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ABORDAGEM”
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Mestre em Direito Previdenciário pela PUC/SP. Especialista em Direito Previdenciário pela EPD/SP. Membro
Integrante da Comissão de Seguridade Social da OAB/SP. Coordenador e Professor em Cursos de Pós-
Graduação em Direito Previdenciário do Complexo Jurídico Damásio de Jesus. Escritor. Professor do IBEP/SP.
Advogado em São Paulo.
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Especialista em Direito Previdenciário pela EPD/SP. Especialista em Processo Civil pela PUC/SP. Ex-
Presidente da Comissão de Assuntos Previdenciários da 23ª Subseção da OAB/MG. Professor do IBEP/SP e do
Curso de Direito da FEPI - Centro Universitário de Itajubá. Sócio do Escritório Advocacia Especializada
Trabalhista & Previdenciária. Escritor. Advogado em MG.
Introdução.
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BITTAR, Carlos Alberto. Reparação Civil por Danos Morais. 3ª Ed., São Paulo. RT. 1998, p.15.
Também, quanto ao fundamento, segue lição do conceituado mestre Caio Mário da
Silva Pereira, que em feliz ponderação assevera que:
Por certo então, que sua convalidação jurídica é por demais necessária, podendo afirmar
que se trata de um expressivo instrumental jurídico, que visa contribuir e assegurar relações
específicas em sua amplitude, reparando, compensando e persuadindo o transgressor da
ordem jurídica.
Com efeito, aludido instituto jurídico ainda encontra destacável importância quando
incidente nas relações previdenciárias, ganhando nesse ramo da ciência jurídica uma
amplitude eminentemente protetiva.
De fato, primeiramente urge ressaltar que na seara previdenciária existe uma autêntica
aproximação do administrado com a administração, ou seja, do sujeito de direitos com o
prestador do direito. Neste aspecto, a relação ganha contornos especialíssimos, ante a carga
alimentar e social que reveste todo o pacote previdenciário.
Neste sentido, valiosa a lição descrita pelo Jurista Fábio Zambitte Ibrahim que o
conceitua como,
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PEREIRA, Caio Mário. Reparação Civil de acordo com a CF/1988. 02ª Ed., São Paulo. Forense. 2000. p.61.
“Na verdade, a seguridade social pode ser conceituada como a
rede protetiva formada pelo Estado e sociedade, com
contribuições de todos, incluindo parte dos beneficiários dos
direitos, no sentido de estabelecer ações positivas no sustento de
pessoas carentes, trabalhadores em geral e seus dependentes,
providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida.”5
Por sua vez, o arcabouço desse Constitucional Sistema abrange: a Saúde; a Previdência
Social e a Assistência Social, como, aliás, o Constituinte Originário estampou no comando do
artigo 194 em seu caput, carreando consigo vários princípios norteadores e regedores deste
instrumental de efetivação da proteção social, como se afere do artigo 194, parágrafo único e
seus sete incisos.
Ao que se vê, tendo a Previdência Social sido erigida ao patamar supremo de direito
social, em equivalência a vários outros, sua análise sistematizada e ordenada dentro do
Sistema de Seguridade Social conduz a real reflexão objetiva, de que, seus instrumentos
jurídicos válidos, dentre os quais, o Instituto do Dano Moral, são verdadeiras ferramentas
necessárias e imprescindíveis a consecução dos ideais axiológicos.
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IBRAHIM, Fábio Zambitte. Desaposentação – O caminho para uma melhor aposentadoria. 2ª Ed., RJ. Impetus.
2009, p. 35.
Assim, nesta estreita relação previdenciária de cunho eminentemente protetivo, a
eficiência do serviço público se mostra necessária para assegurar ao administrado um acesso
justo aos produtos do pacote de proteção.
Ultrapassado então este norte conceitual, importante para alocar o instituto dentro do
cenário jurídico, cabe esmiuçar as hipóteses de convalidação do instrumental.
