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Geologia de Engenharia II – ENG5102

Estabilidade de Encostas

Estabilidade de encostas

Classificação dos movimentos de solos e rochas

Movimentos com componentes tangenciais

Rápidos de massas sólidas


-escorregamento rotacional

-escorregamento de camadas ou translacional

-escorregamento retroprogressivo

Lentos de massas plásticas


-rastejo em solos residuais

-rastejo em tálus ou colúvio

Rápidos de massas líquidas


-corridas de lama

-corridas de lama com detritos

-corridas de areia

Movimentos sem componente tangencial

Rápidos
-queda de blocos de rocha

-queda de detritos

-desabamentos de teto em escavações subterrâneas

Lentos
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Estabilidade de Encostas

-subsidência sobre galerias ou cavernas

-recalques em solos moles

observação: os desabamentos e os movimentos lentos sem


componente tangencial não ocorrem em encostas e não serão
analisados neste capítulo

Escorregamento rotacional

Características gerais
 ocorrem em solos homogêneos
 são de curta duração
 delíneam superfícies de escorregamento cilíndricas ou esféricas

Apesar de ser rápido, tende a se estabilizar logo após o primeiro deslizamento. Por isso o
movimento rotacional puro é a primeira etapa de uma série de outros deslizamentos
também de forma rotacional que constituirão aquilo que se classifica como movimento
retroprogressivo.

Mecanismo de ruína

No talude em solos homogêneos a tendência é sempre de a instabilização ocorrer de forma


rotacional porque esta forma geométrica estabelece a maior relação peso/superfície. O
peso da massa passível de escorregamento pode ser dividido em duas componentes:
N=componente normal à superfície de deslizamento;
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T= componente tangencial à superfície de deslizamento.

A componente tangencial T é a força promotora do movimento. Contra ela, desenvolvem-


se ao longo da superfície as forças de atrito devido ao efeito da componente normal N.
A=Nxu , onde u é o coeficiente de atrito.
Nas massas argilosas existe ainda o efeito da coesão entre as partículas de argila que é de
natureza físico-química e independe da componente normal, quando:
T>A+C há escorregamento
T<A+C não há escorregamento
Num talude podem existir inúmeras superfícies de deslizamento. Na verficação da
estabilidade desse talude, cabe ao engenheiro identificar qual a superfície de menor
segurança possível por um processo iterativo.
Causas do deslizamento

Infiltrações com elevação do nível do lençol freático durante o período de


chuvas

Há um aumento do peso da massa sujeita ao escorregamento devido ao aumento do teor de


água contido. Com o aumento do peso há, consequentemente, um aumento da componente
tangencial. Entretanto, as forças de atrito não aumentam proporcionalmente devido a uma
sub-pressão hidrostática nas partículas de solo ao longo da superfície de escorregamento.
Além disso, com a saturação há uma redução da coesão entre as partículas de argila.
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Sobrecarga no talude ou crista

Há um aumento de peso localizado da massa instabilizável o que proporciona uma


aproximação da superfície de deslizamento crítica (com uma relação maior
peso/superfície). Normalmente os aumentos de T seriam proporcionais ao aumento de N e,
por isso, também ao aumento de A. entretanto há uma redução do coeficiente de atrito por
colapso da estrutura do solo.
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Estabilidade de Encostas

Aumento da inclinação do talude por erosão ou escavação no pé do talude

Há novamente uma conformação de nova superfície de deslizamento mais instável que a


anterior devido a uma maior relacão peso-superfície.

Processos de estabilização
Redução da inclinação do talude

mudar a geometria do talude geralmente significa reduzir a altura ou reduzir seu ângulo de
inclinação. No entanto, nem sempre é a medida mais efetiva, pois a redução do peso não só
reduz a componente tangencial, que tende a induzir a ruptura, mas também a componente
normal e portanto a força de atrito resistente.
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Estabilidade de Encostas

Muros de arrimo

São massas construídas no pé da encosta que se opõe à componente tangencial.

