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SHOPPING CENTERS - Inspirações & Tendências

Agosto / 2018

INTRODUCAO
Excesso de informação, mata a informação. Estamos sendo massacrados por
informações inúteis. É preciso minerar o bruto para colher o ouro. Isso exige técnica e
disciplina. Apenas a informação, ainda que seja útil e pertinente.....não basta. Porque
informação são apenas dados. Temos que transformar os dados em conhecimento. E
conhecimento é a arte de compreender por meio da razão ou da experiência. Mas,
compreensão, ainda que satisfaça.... também não basta. Temos que transformar a
compreensão em inteligência, que é a capacidade de resolver novos problemas e de se
adaptar às novas situações.

Na ultima década, as empresas mais importantes do mundo tornaram-se especialistas


em BI (business intelligence): coleta + analise + utilização. Para que? Para se adaptar.

A EXPANSAO DA INDÚSTRIA DE SHOPPINGS NO BRASIL


Nos últimos 11 anos, 220 novos shoppings surgiram no Brasil, aumentando a área
bruta locável (ABL) em 107%.
ABL
ANO Nº DE SHOPPINGS
MILHÕES M²

2006 351 7,492

2007 363 8,253

2008 376 8,645

2009 392 9,081

2010 408 9,512

2011 430 10,344

2012 457 11,403

2013 495 12,940

2014 520 13,846

2015 538 14,680

2016 558 15,237

2017 571 15,580


Confrontando dados gerais entre Brasil e Estados Unidos é possível perceber que as
enormes diferenças existentes não são apenas de origem demográfica ou renda, mas
há um forte conteúdo cultural. Shoppings norte americanos são menores (em média) e
estão muito mais presentes no cotidiano das pessoas. Vejam que há 2 m² de ABL para
cada habitante e controlam mais da metade de todo o varejo do país.

Xs

População 325.000.000 207.000.000 1,6


Shoppings 47.000 571 82
ABL (m²) 620.000.000 15.580.000 40
População/m² 0,52 13,29 25
Tamanho médio - ABL (m²) 13.191 27.285 0,5

Enquanto a população brasileira cresceu 12% nos últimos 11 anos (2006 – 2017), a
relação de habitante por ABL (m²) de shoppings dobrou.

População População /
Brasil (milhões) m² de ABL
2006 186 25
2017 207 13
Variação + 12% + 100%

ALGUMAS NOTICIAS QUENTES

• Comércio eletrônico faturou R$ 48 bilhões em 2017 no Brasil e apresentou


crescimento nominal de 12% sobre o ano anterior.

• Nike inaugura em Los Angeles a primeira unidade da Nike Live

A loja foi batizada de Nike by Melrose, nome da avenida. A loja tem decoração
temática da Califórnia. O mix de produtos é customizado, respeitando as preferencias
locais. Foram utilizadas informações fornecidas pelos membros do Nike Plus e dados
de compras online. As pesquisas indicaram que um dos itens mais vendidos na cidade
é o Nike Cortez, um tênis em estilo retro.

O principal objetivo do novo modelo de loja é integrar com o digital. Os clientes podem
utilizar o aplicativo da marca para verificar os códigos de barras dos produtos e obter
informações sobre eles. O mix de produtos da loja é atualizado a cada 15 dias, numa
velocidade 3 vezes maior que as lojas comuns. Os clientes podem pré-reservar seus
pedidos pelo aplicativo e provarem os produtos na loja, que ficarão guardados num
armário com acesso pelo smartphone. O cliente também pode receber o produto que
foi comprado pela internet, no estacionamento, sem precisar entrar na loja. A próxima
loja do conceito será em Tóquio, em 2019.

• Amazon está utilizando caminhões como lojas itinerantes

Vende-se refeições prontas, artigos de tecnologia e acessórios. A experiência está


sendo realizada em 40 cidades dos EUA. Quem deseja saber o que será comercializado
naquele dia deve assinar o serviço e assim receberá uma mensagem de texto na
manhã da data, com a informação das ofertas. Os veículos rodam apenas algumas
vezes por semana e ficam por poucas horas em locais, como complexos de escritórios
e centros comerciais, previamente alugados pela companhia. Outra parada comum são
as lojas da rede Whole Foods, que pertencem à Amazon.

