracções, tem de
de combustão do esquentador. Esta distância respeitar a regulamentação que rege as
pode ser encurtada se existir uma barreira condições de ventilação, de evacuação
que torne estanque a comunicação entre os dos produtos de combustão e de
dois equipamentos (fig. 32). alimentação de ar comburente.
Neste contexto, os apartamentos do tipo
Qualquer troço individualizado da instalação T0, só podem receber aparelhos
de gás, seja para fornecer gás a um estanques (Tipo C), sendo, expressamente,
equipamento já instalado, seja para alimentar proibida a instalação de fogões ou outros
um outro qualquer no futuro, deve terminar aparelhos não estanques.
numa válvula de corte. Se esse troço não
estiver ligado ao equipamento, essa válvula 10.2. Ligação de aparelhos de queima à
deve ser tamponada exteriormente de modo instalação de gás
a impedir a saída de gás por inadvertida
operação da referida válvula. A ligação dos aparelhos de queima de gás
à instalação de gás é crítica, em termos de
10. Instalação dos equipamentos de segurança. A não utilização de juntas de
queima vedação adequadas (por exemplo juntas
para instalações de água), poderá ocasionar
10.1. Instalação dos aparelhos de queima fugas de gás, que se podem desenvolver
após algum tempo de utilização da
Deverão ser assegurados os seguintes instalação.
aspectos:
Devem utilizar-se tubos metálicos rígidos ou
a) A instalação dos aparelhos de queima só flexíveis, nas ligações de:
deve ser executada por uma empresa
credenciada para o efeito, pela Direcção- a) Fornos independentes e mesas de trabalho
-Geral de Energia e Geologia (DGEG); independentes;

53
b) Aparelhos de aquecimento de água; Os tubos flexíveis de borracha devem
c) Aparelhos de aquecimento de ambiente, respeitar os requisitos explicitados na norma
do tipo fixo. NP 4436: 2005, têm uma validade de 5 (cinco)
anos a contar da data de fabrico e devem
Devem utilizar-se tubos flexíveis, metálicos ficar montados de forma a:
ou não metálicos, de comprimento máximo
1,50m, nas ligações de: a) Não ficarem em contacto com as partes
quentes do aparelho;
a) Fogareiros e fogões; b) Serem facilmente acessíveis, em toda a
b) Aparelhos amovíveis de aquecimento sua extensão;
ambiente; c) Não ficarem sujeitos à acção das chamas
c) Máquinas de lavar e/ou secar roupa. ou dos produtos da combustão;
d) Não cruzarem as costas do fogão.

A ligar à conduta
de evacuação geral
m
03
***

0,

0,03m 0,03m
Ligação metálica Min. 0,40m*
Ligação flexível (NP 4436:2005)**
Máx. 1,40m

Mín.. 1,00m

Tubo de cobre

* ou intercalar um separador
** em vez de fogão, se se pretender instalar uma placa de encastrar, utiliza-se uma ligação metálica
*** comprimento superior a 2xø ext. da conduta, com o mínimo de 20 cm.

