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I.T.

DAP- 01/04
Utilização EXTERNA

Light Serviços de Eletricidade S.A.

Informação Técnica DAP – 001/04 de Junho de 2004

TÍTULO: Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica em


Paralelo com o Sistema da Light SESA, em Baixa e
Média Tensão.

Origem: I.T.: OTED - 07 Setembro 2001


I.T.: OTED - 10/01 Novembro 2001

Palavras-chave: Autoprodutor, Paralelismo, Co-gerador.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 1/28


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SUMÁRIO

1 – Introdução

2 – Objetivo

3 – Definições
3.1 – Agentes
3.2 – Autoprodutor
3.3 – Co-gerador
3.4 – Produtor Independente
3.5 – Casa de Força do Autoprodutor
3.6 – Sala de Comando
3.7 – Alimentador de Interligação
3.8 – Disjuntor do Alimentador de Interligação
3.9 – Disjuntor de Entrada
3.10 – Disjuntor de Acoplamento
3.11 – Disjuntor do Gerador (DG)
3.12 – Transfer Trip
3.13 – Transformador de Isolação
3.14 – Paralelismo Momentâneo
3.15 – Paralelismo Permanente
3.16 – Proteção de Interligação

4 – Condições Técnicas Gerais


4.1 – Condições Contratuais
4.2 – Condições Básicas de Paralelismo
4.3 – Condições de Proteção
4.4 – Condições de Operação e Manutenção
4.5 – Condições de Medição de Qualidade e Faturamento
4.6 – Assinatura do Acordo Operativo

5 – Fundamentos Técnicos
5.1 – Ajustes de tensão e freqüência
5.2 – Transformador de isolação
5.3 – Paralelo em regime permanente no sistema reticulado
5.4 – Utilização de CLP’s
5.5 – Sistema de supervisão de tensão
5.6 – Proteção por fusíveis
5.7 – Transferência de disparo (transfer trip)
5.8 – Exigência de operador
5.9 – Medição de qualidade

6 – Rotina Para Solicitação de Paralelismo

7 – Inspeções e Testes de Comissionamento

Anexo A : Esquema de proteção mínima para interligação de Autoprodutores.

Anexo B : Descrição das funções de proteção utilizadas

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1- Introdução

Considerando o crescente número de Produtores Independentes


interessados na venda de energia ao mercado atacadista, bem como de
Autoprodutores e Co-geradores interessados em gerar a própria energia no
horário de ponta atraídos por condições tarifárias mais vantajosas ou então,
interessados na comercialização de energia gerada excedente ou até mesmo
em atribuir um alto grau de confiabilidade no fornecimento de energia para
cargas essenciais de seu processo, tornou-se necessário estabelecer um
documento que regulamentasse o paralelismo momentâneo ou permanente de
geração própria de consumidores com o sistema da Light Serviços de
Eletricidade S.A.

O documento em questão foi baseado nas recomendações do CODI


atualmente disponíveis, bem como na legislação vigente estabelecida pela
ANEEL.

2 – Objetivo

Esta Informação Técnica fixa os critérios para o estabelecimento de


paralelismo momentâneo ou permanente, entre o sistema de geração de
Autoprodutores e o sistema de distribuição de média tensão da Light (220 V,
380 V, 13,8 kV e 25 - 34,5 kV -), dentro de condições técnicas e de segurança
mínimas aceitáveis – ver item 4.2.3.

3 – Definições

Para efeito desta Informação Técnica são adotadas as definições das Normas
Brasileiras, acrescidas das seguintes:

3.1 – Agente

Refere-se a cada uma das partes envolvidas na regulamentação, no


planejamento, no acesso, na expansão e na operação do sistema elétrico, bem
como na comercialização e no consumo de energia elétrica.

3.2 – Autoprodutor

É o agente que gera energia elétrica, devidamente autorizado pela ANEEL, a


partir de insumos energéticos oriundos ou não de seu processo produtivo,
visando o suprimento total ou parcial de suas necessidades, podendo ainda
comercializar a geração excedente produzida.