• Mobly inicia expansão com lojas físicas


Especialista na venda de moveis. Nasceu no e-commerce. Faz parte do Grupo Home24
(alemão). Importa produtos da Ásia. Vai abrir a primeira loja em SP. Quer utilizar o
ponto físico para gerar maior aproximação com os clientes.

• E-commerce da Renner cresce 4 vezes mais que o mercado

Está fazendo a integração com as lojas físicas. O consumidor pode comprar no site e
retirar o produto na loja. Até o final do ano serão 100 lojas integradas. A distribuição
física é totalmente automatizada. Os investimentos em centros de distribuição estão
aumentando.

• Com serviço de entrega, shoppings se adaptam a nova era do consumo

BRMalls e Ancar Ivanhoe iniciaram serviços de delivery. Estão utilizando a Delivery


Center, especializada em logística de carga fracionada. Os pedidos podem ser feitos
pelo iFood ou pelo WhatsApp. As entregas podem ser feitas em até uma hora. O
sistema é denominado de O2O – online-to-offline. Até o final de 2019 a BRMalls terá
integrado 40 shoppings à plataforma. No experimento feito na Tijuca (Rio), somente
com a praça de alimentação, as vendas aumentaram 15% nos primeiros 3 meses.
Multiplan irá lançar um canal de vendas online, o MultiShopping. O inicio será no
BarraShopping (Rio). A ideia é levar o shopping para a casa do cliente. Iguatemi
também declarou que está estudando iniciativas para o comercio eletrônico.

• Carrefour busca reestruturação global


A quinta maior rede de varejo alimentar no mundo está em crise. Atingiu suas mínimas
históricas na bolsa francesa após recentes resultados divulgados. A principal conclusão
é sobre a cultura da empresa, considerada lenta e avessa a mudanças. No Brasil a
empresa cortou 3 mil vagas do braço de hipermercados. O país responde por mais da
metade do lucro global. O plano do novo CEO global é ampliar o peso do negocio
digital.

• Mercado Livre dobra a meta para o Brasil

Ações negociadas na Nasdaq subiram 60% nos últimos 12 meses.

• Lojas Marisa vai começar a testar a integração entre lojas físicas e comércio
eletrônico

As compras poderão ser feitas online e a retirada na loja. A ideia é implantar em toda a
rede até 2019.

• Aramis abre loja sem caixa convencional

A experiência é na loja do Shopping Iguatemi SP. Novo layout. Muita tecnologia.


Vendedores usam tablet ou smartphone. Tela grande com vídeos das coleções. Mais
10 lojas (das 80 da rede) vão assumir o novo layout até o final do ano.

• Vendas no e-commerce do Magazine Luiza crescem 66%.


• Amazon vai vender roupas no Brasil

Lançou em 22 de agosto suas lojas de moda e esportes no Brasil. Serão 350.000


produtos. As lojas virtuais operam no sistema marketplace, pelo qual outros
vendedores oferecem produtos na plataforma da varejista. A maior parte desses
parceiros serão as próprias marcas de moda. Alguns exemplos: Levi’s, Reserva,
Animale, Capodarte, Le Lis Blanc e Havaianas. Irá cobrar uma taxa de 20% sobre as
vendas do segmento de moda e 15% no caso de artigos esportivos.

O CENÁRIO
THE FOUR
(AS BIG TECHS)

“Os homens mais poderosos do mundo não estão diante do botão nuclear, mas podem
controlar os dados de bilhões de pessoas”
(Scott Galloway, americano, professor da Universidade de Nova York e autor do “The Four”)

O INICIO

Apple - Uma maquina


1976 – 42 anos – Cupertino - CA

Amazon - Uma loja


1994 – 24 anos – Seatlle - Washington

Google- Um motor de busca


1998 – 20 anos – Menlo Park - CA

Facebook – Uma rede social


2004 – 14 anos – Cambridge – Massachutsetts

Cada qual num setor, não pareciam competir uns com os outros. Porém, hoje todos
competem entre si. Essas empresas têm hoje mais poder de influencia do que
qualquer democracia ou império na historia da humanidade. Os quatro estão em uma
corrida épica para se tornar o sistema operacional da nossa vida.

