Sei sulla pagina 1di 22

CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS

PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

Aula 04

Prof. Gabriel Pereira

I - Introdução

Olá, pessoal!

Essa é a quarta aula do nosso curso de Legislação Previdenciária para o

INSS, que está contido no Pacote de Teoria e Exercícios para o cargo de

Técnico do INSS. Estamos quase na metade do nosso curso, ainda detidos nos

trechos da matéria que tratam do custeio da previdência social.

Enquanto avançamos no estudo da matéria, continua a ansiedade sobre

o lançamento do edital. Como eu disse na aula passada, a expectativa do

Ministro da Previdência Social, de que o edital fosse lançado nos dez primeiros

dias de setembro, não se concretizou. No momento, a expectativa é pelo

lançamento do edital até o fim de setembro. Todavia, algumas publicações

especializadas já dizem que o processo pode atrasar, tendo em vista que ainda

será necessário escolher a banca organizadora. Nesse cenário, o edital ficaria

para meados de outubro.

Já vivi essa ansiedade pelo edital e sei o quanto é angustiante essa

espera. Contudo, nessa hora a melhor coisa a fazer é se manter tranquilo e

não deixar que essa ansiedade atrapalhe seus estudos. Afinal de contas, a

Presidenta já se comprometeu com a realização desse concurso do INSS e o

edital será lançado em breve - é uma questão de semanas. Portanto,

aproveite esse atraso para aprofundar ainda mais os estudos e chegar melhor

preparado no dia da prova.

Bons estudos!

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 1


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

AULA 04

Conteúdo: 5.4) Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à

seguridade social. 5.4.2) Obrigações da empresa e demais contribuintes.

5.4.3) Prazo de recolhimento. 5.4.4) Recolhimento fora do prazo: juros, multa

e atualização monetária. 5.4.5) Obrigações acessórias. 6) Exame da

Contabilidade. 6.1) Prerrogativa do INSS. 6.2) Inscrição de ofício. 6.3) Aferição

indireta.

5.4) ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

DESTINADAS À SEGURIDADE SOCIAL

5.4.2) Obrigações da empresa e demais contribuintes

O Regulamento da Previdência Social (Decreto n° 3.048/1999) trata da

arrecadação e recolhimento das contribuições sociais nos artigos 216 a 218. A

arrecadação e o recolhimento estão relacionados ao adimplemento da

obrigação tributária principal, que é a obrigação estipulada em lei de pagar o

tributo, no caso, as contribuições sociais. Estudaremos nessa aula também as

obrigações tributárias acessórias que se relacionam com as contribuições

sociais.

Como vimos na aula anterior, atualmente a arrecadação, a fiscalização e

a normatização de todas as contribuições sociais da seguridade social estão a

cargo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Contudo, o exercício da

capacidade tributária ativa pela União, através da Receita Federal do Brasil,

não descaracteriza a natureza das contribuições sociais, que são destinadas ao

financiamento da seguridade social por força constitucional. Assim, o INSS

permanece como o gestor dos recursos oriundos das contribuições

previdenciárias, a fim de administrar o pagamento dos benefícios do RGPS.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 2


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

As empresas são obrigadas por lei, de forma exclusiva, a recolher as

contribuições relativas aos segurados empregados e avulsos, havendo

presunção absoluta de recolhimento nesses casos. Isso significa que os

segurados empregados ou avulsos não respondem pelo recolhimento das

contribuições a que seriam obrigados, mesmo se a empresa não fizer a

retenção e o recolhimento devidos. A empresa tem obrigação exclusiva pelo

recolhimento das contribuições previdenciárias decorrentes do trabalho do

empregado e do avulso, tanto sua cota patronal como a contribuição devida

pelo segurado.

A Lei n° 10.666/2003 estendeu o mesmo tratamento para os segurados

contribuintes individuais que prestam serviços a empresas, cabendo à empresa

a obrigação pelo recolhimento das contribuições previdenciárias envolvidas na

prestação de serviço, com presunção absoluta de recolhimento. Todavia, essa

regra não se aplica se o contratante do serviço for outro contribuinte

individual, equiparado à empresa, ou produtor rural pessoa física ou missão

diplomática e repartição consular de carreira estrangeira. Nesses e nos demais

casos, os contribuintes individuais, assim como os segurados facultativos,

estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria.

Para os segurados empregados domésticos, a obrigação de arrecadar sua

contribuição recai sobre o empregador doméstico, que é obrigado a reter e

recolher a contribuição do empregado a seu serviço, assim como a parcela a

seu cargo. Durante o período da licença-maternidade da empregada

doméstica, cabe ao empregador apenas o recolhimento da contribuição a seu

cargo, pois o próprio INSS fará o desconto da parcela a cargo do empregado

doméstico na ocasião do pagamento do benefício.

O produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a

recolher a contribuição incidente sobre a receita bruta da comercialização de

sua produção rural, caso comercializem a sua produção com adquirente

domiciliado no exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a

outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial. A pessoa física

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 3


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

não produtor rural que adquire a produção rural de segurado especial ou de

produtor rural pessoa física, para vender, no varejo, a consumidor pessoa

física, é obrigada a descontar e recolher a contribuição do segurado especial ou

do produtor rural pessoa física, incidente sobre a receita bruta da

comercialização da produção rural (é a situação típica do feirante).

5.4.3) Prazo de recolhimento

O prazo para recolhimento das contribuições sociais das empresas e dos

equiparados à empresa, para todos os fatos geradores de contribuição, é o dia

20 do mês subsequente, antecipado. Isso significa que, se não houver

expediente bancário no dia 20, o prazo para o recolhimento será o dia útil

anterior. Nessa hipótese incluem-se o PRPJ, a agroindústria, o PRPF, o SE e a

cooperativa de trabalho. Essa regra abrange inclusive as contribuições

descontadas dos segurados.

Para as contribuições sociais incidentes sobre o 13° salário, o prazo para

recolhimento é o dia 20 de dezembro, antecipado, exceto na hipótese de

rescisão do contrato de trabalho. Nessa situação, as contribuições referentes à

parcela do 13° salário devem ser recolhidas até o dia 20 do mês subsequente

à rescisão, antecipado.

Já as contribuições do segurado contribuinte individual, do facultativo e

do empregador doméstico devem ser recolhidas até o dia 15 do mês

subsequente, postecipado - se não houver expediente bancário, o pagamento

pode ser feito no dia útil posterior. Porém, a contribuição sobre o 13° deverá

ser recolhida até o dia 20 de dezembro. Caso esses contribuintes recolham

sobre o valor do salário-mínimo, eles podem optar por recolher

trimestralmente, efetuando o pagamento até o dia 15 do mês subsequente ao

trimestre civil (15 de abril, 15 de julho, 15 de outubro e 15 de janeiro),

postecipado.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 4


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

Por fim, as contribuições sociais incidentes sobre as receitas dos eventos

desportivos, referentes às associações esportivas que mantêm equipe de

futebol profissional, devem ser recolhidas em até 2 (dois) dias úteis após o

evento, pelo organizador do espetáculo esportivo. Para as contribuições

incidentes sobre os patrocínios e demais receitas tributadas da associação,

vale a regra geral das empresas - dia 20 do mês subsequente, antecipado.

5.4.4) Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização

monetária

Quando o recolhimento da contribuição social é feito fora do prazo, há

incidência de juros e multa. Há duas regras distintas: uma para quando o

recolhimento é efetuado espontaneamente pelo contribuinte, ainda que

extemporâneo, e outra para quando a falta de recolhimento é alvo de

fiscalização e cobrança por parte do Fisco.

Quando o recolhimento é efetuado fora do prazo, mas de forma

espontânea pelo contribuinte, incidem juros de mora e multa de mora. Os

juros de mora são cobrados a partir do mês subsequente ao mês de

vencimento da contribuição, aplicando-se a taxa SELIC nos meses

intermediários mais o percentual fixo de 1% no mês de pagamento. Portanto,

os juros SELIC serão acumulados mensalmente a partir do 1° dia do mês

subsequente ao do vencimento até o mês anterior ao pagamento, quando será

adicionado de mais 1%. Já a multa de mora é de 0,33% ao dia, não podendo

ultrapassar 20%. A multa de mora incide desde o primeiro dia após o

vencimento até o dia em que efetivamente ocorrer o pagamento.

Quando o contribuinte não recolher as contribuições sociais devidas no

prazo e ficar inadimplente, a cobrança poderá ser feita mediante procedimento

fiscalizatório, que lançará contra o contribuinte o valor dos tributos devidos e

ainda as multas de ofício. A multa de ofício pode ser normal, de 75%, ou

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 5


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

dobrada, de 150%, quando ocorrer crime de sonegação, fraude ou conluio.

Além disso, tal multa pode ser agravada em 50%, chegando a 112,5% ou

225%, se o sujeito passivo não atender intimação para prestar

esclarecimentos durante o procedimento fiscalizatório. Nessas ocasiões, serão

aplicadas apenas as multas de ofício e os juros de mora, não incidindo a multa

de mora.

5.4.5) Obrigações acessórias

Além da obrigação principal, de pagar os tributos, as empresas têm

ainda que cumprir algumas obrigações acessórias, que são deveres de fazer ou

não fazer algo, instituídos pela legislação tributária, no interesse da

arrecadação ou da fiscalização.

