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INTRODUÇÃO

A lesão traumática da medula espinhal é uma condição que coloca a vida em risco, tem
início súbito e que pode ter consequências devastadoras. O tratamento clinico inclui a conduta
nos casos de trauma na fase aguda e na reabilitação, que é vitalícia.
TERMINOLOGIA

Os termos usados para descrever esses pacientes indicam o nível geral da lesão de
coluna vertebral e da perda de função.
PARAPLEGIA

Deficiência ou perda de função motora e/ou sensorial dos segmentos torácico, lombar
ou sacral da medula espinhas. A função dos membros superiores é preservada, mas do tronco,
os membros inferiores e os órgãos pélvicos podem ficar comprometidos.
TETRAPELGIA

Os pacientes tetraplégicos têm deficiência ou perda de função motora e/ou sensorial


nos segmentos cervicais da medula espinhal. Os membros superiores são afetados, assim
como o tronco, os membros inferiores e os órgãos pélvicos. O termo não inclui lesão no plexo-
braquial ou nos nervos periféricos.
TIPOS DE LESÃO DE MEDULA ESPINHAL

A lesão de medula espinhal danifica uma rede neural complexa implicada na


transmissão, modificação e coordenação motora e sensorial, e no controle autônomo dos
sistemas de órgãos. A disfunção pós-traumática da medula espinhal provoca a perda de
mecanismos homeostáticos e de adaptação que mantêm as pessoas naturalmente saudáveis.
As avaliações motoras e sensoriais da American Spinal Injury Association são utilizadas para
estabelecer o nível da lesão (ASIA, 1992; Dittuno et al, 1994). A incidência relativa dos níves de
lesão são: 58% cervicais. 35% torácicas, e 7% lombares e sacrais.
LESÃO COMPLETA

Toda comunicação neural onde está a lesão, é interrompida, como ocorre na


transecção completa da medula espinhal.
LESÕES INCOMPLETAS

Lesões que tendem a apresentar clinicamente as combinações de síndromes em vez de


danos isolados, os sinais e sintomas estão relacionadas com as regiões anatômicas afetadas na
medula espinhal. Clinicamente, as lesões incompletas são denominadas síndrome ou lesão. O
termo “incompleta” indica que há uma certa preservação neurológica abaixo do nível da lesão.
Lesão medular anterior

Descreve os efeitos de danos na região ventral da medula espinhas; ocorre perda motora
completa inferiormente à lesão, e perda da sensibilidade dolorosa e térmica, porque esses
tratos sensoriais situam-se ântero-lateramente namedula espinhas. A preservação das colunas
posteriores significa que a percepção de vibrações e a propriocepção no lado ipsilateral estão
intactas. Essa síndrome pode surgia por embolia da artéria espinhal anterior.
Síndorme de Brown-Séquard

Lesão hemimedular sagital, com paralisia ipsilateral e interrupção da coluna posterior,


com dor e perda da sensibilidade térmica contralaterais. A dor e a sensibilidade térmica
relativamente normais no lado ipsilateral são devidas ao tracto espinotalâmico que cruza para
o lado oposto da medula espinhal. Essa lesão de hemissecção da medula espinhal é
classificamente causada por ferimentos de arma branca.

Lesão medular central

Os MMSS são afetados mais profundamente que os MMII, condição típica em idosos
com espondilose cervical. A lesão de hiperextensão comprime a medula espinhal entre o corpo
vertebral e o disco intervertebral. Os tractos cervicais centrais ficam predominantemente
comprometidos. Sobrevém a atrofia flácida dos MMSS, devido a lesões nos neurônios motores
inferiores, e padrão espástico nos MMII, ocasionados por lesão de neurônios motores
superiores. As disfunções intestinais e da bexiga urinárias são comuns, mas parciais.
Cone medular

Danos na maior parte da porção posterior da medula espinhal; ocorre dinfunções do


intestino e da bexiga urinária, com déficits simétricos variáveis nos MMII.
Lesão da causa equina

Produz paralisia flácida, porque a lesão de nervos periféricos nesse nível da coluna
vertebral normalmente envolve vários níveis, com interrupção variável da raiz sacral.
Lesão medula posterior

Essa afecção rara produz danos nas colunas posteriores (sensibilidade ao toque leve,
propriocepção e vibração), com preservação da função motora e das vias da dor e da
temperatura. No entanto, o paciente apresenta ataxia profunda decorrente da perda de
propriocepção.
INCIDENCIA E ETIOLOGIA