Fig. 32 – Aspecto típico de uma instalação de gás no interior de um fogo

54
<< Índice

10.3. Evacuação dos produtos de combustão regulação ou obturação da tiragem nele


instalado;
A evacuação dos gases de combustão é feita b) Atravessar qualquer divisão principal da
para a atmosfera directamente pelas casa, para além daquela em que o
condutas de exaustão, pelas chaminés ou aparelho está instalado;
courettes que funcionam como colectores c) Ser utilizado PVC na construção de
das diversas condutas de exaustão existentes chaminés, pois, tratando-se de um material
na mesma prumada do edifício. termoplástico, deforma-se facilmente com
o calor, podendo mesmo obturar
O dimensionamento destes colectores deve completamente a secção útil da conduta.
ser realizado de modo a assegurar uma Além disso, o PVC, ao inflamar-se, produz
completa e eficaz evacuação dos produtos vapores de ácido clorídrico que são tóxicos
de combustão, gerados pelos diferentes e corrosivos.
equipamentos a ela ligados.
O comprimento e a inclinação da conduta
10.4. Condutas de exaustão devem estar de acordo com o estipulado na
norma NP 1037-1.
As condutas de exaustão dos gases de
combustão têm que obedecer aos requisitos
da norma NP 1037 – 1, pelo que a conduta Comprimento da conduta Inclinação
deve: L I
m %
a) Ter um diâmetro igual ou superior ao troço L 1 I>0
de tubo de saída do dispositivo anti-retorno 1<L 3 I 3
do aparelho considerado; 3<L 6 I 10
b) Não sofrer redução do seu diâmetro em
Tab. 9 – Inclinação em função do comprimento da conduta
nenhum ponto da sua extensão;
c) Ter um troço recto e vertical, imediata-
mente à saída do aparelho, de
comprimento igual ou superior a duas 10.5. Alimentação de ar de combustão dos
vezes o diâmetro externo da conduta e aparelhos a gás
nunca inferior a 20 cm;
d) Penetrar na chaminé num ponto que diste A área livre dos orifícios de passagem que
pelo menos 0,50 m da base da chaminé; atravessam as paredes exteriores terá que
e) Estar isenta de mudanças de direcção obedecer às normas vigentes, nomeadamente
que obriguem os produtos da combustão NP 1037 – 1 e prNP 1037 – 2. Esta é
a percorrer troços descendentes; determinada em função das necessidades
f) Ser facilmente desmontável; de ar dos aparelhos alimentados, disposição
g) O diâmetro mínimo das condutas de e volume da fracção. Assim, de modo a
evacuação depende da potência em prever os equipamentos standard a gás,
causa, de acordo com a norma NP EN 30- dever-se-á considerar uma área mínima livre
1-1:2000; de 100cm2.
h) Ser de alumínio puro, 99,5%, usado sob
a forma de tubo pregueado, flexível, para
a ligação de aparelhos do tipo B.

A conduta não pode:

a) Dispor de qualquer equipamento de

55
Tecto Conduta

Porta

Aparelho
ALÇADO

CORTE

Pavimento

3 cm 3 cm Parede
PLANTA
3 cm

Porta

Fig. 33 – Aspectos e distâncias na instalação de aparelhos de queima

10.6. Características de compartimentos aparelho de aquecimento ou produção de


com aparelhos a gás água quente, não é requerido um volume
total mínimo, desde que:
A instalação dos aparelhos termodomésticos
alimentados a gás exige que o a) Esse local tenha, pelo menos, duas
compartimento onde o equipamento é aberturas de ventilação, cada uma com
instalado tenha um volume superior a 8 m3. uma secção não inferior a 500 cm 2 ,
estando uma localizada ao nível do
O volume total pode ser reduzido a 6 m3 se: pavimento e a outra o mais alto possível;
b) Essas aberturas comuniquem directamente
a) O compartimento tiver uma comunicação com o ar livre ou com um compartimento
permanente com outro local bem arejado; contíguo devidamente ventilado.
b) O equipamento instalado for exclusiva-
mente destinado à cozedura de alimentos 11. Ensaios
ou à produção de água quente;
c) A potência calorífica total instalada não
exceder 4,6 kW. Os ensaios de estanquidade e resistência
mecânica são realizados por Entidades
Se o local de instalação do equipamento for Inspectoras, de acordo com o disposto nos Art.º
exclusivamente reservado para alojar um só 63º, 64º e 65º da Portaria 361/98 de 26 de Junho.

56
enquadramento .01

empreendimentos
urbanísticos .02

redes de distribuição .03

instalação de gás .04


em edifícios

anexos .05
anexo I
Dimensionamento da instalação de gás em edifícios

58
<< Índice

1. Características do gás a distribuir (Gás Natural do Tipo H)

Composição média (mole, %)

• Metano 83,70%
• Outros hidrocarbonetos 10,47%
• Azoto 5,40%
• Dióxido de carbono 0,23%
• Hélio 0,20%

Peso molecular 18,78

Poder calorífico inferior 37,91 MJ/m3 (n) / 10,530 kWh/m3 (n)


Poder calorífico superior 42,00 MJ/m3 (n) / 11,667 kWh/m3 (n)
Densidade 0,65
Índice de Wobbe (s) 52,09 MJ/m3 (n) / 14,470 kWh/m3 (n)