“Passamos mais tempo com as The Four do que com as nossas famílias”.
Valor de Mercado = Soma US$ 3 TRI
Apple US$ 1 trilhão
Amazon US$ 900 bi
Google US$ 700 bi
Facebook US$ 450 bi

Receita Global fora dos EUA:


Apple 65%
Amazon 32%
Google 53%
Facebook 54%

Nos 4 anos recentes (2014 – 2017) o valor das quatro aumentou US$ 1,3 trilhão (PIB da
Rússia).

Produtos de consumo, em geral, quando mais se usa, mais se desgasta, se desintegra,


se desfaz. No caso das The Four, quanto mais você usa, mais inteligentes elas se
tornam. E mais poder adquirem.

O que as quatro têm em comum?

O ALGORITMO T no DNA:

1. Diferenciação absurda de produto


2. Capital visionário (investidores que acreditam no futuro)
3. Alcance global rápido
4. Reputação
5. Integração vertical (capacidade em construir a totalidade de sua cadeia de valor)
6. Expertise gigantesca em IA (inteligência artificial)
7. Acelerador de carreiras (atrai os melhores talentos)
8. Posicionamento geográfico (próximo a celeiros de mentes geniais – universidades)
a. Google, Facebook e Apple – Califórnia – ao lado de Stanford e dezenas de
universidades
b. Amazon (Seattle) – mais de 20 universidades nas proximidades

Essas quatro marcas integradas representam o funil das vendas de tudo:

Apple
É o meio, o veiculo de acesso, o instrumento.
Começou na cabeça (maquina racional) mas se tornou uma religião, como seguidores
de um culto.
Amazon
Permite que você conquiste aquilo que desejou e conheceu.
Ponte entre o cérebro e o nosso instinto caçador-coletor, configurado para adquirir
mais coisas.
Google
É o canal de acesso para aprofundar o conhecimento daquilo que eu desejei.
Se direciona ao cérebro e o complementa, expandindo sua memoria de longo prazo
até o infinito.
Facebook
Estimula, provoca, desenvolve o desejo, de tudo aquilo que você vê.
Dirige-se ao nosso coração, nos conectando com os outros, pura emoção.

Fundada em 1976. Lança iPhone em 2007 (31 anos depois). Arrasou Motorola e Nokia
(juntas demitiram 100 mil funcionários). No auge, a Nokia chegou a representar 30%
do PIB da Finlândia. É hoje a empresa mais inovadora do mundo. Opera 492 lojas em
18 países e atende 1 milhão de clientes por dia. As lojas da Apple vendem US$ 53.000
m2/ano (R$ 206.000 m2/ano). É a mais rentável da historia. Em 2015 lucrou US$ 53
bilhões (mais que o faturamento do setor de shopping no Brasil). A ideia central da
empresa é: um produto de baixo custo vendido a um preço premium. A empresa
controla 18% do mercado de smartphones, e fica com 92% do lucro do segmento. A
inspiração da Apple está no setor de luxo. Conquistou a imagem de marca de Ferrari
com a escala da Toyota. Adquiriu o status de luxo, através da combinação dos
seguintes fatores:
Um fundador que é icônico
Uma fabricação impecável
Integração vertical, para garantir qualidade e excelência
Presença global
Preço prime (os próximos iPhones serão ainda mais caros)

Não há nada mais padronizado do que o mercado de luxo. A classe média consome
ampla variedade de produtos e estilos, mas o segmento A é, entre si, muito parecido.
Ricos são o grupo mais homogêneo do planeta: Usam expressões semelhantes no
vocabulário; relógios parecidos (Hermes, Cartier, Rolex); tem filhos nas universidades
de maior prestigio; curtem as férias em destinos semelhantes; sapatos, bolsas e ternos
muito parecidos, em marcas e design. A elite global é um arco-íris de uma única cor.
Daí a maior facilidade para as marcas de luxo cruzarem as fronteiras dos países e
continentes. As marcas de luxo definem o próprio universo, sem precisar se adaptar as
etnias, como precisam fazer as marcas de classe popular. A imagem do luxo adotada
pela Apple é a “simplicidade” - a forma definitiva de sofisticação.