Deve-se tomar cuidado em verificar a superfície de deslizamento que compreende o


muro.Os muros de arrimo ou de gravidade são construídos de baixo para cima. Durante a
sua construção a encosta pode estar instável, o que gera a necessidade de executar a obra
em septos. Dentro da disponibilidade de espaço, procura-se executar o muro um pouco
afastado do sopé.
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Estabilidade de Encostas

Os muros podem ser confeccionados em concreto, pedra rejuntada, gabiões (gaiolas de


pedra de mão conformadas por tela metálica), crib-wall (gaiolas conformadas por
segmentos pré moldados de concreto) e de terra.

Paredes ancoradas ou cortinas

São paredes delgadas (entre 20 e 50 cm de espessura) que recebem os esforços da massa de


solo e transmitem a tirantes que ancoram-se em uma massa de material resistente além da
superfície de escorregamento.
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Estabilidade de Encostas

As cortinas ancoradas podem ser confeccionadas de várias maneiras. As mais comuns são:
 concreto armado com tirantes
 placas pré moldadas com tirantes
 placas pré moldadas com chumbadores (terra armada)
 concreto projetado com tirantes
 cortina diafragma com tirantes

Em geral as cortinas ancoradas são executadas de cima para baixo, deixando-se a parte
superior estabilizada antes de executar as escavações para as partes subsequentes.

Impermeabilização e drenagem de encostas

Impermeabilização do talude até a crista

As superfícies são pintadas com asfalto de modo a reduzir as infiltrações de água no


maciço, é uma solução apenas preventiva.
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Estabilidade de Encostas

Drenagem superficial

Consiste em uma sequência de valetas na crista, talude e sopé que recolhem as águas de
precipitação, reduzindo as infiltrações. Essa solução tem duas vantagens implícitas. A
primeira é que ela reduz os problemas de erosão em taludes muito altos. A Segunda é que
a sua técnica executiva preconiza a formação de patamares intermediários que contribuem
para a estabilização do talude.

Drenagem subterrânea
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É uma solução muito comum e que associa-se as demais soluções de contenção. A


drenagem profunda diminui os esforços em cortinas ancoradas e muros de arrimo,
apresenta-se como solução complementar das drenagens superficiais e das
impermeabilizações.
A solução consiste em introduzir drenos sub-horizontais constituídos de um tubo de pvc
perfurado e protegido por uma tela ou geotêxtil para impedir que as partículas finas do
solo sejam carriadas junto com as águas drenadas.
Os drenos sub-horizontais devem captar as águas do lençol freático além da superfície
crítica de escorregamento para evitar que a água sature essa massa passível de
escorregamento.

Escorregamento de camadas ou escorregamento


translacional

Características básicas
 são rápidos e de curta duração;
 geralmente são de grande proporção e não possuem estabilização possível após
o início do movimento;
 A supefície de escorregamento é nitidamente plana;
 Ocorrem em camadas estratificadas de rochas (gnaisse, xistos, eventualmente
arenitos com camadas mal cimentadas);
 Ocorrem em camadas de solo sobre a rocha.

Mecanismo de ruína
a camada possui um peso W com uma componente normal N e outra tangencial T . assim
como no mecanismo de ruína por escorregamento rotacional, pode-se dizer que:
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T>A+C há escorregamento;
T<A+C não há escorregamento.

Causas
Infiltrações d’água

Além de aumentar o peso da camada, a água infiltrada lubrifica o plano de deslizamento,


diminuindo o atrito e a coesão. Existem problemas crônicos de escorregamentos de
maciços de gnaisse alterado em épocas chuvosas. Como já foi estudado, o gnaisse pode
apresentar-se bandeado, ou seja, constitui-se em camadas nítidas que alternam a
predominância de feldspato em uma e de mica biotita em outra. Na alteração dessa rocha,
o intemperismo atinge e desagrega mais rapidamente a banda rica em mica biotita do que
a de feldspato. Um talude aberto em uma alteração desse tipo vai interceptar camadas de
alteração e camadas de argila expansiva.
Com a infiltração de água nestas camadas as argilas montmoritonitas se expandem
constituindo-se verdadeiras camadas lubrificantes e permitindo o deslizamento do maciço
sobre ela.
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Escorregamento de extratos típico dos acidentes ocorridos na rodovia Rio-Santos em


fevereiro de 1988 (54 deslizamentos translacionais em xistos e gnaisses).