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3.3 – Co-gerador

É o agente que gera energia elétrica, devidamente autorizado pela ANEEL,


visando o suprimento total ou parcial de suas necessidades, podendo ainda
comercializar a geração excedente produzida, cujo sistema de geração ocorre
a partir de um determinado insumo energético disponível como sobra ou
descarte, durante a realização do seu próprio processo produtivo; seja calor,
pressão etc., que possa produzir força motriz, a fim de acionar um grupo
gerador de energia elétrica, concomitantemente com o processo produtivo
normal e sem nenhuma perda nesse processo.

3.4 – Produtor Independente

É o agente que gera energia elétrica, devidamente autorizado pela ANEEL,


destinada ao comércio de toda ou parte da energia produzida, por sua conta e
risco.

NOTA: Para efeito desta Informação Técnica, as condições técnicas gerais


requeridas para o Autoprodutor, também valem igualmente para o Co-
gerador e o Produtor Independente. Portanto, quando em qualquer parte do
texto desta Informação Técnica, houver indicação, referência ou menção ao
Autoprodutor, este deverá ser entendido como Autoprodutor, Co-gerador e
Produtor Independente. Qualquer exceção, estará destacada dentro do item
em questão.

3.5 – Casa de Força do Autoprodutor

É o local situado dentro das instalações físicas do Autoprodutor onde se


localizam o sistema de geração, o transformador de isolação, os barramentos,
o ponto de interligação/conexão à concessionária e o sistema de proteção do
Autoprodutor. Com exceção do ponto de interligação/conexão que poderá
estar distante das estruturas físicas de autoprodução (geração, proteção etc.),
de acordo com a Light, e desde que não ocorram conflitos em relação aos
critérios de concessão quando da utilização das vias públicas.

3.6 – Sala de Comando

Sala situada dentro da casa de força do Autoprodutor, onde está instalada a


mesa de comando. Deste local o operador do Autoprodutor opera o
paralelismo, mantendo contato com o centro de operação da Light.

3.7 – Alimentador de Interligação

É o circuito elétrico principal derivado da subestação da Light que interliga,


exclusivamente ou não, o sistema da Light com o sistema gerador do
Autoprodutor, possibilitando inclusive, no caso de venda de excedente, a
passagem do fluxo de energia fornecida pelo Autoprodutor.

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3.8 – Disjuntor do Alimentador de Interligação

É o equipamento de proteção do alimentador de interligação. Está localizado


na Subestação da Light.

3.9 – Disjuntor de Entrada (DE)

É o equipamento de proteção do barramento geral do Autoprodutor, que


permite interligar o Cliente/Autoprodutor ao sistema da Light. Entende-se como
barramento geral, tudo o que estiver a jusante desse disjuntor até a bucha de
entrada do lado primário do transformador de isolação.

3.10 – Disjuntor de Acoplamento (DA)

É o equipamento de proteção do barramento geral do Autoprodutor que permite


o acoplamento elétrico do barramento alimentado pelo grupo gerador do
Autoprodutor, atendidas as condições de sincronismo, com o sistema elétrico
da Light. Está localizado na casa de força do Autoprodutor.

3.11 – Disjuntor do Gerador (DG)

É o equipamento de proteção do gerador do Autoprodutor. Está localizado na


casa de força do Autoprodutor.

3.12 – Transfer Trip

Dispositivo que permite, através de um determinado sistema de comunicação,


o imediato desligamento do Disjuntor de Acoplamento a partir da Subestação
ou do Centro de Operação da Light, quando da atuação do Disjuntor do
Alimentador de Interligação.

3.13 – Transformador de Isolação

Equipamento que permite isolar a rede da Light do circuito de seqüência zero


do Autoprodutor, bem como bloquear ou atenuar possíveis perturbações no
sistema elétrico causadas por correntes harmônicas, principalmente as de
terceira ordem e seus múltiplos, originárias do sistema de geração do
Autoprodutor.

