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O AUTOR
Americano graduado em estudos clássicos. Alega ter tido mais de 80 empregos, antes de
escrever seu primeiro livro (As 48 Leis do Poder). Sua proposta com esta obra é tornar acessível à
pessoa comum o conhecimento de séculos de História, no âmbito da estratégia de guerra.
PREFÁCIO
Vivemos sob um paradoxo fundamental: fomos educados a ser pessoas pacíficas, destinadas
porém a viver em uma sociedade em que habitam indivíduos que são justamente o oposto.
Há duas formas de guerra: a visível e a velada - este livro trata deste último tipo de guerra.
E o seguinte aspecto relevante acerca de seu inimigo: evitar o confronto é convidar seu inimgo a
caçar você.
• Guerra pessoal
• Guerra em equipe
• Guerra defensiva
• Guerra ofensiva
• Guerra suja
Saiba que você irá cruzar com inimigos mais agressivos, traiçoeiros e cruéis do que você, com
quem o meio-termo é impossível - prepare-se para desintegrar ou ser desintegrado.
A literatura é importante, porém não pode conter todo o conhecimento necessário a uma
abordagem bem sucedida. Muito deste conhecimento só poderá ser adquirido no campo de batalha.
Evitar a batalha é portanto condenar-se à ignorância.
Mantenha sua força de espírito, a despeito do caos à sua volta. Reaja com firmeza, não com
desequilíbrio.
Seus subordinados sob stress irão implorar a você para que você se envolva nos problemas
operacionais deles. Ceder a eles porém fará você a abrir mão da sua visão geral da guerra. Ignore seus
pedidos e assegure a eles punição se não forem aptos a resolver seus próprios problemas.
A natureza não equipou o homem para a liderança. Isto significa que os atributos emocionais
necessários para exercê-la terão de ser aprendidos.
Trate os limitados de seu grupo como crianças. Se possível, sacrifique-os como peões em troca
de alguma vantagem.
Coloque-se deliberadamente numa situação onde você se encontrará acuado. Sua força se
multiplicará de tal forma que você se tornará intimidante. São técnicas para obter este fim:
Em contrapartirda, faça seu inimigo sair da zona da morte e voltar à zona de conforto dele.
Pessoas em grupo:
• Perdem a racionalidade - isto significa que a base racional para as decisões deverá ser individual
e exclusiva do líder
• Tornam-se mais políticas do que eficazes
Um líder tem a obrigação de saber influenciar o status emocional de seu grupo, pois não há
comprometimento se não houver envolvimento emocional. Este aspecto poderá ser trabalhado antes do
projeto - quando será uma vantagem - ou depois - quando será um problema.
• Seus subordinados não esperam ser poupados ou bem tratados por você - eles querem sua
aprovação e temem desapontá-lo
• Faça com que seus subordinados procurem agradar você, porém não os ensine como - não os
deixe perceber padrões
• Seja afetuoso com seus subordinados, porém mantenha distância
• Torne seus elogios e punições raros e inesperados
• Após forjado o vínculo com eles, cultive a ausência
Com o tempo, sua equipe irá criar uma personalidade própria. Seu grupo terá se tornado uma
lenda, ao qual todos querem pertencer.
PARTE 3 - GUERRA DEFENSIVA
Acesso limitado a recursos obriga você a ser criativo, e criatividade empresta imprevisibilidade.
• Comprometimento financeiro
• Ataque ao moral
• Aniquilação de suas lideranças
• Deflagramento de problemas políticos internos
Proteja suas fraquezas imateriais com o mesmo cuidado que os seus recursos materiais.
Evite tornar-se uma versão em miniatura do seu inimigo → eleve suas fraquezas e limitações ao
status de característica.
Posicione a batalha em um contexto maior, e manobre este contexto de tal forma que seja o mais
dispendioso para o seu inimigo e o mais econômico para você
ESTRATÉGIA 9: CONTRA-ATAQUE
• Eles normalmente não possuem a cabeça fria necessária para elaborar uma estratégia. Bloqueie
então sua capacidade de raciocinar, da seguinte forma: descubra a emoção à qual seu inimigo é
mais susceptível e traga-a à tona para ofendê-lo (uma vergonha de juventude, desconfianças dele
em relação à esposa, um constrangimento tal como um filho com inadequações, etc)
• Muito embora a primeira onda de um ataque deles deva vir com muita energia, a incapacidade
que você deflagrou poderá ser explorada num contra-ataque
• Provoque-o para que ele o ataque primeiro, forçando você a se 'defender'. Desta forma, você
poderá trazer o apoio moral para o seu lado ('nossa pátria insultada', 'aquele agressor covarde',
etc)
• Precipite-o para o ataque usando uma isca tentadora, ANTES de ele estar preparado para isto
Cultive as incertezas que seu inimigo tenha em relação a você (aquilo que você realmente tem ou
é versus o que o inimigo acredita que você tem ou é).
