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Conteúdo
O que é a cidade?
A cidade na história.
A paisagem urbana
O tempo no cotidiano dos habitantes de centros urbanos
Heterogeneidade nos centros urbanos
A cidade na história o surgimento das cidades
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A cidade na história
“[...] Se quisermos identificar a cidade, devemos seguir a trilha para
trás, partindo das mais completas estruturas e funções urbanas
conhecidas, para os seus componentes originários, por mais remotos
que se apresentem no tempo, no espaço e na cultura, em relação aos
primeiros tells que já foram abertos. Antes da cidade, houve a
pequena povoação, o santuário e a aldeia; antes da aldeia, o
acampamento, o esconderijo, a caverna, o montão de pedras; e antes
de tudo isso, houve certa predisposição para a vida social que o
homem compartilha, evidentemente, com diversas outras espécies
animais.” (MUNFORD, 1998)
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O QUE É A CIDADE?
Belo Horizonte
(Disponível em: http://belohorizonte.mg.gov.br/bh-primeira-vista/arquitetura/belo-horizonte-perfeita-juncao-do-
espaco-urbano-e-da-cidade-jardim-em)
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O QUE É A CIDADE?
“Qualquer habitante da cidade sabe o que ela é, posto que ele
vive na cidade e constrói no seu cotidiano o cotidiano da
cidade. Mas qual seria a real dimensão desse termo, tão
empregado pela geografia urbana? Uma localidade definida a
partir de um determinado número de habitantes? A sede de
um município?” (CARLOS, 2001)
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Que palavras as pessoas associam à palavra
Cidade?
Casas Prédios
Carros
Ruas
Pessoas
Congestionamento
Caos
Multidão
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Perguntas de um operário que lê
Bertolt Brecht
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos ...
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A cidade enquanto lócus do modo de
produção capitalista
De acordo com Carlos (2001), a cidade capitalista é
essencialmente o lócus da produção industrial, concentradora de
mão-de-obra, lugar onde se concentram as fábricas com seus
equipamentos, concentradora de equipamentos urbanos (energia
elétrica, água, vias de circulação, telefonia), além de concentrar
grande parte da população mundial e bens de consumo coletivo.
Assim, aglomeração e concentração são duas das características
principais da cidade capitalista. Por isso a cidade
contemporânea aparece aos nossos olhos como uma
aglomeração confusa de objetos, ruas, pessoas, prédios,
avenidas, casas, monumentos, grandes equipamentos
urbanos.
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O tempo no cotidiano dos
habitantes de centros
urbanos
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O tempo no cotidiano dos habitantes das
cidades
Sinal Fechado (Paulinho da Viola) Quem sabe ?
Olá, como vai ? Quanto tempo... pois é... (pois é... quanto
Eu vou indo e você, tudo bem ? tempo...)
Tudo bem eu vou indo correndo Tanta coisa que eu tinha a dizer
Pegar meu lugar no futuro, e você ? Mas eu sumi na poeira das ruas
Tudo bem, eu vou indo em busca Eu também tenho algo a dizer
De um sono tranquilo, quem sabe ... Mas me foge a lembrança
Quanto tempo... pois é... Por favor, telefone, eu preciso
Quanto tempo... Beber alguma coisa, rapidamente
Me perdoe a pressa Pra semana
É a alma dos nossos negócios O sinal ...
Oh! Não tem de quê Eu espero você
Eu também só ando a cem Vai abrir...
Quando é que você telefona ? Por favor, não esqueça,
Precisamos nos ver por aí Adeus...
Pra semana, prometo talvez nos vejamos
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O tempo no cotidiano dos habitantes das
cidades
Descrição feita por Engels em 1845 da cidade Londres:
“As multidões cruzam-se como se as pessoas não tivessem
nada em comum, como se nada tivessem a fazer em conjunto,
enquanto que a única convenção entre elas é um tácito
acordo de que cada qual segue seu lado no passeio a fim de
que as duas correntes da multidão não se atravessem uma à
outra, criando um obstáculo recíproco. Mas além disso,
ninguém se lembra de ceder ao outro um olhar que seja.”
(CARLOS, 2001)
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A cidade na história
O período da Revolução Industrial é caracterizado pela
mudança de uma economia agrícola e mercantilista em
industrial. Ocorreu entre 1750 e 1850, tendo como
principais fatores: a descoberta da máquina à vapor, fato
que propiciou a produção em série e, em 1825, o
surgimento da ferrovia na Inglaterra.