Dentre as obrigações acessórias mais importantes relacionadas às

contribuições previdenciárias, destacam-se: a obrigação de preparar a folha de

pagamento da remuneração de todos os segurados a seu serviço; a de

declarar mensalmente dados relativos a fatos geradores, base de cálculo e

valores devidos da contribuição previdenciária, por intermédio da Guia de

Recolhimento do Fundo de Garantia do FGTS e informações à Previdência

Social - GFIP; a de afixar a Guia da Previdência Social (GPS) no quadro de

horário da empresa e de encaminhá-la ao sindicato representativo de seus

empregados; e a de guardar os documentos comprobatórios do cumprimento

das obrigações tributárias até que ocorra a prescrição relativas aos créditos

decorrentes das operações a que se refiram.

Além disso, existem outras obrigações acessórias de terceiros, como a

obrigação do titular de cartório de registro civil e de pessoas naturais de

comunicar, até o dia 10 de cada mês, o registro dos óbitos ocorridos no mês

imediatamente anterior, para que o INSS possa usar essa informação para

cancelar o pagamento de benefícios às pessoas falecidas.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 6


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

A título de complementação, incluí ao final da aula trecho do Decreto n°

3.048/1999 sobre as obrigações acessórias. As regras principais foram

explicadas acima, sendo que o texto do Decreto na íntegra serve apenas como

complemento, caso o aluno queira aprofundar o conteúdo.

6) EXAME DA CONTABILIDADE

6.1) Prerrogativa do INSS

Segundo o artigo 231 do RPS, é prerrogativa do Ministério da Previdência

Social, do Instituto Nacional do Seguro Social e da Secretaria da Receita

Federal o exame da contabilidade da empresa, não prevalecendo para esse

efeito a inviolabilidade da escrita empresarial, ficando obrigados a empresa e o

segurado a prestarem todos os esclarecimentos e informações solicitados.

Todavia, a redação do dispositivo é anterior à fusão da Secretaria da Receita

Federal com a Secretaria da Receita Previdenciária. Assim, atualmente o

exame da contabilidade da empresa é prerrogativa da Secretaria da Receita

Federal do Brasil, inclusive no tocante aos tributos previdenciários.

As empresas e os segurados estão obrigados a prestar todos os

esclarecimentos e informações solicitados pela administração tributária. As

empresas não podem alegar o sigilo de sua escrituração para impedir o Fisco

de examinar sua contabilidade. Nesse sentido, hoje em dia o procedimento

fiscal relacionado às contribuições sociais está disciplinado de forma

equivalente aos demais tributos federais.

6.2) Inscrição de ofício

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 7


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

O exame da contabilidade das empresas faz parte do procedimento

fiscalizatório da administração tributária, com vistas a verificar o cumprimento

de suas obrigações, tanto as principais (de pagar os tributos) quanto as

acessórias. Em caso de recusa ou sonegação de qualquer documento ou

informação, ou sua apresentação deficiente, a Secretaria da Receita Federal do

Brasil pode, sem prejuízo da penalidade cabível, lançar de ofício a importância

devida. Os documentos ou informações apresentados serão considerados

deficientes quando não preencherem as formalidades legais ou contiverem

informação diversa da realidade, ou ainda quando omitirem informação

verdadeira.

A partir do lançamento de ofício, caberá à empresa ou ao segurado o

ônus da prova em contrário. Assim, o contribuinte é quem terá que provar que

aqueles valores lançados pelo Fisco não condizem com a realidade.

6.3) Aferição indireta

Caso a empresa não possua qualquer escrita contábil adequada ou se for

constatado que a contabilidade da empresa não registra o movimento real de

remuneração dos segurados a seu serviço, do faturamento e do lucro, tal

ilicitude não impede a cobrança das contribuições. Nesses casos, os valores

das contribuições efetivamente devidos serão apurados por aferição indireta,

que é uma forma de obtenção do valor devido por outros meios distintos dos

previstos em lei - no caso, a escrituração contábil.

A aferição indireta é uma regra excepcional, que se aplica apenas quando

se demonstra a impossibilidade de identificação da base de cálculo real. A

Instrução Normativa RFB n° 971/2009 tratou da aferição indireta a partir de

seu artigo 446. Segundo a normativa, o procedimento será utilizado se:

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 8


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

I - no exame da escrituração contábil ou de qualquer outro documento

do sujeito passivo, a fiscalização constatar que a contabilidade não registra o

movimento real da remuneração dos segurados a seu serviço, da receita, ou

do faturamento e do lucro;

II - a empresa, o empregador doméstico, ou o segurado recusar-se a

apresentar qualquer documento, ou sonegar informação, ou apresentá-los

deficientemente;

III - faltar prova regular e formalizada do montante dos salários pagos

pela execução de obra de construção civil;

IV - as informações prestadas ou os documentos expedidos pelo sujeito

passivo não merecerem fé em face de outras informações, ou outros

documentos de que disponha a fiscalização, como por exemplo:

a) omissão de receita ou de faturamento verificada por intermédio de

subsídio à fiscalização;

b) dados coletados na Justiça do Trabalho, Delegacia Regional do

Trabalho, ou em outros órgãos, em confronto com a escrituração contábil, livro

de registro de empregados ou outros elementos em poder do sujeito passivo;

c) constatação da impossibilidade de execução do serviço contratado,

tendo em vista o número de segurados constantes em GFIP ou folha de

pagamento específicas, mediante confronto desses documentos com as

respectivas notas fiscais, faturas, recibos ou contratos.