3.14 – Paralelismo Momentâneo

É definido como paralelismo momentâneo, aquele em que o Autoprodutor


permaneça com o seu sistema de geração acoplado ao sistema elétrico da

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Light, por até 15 segundos nos sistema de média tensão ou até 20 segundos
nos sistema de baixa tensão, ou ainda, em condições específicas de tensão e
exclusivamente nos sistema reticulado de baixa tensão, tal que não ocorra o
desligamento de nenhum “protetor de rede”, por conta da inversão do fluxo de
potência em até 6 ciclos. Essas condições devem permitir que os geradores
assumam ou aliviem cargas sem interrupção de energia.

3.15 – Paralelismo Permanente

É definido como paralelismo permanente, aquele em que o Autoprodutor


permaneça com o seu sistema de geração acoplado ao sistema elétrico da
Light, por tempos superiores a 15 segundos quando interligados na média
tensão ou superiores a 20 segundos quando interligados na baixa tensão.

3.16 – Proteção de Interligação

É o conjunto de funções de proteção, formado por relés individuais ou um


único relé multifunção, que tem por objetivo desligar o disjuntor de acoplamento
na ocorrência de perturbações no alimentador de interligação ou nas
instalações do Autoprodutor.

Nota Geral: A figura do “Anexo A” , permite a visualização dos


equipamentos citados neste item 3.

4 – Condições Técnicas Gerais

4.1 – Condições Contratuais

4.1.1 – O relacionamento entre a Light e o Autoprodutor, para o tratamento das


condições técnicas, de segurança e operacionais de interligação do
paralelismo, deverá ocorrer através de um instrumento contratual com validade
jurídica, denominado Acordo Operativo.

Caso o Autoprodutor, mesmo já sendo cliente da Light, manifeste a intenção de


comercializar sua geração com o mercado, o mesmo deverá assinar com a
Light, além do referido Acordo Operativo, também o Contrato de Conexão com
a Distribuição (CCD) e o Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD),
conforme determina a Resolução 281/1999 da ANEEL.

4.1.2 – Deverão estar definidos no Acordo Operativo os limites de potência, nos


casos de venda de energia excedente, para a comercialização através do
sistema da Light, nos horários de cargas leve e pesada, bem como os limites
para os níveis de qualidade do fornecimento de energia (variação da tensão de
fornecimento, desequilíbrio de tensão, distorção harmônica, número de
interrupções programadas e respectivos tempos, número de interrupções não

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programadas aceitáveis e respectivos tempos, níveis de curtos-circuitos e


variação da freqüência (sub e sobrefreqüência), com os respectivos tempos
para ajustes de relés).

Independentemente das características dos limites técnicos destacados neste


item (potência, correntes e qualidade de fornecimento), seja com ou sem
venda de energia excedente, todos os ajustes relativos a proteção aprovados
pela Light, também deverão estar contemplados no Acordo Operativo em forma
de tabela.

Ainda deverão ser destacadas de forma contratual, as penalidades por


interrupções no fornecimento de energia ou por perturbações provocadas pelo
Autoprodutor, que venham promover prejuízos e/ou desconforto a outros
clientes atendidos pela Light.

4.1.3 – A Light se reserva no direito de fixar o prazo de até 30 dias, contados a


partir da data de recebimento da solicitação de paralelismo com o seu sistema
elétrico, para informar ao solicitante as condições contratuais, o prazo para o
seu acoplamento e os respectivos encargos. Essa solicitação de paralelismo
deverá contemplar todas as características do seu sistema de geração,
incluindo os dados necessários aos estudos de proteção, fluxo de potência e
demais informações que possibilitem verificar a sua contribuição de curto-
circuito para o sistema da Light, a estabilidade do sistema por conta da
variação de carga provocada pelas condições de utilização do grupo gerador,
o sistema de proteção pretendido incluindo diagramas unifilar e esquemático,
com todos os relés, equipamentos, acessórios etc. e descritivos dos
intertravamentos utilizados.

O prazo de 30 dias referido neste item, poderá ser dilatado para até 120 dias
se houver necessidade de reforço ou instalação de equipamentos no sistema
desta concessionária.

Será considerada como data de recebimento da solicitação de paralelismo,


aquela a partir da qual o solicitante já tenha atendido todas as eventuais
pendências observadas na ocasião da entrega da documentação para a
referida solicitação.