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A cidade na história
A cidade do século XIX parece ter sido dominada por fatores
dinâmicos, principalmente nas comparações com o período
anterior. Durante os séculos XVII e XVII, mesmo se a
referência eram centros em crescimento, o universo urbano
correspondia a uma noção de equilíbrio entre suas diversas
partes.
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“O aumento do tempo médio
de deslocamento nas regiões
metropolitanas subiu de 38,1
para 43,3 minutos nos últimos
10 anos, demostra a saturação
dos meios de transporte hoje
utilizados”.
Na volta para a casa a
velocidade média
desenvolvida pelo
paulistano é de 14,1
km/h
HETEROGENEIDADE
Heterogeneidade
“Na cidade capitalista, o que mais salta aos olhos é a sua
heterogeneidade. Essa heterogeneidade é resultado do uso
diferenciado do solo urbano, que se produz e se reproduz
de forma desigual, contraditória, expressão e resultado das
desigualdades sociais presentes em nosso pais.” (Carlos,
1992)
21 29/08/2018
A valorização do espaço urbano
“Em síntese, podemos dizer que, como partimos do pressuposto de
que a cidade é uma construção humana (social e histórica) e não
um bem ofertado ao homem, o solo urbano tem uma natureza
diversa da terra rural onde aparece como meio de produção. O solo
urbano tem valor enquanto produto do trabalho humano, ao
contrário da terra rural que gerará renda. Esse valor do solo urbano
é produto da articulação a localização do “terreno urbano” na
totalidade da cidade”. (CARLOS, 2001)
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Heterogeneidade
“Bairros Nobres”
Apartamentos de classe média;
Sobrados e mansões;
Ruas pavimentadas, arborizadas, espaçosas.
Bairros com toda a infraestrutura já implantada.
Favelas
Regiões onde não vigora a propriedade privada (terreno público
ou em litígio);
Sem infraestrutura;
Ruas sem pavimentação;
Bairros periféricos e afastados, (hoje existem condomínios de
auto padrão em bairros periféricos e afastados do centro);
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Heterogeneidade
Vila Operária – Ouro Preto, MG
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Heterogeneidade
Vila Operária – Ouro Preto, MG
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Heterogeneidade
Vila dos Engenheiros – Ouro Preto, MG
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Heterogeneidade
Vila dos Engenheiros – Ouro Preto, MG
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Heterogeneidade
Hindalco do Brasil - Ouro Preto, MG
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Heterogeneidade
Hindalco do Brasil - Ouro Preto, MG
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Heterogeneidade – Paisagem Urbana
A cidade na história
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Heterogeneidade – Paisagem Urbana
A cidade na história
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Heterogeneidade – Paisagem Urbana
A cidade na história
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Heterogeneidade – Paisagem Urbana
A cidade na história
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Heterogeneidade – Paisagem Urbana
A cidade na história
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Heterogeneidade – Paisagem Urbana
A cidade na história
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Heterogeneidade – Paisagem Urbana
A cidade na história
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O espaço urbano
De acordo com Corrêa (2004), o espaço de uma cidade
capitalista constitui-se no conjunto de diferentes usos da terra
urbana. Este complexo conjunto de usos da terra urbana é o
que os geógrafos e urbanistas denominam de a organização
espacial da cidade ou, simplesmente, o espaço urbano.
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Aspectos referentes à Urbanização
Algumas cidades tendem a se especializar economicamente.
Dentre atividades setoriais especificamente realizadas por
alguns centros urbanos, pode-se destacar:
CIDADES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS;
CIDADES INDUSTRIAIS;
CIDADES PORTUÁRIAS;
CIDADES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS;
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CIDADES INDUSTRIAIS
Industriais - Camaçari (Brasil), Córdoba (Argentina), Manchester (Inglaterra),
Dusseldorf (Alemanha).
ABCD Paulista: é uma região tradicionalmente industrial do estado de São Paulo,
parte da região metropolitana de São Paulo. É formada por sete municípios pelos
municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, Mauá, Ribeirão
Pires e Rio Grande da Serra.
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CIDADES CULTURAIS
Nesse contexto alguns autores propõem uma
subdivisão em:
Cidades Religiosas
Veneza (Thinkstock/Flickr)
Cidades Universitárias
Cidades Turísticas
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CIDADES CULTURAIS
Religiosas – Jerusalém (Israel), Meca (Arábia Saudita) e Aparecida do
Norte (Brasil), Santiago de Compostela (Espanha);
Jerusalém (Ammar Awad/Reuters)
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CIDADES CULTURAIS
Turísticas – Las Vegas (EUA); Ouro Preto (Brasil); Veneza (Itália);
Versalhes (França);
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CIDADES CULTURAIS
Universitárias – Oxford e Cambridge (Inglaterra);
Cambridge University
(disponível em:https://www.telegraph.co.uk/news/2018/03/30/cambridge-university-
decolonisation-row-spreads-students-target/)
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CIDADES PORTUÁRIAS
Portuárias – Santos (Brasil), Roterdã (Holanda) e Hamburgo (Alemanha).