2. Pressões de serviço, perdas de carga e velocidades máximas admissíveis

2.1. Solução 4 bar / 21 mbar (ver fig. 22, pág. 43)

Pressão a jusante do redutor (individual): 21 mbar


Perda de carga: P 1,5 mbar
Velocidade máxima admissível: v 10 m/s

2.2. Solução 4 bar / 300 mbar / 21 mbar

2.2.1. Distribuição 4 bar / 300 mbar / coluna montante / 21 mbar (ver fig. 23, pág. 44)

Pressão a jusante do primeiro redutor (colectivo): 300 mbar


Perda de carga: P 30 mbar ( 10%)
Velocidade máxima admissível: v 15 m/s

Pressão a jusante do segundo redutor (individual): 21 mbar


Perda de carga: P 1,5 mbar
Velocidade máxima admissível: v 10 m/s

2.2.2. Distribuição 4 bar / 300 mbar / conduta de edifício / coluna montante / 21 mbar
(ver fig. 24, pág. 45)

Pressão na conduta de 300 mbar ( P conduta de edifício)


edifício (redutor colectivo):
Pressão da coluna montante 300 mbar Pconduta de edifício
(sem redutor na caixa de abrigo):
Perda de carga
(conduta de edifício + coluna montante): P 30 mbar ( 10%)
Velocidade máxima admissível: v 15 m/s

59
Pressão a jusante do segundo redutor (individual): 21 mbar
Perda de carga: P 1,5 mbar
Velocidade máxima admissível: v 10 m/s

2.2.3. Distribuição 4 bar / 300 mbar / conduta de edifício / 21 mbar (ver fig. 25, pág. 46)

Pressão a jusante do primeiro redutor (colectivo) 300 mbar


Perda de carga: P 15 mbar ( 5%)
Velocidade máxima admissível: v 15 m/s

Pressão a jusante do segundo redutor (individual) 21 mbar


Perda de carga: P 1,5 mbar
Velocidade máxima admissível: v 10 m/s

3. Potência dos equipamentos e potência média por fogo

Na tabela seguinte, estão indicadas as potências nominais dos equipamentos geralmente


mais utilizados.

Potência nominal Potência nominal


Aparelhos Aparelhos
(kW) (kW)
Fogareiro 3,5 Esquentador
Fogão: instantâneo água:
- pequeno c/ forno 9,0 - 5 / min 12
- médio c/ forno 12,0 - 11 / min 23
- industrial 60,0 - 14 / min 28
Forno independente 6,0 - 16 / min 32
Grelhador / Frigideira 16,0 Termoacumulador:
Fritadeira 27,0 - normal 3
- rápido 8
- ultra-rápido 18
Aquecimento ambiente 26

Tab. 1 – Potências nominais de aparelhos a gás

Devem considerar-se as potências nominais dos aparelhos e não as potências úteis (potência
nominal afectada do factor de rendimento do aparelho).

Nos dimensionamentos apresentados nos quadros seguintes, a EDP Gás Distribuição


considerou um nível de conforto, que admite venha a ser procurado na sequência da melhoria
dos padrões de vida que se tem vindo a registar. Se não se tiver em consideração este
aspecto poderá, no futuro, tornar-se impraticável a instalação de equipamentos que permitam
uma melhoria de conforto.

Assim, como valor médio a considerar, admitiu-se uma potência instalada de 39 kW (caldeira
e fogão).

60
<< Índice

4. Coeficiente de simultaneidade

Aparelhos Potência nominal


1 1
2 0,70
3 0,60
4 0,55
5, 6 e 7 0,50
8, 9 e 10 0,45
> 10 0,40

Tab. 2 – Coeficiente de simultaneidade

5. Comprimento equivalente e caudal

Para efeitos de cálculo, considerou-se:

Comprimento do troço horizontal entre a entrada no edifício e os equipamentos: 10 m


Altura dos pisos: 3m
Potência instalada por fogo: 39 kW
Comprimento equivalente: 1,2 x L
L Nº de fogos por piso
Nº de 1 2 3 4 5
Pisos Equivalente
(M) Caudal c/ aquecimento (Nm3/h)
2 19,2 5,2 8,1 11,1 13,3 14,8
3 22,8 6,7 11,1 15,0 17,8 22,2
4 26,4 8,1 13,3 17,8 23,7 29,6
5 30 9,3 14,8 22,2 29,6 37,0
6 33,6 11,1 17,8 26,7 35,6 44,5
7 37,2 13,0 20,7 31,1 41,5 51,9
8 40,8 13,3 23,7 35,6 47,4 59,3