A aferição indireta pode ser feita mediante a fixação de parâmetros que a

fiscalização entender pertinentes. A mesma IN RFB n° 971 estipulou que, para

fins de aferição, a remuneração da mão de obra utilizada na prestação de

serviços por empresa corresponde, no mínimo, ao percentual de 40% do valor

dos serviços constantes da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de

serviços; e de 50%, no mínimo, no caso de trabalho temporário.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 9


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

Na atividade de construção civil, a aferição indireta é bastante usual.

Nesse sentido, a própria Lei n° 8.212/1999 previu que, na falta de prova

regular e formalizada do montante dos salários pagos pela execução de obra

de construção civil, este pode ser obtido mediante cálculo da mão de obra

empregada, proporcional à área construída, cabendo ao proprietário, dono da

obra, condômino da unidade imobiliária ou empresa corresponsável o ônus da

prova em contrário.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 10


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

QUESTÕES

1 - (FCC / Juiz do Trabalho - TRT / 2005 - adaptada) Em relação à

responsabilidade pela arrecadação e recolhimento das contribuições, é correto

afirmar que o empregador é responsável pelo desconto e recolhimento da

contribuição previdenciária devida pelo empregado. Caso se omita, a cobrança

do montante devido será feita diretamente do segurado.

2 - (FCC / Juiz do Trabalho - TRT / 2005 - adaptada) Em relação à

responsabilidade pela arrecadação e recolhimento das contribuições, é correto

afirmar que o trabalhador avulso somente é responsável pelo recolhimento de

sua própria contribuição se não for sindicalizado, caso contrário o sindicato

será o responsável.

3 - (FCC / Juiz do Trabalho - TRT / 2005 - adaptada) Em relação à

responsabilidade pela arrecadação e recolhimento das contribuições, é correto

afirmar que a empresa que remunera contribuinte individual que lhe presta

serviço é responsável pela retenção e recolhimento da contribuição devida por

esse trabalhador.

4 - (Cespe / Delegado da Polícia Federal / 1997 - adaptada) A omissão

da empresa nos descontos previdenciários a que for obrigada por lei transfere,

automaticamente, a responsabilidade respectiva aos segurados.

5 - (Cespe / Fiscal INSS / 1998 - adaptada) O segurado contribuinte

individual está obrigado a recolher sua contribuição por iniciativa própria ou

mediante transferência ao respectivo sindicato, até o dia oito do mês seguinte

ao da competência.

6 - (Inédita / Estilo Cespe) Os segurados empregado, avulso e contribuinte

individual devem recolher suas contribuições previdenciárias até o dia 20 do

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 11


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

mês subsequente ao da competência, antecipado. Já os segurados empregado

doméstico, facultativo e segurado especial devem recolher suas contribuições

previdenciárias até o dia 15 do mês subsequente, postecipado.

7 - (Inédita / Estilo Cespe) A falta de recolhimento das contribuições sociais

devidas pelas empresas pode levar à cobrança no curso de procedimento

fiscalizatório. Nesses casos, além de efetuar o lançamento de ofício das

contribuições devidas, a administração tributária lançará contra o contribuinte

também os juros de mora e a multa de ofício, não se aplicando a multa de

mora.

8 - (ESAF / AFPS / 2002 - adaptada) Nos termos do Regulamento da

Previdência Social, Decreto 3.048/1999, são obrigações acessórias da relação

tributária previdenciária pagar todas as contribuições sociais devidas no

período de apuração, juntamente com as multas decorrentes do atraso no

pagamento.

9 - (ESAF / Assistente Técnico Administrativo - MF /2009 - adaptada)

São obrigações acessórias das contribuições destinadas à Seguridade Social a

elaboração de folha de pagamento, o lançamento dos fatos geradores das

contribuições e o dever do cartório de comunicar óbitos.

10 - (Inédita / Estilo Cespe) O montante das contribuições sociais devido

poderá ser arbitrado por aferição indireta quando for constatada a

impossibilidade de execução do serviço contratado, tendo em vista o número

de segurados constantes em GFIP ou folha de pagamento específicas,

mediante confronto desses documentos com as respectivas notas fiscais,

faturas, recibos ou contratos.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 12


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

GABARITO

1) E 2) E 3) C 4) E 5) E 6) E 7) C 8) E 9) C 10) C

QUESTÕES COMENTADAS

1 - (FCC / Juiz do Trabalho - TRT / 2005 - adaptada) Em relação à


responsabilidade pela arrecadação e recolhimento das contribuições, é correto afirmar
que o empregador é responsável pelo desconto e recolhimento da contribuição
previdenciária devida pelo empregado. Caso se omita, a cobrança do montante devido
será feita diretamente do segurado.