“As coisas atraentes funcionam melhor”.


Qual o principal foco da empresa? Reduzir ao máximo o atrito nas compras. A Amazon
oferece tudo o que você precisa, antes mesmo de você precisar. E pode entregar os
produtos em 1 hora a 500 milhões das famílias mais ricas do planeta.

Sua conexão de negócios é com a “sobrevivência dos indivíduos”: estocagem; desejo


pelas coisas; desejo pelas compras; desejo pelo consumo; desejo pela acumulação.

A Amazon é apenas a ponta do iceberg de uma enorme revolução que está


acontecendo no setor varejista. Está atropelando o varejo tradicional. O custo de
capital da Amazon cai, enquanto aumenta para todos os varejistas. O valor das ações
da Amazon dobrou nos últimos 18 meses, enquanto o valor da Macy’s e do Carrefour,
por exemplo, dois gigantes do varejo, caiu pela metade. Hoje a Amazon vale mais que:
Walmart; Target; Macy’s; Kroger; Nordstrom; Tiffany; Coach; Williams-Sonoma;Tesco;
Ikea; Carrefour; The Gap…. Todas juntas. Com isso, a Amazon está contribuindo para
destruir cerca de 100.000 empregos por ano.

Em 2016 o varejo nos EUA cresceu 4% e o Amazon Prime, 40%. 52% dos americanos
tem Amazon Prime e fazem compras diárias no canal. Na alta renda a penetração é de
70%. Metade de todo crescimento online nos EUA em 2016 se deve a Amazon. 55%
das buscas de produtos na internet já começam na Amazon e não nos sites das marcas
ou no Google.

Em 2017 a Amazon comprou a rede de supermercados de alto nível, Whole Foods


Market, pagando US$ 13 bilhões. São 460 lojas nos EUA, Canada, Reino Unido. Com
esse movimento, não está interessada apenas no varejo de gêneros alimentícios, mas
sobretudo ter à mão centenas de armazéns inteligentes (lojas). Essas lojas também
servirão para ser pontos de distribuição e devolução dos pedidos online, reduzindo
consideravelmente os custos. Anunciou neste mês que os assinantes do Amazon Prime
– em duas pequenas cidades dos EUA – poderão encomendar alimentos da Whole
Foods por meio do aplicativo no celular e busca-los em uma loja 30 minutos depois,
sem precisar sair do carro.

Seu próximo movimento será dominar o varejo físico na Índia (1,3 bilhões de pessoas).

A Amazon está construindo a infraestrutura logística mais robusta da historia. A


empresa contrata generais aposentados para supervisionar as operações logísticas
mais complexas do mundo. Está agora investindo em grandes zeppelins que funcionam
como warehouses, porque o custo de aquisição e manutenção de “real estate” está
cada vez mais caro. São depósitos intermediários para fazer as entregas via drones.
O homem mais rico do século XX dominou a arte de pagar apenas 1 salario mínimo aos
funcionários para nos vender coisas. Esse foi Sam Walton – Walmart. O homem mais
rico do século XXI está dominando a ciência de pagar um salario zero a robôs para nos
vender coisas. Jeff Bezos alcançou a fortuna pessoal de US$ 154 bilhões e já não
enxerga mais o segundo colocado pelo retrovisor, Bill Gates (US$ 95 bilhões).

Em 1999 tinha 8 funcionários. Em 2000 começou a vender propaganda baseada em


palavras-chave. Em 2004 abriu o capital, esperando obter US$ 4 bilhões. Hoje é o
monopólio de buscadores, com 3,5 bilhões de consultas por dia.

