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Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.

§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas


razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios
criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de
contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos
utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou
à defesa do réu;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao
acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que
o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à
elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
h) colher qualquer elemento de convicção.

§ 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver


fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma
proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do
parágrafo anterior.

Artigo 240 § 1º - domiciliar

O CPPB estabeleceu duas espécies ou modalidades de busca. A domiciliar é


aquela realizada na casa/domicílio, cujo conceito e aplicação já foram expostos
anteriormente.

Artigo 240 § 1º alínea “h” – objeto da busca


Embora já citado, você deve lembrar que a busca domiciliar é perfeitamente
cabível para o possível encontro de “qualquer elemento de convicção”, o que lhe
garante liberdade na diligência.

Artigo 240 § 1º alínea “a” c/c art. 243 § 1º - prisão

Muito discutida no meio policial é a necessidade ou não de haver autorização


judicial específica que autorize a entrada na casa para o cumprimento de um mandado
de prisão em que está expresso o endereço residencial da pessoa contra quem será
efetivada a medida constritiva. O que você acha sobre isso? Vamos conversar a
respeito e esclarecer o assunto?

Pois bem, você se recorda que momentos atrás falamos sobre a necessidade de
você policial estar sempre atento a possíveis questionamentos de ordem jurídica sobre
a sua ação? Pois bem, o artigo 240, § 1º, alínea “a” diz que a busca domiciliar será
procedida para “prender criminosos”. Ainda o § 1º do artigo 243 ressalta “Se houver
ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca.”

Estando você de posse de uma ordem judicial de medida restritiva de liberdade


de locomoção, diga-se, um mandado de prisão, deverá empreender esforços no sentido
de localizar a pessoa a ser presa e efetivar a medida. Normalmente, nos mandados de
prisão expedidos pela justiça está expresso o endereço da pessoa em que o juiz assim
se pronuncia: “Determino a autoridade policial ou seus agentes que prenda e recolha a
cadeia pública local fulano de tal, residente na rua/av. tal , ou onde for encontrado”.

Alguns policiais, equivocadamente, interpretam que as palavras “onde for


encontrado” lhe garantem acesso a qualquer lugar, independentemente de ordem
específica. Da leitura dos artigos 240,§ 1º, alínea “a” e 243 § 1º, não resta dúvida de
que para se prender alguém, munido de ordem judicial, o policial para entrar em
qualquer casa/domicílio, ainda que o endereço seja mencionado no mandado de prisão,
necessita respeitar a inviolabilidade do domicílio, expresso na Constituição Federal e,
portanto, necessita de uma ordem judicial específica que o autorize entrar naquela
residência para cumprir o mandado de prisão. E ainda assim somente poderá ser
realizado durante o dia, à exceção do morador consentir a entrada durante à noite, em
que recomenda-se documentar a autorização de entrada e, se possível, na presença de
testemunhas.

Tratando-se de diligência (cumprimento de mandado de prisão) levada a efeito


durante a noite, inicialmente o morador também será intimado para apresentar quem se
busca e, se a ordem não for atendida, os executores deverão, então, vigiar e guardar
todas as saídas do imóvel, arrombando-se as portas e efetuando-se a prisão ao
amanhecer (art. 293, CPP).

Cabe frisar que os policiais encarregados do caso terão que se certificar de que
efetivamente o procurado entrou, ou se encontra, na casa investigada e devem estar
munidos do Mandado de Busca e Apreensão de pessoa, além obviamente, do Mandado
de Prisão.

Por este motivo orientam-se as autoridades policiais no sentido de quando


efetuarem representações para a decretação da prisão de qualquer pessoa, também
devem solicitar ao juiz competente fazer constar no próprio Mandado de Prisão as
ressalvas que autorizam a entrada no imóvel do endereço indicado.