Errado. Existe presunção absoluta de recolhimento da contribuição

previdenciária do segurado empregado por parte da empresa empregadora.

Portanto, mesmo que a empresa não cumpra sua obrigação de descontar e

recolher tal contribuição, o segurado empregado não poderá ser cobrado pela

quantia devida, devendo somente a empresa responder pela inadimplência.

2 - (FCC / Juiz do Trabalho - TRT / 2005 - adaptada) Em relação à


responsabilidade pela arrecadação e recolhimento das contribuições, é correto afirmar
que o trabalhador avulso somente é responsável pelo recolhimento de sua própria
contribuição se não for sindicalizado, caso contrário o sindicato será o responsável.

Errado. O trabalhador avulso, com relação à arrecadação e ao

recolhimento das contribuições, tem o mesmo tratamento do segurado

empregado. Nesse contexto, assim como não se exige que o trabalhador

avulso seja sindicalizado, também não há qualquer distinção entre o

trabalhador avulso sindicalizado e o não sindicalizado. Como há intermediação

obrigatória do Órgão Gestor da Mão de Obra ou do Sindicato, essas entidades

devem reter o valor da contribuição do segurado e recolher o montante devido.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 13


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

3 - (FCC / Juiz do Trabalho - TRT / 2005 - adaptada) Em relação à


responsabilidade pela arrecadação e recolhimento das contribuições, é correto afirmar
que a empresa que remunera contribuinte individual que lhe presta serviço é
responsável pela retenção e recolhimento da contribuição devida por esse
trabalhador.

Certo. A Lei n° 10.666/2003 determinou, em seu artigo 4°, que a

empresa é obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte

individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a

recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o

dia 20 (vinte) do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil

imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

Portanto, foi estendido ao contribuinte individual que presta serviços a

empresa o mesmo tratamento dado aos segurados empregado e avulso.

4 - (Cespe / Delegado da Polícia Federal / 1997 - adaptada) A omissão da


empresa nos descontos previdenciários a que for obrigada por lei transfere,
automaticamente, a responsabilidade respectiva aos segurados.

Errado. Mais uma vez, a questão trata da responsabilidade dos

segurados pelo recolhimento das contribuições previdenciárias devidas quando

a empresa não efetuar a retenção e o recolhimento dos valores devidos.

Segundo o § 5°, do art. 216 do Regulamento, o desconto da contribuição e da

consignação legalmente determinado sempre se presumirá feito, oportuna e

regularmente, pela empresa, pelo empregador doméstico, pelo adquirente,

consignatário e cooperativa a isso obrigados, não lhes sendo lícito alegarem

qualquer omissão para se eximirem do recolhimento, ficando os mesmos

diretamente responsáveis pelas importâncias que deixarem de descontar ou

tiverem descontado em desacordo com este Regulamento. Logo, não há

transferência da responsabilidade para os segurados.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 14


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

5 - (Cespe / Fiscal INSS / 1998 - adaptada) O segurado contribuinte individual


está obrigado a recolher sua contribuição por iniciativa própria ou mediante
transferência ao respectivo sindicato, até o dia oito do mês seguinte ao da
competência.

Errado. Mais uma questão sobre arrecadação e recolhimento das

contribuições, com outra assertiva incorreta. Não existe essa possibilidade de

transferência ao respectivo sindicato e o prazo para recolhimento está errado.

Segundo o art. 216 do Regulamento, os segurados contribuinte individual,

quando exercer atividade econômica por conta própria ou prestar serviço a

pessoa física ou a outro contribuinte individual, produtor rural pessoa física,

missão diplomática ou repartição consular de carreira estrangeiras, ou quando

tratar-se de brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial

internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, estão obrigados a recolher

sua contribuição, por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte

àquele a que as contribuições se referirem, prorrogando-se o vencimento para

o dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário no dia quinze.

6 - (Inédita / Estilo Cespe) Os segurados empregado, avulso e contribuinte


individual devem recolher suas contribuições previdenciárias até o dia 20 do mês
subsequente ao da competência, antecipado. Já os segurados empregado doméstico,
facultativo e segurado especial devem recolher suas contribuições previdenciárias até
o dia 15 do mês subsequente, postecipado.

Errado. Ao contrário do que se afirma no enunciado, são as empresas

que estão obrigadas a recolher as contribuições dos segurados empregado,

avulso e contribuinte individual que lhe prestem serviços até o dia 20,

antecipado. O segundo trecho também está errado porque o segurado especial

não está no rol dos segurados que devem recolher suas contribuições

previdenciárias até o dia 15, postecipado. Ao contrário, devem observar regra

equivalente a das empresas, efetuando o recolhimento até o dia 20,

antecipado.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 15


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

7 - (Inédita / Estilo Cespe) A falta de recolhimento das contribuições sociais


devidas pelas empresas pode levar à cobrança no curso de procedimento
fiscalizatório. Nesses casos, além de efetuar o lançamento de ofício das contribuições
devidas, a administração tributária lançará contra o contribuinte também os juros de
mora e a multa de ofício, não se aplicando a multa de mora.