É o nosso Deus moderno:


Fonte de conhecimento
Está onipresente e onisciente na vida de todos
Conhecedor de nossos segredos mais íntimos
Responde a todas as nossas perguntas
Tem nossa inteira confiança e credibilidade

Torna-se a extensão de nossos cérebros e conquista pedaços de nossos sentidos.


Controla todas as pesquisas, compras, manifestações na plataforma. Uma em cada
seis buscas que se faz no Google é inédita. Portanto, com as ferramentas do IA, o
sistema aprende e ganha conhecimento a cada segundo. Registra seus deslocamentos
(e localização) mesmo quando você diz explicitamente a empresa para que não o faça.

“Com as nossas perguntas, confessamos ao Google coisas que jamais revelaríamos a


nosso padre, rabino, mãe, melhor amigo ou medico.”

Um dos mais assombrosos poderes do Google é sua capacidade de saber não só o que
fazemos, mas também o que queremos fazer.

“Você revela coisas ao Google que gostaria que ninguém soubesse.”


A mais novata dentre os Quatro Cavaleiros. Tem apenas 14 anos de vida e um
relacionamento expressivo com 2 bilhões de pessoas (26% da população do planeta).
44% recorrem ao Facebook para ter acesso a noticias. Portanto, a maior empresa de
mídia do mundo. Tem o poder de formação de conhecimento (ou desconhecimento),
dado que 40% das FakeNews que circulam no mundo, circulam através do Facebook.

“É mais fácil você enganar as pessoas, do que convence-las de que foram enganadas.”

Um usuário típico passa 50 minutos por dia em uma das 3 principais plataformas da
empresa: Facebook; Instagram; WhatsApp. 20% do tempo que as pessoas passam na
Internet estão: ou no Facebook; ou no Instagram; ou no WhatsApp.

No marketing, escala e segmentação sempre foram mutuamente excludentes. O Face


modificou esse paradigma. Atinge bilhões de pessoas com capacidade de se direcionar
a indivíduos específicos. Cada um dos usuários da plataforma criou a sua própria
pagina e a alimenta diariamente com suas preferencias, manias, valores, hábitos,
atitudes, comportamento. O máximo de conteúdo pessoal.

“O Face pode nos conhecer melhor do que os nossos amigos.”

Relacionamentos aumentam a nossa felicidade. Um quarto da humanidade pode


encher os feeds do Facebook com bobagens sentimentais e auto ilusão. Eles (o Face)
conseguem prever quando as pessoas estão perto de se separarem, se aproximarem
ou estão buscando um novo trabalho. É a marca do desejo. Representa o desejo e o
querer ser desejado. O Face está atrelado ao coração das pessoas. Ligado ao
sentimento de pertencimento. Potencializa o sentimento de proximidade.

“Compartilho, logo existo.”

Destrói concorrentes potenciais. Pagou US$ 20 bilhões para comprar o WhatsApp que
tinha 5 anos e 50 funcionários na ocasião. Em 2012 comprou o Instagram por US$ 1
bilhão, onde trabalhavam 19 pessoas Hoje vale 50 vezes mais. O Instagram tem 400
milhões de usuários e com nível de engajamento 15 vezes maior que o Facebook.

Somos levados por profundas necessidades subconscientes de pertencer a um grupo,


de conquistar a aprovação dos outros e nos sentirmos seguros. Nas plataformas de
mídia, o produto é você. A manobra de jiu-jitsu do Facebook: convence seus usuários a
criar o conteúdo e vende-lo aos anunciantes para que eles possam vender anúncios
aos usuários que o criaram”
TENDENCIAS PARA OS SHOPPINGS

TENDENCIA 1 – FORMATO MULTICANAL

SISTEMA BOPIS – By Online and Pick Up in Store. O e-commerce está crescendo no


mundo inteiro, mas os frequentadores de shopping centers ainda preferem realizar
suas compras pessoalmente, ou apenas finalizá-las na loja. 90% das vendas no varejo
americano no ano passado foram realizadas em lojas físicas.

