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A prisão especial no Código de Processo Penal


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Por Jeison- Postado em 26 novembro 2012

Autores: 
LEITE, Arypson Silva.
 

Resumo: No âmbito do Direito Processual Penal há a previsão de prisão especial


para réus com curso superior completo e para algumas autoridades, entre
outros. Ocorre que, a prisão especial só é ofertada até o trânsito em julgado da
sentença condenatória, pois a partir daí o réu condenado definitivamente deverá
ser recolhido à prisão comum.

Sumário: 1. Introdução; 2. Prisão especial só cabe em caráter provisório; 3.


Conclusão.

1 - Introdução:
No nosso Código de Processo Penal existe a previsão de prisão especial para
autoridades e réus que possuam curso superior, entre outros, quando presos
provisoriamente. Tal privilégio leva em conta o cargo exercido, o grau de estudo
e até mesmo os serviços prestados para a coletividade, como é o caso dos
jurados.

Grande parte da população pensa que o privilégio é eterno, acreditando-se que


mesmo quando os réus em questão sejam condenados definitivamente
continuarão a cumprir a pena em cela especial, o que não é verdade.

Prisão especial nada mais é que o direito a cela separada com banheiro ou
Prisão especial nada mais é que o direito a cela separada com banheiro ou
detenção fora de presídio comum, como em quartéis, contudo, só reservada para
pessoas que estejam presas provisoriamente, antes de serem condenadas
judicialmente.

No presente artigo, portanto, ficará demonstrado que a prisão especial deve


cessar quando ocorrer o trânsito em julgado da condenação do réu, devendo o
mesmo ser recolhido em uma cela comum, salvo as exceções legais.
2 - Prisão especial só cabe em caráter provisório:
Prisão especial é só para quem estiver cumprindo prisão provisória e preventiva,
não sendo deferida para quem seja condenado definitivamente com sentença
com trânsito em julgado.

O artigo 295 do Código de Processo Penal é quem disciplina o instituto da prisão


especial, conforme transcrição a seguir:

Art. 295  - Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição


da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de
condenação definitiva:
I - os ministros de Estado;
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito
do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais,
os vereadores e os chefes de Polícia;
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia
Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados;
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"
V - os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios;
VI - os magistrados;
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da
República;
VIII - os ministros de confissão religiosa;
IX - os ministros do Tribunal de Contas;

X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado


X  os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado,
salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o
exercício daquela função;
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios,
ativos e inativos.
§ 1º A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste
exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum.
§ 2º Não havendo estabelecimento específico para o preso especial,
este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. 
§ 3º A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos
os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores
de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à
existência humana.
§ 4º O preso especial não será transportado juntamente com o preso
comum.
§ 5º Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos
do preso comum. (grifos nossos)
Na parte final do caput do artigo supracitado fica claro que o privilégio da prisão
especial só é cabível quando as pessoas elencadas no mesmo artigo forem
recolhidas a prisão antes de sentença condenatória definitiva, o que, em sentido
contrário, significa que após o trânsito em julgado da sentença condenatória tais
pessoas serão presas nos mesmos estabelecimentos prisionais dos
considerados presos comuns, salvo as exceções legais.

Além disso, a prisão especial consiste simplesmente em recolhimento em local


diverso da prisão comum ou em cela distinta dos demais presos, caso não haja
local específico para presos especiais. Poderá ser coletiva, que contará,
evidentemente, só com presos especiais.

Para algumas autoridades ou classes de trabalhadores, inclusive elencadas


nesse artigo 295 do CPP, como os advogados, defensores públicos, membros do
Ministério Público e do Judiciário, a prisão provisória deverá ser efetivada em
sala de Estado-maior, por disposição de lei específica, que difere da prisão
especial geral, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, já que

possui ainda como vantagens adicionais ser uma verdadeira sala e não cela ou
possui ainda como vantagens adicionais ser uma verdadeira sala, e não cela ou
cadeia, devidamente instalada no Comando das Forças Armadas ou de outras
instituições militares e, ainda sendo, um tipo heterodoxo de prisão, pois
destituída de grades ou de portas fechadas pelo lado de fora.

Cabe enfatizar ainda que, os ocupantes de alguns cargos que mexem


diretamente com o combate ao crime, entre eles os de membros do Ministério
Público e Judiciário, gozarão do privilégio do recolhimento em separado mesmo
após a sentença condenatória com trânsito em julgado, por disposição expressa
em lei.
3 - Conclusão:
O instituo da prisão especial não demanda maiores interpretações, muito
embora cause uma sensação errônea junto à população em geral, que muitas
vezes acredita que o privilégio é estendido para qualquer tipo de prisão.

Conforme demonstrado, tal prisão só é concedida no caso das prisões


provisórias, como a temporária e a preventiva, não se estendendo para os casos
de prisões definitivas, que ocorrem quando há o trânsito em julgado da sentença
penal condenatória. Nesses últimos casos, o recolhimento será feito junto aos
presos comuns, em penitenciárias criadas para tais fins.

Por fim, como não poderia deixar de ser, foram editadas algumas leis que
conferiram o privilégio do recolhimento em separado a determinadas pessoas
mesmo após o trânsito em julgado, sendo o motivo principal o envolvimento de
tais pessoas diretamente com o instituto carcerário, notadamente pela ocupação
de algum cargo público.
4 - Referências:
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 19ª edição. São Paulo:
Editora Saraiva, 2006.

CAPEZ, Fernando; Curso de Processo Penal; 7ª Ed; Saraiva; SP/SP; 2002;

GOMES Luiz Flávio Direito do Advogado à Prisão em Sala de Estado Maior


GOMES, Luiz Flávio. Direito do Advogado à Prisão em Sala de Estado Maior.
Universo Jurídico, Juiz de Fora, ano XI, 08 de abr. de 2010.

Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/?


artigos&ver=2.40731&seo=1
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Tags Penal Processual Artigo

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