Sobrecarga nos taludes

São muito mais perigosos que nos casos de deslocamentos rotacionais há vários casos
registrados de grandes catrástofes.

Escavações ou erosões no sopé do talude

É muito comum adotar procedimentos errados em escavações em rochas estratificadas.


Deve-se tomar muito cuidado para não haver o “descalço” das camadas. Deve-se cuidar
para manter a inclinação do talude igual à da estratificação e também com a orientação da
rocha quando for executada uma escavação no sopé.
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Processo de estabilização
Redução da inclinação do talude

Tem como objetivo procurar adequar a inclinação do talude o mais paralelo possível ao
plano de deslizamento.
Muros de arrimo

São eficientes quando a camada é pequena. Quando as camadas são grandes não se
constitui numa solução econômica pelo volume que seria necessário à contenção.

Paredes ancoradas

São muito eficientes para camadas de solos, sobre rochas, mais espessas. A ancoragem das
cortinas devem ultrapasssar o plano de deslizamento.
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Placas ou blocos atirantados

São processos mais comuns na estabilização de rochas estratificadas. Consiste em ligar


uma ou mais camadas através de tirantes que, quando tensionados, aumentam a
componente normal sem introduzir esforços tangenciais.
A equação de equilíbrio fica:T= (N+DN)xU +C ou seja: T=A+DA+C

Drenagem superficial e impermeabilização

Os processos são idênticos ao tratado para a estabilização de taludes sujeitos a


escorregamentos rotacionais. Da mesma forma, esses métodos são de natureza preventiva
pois seus benefícios são inegáveis porém não quantificáveis.
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Drenagem subterrânea

Muito eficientes para a drenagem de tálus ou colúvios. Funcionam como alívio de peso nas
camadas e impedem em boa parte a lubrificação do plano de deslizamento.
Além dos drenos sub-horizontais descritos no ítem 2.4.4, utiliza-se muito drenos
profundos para interceptar a água de percolação no plano de deslizamento.

Escorregamento retro-progressivo
São escorregamentos sucessivos rotacionais ou translacionais que ocorrem em direção à
montante da encosta.

Mecanismo
Quando ocorre um deslizamento, a superfície gera novas instabilidades que induzirão a
outros escorregamentos. A figura mostra uma sequência de escorregamentos rotacionais
retro-progressivos, oriundos da mesma massa instabilizada.
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Outro exemplo de escorregamento retro-progressivo muito comum é quando a partir de


um deslizamento rotacional há um aumento da inclinação do talude e uma série de outros
deslocamentos translacionais e rotacionais

Escoamento ou rastejo de solos residuais

Características básicas
 movimentos contínuos e muito lentos (deslocan-se centímetros por século);
 ocorrem superficialmente em camadas de solos residuais;
 não possuem superfície nítida de escoamento.

Causas
Basicamente são originados por ação gravitacional. São influenciados por ligeiras
plastificações das argilas expansivas contidas no solo durante os ciclos de saturação e
secagem, ou até congelamento e degelo das águas intersticiais.

Sinais visíveis de rastejo em solos residuais com deformação das xistosidades, da alteração
em relação à rocha mãe e aos troncos das árvores.
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Consequências
Como esses rastejos são muito lentos e superficiais, tais fenômenos não costumam afetar
as obras de engenharia. Deve-se apenas salientar que as camadas que já sofreram
processos de escoamento possuem resistências mais baixas e não são ideais para suporte
de fundações. Recomenda-se lançar as fundações abaixo da camada rastejada.os efeitos de
rastejo em solos residuais são tão lentos que eles contornam as obras de engenharia não
produzindo empuxos suplementares.

Escoamento ou rastejo em tálus ou colúvios


Para melhor compreender os fenômenos de rastejo em colúvios e tálus, é importante
retomar os conceitos e a formação destas massas. Tanto o colúvio como o tálus são massas
originadas de escorregamentos e depositadas desordenadamente no sopé das encostas.