Os shoppings também se tornarão centros de distribuição. Delivery Center é uma


plataforma aberta de entrega de mercadorias. Até o final de 2018 já terá 20 shoppings
integrados no Brasil. Em 5 anos, serão 200 shoppings.

A Multiplan está fazendo parceria com a FullLab – uma empresa de tecnologia com
soluções para o varejo, tipo big data. ON Stores, marketplace da Cyrela, já tem seis
shoppings do grupo integrados. O produto pode ser comprado pela internet e ser
recebido em casa ou recolhido no shopping. O consumidor pode comprar produtos de
varias lojas com um único cadastro e um único pagamento.

O nome desse jogo é: logística descentralizada. Essa é a tendência mais contundente a


afetar o varejo e os shoppings, de forma definitiva e irreversível.

TENDENCIA 2 – EXPERIÊNCIA

No Brasil, somente 37% dos visitantes vão ao shopping para comprar. Jovens não
querem sair de casa apenas para comprar. Querem consumir experiências.

Alguns exemplos ao redor do mundo:


Noites de exibição de filmes ao ar livre
Jantares especiais
Congressos / Seminários
Centros para doação de sangue para hospitais locais
Maratonas de aulas de ginástica gratuitas
Ofertas personalizadas cruzadas com identificação da placa de veiculo
Estações de recarga de veículos elétricos

Namorado de aluguel
Alguns shoppings da China estão oferecendo esse serviço às clientes. Jovens
elegantemente vestidos com traje de gala e gravata borboleta. Custa 1 iuane
(13 centavos de euro) por 30 minutos. O target são mulheres entre 20 e 40
anos, que buscam conselhos quando têm dificuldades para escolher roupas ou
simplesmente postar fotos nas redes sociais. No regulamento, eles devem
evitar o contato físico.

A vida está mais acelerada. A expectativa de vida é maior. Essas duas tendências
combinadas levam as pessoas a desejar viver mais emoções intensas em menor
tempo. Mais experiências imersivas, inteligentes, profundas. Tecnologia digital entra
em cena: realidades virtuais; realidades aumentadas; espaços sensoriais; combinações
sinestésicas.

O desafio dos shoppings é atrair e manter os clientes o maior tempo possível dentro
dos malls. Tornar-se o terceiro endereço dos indivíduos.

TENDENCIA 3 – NOVAS FUNÇÕES

Espaços de coworking, inclusive tematizados, de acordo com o perfil da região: moda e


design; arquitetura e urbanismo; engenharia e afins; tecnologia; gastronomia; somente
para mulheres, etc. Espaços para hortas onde o consumidor pode preparar sua própria
salada. Educação (faculdade e cursos de curta duração). Saúde (clinicas, laboratórios
de analise, consultórios; checkups); Posto da Policia Federal; Posto do Detran; Igrejas;
Poupa Tempo; Bicicletário; Vestiários com chuveiros; Serviços financeiros;
Gastronomia de alto nível; Espaços culturais; Eventos sociais; Academias; Teatro;
Hotelaria agregada (31% dos shoppings no Brasil já têm hotéis anexados); Offices
agregados; Residenciais agregados.
O novo urbanismo prega: tudo junto, tudo perto, tudo misturado. Os espaços nobres
nas grandes cidades estão mais caros. Estimulo para o desenvolvimento de mixed-
users, combinando: Residenciais; Comercio; Serviços; Trabalho; Lazer &
Entretenimento; Hotelaria & Turismo.

Shoppings se tornam ancoras desses complexos imobiliários.

TENDENCIA 4 – REVOLUÇÃO NA MODA

Lojas de departamento em queda livre no mundo. Expansão do fast fashion – a moda


descartável. As 10 mais famosas (não por ordem de importância):
Forever 21 Americana
Urban Outfitters Americana
Gap Americana
TopShop Britânica
Next Britânica
Zara Espanhola
Mango Espanhola
Cotton On Australiana
H&M Sueca
Uniqlo Japonesa

Amâncio Ortega, dono da Zara, é o 6º homem mais rico do mundo, com fortuna
pessoal de US$ 70 bilhões. Em 2017 inaugurou, em Madri, a maior loja do mundo, com
6.000 m² de ABL, defronte a dinossaurica El Corte Inglez. A rede Zara tem 2.200 lojas.
O Grupo Inditex tem 10 marcas e 7.000 lojas em 86 países.

