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Professor Titular Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira – breves anotações Unidade 1 pontos 1 e 2

Teoria da Constituição – Anotações

Professor Titular Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira

Unidade 1 – Estatuto científico da Teoria da Constituição (TC)

Ponto 1 - Introdução - Teoria da Constituição e Direito Constitucional: A Teoria da


Constituição como chave interpretativa do Direito Constitucional

- Chave interpretativa – que possibilita compreender (no horizonte das tradições do


constitucionalismo) e reconstruir (os princípios que não sentido às tradições
constitucionalistas) – do Direito Constitucional.

Constitucionalismo – movimento jurídico, político, social – “Estado de Direito” -


limitação jurídica do exercício do poder político (“administrativo”); garantia jurídica
das condições institucionais para geração do poder político legítimo (“comunicativo”).

A Teoria da Constituição, assim, serve de suporte teórico tanto para a ciência, quanto
para a reconstrução e compreensão crítica da dinâmica constitucional.

Direito Constitucional:

1) Ciência do direito (discurso científico sobre a “ordem constitucional”) - caráter


operacional/estudo prático da dinâmica constitucional;

2) Dinâmica constitucional (sistema de normas – princípios, regras, procedimentos - e


sua dinâmica de produção e reprodução).

Ver, CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade. Contribuições para uma Teoria


Crítica da Constituição. Belo Horizonte: Arraes, 2017, p. 85-94.

Teoria da Constituição:

1) “Dogmática geral do Direito Constitucional”. Teoria da linguagem constitucional e


(da história) dos conceitos constitucionais – da gramática constitutiva do direito
constitucional; dos termos, expressões e usos desses termos e expressões – a questão da
legalidade constitucional;

2) Teoria filosófico-política da justificação do constitucionalismo democrático – a


questão da legitimidade normativa do constitucionalismo: a autonomia (pública e
privada) como princípio moderno de legitimidade jurídico-política – a questão da
legitimidade constitucional;

3) Teoria sociológico-política da relação entre os princípios do constitucionalismo


democrático e os processos político-sociais como tensão (e não como hiato ou
contraste) no interior da própria realidade político-social. Redefinição do tema da
efetividade constitucional: ruptura com o dualismo metafísico real X ideal; formal X
material. O Direito Constitucional como expressão normativa e contrafactual dos
processos políticos e sociais – a questão da efetividade constitucional;
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Professor Titular Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira – breves anotações Unidade 1 pontos 1 e 2

4) Teoria com sentido político-constitucional – contribuição para o aperfeiçoamento do


Direito Constitucional.

- Coimplicação da legitimidade, da efetividade e da legalidade na constitucionalidade.


O sentido da constitucionalidade (de e da constituição) como disputa ou controvérsia
interpretativa, de caráter normativo, na espera pública.

“E, por fim, são delineadas as tarefas e perspectivas de uma Teoria Crítica [e
reconstrutiva] da Constituição: a) a de uma teoria da linguagem e da história (dos usos)
dos conceitos e institutos constitucionais, uma gramática discursiva focada na questão
sobre a legalidade constitucional; b) a de uma teoria da legitimidade constitucional, em
que a autonomia jurídica (pública e privada) não se reduz a uma noção liberal ou
republicana de liberdade (Habermas) e se apresenta, na sua socialidade (Honneth),
como princípio moderno de legitimidade jurídico-política; c) a de uma teoria
sociológico-jurídica, que trata a relação de tensão entre os princípios do
constitucionalismo e os processos políticos no interior da própria realidade social
(Habermas), focada na questão da efetividade constitucional; d) e a de uma teoria com
sentido político-constitucional, como uma contribuição polêmica na esfera pública para
o aperfeiçoamento do Direito Constitucional”.
(Disponível em
https://www.academia.edu/33816640/Resumo_da_Tese_de_Titularidade_Contribui%C
3%A7%C3%B5es_para_uma_Teoria_Cr%C3%ADtica_da_Constitui%C3%A7%C3%A
3o )

Bibliografia
Ver, CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade. Contribuições para uma Teoria
Crítica da Constituição. Belo Horizonte: Arraes, 2017, p. 106-109.