Passando por uma análise eminentemente principiológica, verdade que o Dano Moral
dito Previdenciário, acolhe variadas conceituações deontológicas, arrimando seu sustentáculo
em disposições essencialmente em normas abstratas.
Casos Práticos.
De outro lado, malgrados os esforços do ente estatal para otimizar e aperfeiçoar esta
relação previdenciária na sua entrega, ocorre que, porque não dizer, de maneira habitual e
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MARTINEZ, Wladimir Novaes. Dano Moral no Direito Previdenciário. 2ª Ed., São Paulo. LTr. 2009. p.65.
freqüente, certas atuações da administração têm justificado o crescente manuseio da reparação
civil dentro desta conjuntura, visando a instrumentalizar e a recompor a busca do direito
social almejado.
Hipóteses de atração desse Instituto Jurídico Reparatório são das mais diversas, como,
por exemplo: suspensão de pagamentos sem o devido processo legal; retenção de valores sem
esclarecimentos aos beneficiários; atraso na concessão do benefício; indeferimento sem justa
causa; acusação de fraudes sem pré-análise; perícias médicas deficientes; falta de
orientação ou errônea informação; perda de documentos ou processo; recusa de expedição
de Certidão Negativa de Débito; não cumprimento de decisões hierarquicamente superiores
(artigo 64 do CRPS); não cumprimento de Súmulas e Enunciados (artigo 131 da LB); recusa
de protocolo; erro grosseiro no cálculo da RMI; retenção de documentos; limites de senhas
para atendimentos; tempo de espera (fila de bancos); má exegese das Leis; lentidão na
revisão; maus-tratos ao Idoso, entre outros.
Assim, diversificado o campo de atuação desse necessário Instituto, cuja área de pouso,
não é surreal, mas bem concreta e real dentro do cotidiano previdenciário.
Por sua vez, a Jurisprudência, como fonte informadora do Direito, tem se pautado de
maneira decisiva para a viabilidade da reparação civil imaterial dentro da concepção
previdenciária ora discorrida, abalizando a evolução da reparação civil dentro desse ramo da
ciência jurídica.
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http://www.ambito juridico.com.br/site/?n_link=visualiza_noticia&id_caderno=&id_noticia=71397.
9/RO em que ocorreu a condenação da União a pagar danos morais no importe de cinco mil
reais a uma professora, tendo em vista que a União retardou a concessão de sua aposentadoria
por um período de um ano e onze meses, conforme o seguinte noticiário:
Conclusões.
Assim, fácil detectar que a reparação civil imaterial, esmiuçada em outros ramos do
direito, também comporta abrangência no âmbito previdenciário, destacando sua importante
utilidade de assegurar, de maneira indireta, o efetivo acesso eficaz e justo da tutela social
protetiva.
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http://www.trf1.jus.br/sitetrf1/conteudo/detalharConteudo.do?conteudo=86850&canal=2 - Processo n.º
2001.41.00.00.3225-9/RO.
Logo, como ocorre com a Desaposentação, o Dano Moral Previdenciário se apresenta
como modal jurídico necessário e instrumental para a proteção previdenciária, já que reprimi
lesões, compensa prejuízos e educa a Administração a cada vez mais a valorizar as conquistas
de um Povo.
Referências Bibliográficas.
BITTAR, Carlos Alberto. Reparação Civil por Danos Morais. 3ª Ed., São Paulo. RT.
1998, p.15.
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Desaposentação – O caminho para uma melhor
aposentadoria. 2ª Ed., RJ. Impetus. 2009, p. 35.
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MELO, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 12ª Ed., São Paulo: Malheiros. 2005. p.748
PEREIRA, Caio Mário. Reparação Civil de acordo com a CF/1988. 02ª Ed., São
Paulo. Forense. 2000. p.61.
MARTINEZ, Wladimir Novaes. Dano Moral no Direito Previdenciário. 2ª Ed., São
Paulo. LTr. 2009. p.65.
MELO, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 12ª Ed., São Paulo:
Malheiros. 2005. p.748