Sempre que se observa a mudança de inclinação na encosta junto ao pé , significa a


existência do tálus nesta região. O talus e o colúvio são massas constituídas de blocos de
rocha, detritos, restos de material orgânico, desordenados e fofos, muito susceptíveis à
absorção de água e, geralmente dispostos sobre uma superfície lisa (rocha ou camada de
solo residual) que contitui-se no seu plano de fraqueza. O talus é uma massa onde
predominam fragmentos de rocha envoltos em argila. O colúvio é uma massa onde
predomina a argila contendo fragmentos de rocha.

Características básicas
Os rastejos são movimentos lentos e descontínuos, ocorrendo escoamentos significativos
em cada período prolongado de chuvas e sofrendo deslocamentos da ordem de centímetros
a decímetros em cada um desses períodos. Possuem superfície nítida de rastejo que pode
ser identificada com sondagens (geralmente constitui-se na rocha anterior ao
soterramento) apresentando em via de regra inclinação suave.
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Mecanismos
Como o tálus e o colúvio são muito porosos, a cada precipitação pluviométrica as suas
massas absorvem grandes infiltrações. As grandes infiltrações plastificam as argilas que
envolvem os fragmentos de rocha além de aumentar o peso da massa escorregada. Com a
característica plástica, a massa escoa sobre o plano que é levemente inclinado. Após esse
movimento preliminar, surgem trincas no corpo do tálus que permitirão infiltracões ainda
maiores da água das chuvas que promoverão novo rastejo. Conforme a quantidade de água
e do tipo de argila que o tálus ou o colúvio contém, a plastificação pode ser tanta que a
massa pode assumir características praticamente fluidas provocando “corridas de colúvios”
como veremos mais tarde. Seguidamente o rastejo de colúvios não é linear, ocorrem
deformações das massas devido ao estado altamente plástico.

Causas
Com a infiltração d’água, aumenta o peso e a componente tangencial T. entretanto, a
coesão diminui e o atrito A não aumenta devido aos efeitos da sub-pressão normal à
superfície de rastejo (idêntico ao que ocorre com o deslizamento de camadas).
As sobrecargas no colúvio produzem o mesmo efeito.
As escavações no pé do tálus são geralmente instáveis.

Processos de estabilização
Para pequenas massas

 Remoção: constitui-se na Segunda melhor solução,a melhor solução é evitar o


tálus.
 Muros de arrimo: podem ser construídos como estruturas de contenção total
ou parcial. Os muros de contenção total assentam-se abaixo da superfície de
rastejo e são de grandes dimensões. Os muros de contenção parcial são
pequenos e servem para sinalizar a evolução do colúvio, tendo que ser
reparados periodicamente.
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 Paredes ancoradas: seguem o mesmo modelo descrito para os


escorregamentos de camadas. Os tirantes devem ancorar-se bem abaixo da
superfície de rastejo.
 Drenagens e impermeabilizações: para o tálus ou colúvio, essas soluções são
compostas ou associadas.

Para grandes massas

 Drenagem e impermeabilização: é o mesmo critério adotado no ítem anterior.


Nas massas muito grandes é necessáiro executar drenos de grande porte e até
galerias de drenagem, tamanha são as quantidades de água retida e as
dificuldades de percolação.
 Não são viáveis estruturas de contenção para grandes massas de colúvio. Ou se
evita construir sobre ou abaixo delas, ou cria-se dispositivos para conviver com
os rastejos inerentes.

Obras de engenharia sobre tálus


As situações mais comuns referem-se às escavações para construção de estradas.
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Problemas:
1. O corte interrompendo a camada de tálus (esquerda);
2. A sobrecarga do aterro apoiado sobre o tálus (direita).
 as linhas tracejadas indicam a posição da massa após rastejos.

Infra- estrutura de uma ponte que atravessa uma camada de colúvio em rastejo. Os pilares
não são dimensionados para suportar os empuxos provenientes do contato com o tálus.
Então, é construída uma camisa de concreto na camada de tálus isolando-a da estrutura da
ponte. Periodicamente é observado o deslocamento da camisa em direção ao pilar. Quando
está próximo do contato, a camada é reescavada e a camisa reposicionada. Este é um
exemplo típico de bom convívio com o rastejo de tálus de grandes massas em que se evita
obras de contenção caríssimas.