Infidelidade a marcas; redução na participação do vestuário na ABL total dos


shoppings; realidade virtual; realidade aumentada (onde se pode experimentar roupas
virtualmente). Esses são apenas alguns indicadores da profunda transformação que o
varejo de moda sofre, e afeta diretamente os shoppings.
TENDENCIA 5 – CATEGORIAS EM ALTA

Alimentação / Gastronomia
O segmento de Food Service movimentou R$ 170 bilhões/ano no Brasil. Alimentação
também é lazer, também é experiência. No estudo do IBGE, sobre o consumo das
famílias, as despesas com alimentação fora do domicilio já são maiores do que de
vestuário (5,3% contra 4,7% sobre a renda das famílias).

Beleza / Saúde / Cuidados pessoais


80% das mulheres compram maquiagem. 78% compram produtos de cuidados com a
pele. A beleza é o segundo tópico mais visto no Youtube (primeiro – jogos eletrônicos).
O varejo mundial vende anualmente US$ 465 bilhões. Em 2025 serão US$ 750 bilhões.
Na Europa Ocidental – em 2016 – se abriram mais lojas de beleza e saúde do que
qualquer outro tipo de varejista. O setor de beleza se beneficia da tendência de se
viver a experiência presencial da compra, o que o torna menos suscetível às ameaças
online.

Lazer / Entretenimento
Netflix vale US$ 153 bilhões (superou a Disney). Mais de 110 milhões de assinantes
pagantes. As pessoas querem e precisam de entretenimento. Seja no lar ou fora dele.
O mercado de games movimentou US$ 36 bilhões nos EUA em 2017. São consoles,
acessórios, softwares. No Brasil já são 700 milhões anuais.

Os shoppings no Brasil se tornaram o terceiro endereço das pessoas. Em 2017 foram


460 milhões de visitas mensais – 2,2 vezes a população brasileira. Essas pessoas estão
buscando muito mais do que comprar sapatos e televisores. Elas querem diversão,
lazer, convivência, compartilhamento. Não há limites para a criação de experiências
nesse campo.

Serviços / Serviços / Serviços


O leque de serviços, que são possíveis de serem oferecidos em shoppings, cresce em
razão exponencial. O Brasil tem 50 milhões de cães e 40 milhões de crianças até 13
anos. Pense nisso na hora de compor o mix de lojas e serviços. O país tem 80.000
farmácias e em expansão.

O RibeirãoShopping (Multiplan) tem um centro médico, inaugurado em 2017, onde


foram investidos R$ 36 milhões. São 6.200 m² de ABL; 31 clinicas; day hospital; centro
de imagem e laboratório de analises.
Em alguns shoppings bem localizados o setor de serviços já representa 30% do fluxo de
visitantes.

TENDENCIA 6 – NOVAS FONTES DE RECEITA

Anunciantes estão procurando os shoppings com objetivos de mídia, merchandising,


ativação de campanhas publicitarias, painéis, banners, eventos, feiras. Exposições
temáticas, temporais, sazonais. São oportunidade para capturar públicos
segmentados.

A Eletromidia já atua em 41 shoppings e atinge 48 milhões de pessoas/mês.

Nove por cento dos resultados líquidos da BRMalls já são derivados desses receitas
complementares. Na Multiplan o índice chega a 6%. Estudos indicam que existente
potencial para representar até 20% das receitas dos shoppings.