A proporção entre casos masculinos e femininos é aproximadamente 5:1, e varia com


a idade. A maior incidência é na faixa , etária dos 20-39 anos (45%), seguida pelas faixas etárias
40-59 anos (24%) e 0-19 anos (20%), sendo que as pessoas com mais de 60 anos apresentam a
menor incidência, de 11% (Gardner et al, 1988). A incidência e etiologia variam muito de um
país para o outro (Soopramanien, 1994).
Os danos da medula espinhal podem resultar de trauma (84% dos casos) ou de
eventos não traumáticos (16%). As principais causas de lesão traumáticas são: acidentes
automobilísticos (39%); domésticas/industriais (24%); esportes (17%) e agressões (4%), os tiros
de arma de fogo e os ferimentos com arma branca também contribuem em menor escala
(Mendoza et al. 1993; Whalley Hamilton, 1995). Ocasionalmente os pacientes com patologia
anterior, como depressão ou esquizofrenia, sofrem lesões porque pulam de grande altura.
As causas não traumáticas são: anomalias do desenvolvimento (por exemplo, espinha
bífida), anomalias congênitas (malformções angiomatosas); inflamação (esclerose múltipla);
isquemia (embolia ou trombose da medula espinhal); infecção de origem extrínseca à medula
espinhas (mielite transversa); e lesões que ocupam espaço, sejam benignas ou malignas,
extrínsecas ou intrínsecas à medula espinhal.
PATOGÊNESE

LESÃO IMDEIATA/PRIMÁRIA
As apresentações clínicas mais comuns são fraturas e luxações da coluna vertebral,
com danos associados nos tecidos moles. Esse trauma tem impacto sobre a medula espinhal,
produzindo danos celular e/ou vascular primário direto.
LESÃO SECUNDARIA

Origina-se de edema celular e da exsudação de substâncias químicas que destroem as


células adjacentes e os tractos neurais. Essas alterações são associadas à inflamação aguda. Os
vasos sanguíneos que irrigam a medula espinhal podem reagir com vasoespasmo, produzindo
lesão isquêmica terciária. A contribuição relativa de cada tipo de lesão é desconhecida.
PROBLEMAS TARDIOS

Depois de algumas semanas, há evidencias de cicatrização astroglial com formação de


isto que leva à distorção da arquitetura neural. Em certos casos, uma siringe que se origina da
degeneração cística da medula espinhal estende-se para superior, ocasionando mais danos na
medula espinhal, meses ou anos depois. Essa siringomielia pós-traumática pode exigir
drenagem por desvio, para evitar que se estenda mais.
CHOQUE DA MEDULA ESPINHAL

Fenômeno de cessação de toda a função do SN, abaixo do nível da lesão na medula


espinha, podendo ser atribuída à perda de influencias neurais descendentes. Depois de alguns
meses, a paralisia flácida e a arreflexia do choque medular são substituídos por
hiperexcitabilidade, verificada clinicamente como hiperreflexia, espasticidade e espasmos, as
lesões nos níveis torácicos inferiores persistem distalmente, com paralisia flácida. O retorno do
tônus muscular e a atividade involuntária podem levar o paciente a acreditarem erroneamente
que está ocorrendo recuperação neural funcional. Os terapeutas precisam prever essas
reações, para evitar confusão e decepção subsequentes.
ESCALA ASIA (American Spinal Injury Association).

Baseia-se na avaliação da sensibilidade e função motora, sendo possível classificar o


paciente quanto ao tipo de lesão: completa ou incompleta. (SE ACHAR ESCALA COLOCAR NO
SLIDE).
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL (tetraplegia e ou paraplegia) de acordo com a lesão medular

Lesão em raízes cervicais: tetraplegia

Lesões em raízes torácicas: paraplegia

Lesões em raízes lombares: paraplegia

Lesão em cone medular: paraplegia

Fisiopatologia

A transferência de energia cinética para a medula espinhal, o rompimento dos axônios, a lesão
das células nervosas e a rotura dos vasos sangüíneos causam
a lesão primária da medula espinhal, e, no estágio agudo da lesão (até 08 horas após o
trauma), ocorre hemorragia e necrose da substância cinzenta, seguida
de edema e hemorragia. Formam-se petéquias hemorrágicas na substância cinzenta, logo no
primeiro minuto da LME, que se aglutinam dentro da primeira hora, resultando na necrose
central hemorrágica, que pode estender-se para a substância branca nas 04 a 08 horas
seguintes, como conseqüência de uma redução geral do fluxo sangüíneo no local da lesão. A
seguir, células inflamatórias migram para o local da lesão,
acompanhadas de proliferação de células da glia, e, no período de 01 a 04 semanas, ocorre a
formação de tecido cicatricial e cistos no interior da medula espinhal.
A redução do fluxo sangüíneo para o segmento lesado da medula espinhal pode ainda ser
ocasionado por alteração do canal vertebral, hemorragia, edema ou redução da pressão
sistêmica, que conduzem à lesão adicional, denominada de lesão secundária. Essa redução do
fluxo sangüíneo pode provocar a morte das células e axônios que não foram inicialmente
lesados.

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