Quedas de blocos de rocha ou detritos

Características adicionais
Os movimentos são rápidos e catastróficos. Ocorrem em escarpas íngremes.
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Mecanísmos e causas
 erosão em torno de blocos ou matacões que passam, gradativamente, a ficar
cada vez mais salientes na escarpa até tornarem-se instáveis;

 lubrificação das argilas da face de escorregamento pela água da chuva;

 ação das argilas expansivas nas fendas entre blocos. As fendas que
individualizam blocos são preenchidas com argilas expansivas carregadas pelas
águas ou originadas do próprio intemperismo sobre a rocha. Quando há
chuvas, a água se infiltra na fenda provocando a expansão da argila que
introduz um esforço sobre o bloco no sentido de desagregá-lo do maciço.
Cessada a chuva, essa água evapora produzindo uma contração da argila que
permitirá o preenchimento com mais material. Com sucessivos ciclos de
saturação e secagem, o bloco vai sendo afastado até tombar da encosta.
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 Erosão do pé de maciços rochosos. A erosão pode ser provocada por muitos


fatores. Um dos mais comuns são os efeitos das ondas em contatos marítmos
(falésias) e de cursos paralelos aos rios.

Processos de estabilização
 Remoção de blocos. É a solução mais simplista, mas restringe-se ao tamanho,
número e condições de acesso para a remoção.
 Atirantamento ou chumbamento. Consiste em fixar o bloco contra a matriz
através de tirantes, aumentando a componente normal N sem aumentar a
componente tangencial T.
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 Gigantes de concreto. São grandes pilares que sustentam blocos em eminência


de queda. Podem ser atirantados quando não possuem um apoio estável.

 Cortinas de concreto projetado. São utilizadas para conter paredes de rocha


intensamente fraturada que apresentam queda de blocos de pequeno e médio
porte constituem-se de uma sequência de chumbadores curtos interligados
pelo concreto projetado que incorpora uma massa estável de rocha.
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Corrida de areia ou de lama

Características adicionais
São movimentos de rápido a muito rápido, de curta duração e podem ter magnitudes mais
diversas. Não possui uma superfície nítida de corrida. Ocorre em areias finas com estrutura
alveolar que dispõem-se nas margens de canais, rios, lagos ou alagadiços.

Mecanismos e causas
As massas de areia fina ou argila estão no estado sólido enquanto os alvéolos ou os poros
das pilhas não se rompem. Por um processo mecânico de impacto ou vibração, essa
estrutura se rompe liberando a água. Nesse momento, a massa torna-se líquida pois as
partículas não tem o tempo necessário para se precipitar, ficando em suspensão na água
dos alvéolos destruídos. No momento dessa fusão da massa de solo,é que há a corrida. Os
processos mecânicos mais comuns que geram corridas são: vibração por passagem de
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caminhões, operação de máquinas ou bate- estacas, variação abrupta do nível de lençol


freático ou do nível d’água.

Processos de estabilização
Existem apenas soluções paleativas através de drenagens ou muros que funcionam como
represas no provável talveg da corrida. De qualquer forma, essas medidas devem ser
tomadas antes de ser aplicadas as vibrações aos locais susceptíveis à liquefação
espontânea, ou seja, antes de construir uma estrada ou as fundações de uma estrutura.

Corridas de solos com detritos ou corrida de colúvios


Conforme foi abordado no assunto relativo aos rastejos de colúvios, a cada período de
chuvas prolongadas, a massa sofre pequenos deslocamentos. Nesses deslocamentos
ocorrem trincas no corpo do colúvio que vão tornando-o, a cada ciclo, mais poroso. No
decorrer desses fenômenos a incorporação de água na massa é tanta que a plastificação da
argila que compõe o colúvio atinge limites quase fluidos. Nesse momento há a corrida do
colúvio. Nesses casos os processo de estabilização são os mesmos descritos para os rastejos
de colúvio.

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