Artigo 240 § 1º alínea “f” – correspondências

Importante também observar que, em relação à apreensão de “cartas, abertas


ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o
conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato”, segundo a
redação daquele mesmo artigo, não teria sido recepcionado pela Constituição Federal
de 1988, no entender de alguns autores e, portanto, não se admitiria em hipótese
alguma a violação do sigilo da correspondência. Acreditar que este sigilo é absoluto,
não podendo ser acessado nem mesmo com ordem judicial é, no mínimo, extremar a
intimidade em prejuízo da coletividade. O sigilo deve ser garantido, entretanto deve ser
interpretado com relatividade, em que, fundamentadamente, deve ser afastado para
atender os interesses de ordem criminal.

O tema é polêmico, “havendo quem sustente, com base na relatividade das


liberdades públicas, a aplicação do princípio da proporcionalidade de modo a ser
possível, em casos graves, a violação do sigilo das correspondências”. (CAPEZ,
Fernando. Curso de Processo Penal).

Contudo, a melhor orientação, especialmente para a atividade policial, em caso


de apreensão de correspondências fechadas, quando no cumprimento de mandado de
busca domiciliar, é apreender tais documentos, não procedendo a imediata abertura,
mantendo-os preservados, para que, em seguida, a autoridade requeira ao juízo
competente, autorização para sua abertura, em respeito aos princípios constitucionais
vazados no art. 5º, X e XII, CF.

Tal orientação é aplicável também na hipótese de apreensão de objetos que


sejam utilizados para a recepção e guarda de arquivos magnéticos, tais como
disquetes, CDs, DVDs, Pen Drive, discos rígidos, etc.

Artigo 240 § 2º c/c art. 244- pessoal

A busca pessoal ou “revista” consiste na inspeção do corpo ou no âmbito de


guarda aderente ao corpo (vestimenta) de alguém que se suspeita esteja ocultando
objetos ou instrumentos de infração penal. Ela também é limitada por garantias
constitucionais, uma vez que importa restrição à liberdade individual, podendo-se
cogitar de eventual violação à intimidade.

A medida pode ser realizada com ou sem mandado, a teor do art. 240, § 2º c/c o
art. 244 do CPPB. Via de regra, na atividade policial, ela é efetuada sem mandado, pelo
seguinte permissivo legal, do próprio CPP:

Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no


caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a
pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou
papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida
for determinada no curso de busca domiciliar.

No entanto, da leitura acurada dos dispositivos acima mencionados, entende-se


que é admitida a busca pessoal com expedição de mandado. A diferença dessa
modalidade, para a busca domiciliar com mandado, reside no fato de que para a busca
pessoal, o mandado (em sendo o caso de busca pessoal com mandado) não precisa
ser necessariamente expedido por autoridade judicial, podendo a autoridade policial
expedi-lo. Tal entendimento decorrente da inteligência do dispositivo constitucional que
exigiu ordem judicial somente para a busca domiciliar recepcionando, por exclusão, as
normas do CPP, em matéria de busca pessoal. Nos dias atuais não se tem utilizado a
expedição de mandado de busca pessoal, mesmo porque ‘e difícil saber de antemão a
identidade da pessoa a ser revistada.

Importante salientar que a “revista” é fundamental para a preservação da inte-


gridade física dos policiais e do próprio “revistado”. A busca deve ser minuciosa e
cautelosa, pois as cavidades naturais do corpo se prestam para a ocultação de armas e
drogas.

A lei processual exige “fundada suspeita” para autorizar a busca pessoal. Assim,
em não havendo ao menos indícios a legitimar a atividade policial, a busca será
considerada arbitrária e, por conseqüência, ilegal.

O legislador, no tocante à busca pessoal realizada em mulher, determina: “será


feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência” (art. 249
do CPP). Assim, poderá um homem, havendo risco de prejuízo relevante e irreparável à
diligência policial, proceder à busca pessoal em mulher. Entretanto, tal medida deve ser
adotada em casos extremos, uma vez que constrangimentos podem surgir na
realização da referida medida.

Assim, como orientação prática, recomenda-se, sempre que for possível, à


equipe que realizará a diligência (busca domiciliar ou pessoal) deverá ser integrada por,
pelo menos, uma policial.

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