Tab. 3 – Comprimento equivalente e caudais (m3/h (n))

6. Diâmetros da coluna montante

6.1. Solução 4 bar / 300 mbar / coluna montante / 21 mbar

Nº de fogos por piso


Nº de Pisos
1 2 3 4 5
2 18 18 18 22 22
3 18 22 22 22 28
4 18 22 28 28 28
5 22 22 28 28 35
6 22 28 28 35 35
7 22 28 35 35 42
8 28 28 35 42 42

Tab. 4 – Diâmetros exteriores normalizados para tubagens em Cobre (mm)

61
Nº de fogos por piso
Nº de Pisos
1 2 3 4 5
2 17,1 21,3 26,7 26,7 26,7
3 21,3 26,7 26,7 26,7 33,4
4 21,3 26,7 26,7 33,4 33,4
5 26,7 26,7 33,4 33,4 42,2
6 26,7 33,4 33,4 42,2 42,2
7 26,7 33,4 42,2 42,2 42,2
8 26,7 33,4 42,2 42,2 48,3

Tab. 5 – Diâmetros exteriores normalizados para tubagens em aço (mm)

7. Dimensionamento no interior dos fogos

Consumo em kW Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3


Troço Material Equipamento Total L. D. Ext. L. D. Ext. L. D. Ext.
Fogão Caldeira troço (m) (mm) (m) (mm) (m) (mm)
O-A 9 30 39 6 22 12 28 18 28
A-B Cobre 0 30 30 4 22 4 22 4 22
A-C 9 0 9 7 18 7 18 7 18
O-A 9 30 39 6 26,7 12 33,4 18 33,4
A-B Aço 0 30 30 4 26,7 4 26,7 4 26,7
A-C 9 0 9 7 21,3 7 21,3 7 21,3

Tab. 6 – Diâmetros exteriores normalizados para tubagens em aço e em cobre L=Lreal

O (7 - 13 - 20) A 7 C

3 Fogão / Forno
Contador (9 kW)

Caldeira (30 kW)

62
<< Índice

Consumo em kW Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3


Troço Material Equipamento Total L. D. Ext. L. D. Ext. L. D. Ext.
Fogão Caldeira troço (m) (mm) (m) (mm) (m) (mm)
O-A 9 30 39 6 28 12 28 18 28
A-B Cobre 9 0 9 4 15 4 15 4 15
A-C 0 30 30 7 22 7 22 7 28
O-A 9 30 39 6 33,4 12 33,4 18 33,4
A-B Aço 9 0 9 4 17,1 4 17,1 4 17,1
A-C 0 30 30 7 26,7 7 26,7 7 26,7

Tab. 7 – Diâmetros exteriores normalizados para tubagens em aço e em cobre L=Lreal

O (7 - 13 - 20) A 7 C

Caldeira
(30 kW)
3

Contador

Fogão / Forno
(9 kW)

63
anexo II
Projectos de rede de distribuição (RD) em
loteamentos ou urbanizações

64
<< Índice

O presente anexo tem por objecto definir requisitos a que devem obedecer a elaboração
do projecto das RD e é aplicável tanto para as peças desenhadas como para as peças
escritas.

O projecto deve ser constituído pelos seguintes elementos:


a) Termo de Responsabilidade;
b) Cópia da licença de projectista de redes de gás;
c) Cópia do B.I. do projectista;
d) Memória descritiva e justificativa;
e) Mapa de medições;
f) Orçamento;
g) Planta de localização;
h) Peças desenhadas.

1. Termo de Responsabilidade

O Termo de Responsabilidade deve ser executado de acordo com a Portaria 1110/2001, de


19 de Setembro. No Termo de Responsabilidade deve constar, obrigatoriamente, o número
de inscrição na D.G.E.G. e a legislação vigente relativa às RD, nomeadamente Portaria 386/94
de 16 de Junho alterada pela Portaria 690/2001 de 10 de Julho, Dec. Lei 521/99 de 10 de
Dezembro e Dec. Lei 263/89 de 17 de Agosto.

2. Cópia da licença de Projectista de Redes de Gás

Deve ser anexada ao projecto uma cópia da licença do projectista, a qual serve para verificar
o número de inscrição referido no Termo Responsabilidade e se a própria licença está
actualizada.