Táticas de dissuasão:
O diagrama abaxo ilustra o conceito de grande estratégia (note que 'batalha' não se inclui no
conceito).
• O desenrolar da guerra traz desdobramentos políticos internos e externos que deverão ser
gerenciados
• Deve-se buscar ou recuperar o apoio político doméstico para a guerra
• Deve-se ponderar as consequências das vitórias e derrotas das batalhas e campanhas, sobre o
moral da nação
• Buscar sustentação econômica à sua campanha
• Seu inimigo não deve ser seu foco, ele deve ser apenas mais um elemento em um contexto maior
• Se o seu inimigo foca em vencer batalhas, arraste-o para a arena estratégica
• Leia os movimentos do seu inimigo, pois eles detalham a estratégia dele
• Faça um movimento encenatório, de tal forma que seu inimigo reaja e revele suas intenções
• Em contrapartida, não permita que seu inimigo leia você nos seus atos
Cautela - a intelectualidade necessária para praticar a grande estratégia pode roubar de você sua
violência animalesca e seu ímpeto para agir fisicamente - reequilibre.
A melhor arma que seu inimigo tem é a mente dele. Recolha informações sobre ela e a ataque.
• Aproxime-se dele com uma fachada cordial (um abraço apertado é mais eficaz do que um espião)
• As pessoas não conseguem encobrir todo o tempo quem elas são ou quais suas intenções →
aguçe sua percepção
• Provoque reações para fazê-lo se expor
Significa avançar com uma velocidade maior que a velocidade de processamento de informações
de seu inimigo. Ela funciona melhor durante períodos de calma e contra um inimigo hesitante.
Controle a mente e o estado de espírito de seu inimigo, até ele se tornar mais uma das peças de
xadrez do seu tabuleiro.
O poder exibe uma fachada vigorosa sob a qual oculta-se a sua fonte. É ela o que mantém toda a
sua estrutura unida, podendo ser algo tangível ou intangível. Esta fonte está sempre bem oculta e
protegida, portanto você deve procurá-la camada debaixo de camada. Se houver mais de uma fonte de
poder, ataque o canal de comunicação entre elas.
Promova a formação de pequenos grupos na organização inimiga que você dominou e quer
enfraquecer, colocando estes grupos uns contra os outros COM VOCÊ NO CENTRO. Base racional:
• Se todos estão brigando entre si, então será impossível a formação de grupos para conspirar
contra você
• Suas medidas 'apaziguadoras' entre estes grupos aumentarão sua capacidade de manipulação
• Você poderá fabricar um pretexto para se livrar de alguém, acusando a ele ou ela de
'comportamento agressivo' contra as pessoas da organização dominada
Técnicas:
De tempos em tempos, deixe alguém cair para evitar a formação de um grupo forte abaixo dele
ou dela.
Não permita que as informações estratégicas circulem abaixo de você → centralize o fluxo em
você. Se elas tiverem de ser retidas, então só podem ser retidas por você.
Seu inimigo pode ser enxergado em suas subdivisões e articulações, tanto físicas quanto
políticas:
Ao invés de golpear a cabeça dura do inimigo, faça com que ele exponha sua garganta macia e a
corte obliquamente → o caminho mais longo se tornará o mais curto.
• Atraia seu inimigo de tal forma que ele exponha seu flanco (lateral ou retaguarda)
• Uma coluna que é obrigada a se redirecionar perde a coesão e o equilíbrio
Ataque ao flanco emocional:
• Diminuição da convicção
• Geração de insegurança
• Indiferença entre ganhar ou perder
• Trégua ou negociações de paz podem ser uma boa oportunidade para ocupar o flanco do inimigo
• Infiltração
O cerco é um tipo de guerra psicológica na qual há pressão de todos os lados. Nela, a vitória
psicológica deverá preceder a vitória militar física - explore as suceptibilidades psicológicas do inimigo.
Atraia o inimigo da posição vantajosa onde ele se encontra para armadilhas, perseguições inúteis
e dilemas (tipo de situação para a qual todas as soluções são ruins).
Faça ele se sentir seguro enquanto caminha para o seu próprio desastre.
No âmbito da guerra, a negociação é uma tática para arrefecer o inimigo, bem como ganhar
tempo e uma posição militar mais forte. A negociação faz parte da guerra tanto quanto canhões. Ela NÃO
é uma forma de atingir um meio-termo com o inimigo e antecipar o fim da guerra. Não há tal coisa como
negociação de paz.
Durante seus procedimentos, você deverá usar todas as táticas e estratégias de engodo usuais,
como descritas neste ensaio - enrole o seu inimigo.
Combine diplomacia enganosa com guerra → avance no campo de batalha físico enquanto
negocia.
A negociação verdadeira é vantajosa somente para o fraco. Isto significa que, se um inimigo senta
para negociar com você, ele está fraco ou julga que você é quem está.
Na derrota ou na vitória, você deverá saber equilibrar a necessidade de haver paz com o seu
desejo de se vingar.