Certo. Essa é uma questão que envolve também um conhecimento do

Direito Tributário. O ponto central da questão é fixar que não pode haver

aplicação concomitante de multa de mora e de multa de ofício, pois elas são

aplicadas em casos diferentes. A multa de mora se aplica nos casos de

pagamento fora do prazo, mas efetuado espontaneamente pelo contribuinte.

Já a multa de ofício é aplicada quando o contribuinte não recolheu a

contribuição devida e o valor é lançado através de auto de infração, decorrente

de procedimento fiscalizatório.

8 - (ESAF / AFPS / 2002 - adaptada) Nos termos do Regulamento da Previdência


Social, Decreto 3.048/1999, são obrigações acessórias da relação tributária
previdenciária pagar todas as contribuições sociais devidas no período de apuração,
juntamente com as multas decorrentes do atraso no pagamento.

Errado. Outro ponto ligado ao Direito Tributário. O Código Tributário

Nacional diferencia as obrigações tributárias principais das acessórias. A

questão está errada porque a obrigação de pagar as contribuições sociais é

uma obrigação principal, não se confundindo com as obrigações acessórias,

que são apenas instrumentais, no interesse da arrecadação e fiscalização dos

tributos, mas sem conteúdo pecuniário (não há pagamento envolvido na

obrigação acessória).

9 - (ESAF / Assistente Técnico Administrativo - MF /2009 - adaptada) São


obrigações acessórias das contribuições destinadas à Seguridade Social a elaboração

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 16


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

de folha de pagamento, o lançamento dos fatos geradores das contribuições e o dever


do cartório de comunicar óbitos.

Certo. O Decreto n° 3.048/1999 previu as obrigações acessórias das

contribuições sociais a partir de seu artigo 225. Dentre as obrigações listadas

no dispositivo, estão a de elaborar a folha de pagamento, de lançar os fatos

geradores das contribuições em títulos próprios da contabilidade e o dever do

cartório de comunicar os óbitos ao INSS.

10 - (Inédita / Estilo Cespe) O montante das contribuições sociais devido poderá


ser arbitrado por aferição indireta quando for constatada a impossibilidade de
execução do serviço contratado, tendo em vista o número de segurados constantes
em GFIP ou folha de pagamento específicas, mediante confronto desses documentos
com as respectivas notas fiscais, faturas, recibos ou contratos.

Certo. Conforme estudamos durante a aula, a aferição indireta é um

meio artificial de se chegar à base de cálculo autorizado em lei para as

situações em que a base de cálculo real é desconhecida. Dentre as situações

descritas na IN RFB n° 971, de 2009, está a constatação da impossibilidade de

execução do serviço contratado, tendo em vista o número de segurados

constantes em GFIP ou folha de pagamento específicas, mediante confronto

desses documentos com as respectivas notas fiscais, faturas, recibos ou

contratos.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 17


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

Anexo Complementar

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS (Decreto n° 3.048/1999)

Art.225. A empresa é também obrigada a:

I - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os


segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da
respectiva folha e recibos de pagamentos;

II - lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminada,


os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as
contribuições da empresa e os totais recolhidos;

III - prestar ao Instituto Nacional do Seguro Social e à Secretaria da Receita Federal todas
as informações cadastrais, financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma
por eles estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização;

IV - informar mensalmente ao Instituto Nacional do Seguro Social, por intermédio da Guia


de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à
Previdência Social, na forma por ele estabelecida, dados cadastrais, todos os fatos
geradores de contribuição previdenciária e outras informações de interesse daquele
Instituto;

V - encaminhar ao sindicato representativo da categoria profissional mais numerosa entre


seus empregados, até o dia dez de cada mês, cópia da Guia da Previdência Social
relativamente à competência anterior; e

VI - afixar cópia da Guia da Previdência Social, relativamente à competência anterior,


durante o período de um mês, no quadro de horário de que trata o art. 74 da
Consolidação das Leis do Trabalho.

VII - informar, anualmente, à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma por ela
estabelecida, o nome, o número de inscrição na previdência social e o endereço completo
dos segurados de que trata o inciso III do § 15 do art. 9o, por ela utilizados no período, a
qualquer título, para distribuição ou comercialização de seus produtos, sejam eles de
fabricação própria ou de terceiros, sempre que se tratar de empresa que realize vendas
diretas. (Incluído pelo Decreto n° 6.722, de 30/12/2008)

§ 1° As informações prestadas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo


de Serviço e Informações à Previdência Social servirão como base de cálculo das
contribuições arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, comporão a base de
dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários, bem como
constituir-se-ão em termo de confissão de dívida, na hipótese do não-recolhimento.