3. Cópia do bilhete de identidade do Projectista

Deve ser anexada ao projecto uma cópia do B.I., a qual serve para verificar se a assinatura
do projecto corresponde à assinatura do B.I.

4. Memória descritiva e justificativa

O projectista deve identificar de uma forma clara, o requerente, a localização do


empreendimento, o fim a que se destina e o número de fogos previstos. Tem, ainda, que
referir a legislação que observou na realização do projecto bem como especificações e/ou
normas técnicas. Deve ainda definir, de entre os materiais susceptíveis de utilização, quais
os adoptados e os procedimentos a respeitar na construção mecânica e civil e especificar
os ensaios a que as redes devem ser sujeitas, nomeadamente: duração, pressões de ensaio,
relatórios e desenhos a executar.

65
5. Mapa de medições

Todos os projectos devem fazer-se acompanhar pelo mapa de quantidades de acordo com
as peças escritas e peças desenhadas.

6. Orçamento

Todos os projectos devem fazer-se acompanhar pelo orçamento elaborado de acordo com
o mapa de medições e dos preços em vigor à data de elaboração do projecto.

7. Plantas de localização

São constituídas pelas plantas à escala 1 / 10.000 e 1 / 2000.

8. Peças desenhadas

São constituídas pela planta de implantação com a rede devidamente desenhada (1/500),
pormenores das válvulas, purgas, vala, distância entre infra-estruturas, etc.

A simbologia a adoptar deve estar de acordo com a NP 4271 de 1994.

9. Conclusão

Para uma correcta preparação do processo, este deve ser constituído nos termos requeridos
por cada município: número de cópias e suporte dos documentos.

As cópias em papel devem ser, todas, assinadas originalmente.

Dos processos recebidos, um exemplar ficará na posse da EDP Gás Distribuição; este
exemplar deverá ser, preferencialmente, em suporte digital.

Os processos poderão ser entregues na câmara municipal, que os remeterá para a EDP Gás
Distribuição para análise e esta devolvê-los-á à câmara municipal, acompanhados do
respectivo parecer. Caso sejam enviados directamente à EDP Gás Distribuição com a intenção
de esta os remeter, após aprovação, à câmara municipal, devem referir o número de processo
camarário.

66
<< Índice

anexo III
Redutores de 3ª classe (edifício)

67
No sentido de facilitar a escolha do redutor, no quadro abaixo apresentamos o redutor de
edifício aplicável à solução técnica standard da EDP Gás Distribuição: redução de 4 bar /
300 mbar.

Caudal máximo
Redutor de edifício garantido Nº Fogos a abastecer (1)
m3/h (n)
BCH30 30 20
CCH-50 50 34
CCH-80 80 54
BCH 120 120 81

(1) Número de fogos a abastecer calculado com base nos pressupostos estabelecidos nas tabelas 2 e 3, do Anexo I.

68
<< Índice

Redutor BCH 30

Pressões e caudais

O redutor do tipo BCH 30 é do tipo acção directa e tem as seguintes características:

P entrada: 0,8 a 4 bar


P saída: 46 a 400 mbar

P saída utilizada: 300 mbar


Caudal garantido: 30 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

103 53 60 85
61
60

Entrada: Porca louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (1 1/4”) (Rosca)

69
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 285 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 800 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual.

Este redutor garantirá, ainda, a libertação de gás para a atmosfera através da válvula de
escape, em situação de excesso de pressão a jusante.

70
<< Índice

Redutor CCH - 50

Pressões e caudais

O redutor do tipo CCH 50 é do tipo acção directa e tem as seguintes características:

P entrada: 0,8 a 4 bar


P saída: 285 a 315 mbar

P saída utilizada: 300 mbar


Caudal garantido: 50 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

146,5

361,5
311

207

Entrada: Porca louca com vedação por junta esferocónica (1 1/4”)


Saída: Macho para ligação (2 1/4”)

71
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 285 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 800 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual.

Este redutor garantirá, ainda, a libertação de gás para a atmosfera através da válvula de
escape, em situação de excesso de pressão a jusante.