4.1.4 – Todos os custos decorrentes das modificações ou adequações que se


fizerem necessárias no sistema da Light, a fim de permitir o atendimento de um
cliente interessado em se estabelecer como Autoprodutor de energia elétrica,
serão de responsabilidade das partes, conforme Resolução 281/1999 da
ANEEL.

4.1.5 – Os custos relativos aos estudos da viabilidade técnica a serem


realizados pela Light conforme item 4.2.4, com o objetivo de verificar o impacto
do paralelismo elétrico entre a geração própria do Autoprodutor e a rede de
distribuição da Light, serão de responsabilidade do Autoprodutor.

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4.2 – Condições Básicas de Paralelismo

4.2.1 – A Light só permitirá o paralelismo do Autoprodutor com o seu sistema,


caso a interligação não resulte em problemas técnicos ou de segurança para
outros consumidores, para o próprio sistema em geral ou para o pessoal de
operação e manutenção. Para isso, deverá ser avaliada a instalação do
Autoprodutor e somente aprovada com base no cumprimento das condições
estabelecidas nesta Informação Técnica.

A interligação de um Autoprodutor não deverá acarretar limitações ao sistema


da Light, seja em termos de operação dos equipamentos de proteção e
manobra existentes, seja em relação a flexibilidade de transferência automática
de carga ou religamento automático de circuitos.

4.2.2 – A conexão do paralelismo do grupo gerador do Autoprodutor com o


sistema elétrico da Light, somente poderá ser realizada através do disjuntor de
acoplamento, com verificação do sincronismo (função 25), bem como as
demais funções de proteção inerentes a cada tipo de Autoprodutor (ver itens
4.3.14 e 4.3.15).

4.2.3 – O sistema elétrico da Light opera na freqüência de 60 Hz e possui


tensões padronizadas na baixa tensão de 220 e 380 V e na média tensão de
13,8 e 25 - 34,5 kV. Existem áreas com tensão de 25 kV, com previsão de
conversão para 34,5 kV, que devem ser consideradas em função da
localização do Autoprodutor. Portanto, o paralelismo deverá se realizar com
gerador trifásico síncrono em corrente alternada na freqüência e tensão
supracitadas.

4.2.4 –A Light realizará os estudos de curto-circuito, fluxo de potência e de


estabilidade para os Autoprodutores interessados em paralelar o seu sistema
de geração com o sistema de distribuição da Light, bem como analisará os
níveis de tensão de fornecimento para o ponto (local/região) de conexão do
Autoprodutor. Os estudos de simulação do fluxo de potência deverão observar
as cargas leve, média (objetivando cálculos de perdas técnicas, quando dos
Autoprodutores interessados em venda de energia excedente) e pesada.

Todos esses estudos deverão, também, subsidiar a elaboração do Acordo


Operativo, no que se refere aos valores limites. Somente após essa avaliação,
incluindo reformas, se necessárias, poderá ser atendida a condição de
paralelismo.

Para a realização dos estudos mencionados acima, os Autoprodutores deverão


informar os seguintes dados dos seus equipamentos:

4.2.4.1 – Curto-Circuito e Fluxo de Potência:

Dados do(s) Gerador(es):


a) Tensão nominal;
b) Faixa operativa de tensão (máx. e mín.);

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c) Nº de unidades geradoras e tipo (se movidas a diesel, gás natural,


etc.);
d) Potência nominal em kVA;
e) Potência ativa em kW;
f) Fator de potência;
g) Limite de geração de potência reativa (máx. e mín.);
h) Tensão operativa (com limites percentuais de máx. e min.);
i) Tipo de Ligação (se Υ aterrada, Υ não aterrada, ∆);
j) Reatância transitória em porcento, na base do gerador (X’d);
k) Reatância subtransitória em porcento, na base do gerador (X’’d);
l) Tipo de aterramento ( se por resistor, reator ou solidamente
aterrado);
m) Valor da resistência de aterramento em ohms;

Dados do(s) Transformador(es):

a) Impedância percentual de curto-circuito;


b) Potência nominal em kVA;
c) Tensão nominal;
d) Relação de transformação;
e) Tipo de ligação (se: Υ-Υ não-aterrada, Υ-Υ aterrada, ∆-Υ não-
aterrada, ∆-Υ aterrada ou ∆-∆) e diagrama vetorial;
f) Tipo de aterramento (se por resistor, reator ou solidamente
aterrado);
g) Valor da resistência de aterramento em ohms.