§2°A entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e


Informações à Previdência Social deverá ser efetuada na rede bancária, conforme
estabelecido pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, até o dia sete do mês
seguinte àquele a que se referirem as informações Redação dada pelo Decreto n°
3.265, de 29/11/1999)

§ 3° A Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações


à Previdência Social é exigida relativamente a fatos geradores ocorridos a partir de
janeiro de 1999.
Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 18
CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
PROFESSOR: GABRIEL PEREIRA

§ 4° O preenchimento, as informações prestadas e a entrega da Guia de Recolhimento do


Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social são de
inteira responsabilidade da empresa.

§ 5° A empresa deverá manter à disposição da fiscalização, durante dez anos, os


documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações referidas neste artigo,
observados o disposto no § 22 e as normas estabelecidas pelos órgãos
competentes.(Redação dada pelo Decreto n° 4.729, de 9/06/2003)

§ 6° O Instituto Nacional do Seguro Social e a Caixa Econômica Federal estabelecerão


normas para disciplinar a entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, nos casos de rescisão contratual.

§ 7° A comprovação dos pagamentos de benefícios reembolsados à empresa também


deve ser mantida à disposição da fiscalização durante dez anos.

§ 8° O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, aos demais contribuintes e ao


adquirente, consignatário ou cooperativa, sub-rogados na forma deste Regulamento.

§ 9° A folha de pagamento de que trata o inciso I do caput, elaborada mensalmente, de


forma coletiva por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por
tomador de serviços, com a correspondente totalização, deverá:

I - discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou serviço prestado;

II-agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado,


trabalhador avulso, contribuinte individual; (Redação dada pelo Decreto n° 3.265, de
29/11/1999)

III - destacar o nome das seguradas em gozo de salário-maternidade;

IV - destacar as parcelas integrantes e não integrantes da remuneração e os descontos


legais; e

V -indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado


ou trabalhador avulso.

§ 10. No que se refere ao trabalhador portuário avulso, o órgão gestor de mão-de-obra


elaborará a folha de pagamento por navio, mantendo-a disponível para uso da
fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social, indicando o operador portuário e os
trabalhadores que participaram da operação, detalhando, com relação aos últimos:

I - os correspondentes números de registro ou cadastro no órgão gestor de mão-de-obra;

II - o cargo, função ou serviço prestado;

III - os turnos em que trabalharam; e

IV-as remunerações pagas, devidas ou creditadas a cada um dos trabalhadores e a


correspondente totalização.

§ 11. No que se refere ao parágrafo anterior, o órgão gestor de mão-de-obra consolidará


as folhas de pagamento relativas às operações concluídas no mês anterior por operador

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 19


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
P R O F E S S O R : GABRIEL PEREIRA

portuário e por trabalhador portuário avulso, indicando, com relação a estes, os


respectivos números de registro ou cadastro, as datas dos turnos trabalhados, as
importâncias pagas e os valores das contribuições previdenciárias retidas.

§ 12. Para efeito de observância do limite máximo da contribuição do segurado


trabalhador avulso, de que trata o art. 198, o órgão gestor de mão-de-obra manterá
resumo mensal e acumulado, por trabalhador portuário avulso, dos valores totais das
férias, do décimo terceiro salário e das

§ 13. Os lançamentos de que trata o inciso II do caput, devidamente escriturados nos


livros Diário e Razão, serão exigidos pela fiscalização após noventa dias contados da
ocorrência dos fatos geradores das contribuições, devendo, obrigatoriamente:

I - atender ao princípio contábil do regime de competência; e

II - registrar, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições


previdenciárias de forma a identificar, clara e precisamente, as rubricas integrantes e não
integrantes do salário-de-contribuição, bem como as contribuições descontadas do
segurado, as da empresa e os totais recolhidos, por estabelecimento da empresa, por
obra de construção civil e por tomador de serviços.

§ 14. A empresa deverá manter à disposição da fiscalização os códigos ou abreviaturas


que identifiquem as respectivas rubricas utilizadas na elaboração da folha de pagamento,
bem como os utilizados na escrituração contábil.

§ 15. A exigência prevista no inciso II do caput não desobriga a empresa do cumprimento


das demais normas legais e regulamentares referentes à escrituração contábil.

§ 16. São desobrigadas de apresentação de escrituração contábil: (Redação dada pelo


Decreto n° 3.265, de 29/11/1999)

I - o pequeno comerciante, nas condições estabelecidas pelo Decreto-lei n° 486, de 3 de


março de 1969, e seu Regulamento;

II - a pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, de acordo com a legislação
tributária federal, desde que mantenha a escrituração do Livro Caixa e Livro de Registro
de Inventário; e

III - a pessoa jurídica que optar pela inscrição no Sistema Integrado de Pagamento de
Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, desde que
mantenha escrituração do Livro Caixa e Livro de Registro de Inventário.