TENDENCIA 7 – OUTLETS

Nos EUA há 230 operações de shoppings outlets. O Brasil já conta com 15


empreendimentos e há projeção de potencial para chegar a 25. O tempo de
maturação para esse formato é mais lento, onde o setor de moda representa 90% da
oferta no mix. Para haver potencial mínimo de viabilidade, as zonas de influência
geográfica precisam ter, ao menos, 2 milhões de pessoas. Funcionam melhor se
estiverem na rota de destinos turísticos.
TENDENCIA 8 – AS NOVAS ANCORAS

Já falamos de: gastronomia, entretenimento, serviços – são categorias que se


tornaram ancoras para atração de clientes. Arquitetura também é ancora. O Shopping
Pátio Higienópolis (SP), por exemplo, atrai publico para além de seu território
geográfico, dado o ambiente que sua arquitetura proporciona.

No plano das lojas, destaque para a Apple: quase 500 unidades no mundo, oferecendo:
experiência, consultoria, tendências, segurança, lazer, socialização, convivência. Forma
futuros consumidores e é a loja mais lucrativa do mundo. Não tem vendedores
empurrando produtos, tem consultores que ensinam como usa-los. Eles não têm
metas de vendas e nem comissões. As compras são pagas diretamente ao vendedor –
não há checkouts e nem filas. A venda por m² corresponde ao dobro das lojas da
joalheria Tiffany. O trafego que uma loja Apple atrai pode aumentar em 10% as vendas
de um shopping.

TENDENCIA 9 – TECNOLOGIA

Transformar visitantes em compradores. Wi-fi grátis garante a formação de cadastros


CRM para incrementar o marketing pessoal. Se pode fazer promoções segmentadas. O
shopping pode ter um monitoramento inteligente do fluxo de visitantes, através de
câmeras 3D integradas a softwares. Pode calcular o número de visitantes em tempo
real. Pode fazer cruzamentos de dados de fluxos e eventos; transito no local; clima.
Medir as zonas de calor nos corredores do shopping, identificando áreas com maior
concentração de consumidores e identificar as razões. Com Apps próprios pode
facilitar o pagamento no estacionamento, o cliente pode acompanhar a programação
do cinema com link para compras de ingressos, trocar notas fiscais por cupons, ter
acesso ao diretório online, etc.

Wazers gastam 1h36 por dia na plataforma. O Waze leva dois consumidores a cada
segundo para algum estabelecimento comercial. Lojas podem usar Pin para identificar
sua localização no Waze – Isso gera 38% de aumento de navegações para esses locais.

TENDENCIA 10 – OS NOVOS VELHOS

Bônus demográfico é quando o crescimento da população em idade ativa é maior que


a soma das pontas (crianças e velhos). O Brasil entrou nessa janela demográfica
positiva na década de 70 e essa janela começou a se fechar em 2018, pois a população
brasileira está envelhecendo rapidamente com o aumento da longevidade. De outro
lado, as taxas de fecundidade por mulher, diminuindo, com 1,78 nascimentos por
mulher no Brasil de hoje. Portanto, mais idosos e menos crianças.

Na década de 60 a expectativa de vida dos brasileiros era de 52 anos. Em 2018 é de 76


anos. Já nasceu o brasileiro que viverá 150 anos.

Hoje são 19 milhões de brasileiros com mais de 65 anos, o que corresponde a 9% da


população. Em algumas regiões mais ricas, esse índice pode chegar a até 25%.

Em 2060 será de 25% em todo o Brasil = 58 milhões.

Hoje já temos 730 mil pessoas com mais de 90 anos.

Estudo recente com adultos idosos sobre como enxergam suas experiências no varejo,
as principais queixas recaem sobre: filas; atendimento ruim; vendedores impacientes;
lojas cheias; falta de produtos para a faixa etária; obstáculos nos corredores (dos
shoppings); falta de espaço para descanso.

Importante registrar que 70% desse grupo etário já faz comprar online.
CONCLUSÃO

Vivemos uma época em que:


Nunca foi tão incrível para quem é competente
E tão terrível para quem é mediano
Nunca foi tão fácil se tornar bilionário
E tão difícil se tornar milionário

SEJA BENVINDO À MODERNIDADE LIQUIDA (Zygmunt Bauman)

Milton Fontoura
Milton@geu.com.br
www.geu.com.br

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