4.2.4.2 – Estudo de Estabilidade:

Para os Autoprodutores que se enquadrarem nas definições de paralelismo


permanente ou momentâneo, com potência total de geração superior a 600
kVA, em complementação aos “Dados do(s) Gerador(es)” solicitados no item
4.2.4.1, o Autoprodutor também deverá informar:

n) Reatância do eixo de quadratura;


o) Reatância do eixo direto;
p) Reatância de dispersão;
q) Constante de Inércia (MWs / MVA);
r) Constante de tempo subtransitório do eixo direto e do eixo de
quadratura;
s) Constante de tempo transitório do eixo direto;
t) Diagrama de blocos dos reguladores de tensão e velocidade;
u) Curva de saturação do gerador;
v) Curva de capacidade (Capabilidade).

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4.2.5 – O Autoprodutor também poderá apresentar seus próprios estudos de


estabilidade do seu sistema de geração em paralelo com o sistema da Light, ou
outros que julgue convenientes, os quais também sofrerão análise por parte da
Light.
Em função desses estudos (Light / Autoprodutor), a Light definirá os ajustes de
proteção para as funções 27, 59 e 81, conforme estabelecido na tabela, objeto
do item 5.1.

4.2.6 – Especificamente nas interligações em média tensão e


Independentemente do tipo de paralelismo (se momentâneo ou permanente),
bem como da potência envolvida, o acoplamento em paralelo do sistema de
geração do Autoprodutor com o sistema elétrico da Light requer o uso de um
transformador de isolação estrela-triângulo, disponibilizado pelo Autoprodutor,
à luz dos termos do item 5.2. O transformador deverá ser conectado em
triângulo no lado da Light e em estrela aterrado no lado da geração do
Autoprodutor, isolando assim o sistema de geração do Autoprodutor do sistema
da Light, em termos de seqüência zero, inclusive harmônicas de seqüência
zero.

Nos casos em que o Autoprodutor gerar no mesmo nível de tensão do


alimentador de interligação, deverá ser usado transformador de isolação de
relação 1:1.

A configuração triângulo no lado do Autoprodutor e estrela não aterrado no


lado da Light, poderá ser aceita desde que o Autoprodutor disponibilize
proteção necessária para detecção de faltas monofásicas no lado do triângulo
do transformador, atuando diretamente, tanto no disjuntor geral de entrada,
quanto nas proteções internas para o corte da alimentação do gerador.

Caso o Autoprodutor, por alegar baixíssima probabilidade de ocorrência de


falhas monofásicas internas no seu sistema, ou ainda, por qualquer outra
razão, não disponibilizar a proteção em questão, deverá constar no Acordo
Operativo, cláusula alertando o Autoprodutor dos riscos de acidentes pessoais,
incêndios etc., já que é de sua exclusiva responsabilidade a proteção do seu
sistema elétrico (ver item 4.3.3).

4.2.7 – A Light não permitirá o paralelismo de Autoprodutores em regime


permanente em suas redes do sistema reticulado, de acordo com exposto no
item 5.3.

4.2.8 – A Light poderá suspender o paralelismo elétrico entre o seu sistema e o


do Autoprodutor sempre que:

a) Houver emergência no sistema;


b) Uma inspeção no Autoprodutor revelar a existência de condições perigosas,
falhas de manutenção, condições operativas ou proteção deficientes;
c) O sistema de geração do Autoprodutor reduzir a qualidade do serviço de
fornecimento de energia a outros consumidores;

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d) Prejudicar as condições operativas ou de segurança do sistema da Light,


ou ainda, sempre que o Autoprodutor descumprir qualquer condição
estabelecida nesta Informação Técnica ou no Acordo Operativo.