Apos a vitória ou a derrota, o jogo militar continuará sob a forma de jogo político.
Assumindo que derrotas suas serão inevitáveis, você deverá aprender a perder estrategicamente.
Não se trata de mentir, mas de explorar a subjetividade que existe na realidade, descrevendo-a
de forma mesclada a nuances de ficção mentirosa. A parte real do quadro o fará racionalizar que o
quadro geral inventado por você é verdadeiro. Ao final, você terá tecido para o seu inimigo um quadro sob
encomenda, tal como ele gostaria de ver - que é o que você quer que ele veja.
Como você criou algo ambíguo, não há farsa nenhuma a ser revelada.
As pessoas procuram estabelecer padrões para as coisas que as cercam. Pareça portanto se
comportar de acordo com o padrão que elas estabeleceram. Porém, em um determinado ponto, aja de
forma inesperada. Sua imprevisibilidade deverá ultrapassar a capacidade de o inimigo compreender o que
você está fazendo.
Aparentar normalidade e agir de forma aleatória é mais desconcertante do que aparentar ser
louco e agir de forma aleatória.
Significa você ser amoral ao mesmo tempo em que se posiciona alegadamente do lado da justiça
e do que é correto. Eis os princípios para adotar esta estratégia:
• A sua causa é justa e a do seu inimigo injusta (não importa quais sejam)
• Destruir o conceito do seu inimigo perante o público é mais fácil do que construir um prá você
• Guerras morais (isto é, 'Bem' versus o 'Mal') são emotivas → prepare-se para a carga emocional
que você terá criado
• Guerras morais são feitas para o consumo do público → ajuste a moralidade de acordo com a
percepção do público
• Acuse repetidamente seu inimigo segundo o código deles e, quando chegar sua vez, faça-se de
vítima ofendida
• Faça seu inimigo duvidar da justiça de sua própria causa e, a seguir, use o sentimento de culpa
resultante para cooptar os idiotas úteis do meio dele para o seu lado
Ao invés de batalhas frontais, a guerrilha pratica ataques laterais fustigantes, sem uma estratégia
compreensível e contra o qual a força militar convencional não funciona.
Negando alvo:
• Atraia seu inimigo convencional para o vazio - campos vazios, negociações com pessoas sem
poder, tempo vazio
• Substitua batalhas reais por expectativa de batalhas que nunca acontecem, seguidas então por
ataques laterais seus
A guerrilha pode recrutar um tipo de aliado que, por sua vez, também não representa alvo
nenhum para o seu inimigo convencional: a imprensa.
Com o tempo, o inimigo convencional entende que se trata de uma guerra que irá durar para
sempre e que não pode ser vencida nem perdida. Quando um inimigo convencional se frustra a tal ponto
que já não quer mais lutar, a guerrilha terá então vencido.
Construa e desfaça suas alianças de acordo com a utilidade que seus aliados têm para você
naquele momento.
Você será lido como um indivíduo traiçoeiro, porém a esta altura um traiçoeiro poderoso e que,
sim, manterá a palavra até onde for do seu interesse.
Se você utilizar terceiros para fazer este serviço, poderá cinicamente oferecer 'ajuda' ao seu
inimigo, após o estrago feito.
Não exponha suas crenças, mas infiltre-as nas mentes das pessoas para depois ajudar a 'parí-las'
como se fossem 'filhos' delas
Etapas:
• Disfarce-se
• Ache o interior mole da sociedade inimiga e infiltre-se aí
• Espalhe o descontentamento e promova a instabilidade, como uma doença infecciosa
Aparente ser 'bonzinho', torne sua agressão invisível e depois negue sua existência.
Agir amigavelmente e nocivamente de forma simultânea confunde seu inimigo e o deixa indefeso.
Induza passivamente seu inimigo a errar, em situações nas quais ele será o único responsável
pelo resultado final. Exemplos:
• Faça seu inimigo ter de repetir uma mesma tarefa irritantemente, até que ele erre
• Dê uma informação errada de forma proposital, porém verbalmente. Depois negue ter transmitido
a informação da forma errada e culpe seu inimigo por não tê-la anotado ou a cobrado por escrito
Terrorismo consiste em atos de violência extrema e aleatória, impetrados de forma crônica. Por
ser aleatória, pode atingir qualquer um, intimidando portanto toda a sociedade. Por ser crônica gera um
estado de stress crescente sobre os indivíduos daquela sociedade. Para fazer com que o terrorismo pare,
a sociedade pede então ao governo que ceda.
O combate aberto do governo ao terror, com os danos colaterais associados, amplifica os efeitos
do ato terrorista inicial.
A impressão de que o poder dos terroristas é maior do que realmente é, pode ser promovida das
seguintes formas:
A melhor resposta que a sociedade pode promover é manter o equilíbrio e elaborar estratégias
baseadas nos seguintes pontos:
Recomenda-se a leitura do livro original. Ele está repleto de exemplos históricos reais que
ilustram os conceitos apresentados acima.