Praça dos Três Poderes (Brasília, DF). (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)
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CIDADES QUE CONCENTRAM MAIS DE
UMA ATIVIDADE SETORIAL
Exemplos: São Paulo (SP); Rio de Janeiro (RJ), Paris (França); Belo Horizonte
(MG)
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A cidade na história
Se, na base de uma simples economia de caça e coleta, todos os membros adultos
do grupo eram obrigados a participar da busca e obtenção de alimento, sob pena
de morrerem de fome se não fizessem, a possibilidade técnica da obtenção de
excedentes propiciava condições para que certos indivíduos se desvinculassem da
produção, dedicando-se a outras funções em caráter “especializado”: fazer a guerra,
cuidar dos serviços religiosos etc. A cidade, em contraposição ao campo, que é de
onde vinham os alimentos, foi se constituindo, paulatinamente, como um local onde
se concentravam os grupos e classes cuja existência, enquanto pessoa não-
diretamente vinculadas às atividades agropastoris, era tornada possível graças à
possibilidade de se produzirem mais alimentos do que o que seria necessário para
alimentar os produtos diretos.
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A cidade na história
As primeiras estruturas classificáveis como urbanas surgem no
decorrer da chamada Revolução Neolítica ou Agrícola.
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A cidade na história
(Disponível em:
http://www.imagensdobrasil.art.br/produtos/797/3/1/Etnia_Kamayur
%C3%A1_/_Parque_Indigena_do_Xingu#.WsE9fYjwbIU)
(Disponível em:
http://wetu.com/iBrochure/en/Photos/101034/Bushme
n_Initiation_Hunt)
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A cidade na história
Os nômades da Mongólia
(disponível em: http://www.rutas10.com/asia-central-ruta-seda/antiguos-pueblos-nomadas-10575.html)
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A cidade na história
(Disponível em:
https://pt.depositphotos.com/12197674/stock-photo-
indian-agriculture.html)
(Disponível em:
http://panoramacultural.com.co/index.php?option=com
_content&view=article&id=5565:las-culturas-
prehispanicas-desarrollo-de-la-agricultura-y-la-
orfebreria&catid=46&Itemid=173)
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A cidade na história
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A cidade na história
“(...) as primeiras cidades surgem como resultado de transformações
sociais gerais – econômicas, tecnológicas, políticas e culturais -, quando,
para além de povoados de agricultores (ou aldeias), que eram pouco
mais que acampamentos permanentes de produtores diretos que se
tornaram sedentários, surgem assentamentos permanentes maiores e
muito mais complexos, que vão abrigar uma ampla população de
não-produtores: governantes (monarcas, aristocratas), funcionários
(como escribas), sacerdotes e guerreiros. A cidade irá, também,
abrigar artesãos especializados, como carpinteiros, ferreiros,
ceramistas, joalheiros, tecelões, construtores navais, os quais
contribuirão com suas manufaturas, para o florescimento do comércio
entre os povos. Em vários sentidos, por conseguinte, a cidade difere do
tipo de assentamento neolítico que a precedeu, menos complexo.”
(SOUZA, 2003)
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O que é cidade?
Definição do dicionário Aurélio
Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal,
superior a vila), geralmente caracterizada por um número elevado de
habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas
infraestruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria ou nos
serviços.
2 - Conjunto dos habitantes dessa povoação.
3 - Parte dessa povoação, com alguma característica específica ou com um
conjunto de edifícios e equipamentos destinados a determinada atividade.
4 - Vida urbana, por oposição à vida no campo.
5 - Território independente cujo governo era exercido por cidadãos livres,
na Antiguidade grega.
6 - Sede de município brasileiro, independentemente do número de
habitantes.
8 - Parte dessa povoação, com alguma característica específica ou com um
conjunto de edifícios e equipamentos destinados a determinada atividade.
9 - Vida urbana, por oposição à vida no campo.
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Referências
CARLOS,Ana Fani A. A cidade. 6ª ed. São Paulo: Contexto, 2001. 98p.
CORRÊA, R., L., O espaço urbano. São Paulo: Ática, 2004. 94p.
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