Ponto 2 - Origens e genealogia da Teoria da Constituição

O que marca o contexto de origem da Teoria da Constituição:


- virada do séc. XIX para o séc. XX;
- passagem do constitucionalismo liberal para o constitucionalismo social;
- crise do Estado e da sociedade liberal;
- crise da TGE positivista legalista;
- período de construção de uma nova concepção de Direito e de Estado – Social;
- a disputa sobre “objetivos e métodos” – Estado de Direito e democracia de massas.

Alemanha da República de Weimar – Constituição de 1919


- Revolução alemã de 1918: entre assembleia e comitês;
- República/parlamentarista/federativa;
- Direitos fundamentais (individuais, coletivos, sociais e políticos) e introdução de
mecanismos de controle constitucional;
- A Constituição foi fruto de um projeto redigido por uma comissão de juristas
(Naumann, Weber, Preuss) e teve sua aprovação sustentada pelo PSD, PD e pelo CC.
- Promulgação – 11/08/1919;
- A Constituição e o Tratado de Versalhes: as sanções de guerra: perda de território;
pagamento de indenizações; proibição de forças armadas;
- A Constituição-compromisso: uma ideologia própria ou ausência de decisão sobre a
forma da unidade do Estado?
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Professor Titular Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira – breves anotações Unidade 1 pontos 1 e 2

Todas essas questões provocaram na doutrina, na TGE e na TGD, uma disputa sobre as
finalidades, os métodos e as tarefas da Teoria do Direito e do Estado, com implicações
no debate jurídico e político. Desde o início, os temas da legalidade, da legitimidade e
da efetividade do Direito e da Constituição, assim como a necessidade de superação dos
enfoques tradicionais sobre eles, marcam a trajetória da Teoria da Constituição como
disciplina autônoma.

Notas sobre o debate de Weimar (Kelsen; Schmitt; Smend; Heller):

. Kelsen – A Teoria do Estado como teoria da unidade do direito. A Constituição é um


conjunto de normas fundamentais que estabelecem os processos por meio dos quais
todas as demais normas do ordenamento são validamente produzidas. O controle de
constitucionalidade é exercido pelo Tribunal Constitucional que analisa a validade do
processo de produção das leis em face da Constituição.
.Schmitt – Reclamava a necessidade de um estudo sistemático sobre a Constituição
Quatro conceitos de Constituição: a) Total – todo unitário; b) Relativo – conjunto de
leis particulares; c) Ideal - em razão do conteúdo; d) Positivo (adotado por Schmitt) –
decisão de conjunto sobre o modo e a forma da unidade política do Estado.
. O guardião da Constituição – é aquele que representa perante o povo a sua própria
unidade – o Presidente do Reich – art. 48 da Constituição e a decretação do estado de
exceção.
. Smend – O Estado (e a Constituição) como integração espiritual.
. Heller – A teoria do Estado como ciência política e a dupla dimensão jurídica e
política da Constituição.

- O que estava em questão para a Teoria da Constituição?

Mais do que uma mera questão quantitativa, de extensão do campo das diversas
disciplinas, estava em jogo, no mínimo, a tentativa de se realizar uma alteração profunda
de perspectiva epistemológica, o enfoque problematizante típico da Teoria da
Constituição. Essa postura de ruptura, de superação do enfoque e dilemas da chamada
Teoria Geral do Estado (e das demais teorias clássicas acerca da institucionalização
jurídico-social do político), caracterizará o desenvolvimento da Teoria da Constituição
como disciplina autônoma, mesmo em autores que a partir do segundo pós-guerra e antes
disso, tais como Karl Loewenstein, irão divergir das concepções teórico-políticas
kelsenianas e schmittianas.

Bibliografia
Ver, CATTONI DE OLIVEIRA, Marcelo Andrade. Contribuições para uma Teoria
Crítica da Constituição. Belo Horizonte: Arraes, 2017, p. 10-50.

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