4.2.9 – Não será permitido em hipótese alguma, ao Autoprodutor, energizar o


circuito da Light que estiver desenergizado, cabendo ao Autoprodutor total
responsabilidade legal caso este fato venha a acontecer, eximindo-se a Light
de qualquer responsabilidade por eventuais danos materiais e humanos.

4.2.10 - O Autoprodutor deverá disponibilizar as proteções necessárias que


promovam o imediato desacoplamento do seu grupo gerador do sistema da
Light, quando da desenergização ou qualquer anomalia no sistema da Light,
evitando a alimentação isolada de circuitos da Light por sua geração própria
(“ilhamento”), de forma a permitir que a Light restabeleça, com segurança, a
alimentação dos seus circuitos através de religamento manual ou automático,
independentemente do Autoprodutor estar interligado em regime de paralelo
momentâneo ou permanente. O religamento automático normalmente praticado
pela Light tem o ciclo de duas operações, com o primeiro religamento
ocorrendo em 3 segundos e o segundo em 15 segundos após o primeiro.

4.2.11 – Quando, em comum acordo com a Light, o ponto de


interligação/conexão estiver distante da estrutura física de autoprodução
(gerador(es), disjuntor de acoplamento etc.), e assim houver a necessidade de
construção pelo Autoprodutor, de acordo com os padrões técnicos da Light, de
linha de MT como parte integrante do barramento geral do Autoprodutor, (ver
item 3.9), e que para isso, seja utilizado o arruamento público de regiões
inabitadas na área de concessão da Light, o Autoprodutor deverá se
responsabilizar em relocar a estação de interligação para um novo ponto a ser
informado pela Light, situado entre a estrutura de autoprodução e a antiga
estação de interligação, sempre que ocorrerem necessidades de atendimento
de novos clientes ou consumidores/loteamentos nesse trecho inicialmente
inabitado. Se for de interesse, a Light receberá as estruturas da linha de MT
compreendidas entre a estação de interligação antiga e a nova estação,
mediante o pagamento de indenização calculada conforme os custos
praticados na ocasião, considerando a depreciação natural em função da vida
útil das estruturas em questão.

Os serviços de relocação da estação de interligação a serem realizados pelo


Autoprodutor e as suas expensas, deverão ocorrer em tempo hábil a ser
definido pela Light em função das suas necessidades de atendimentos dos
novos clientes ou consumidores/loteamentos. O não cumprimento pelo
Autoprodutor dos prazos prefixados, permitirá a Light o rompimento do contrato
de interligação entre as partes, bem como a retirada/substituição ou, até
mesmo a utilização das estruturas existentes, a fim de permitir, nos prazos
normalizados pela ANEEL, o atendimento desses novos clientes no trecho em
questão.

4.2.12 – O agente interessado deverá apresentar à Light a documentação


necessária expedida pelo poder concedente (ANEEL), que lhe outorgue o
direito de se estabelecer como Autoprodutor de energia elétrica, de acordo com

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as condições estabelecidas no Decreto nº 2.003 de 10 de setembro de 1996,


ou seja, concessão, autorização ou simples comunicação, conforme o tipo
de geração e respectiva potência.

4.3 – Condições de Proteção

4.3.1 – Caberá ao Autoprodutor disponibilizar, como recurso na interligação de


seu sistema com o da Light, os equipamentos de manobra necessários
(chaves, disjuntores etc.), a fim de proporcionar, em tempo hábil, a separação
do acoplamento Sistema-Autoprodutor/Sistema-Light, quando da ocorrência
de qualquer anomalia no sistema elétrico da Light ou do próprio Autoprodutor.

4.3.2 – Os níveis de curto-circuito monofásico e trifásico no ponto de conexão


(Light/ Autoprodutor) não poderão ultrapassar a capacidade de suportabilidade
dos cabos/condutores, equipamentos e acessórios já instalados no sistema
elétrico da Light. Esses valores deverão constar do Acordo Operativo.

4.3.3 – Ao Autoprodutor caberá a responsabilidade exclusiva pela proteção


total do seu sistema elétrico, de tal maneira que falhas (curtos-circuitos), surtos
atmosféricos ou outras perturbações no sistema da Light, como falta de fase,
oscilações de tensão, manobras etc., não causem danos em suas instalações,
equipamentos etc.