72
<< Índice

Redutor CCH - 80

Pressões e caudais

O redutor do tipo CCH 80 é do tipo acção directa e tem as seguintes características:

P entrada: 0,8 a 4 bar


P saída: 285 a 315 mbar

P saída utilizada: 300 mbar


Caudal garantido: 80 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

146,5

361,5
311

207

Entrada: Porca louca com vedação por junta esferocónica (1 1/4”)


Saída: Macho para ligação (2 1/4”)

73
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 285 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 800 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual.

Este redutor garantirá, ainda, a libertação de gás para a atmosfera através da válvula de
escape, em situação de excesso de pressão a jusante.

74
<< Índice

Redutor BCH 120

Pressões e caudais

O redutor do tipo BCH 120 é do tipo de acção directa e tem as seguintes características:

P entrada: 0,8 a 4 bar


P saída: 46 a 400 mbar

P saída utilizada: 300 mbar


Caudal garantido: 120 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas especificações referem-se ao redutor com configuração em bateria.

536

525
100

311
100
170

230

80 399

Entrada: Porca louca com vedação por junta esferocónica (1 1/4”)


Saída: Macho para ligação (2 1/4”)

75
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 285 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 800 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual.

Este redutor garantirá, ainda, a libertação de gás para a atmosfera através da válvula de
escape, em situação de excesso de pressão a jusante.

76
<< Índice

anexo IV
Redutores de 3ª classe (redutores individuais)

77
No sentido de facilitar a escolha do redutor, no quadro abaixo apresentamos os redutores
individuais aplicáveis às soluções técnicas da EDP Gás Distribuição.

Caudal máximo garantido


Redutor individual m3/h (n)
B6N VSI 6
FE 6 6
B6 BSV 6
BRF - 6 6
8 (P entrada = 0,3 bar)
B10 VSI
10 (P entrada 0,5 bar)
FE 10 10
8 (P entrada = 0,3 bar)
B25 VSI
10 (P entrada 0,5 bar)
FE 25 25

78
<< Índice

Redutor B6N VSI

Pressões e caudais

O redutor do tipo B6N VSI é do tipo acção directa e tem as seguintes características:

P entrada: 0,1 a 4 bar


P saída: 9 a 45 mbar

P saída utilizada: 21 mbar


Caudal garantido: 6 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

Vista de frente

Entrada
59,5
60

Saída

103 38,5

Entrada: Porca Louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (7/8”) *
* Compatível com Rosca Gás (DN 20)

79
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 13 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 30 mbar);
• Por pressão excessiva a jusante (> 50 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual. No caso do redutor de alvéolo, quando se atinge uma pressão excessiva a
jusante (>50 mbar), o redutor faz uma descarga para a atmosfera não bloqueando.

80
<< Índice

Redutor FE - 6

Pressões e caudais

O redutor do tipo FE-6 é um redutor de segurança, do tipo acção directa, e tem as seguintes
características:

P entrada: 0,2 a 4 bar


P saída: 18 a 160 mbar

P saída utilizada: 21 mbar


Caudal garantido: 6 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

ø 112
G 3/4” SC ISO 228/1

94,5 ±1,5
60

56 Max 80
G 7/8” GP ISO 228/1
27 76 27
130

Entrada: Porca Louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (7/8”) *
* Compatível com Rosca Gás (DN 20)

81
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 13 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 13 mbar);
• Por pressão excessiva a jusante (> 50 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual. No caso do redutor de alvéolo, quando se atinge uma pressão excessiva a
jusante (>50 mbar), o redutor faz uma descarga para a atmosfera não bloqueando.

82
<< Índice

Redutor B6 BSV

Pressões e caudais

O redutor do tipo B6 BSV é do tipo acção directa e tem as seguintes características:

P entrada: 0,1 a 4 bar


P saída: 9 a 70 mbar

P saída utilizada: 21 mbar


Caudal garantido: 6 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

45 85
59,5
60

103 45

Entrada: Porca Louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (7/8”) *
* Compatível com Rosca Gás (DN 20)

83
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 13 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 15 mbar);
• Por pressão excessiva a jusante (> 50 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual. No caso do redutor de alvéolo, quando se atinge uma pressão excessiva a
jusante (>50 mbar), o redutor faz uma descarga para a atmosfera não bloqueando.

