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Em regra, o negócio jurídico que atenda aos planos de existência e de validade tem como
consequência natural a sua eficácia imediata. Ex: compra e venda de um automóvel.
Todavia, excepcionalmente, o CC/02 admite que as partes estabeleçam um elemento
acidental quanto à eficácia do negócio jurídico. Assim, as partes podem inserir:
a) uma condição;
b) um termo;
c) um modo ou encargo.
Tem com o objetivo especifico alterar ou determinar alguma consequência com relação aos efeitos
do negócio jurídico.
Por modificarem os efeitos normais do negócio jurídico, são considerados cláusulas acessórias.
Tais elementos acidentais somente são admitidos nos atos jurídicos de natureza patrimonial (com
algumas exceções), não podendo ser inseridos em atos jurídicos de caráter extrapatrimonial. Ex: o
reconhecimento de um filho não admite condição.
Não podem ser da essência do negócio jurídico. Ex: a venda de um terreno somente produzirá
efeitos após a lavratura da escritura pública e do competente registro no Cartório de Registro de
Imóveis.
REQUISITOS:
a) Vontade: exige, em regra, a manifestação da vontade das partes (negócio jurídico bilateral na
formação) e, excepcionalmente, a manifestação de apenas uma vontade (negócio jurídico
unilateral na formação).
b) Licitude: deve ser lícito. Exemplo: incabível uma doação de uma casa com o encargo de se
construir um prostíbulo.
1. CONDIÇÃO
Art. 121, CC: “Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das
partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto”.
Requisitos da condição: futuridade e incerteza.
CLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO:
Ilícitas: contrariam a lei, a ordem pública ou os bons costumes, gerando a nulidade do negócio
jurídico a ela relacionado. Ex: venda dependente de um crime
b) Quanto à possibilidade:
Possíveis: podem ser cumpridas, física e juridicamente.
Impossíveis: Não podem ser cumpridas, por uma razão natural ou jurídica, gerando, em algumas
situações (se suspensivas) a nulidade absoluta do negócio jurídico. Ex: venda subordinada a uma
viagem do comprador à Marte.
c) Quanto à fonte:
c.1) Condição causal – O implemento da condição depende do acaso, de eventos naturais.
Trata-se de condição válida, mas não usual. Ex: Dar-te-ei um carro se chover durante 2 meses.
C.2) Condição potestativa – Decorre da vontade das partes e essa vontade pode impedir ou
permitir a ocorrência dos efeitos do negócio jurídico.
Esta pode ser:
a) Simplesmente potestativas: depende da vontade intercalada de duas pessoas. São
totalmente lícitas.
b) Puramente potestativas: dependem da vontade, do puro arbítrio de uma só pessoa e por
isso, são ilícitas. Ex: O contrato de locação será renovado se o locador assim o quiser.
c.3) Condição mista –Depende, ao mesmo tempo, de uma vontade e de uma outra situação
qualquer. Ex: Se você for ao Japão te dou meu carro.
2. TERMO
Elemento acidental do negócio jurídico que faz com que a eficácia desse negócio fique subordinada à
ocorrência de evento futuro e certo. (≠ condição)
Esse evento determina o início ou o fim da eficácia de um negócio jurídico: termo inicial (dies a quo)
e termo final (dies ad quem)
Pode nascer da vontade das partes (termo convencional) ou da vontade da lei (termo legal).
Não se confunde com prazo, que é o lapso temporal que se tem entre o termo inicial e o termo
final. O prazo engloba os dois termos – inicial e final.
O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito (art. 131). Difere da condição,
pois esta suspende o exercício e a aquisição do direito.
3. ENCARGO
É a cláusula acessória que tem por finalidade limitar a liberalidade, quer por impor o destino do
objeto da relação jurídica, quer por impor uma contraprestação.
Comum nos negócios jurídicos gratuitos, como na doação, no testamento e no legado. Ex: doação de
um terreno a outrem para que o donatário construa em parte dele um asilo.
Expressões usuais: “PARA QUE” e “COM O FIM DE”.
Doação modal (art. 540, CC): Não sendo executado o encargo, caberá revogação da doação
Art. 136: O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando
expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
QUADRO COMPARATIVO