4.3.4 – As especificações dos acessórios e de todos os equipamentos de


proteção e manobra instalados no Autoprodutor, inerentes ao disjuntor de
acoplamento, deverão ser submetidas a aprovação prévia da Light. Não serão
aceitos acessórios e equipamentos que não disponham de qualidade
reconhecida para a sua aplicação, ou seja, aqueles que não sejam
classificados para uso em concessionárias de energia elétrica.

Todos os equipamentos e acessórios utilizados deverão possuir classe de


isolamento que lhes permitam trabalhar em sistemas isolados.

4.3.5 – A Light se reserva no direito, mesmo após a assinatura do Acordo


Operativo, de solicitar ao Autoprodutor a instalação de equipamentos adicionais
àqueles inicialmente aprovados em seu sistema de geração, principalmente no
que se refere a proteção, medição de qualidade, manobra e
comunicação/automação. Tal solicitação se justifica, principalmente, na
eventual alteração da configuração do sistema elétrico.

4.3.6 – É obrigatória a existência de um único disjuntor de acoplamento,


responsável pelo paralelismo entre a geração do Autoprodutor e a alimentação

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da Light, não sendo permitida a utilização do disjuntor de entrada como sendo


o disjuntor de acoplamento.

4.3.7 - O disjuntor de acoplamento deve ser acionado por relés secundários,


inerentes a proteção de interligação, que promovam a sua abertura, sempre
que ocorrer qualquer tipo de anomalia (curtos-circuitos monofásicos, bifásicos
ou trifásicos, súbita variação de freqüência e/ou tensão, falta de fase ou fases
etc.), tanto no sistema da Light quanto no do Autoprodutor. Todas as funções
de proteção relativas a interligação do Autoprodutor deverão atuar no disjuntor
de acoplamento, de forma direta, através de alimentação auxiliar ininterrupta
(corrente contínua).

4.3.8 – Todos os ajustes dos relés e dos equipamentos auxiliares necessários


ao paralelismo poderão ser apresentados à Light pelo Autoprodutor para
aprovação direta ou redefinição. Todo trabalho de aferição e parametrização
poderá ser realizado pelo Autoprodutor, porém com o consentimento e
fiscalização/comissionamento da Light.

4.3.9 – Para análise e estudo dos esquemas de proteção o Autoprodutor


deverá encaminhar para a Light as seguintes informações:
- Diagrama unifilar completo, destacando a representação do disjuntor de
acoplamento;

- Tipo de paralelismo: se paralelo permanente (informando se com ou sem


venda de excedente de energia) ou se paralelo momentâneo (informando
a duração do paralelismo);

- Diagramas funcionais (esquemáticos) indicando as ligações dos disparos


das proteções sobre os disjuntores e os intertravamentos utilizados;

- Diagrama trifilar da interligação, mostrando as ligações dos TC’S e TP’s


aos terminais dos circuitos de corrente e potencial dos relés;

- Descritivo dos intertravamentos;

- Características funcionais dos relés utilizados na proteção de interligação;

- Cópia dos manuais técnicos dos relés (não serve catálogo comercial),
exceto quando se tratar de relé já utilizado na Light;

- Estudo de seletividade das proteções com os respectivos ajustes de relés;

- Características dos TC’s, TP’s e disjuntores que fazem parte do sistema


de paralelismo;

- Dados do(s) transformador(es) de força e de isolação:


Potência nominal;
Relação de transformação disponíveis;

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Impedância de curto-circuito (%);


Tipo de ligação e diagrama fasorial;

- Dados do(s) gerador(es):


Capacidade nominal;
Fator de potência
Tensões máxima e mínima de operação;
Tipo e impedância de aterramento (se houver);
Reatâncias transitória, subtransitória e de regime permanente;
Constantes de tempo dos regimes transitório e subtransitório;

- Estudo de estabilidade;

- Documentação oficial da ANEEL relativa a concessão, autorização ou


simples comunicado, conforme estabelece o item 4.2.11 desta
Informação Técnica.