84
<< Índice

Redutor BRF - 6

Pressões e caudais

O redutor do tipo BRF-6 é um redutor de segurança, do tipo acção directa, e tem as seguintes
características:

P entrada: 0,2 a 4 bar


P saída: 18 a 160 mbar

P saída utilizada: 21 mbar


Caudal garantido: 6 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

ø 112
G 3/4” SC ISO 228/1

94,5 ±1,5
60

56 Max 80
G 7/8” GP ISO 228/1
27 76 27
130

Entrada: Porca Louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (7/8”) *
* Compatível com Rosca Gás (DN 20)

85
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 13 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 13 mbar);
• Por pressão excessiva a jusante (> 50 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual. No caso do redutor de alvéolo, quando se atinge uma pressão excessiva a
jusante (>50 mbar), o redutor faz uma descarga para a atmosfera não bloqueando.

86
<< Índice

Redutor B10 VSI

Pressões e caudais

O redutor de segurança B10 VSI é do tipo de acção directa e tem as seguintes características:

P entrada: 0,1 a 4 bar


P saída: 9 a 45 mbar

P saída utilizada: 21 mbar


Caudal (P entrada 0,5 bar): 10 m3/h (n)
Caudal (P entrada 0,3 bar): 8 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário, por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

Vista frontal

Vista de cima
59,5

Entrada
46
73

84

Saída
103 39,5

Entrada: Porca louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (DN 32)

87
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 13 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 30 mbar);
• Por pressão excessiva a jusante (> 50 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual.

88
<< Índice

Redutor FE - 10

Pressões e caudais

O redutor do tipo FE-10 é um redutor de segurança, do tipo acção directa, e tem as seguintes
características:

P entrada: 0,3 a 4 bar


P saída: 18 a 160 mbar

P saída utilizada: 21 mbar


Caudal garantido: 10 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário, por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

ø 112
G 3/4” SC ISO 228/1

94,5 ±1,5
60

56 Max 80

27 76 27
130

Entrada: Porca louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (DN 32)

89
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 13 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 13 mbar);
• Por pressão excessiva a jusante (> 50 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual.

90
<< Índice

Redutor B25 VSI

Pressões e caudais

O redutor de segurança B25 VSI é do tipo de acção directa e tem as seguintes características:

P entrada: 0,1 a 4 bar


P saída: 9 a 45 mbar

P saída utilizada: 21 mbar


Caudal (P entrada 0,5 bar): 25 m3/h (n)
Caudal (P entrada = 0,3 bar): 19 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.
ENTRADA 3/4” JSC
90

65
73

70
90

Saída 2º BSP
130 38

Entrada: Porca louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (DN 50)

91
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 13 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 30 mbar);
• Por pressão excessiva a jusante (> 50 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual.

92
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Redutor FE - 25

Pressões e caudais

O redutor do tipo FE-25 é um redutor de segurança, do tipo acção directa, e tem as seguintes
características:

P entrada: 0,4 a 4 bar


P saída: 18 a 160 mbar

P saída utilizada: 21 mbar


Caudal garantido: 25 m3/h (n)

Atravancamento e ligações

Estas dimensões referem-se ao redutor com configuração em esquadria que, salvo indicação
em contrário por parte da EDP Gás Distribuição, será a utilizada.

ø 112
G 3/4” SC ISO 228/1

94,5 ±1,5
60

56 Max 80

27 76 27
130

Entrada: Porca louca com vedação por junta esferocónica (3/4”)


Saída: Porca de contador com vedação por junta plana (DN 50)

93
Segurança

O redutor entrará em segurança sempre que se verificar uma das seguintes condições:

• Excesso de caudal (120% a 150% do caudal nominal);


• Por pressão insuficiente a jusante (< 13 mbar);
• Por pressão insuficiente a montante (< 13 mbar);
• Por pressão excessiva a jusante (> 50 mbar).

Sempre que ocorra uma das situações descritas, o redutor deverá bloquear. O rearme é do
tipo manual.