§17. A empresa, agência ou sucursal estabelecida no exterior deverá apresentar os


documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações referidas neste artigo à sua
congênere no Brasil, observada a solidariedade de que trata o art. 222.

§ 18. Para o cumprimento do disposto no inciso V do caput serão observadas as


seguintes situações:

I - caso a empresa possua mais de um estabelecimento localizado em base geográfica


diversa, a cópia da Guia da Previdência Social será encaminhada ao sindicato
representativo da categoria profissional mais numerosa entre os empregados de cada
estabelecimento;

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 20


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
P R O F E S S O R : GABRIEL PEREIRA

II-a empresa que recolher suas contribuições em mais de uma Guia da Previdência Social
encaminhará cópia de todas as guias;

III-a remessa poderá ser efetuada por qualquer meio que garanta a reprodução integral
do documento, cabendo à empresa manter, em seus arquivos, prova do recebimento pelo
sindicato; e

IV - cabe à empresa a comprovação, perante a fiscalização do Instituto Nacional do


Seguro Social, do cumprimento de sua obrigação frente ao sindicato.

§ 19. O órgão gestor de mão-de-obra deverá, quando exigido pela fiscalização do Instituto
Nacional do Seguro Social, exibir as listas de escalação diária dos trabalhadores
portuários avulsos, por operador portuário e por navio.

§ 20. Caberá exclusivamente ao órgão gestor de mão-de-obra a responsabilidade pela


exatidão dos dados lançados nas listas diárias referidas no parágrafo anterior.

§21. Fica dispensado do cumprimento do disposto nos incisos V e VI do caput o


contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta serviço. (Redação dada
pelo Decreto n° 3.265, de 29/11/1999)

§ 22. A empresa que utiliza sistema de processamento eletrônico de dados para o registro
de negócios e atividades econômicas, escrituração de livros ou produção de documentos
de natureza contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária é obrigada a arquivar e conservar,
devidamente certificados, os respectivos sistemas e arquivos, em meio digital ou
assemelhado, durante dez anos, à disposição da fiscalização. (Parágrafo acrescentado
pelo Decreto n° 4.729, de 9/06/2003)

§ 23. A cooperativa de trabalho e a pessoa jurídica são obrigadas a efetuar a inscrição no


Instituto Nacional do Seguro Social dos seus cooperados e contratados, respectivamente,
como contribuintes individuais, se ainda não inscritos. (Parágrafo acrescentado pelo
Decreto n° 4.729, de 9/06/2003)

§ 24. A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da produção


fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento fiscal de entrada da
mercadoria, onde conste, além do registro da operação realizada, o valor da respectiva
contribuição previdenciária. (Incluído pelo Decreto n° 6.722, de 30/12/2008)

Art.226. O Município, por intermédio do órgão competente, fornecerá ao Instituto Nacional


do Seguro Social, para fins de fiscalização, mensalmente, relação de todos os alvarás
para construção civil e documentos de habite-se concedidos, de acordo com critérios
estabelecidos pelo referido Instituto.

§ 1° A relação a que se refere o caput será encaminhada ao INSS até o dia dez do mês
seguinte àquele a que se referirem os documentos. (Redação dada pelo Decreto n°
4.032, de 26/11/2001)

§ 2° O encaminhamento da relação fora do prazo ou a sua falta e a apresentação com


incorreções ou omissões sujeitará o dirigente do órgão municipal à penalidade prevista na
alínea "f" do inciso I do art. 283.

Art.227. As instituições financeiras mencionadas no inciso V do caput do art. 257 ficam


obrigadas a verificar, por meio da internet, a autenticidade da Certidão Negativa de Débito
- CND apresentadas pelas empresas com as quais tenham efetuado operações de crédito

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 21


CURSO DE LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA TÉCNICO DO INSS
P R O F E S S O R : GABRIEL PEREIRA

com recursos ali referidos, conforme especificação técnica a ser definida pelo Instituto
Nacional do Seguro Social. (Redação dada pelo Decreto n° 4.729, de 9/06/2003)

Art.228. O titular de cartório de registro civil e de pessoas naturais fica obrigado a


comunicar, até o dia dez de cada mês, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do
Seguro Social, o registro dos óbitos ocorridos no mês imediatamente anterior, devendo da
comunicação constar o nome, a filiação, a data e o local de nascimento da pessoa
falecida.

Parágrafo único. No caso de não haver sido registrado nenhum óbito, deverá o titular do
cartório comunicar esse fato ao Instituto Nacional do Seguro Social, no prazo estipulado
no caput.

Prof. Gabriel Pereira www.pontodosconcursos.com.br 22

Potrebbero piacerti anche