94
<< Índice

anexo V
Contadores de gás

95
No sentido de facilitar a escolha do contador, apresentamos o contador aplicável para os
caudais máximos indicados. O atravancamento e tipo de ligação também são indicados na
tabela seguinte:

Caudal Limite a - Distância


bmáx cmáx fmáx emáx Tipo de
Contador máximo de Qmin entre eixos Calibre
(mm) (mm) (mm) (mm) ligação
(Nm3) (Nm3) (mm)

G4 Rosca Gás
6 0,040 110 220 220 162 70 DN20 30,250 mm

Rosca Gás
G6 10 0,060 250 375 350 215 86 DN32 43,050 mm

Rosca Gás
G10 16 0,100 250 375 350 215 86 DN32 43,050 mm

96
<< Índice

anexo VI
Normas para Termos de Responsabilidade

97
Termo de Responsabilidade do autor do projecto da Rede de Distribuição

... (a), morador na ...., contribuinte n.º ....,inscrito na Direcção-Geral de Energia e Geologia
com a licença nº --- declara, para efeitos do disposto no n.º1 do artigo 10.º do Decreto–Lei
n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro, que o
projecto de Rede de Distribuição de gás, de que é autor, relativo à obra de (b), localizada
em ....(c), cujo licenciamento foi requerido por .... (d), observa as normas legais regulamentares
aplicáveis, designadamente ...(e)

....(data)

...(assinatura) (f)

(a) Nome completo, habilitação profissional do autor do projecto e número de telefone;


(b) Indicação da natureza da obra a realizar (urbanização, loteamento, etc.);
(c) Localização da obra (rua, número de polícia, lugar, freguesia e concelho);
(d) Indicação do nome e morada do requerente;
(e) Discriminar, designadamente, a legislação específica relativa ao projecto que está a realizar, as normas
técnicas, os instrumentos de planeamento, o alvará de loteamento ou informações prévias aplicáveis;
(f) Assinatura reconhecida ou comprovada por funcionário municipal mediante a exibição do bilhete de identidade.

98
<< Índice

Termo de Responsabilidade do autor do projecto da Instalação de Gás

... (a), morador na ...., contribuinte n.º ....,inscrito na Direcção-Geral de Energia e Geologia
com a licença nº --- declara, para efeitos do disposto no n.º1 do artigo 10.º do Decreto–Lei
n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pela Lei n.º 60/2007, de 4 de Setembro, que o
projecto de rede da Instalação de gás, de que é autor, relativo à obra de (b), localizada em
....(c), cujo licenciamento foi requerido por .... (d), observa as normas legais regulamentares
aplicáveis, designadamente ...(e)

....(data)

...(assinatura) (f)

(a) Nome completo, habilitação profissional do autor do projecto e número de telefone;


(b) Indicação da natureza da obra a realizar (edifício, moradia, etc.);
(c) Localização da obra (rua, número de polícia, lugar, freguesia e concelho);
(d) Indicação do nome e morada do requerente;
(e) Discriminar, designadamente, a legislação específica relativa ao projecto que está a realizar, as normas
técnicas, os instrumentos de planeamento, o alvará de loteamento ou informações prévias aplicáveis;
(f) Assinatura reconhecida ou comprovada por funcionário municipal mediante a exibição do bilhete de identidade.

99
Termo de Responsabilidade da Entidade Instaladora

O Termo de Responsabilidade da Entidade Instaladora é emitido em triplicado, destinan-


do-se o original ao proprietário, o duplicado à empresa distribuidora e o triplicado à empresa
instaladora.

Instalação de gás

Termo de responsabilidade
...(número)/...(ano)

... (a), com sede em ..., detentora da credencial n.º ...., emitida em..., ao abrigo do Decreto-Lei
n.º 263/89, de 17 de Agosto, pela Direcção-Geral de Energia e Geologia, declara haver (b)
executado/alterado/ampliado/reparado/montado a instalação de gás/o aparelho de gás...(c),
sita na ...., em conformidade com a legislação vigente e as regras técnicas aplicáveis, sob
a responsabilidade do técnico de gás...(d), detentor da licença n.º ..., emitida por ... em ...
Mais declara que foram realizados os ensaios de resistência mecânica/estanquidade
prescritos, com resultados satisfatórios na presença de ...(d), representante da empresa (b)
distribuidora/inspectora ...(a), detentor da licença de técnico de gás emitida por ... em ....,
... de... de .....

(Assinatura do representante da entidade instaladora com carimbo da empresa.)

a) Nome da entidade instaladora;


b) Riscar o que não interessa;
c) Tipo de gás: natural/combustível da 3.ª família;
d) Nome.

100
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