- Detalhamento em plantas e cortes de todo o sistema elétrico do


Autoprodutor (entrada/subestação/grupo gerador);

- Planta de localização geográfica do cliente em relação a área urbana,


destacando o sistema elétrico;

- Cópia autenticada da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do(s)


responsável(veis) pelo projeto, execução, operação e manutenção do
sistema de geração do Autoprodutor (ver item 4.4.4).

4.3.10 – Em caso de alterações no sistema da Light, as mudanças


eventualmente necessárias nos relés de proteção e controle do Autoprodutor,
serão custeadas pelo Autoprodutor e deverão ser realizadas no prazo máximo
de 90 dias, a partir da solicitação oficial da Light. Os respectivos ajustes serão
coordenados pela Light.

4.3.11 – Eventuais alterações no sistema de geração do Autoprodutor, deverão


ser informadas à Light para aprovação. Em caso de concordância, a Light
deverá analisar a revisão do estudo de proteção efetuado pelo Autoprodutor e
autorizar a implantação/alteração dos ajustes de relés que se façam
necessários.

4.3.12 – O Autoprodutor será o único responsável pela sincronização


apropriada do seu sistema gerador com o sistema elétrico da Light,
exclusivamente através do disjuntor de acoplamento. Não será permitido o
religamento automático do disjuntor de acoplamento.

4.3.13 – Estando o gerador em funcionamento, o fechamento do paralelismo


somente poderá ser feito através do disjuntor de acoplamento e supervisionado
pelo relé de verificação de sincronismo (função 25). O estabelecimento do

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 14/28


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paralelismo por qualquer outro disjuntor, inclusive o disjuntor de entrada, deve


ser evitado através de dispositivo de intertravamento que evite o seu
fechamento, estando os disjuntores de acoplamento e do gerador fechados.
Este item deverá ser destacado no Acordo Operativo.

4.3.14 – A proteção de interligação inerente ao disjuntor de acoplamento,


deverá ser independente da proteção do gerador e possuir, no mínimo, as
seguintes funções de proteção:

- Função 67: Proteção para sobrecorrente direcional de fases, tempo inverso;

- Função 59G: Proteção para sobretensão residual, temporizada;

- Função 27: Proteção para subtensão de fases, temporizada, ligação fase-


neutro (ver nota);

- Função 59: Proteção para sobretensão de fases, temporizada, ligação fase-


neutro (ver nota);

- Função 32: Proteção para reversão de potência de fases, temporizada (ver


nota);

Nota: Em Autoprodutores do tipo com venda de excedente de energia, o relé


função 32 poderá ser dispensado e os relés funções 27 e 59 deverão
possuir 2(dois) estágios de ajustes, independentes, para cada função.

- Função 81O/U: Proteção de freqüência, com níveis de ajustes independentes


e simultâneos para sobre e subfreqüência;

- Função 25: Proteção de verificação de sincronismo;

OBS: Não será aceito, como proteção de interligação, as funções de proteção


derivadas exclusivamente de equipamentos do tipo CLP (Controlador
Lógico Programável) ou incorporadas à unidade USCA (Unidade de
Supervisão de Corrente Alternada) do grupo gerador - ver item 5.4.

4.3.15 – Nos casos de Autoprodutores com paralelismo momentâneo, de até 1


(um) segundo, independente de sua capacidade de geração, ou então
superior a 1 segundo e até 15 segundos (rampa) na MT ou 20 segundos na
BT porém com geração total limitada à 600 kVA, poderá ser dispensada a
proteção de interligação mencionada no item 4.3.14, com exceção das
funções 81O/U, 27 e 25 que poderão ser as mesmas utilizadas no gerador,
além da função 32 no caso dos Autoprodutores atendidos em baixa tensão pelo
sistema reticulado. Especificamente para Autoprodutores de baixa tensão em
regime permanente, ou momentâneo que se enquadrarem ou não nas
condições acima, as funções 59 e 59G não serão utilizadas, porém devem ser
consideradas as funções 50/51 e 50/51N também.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 15/28


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4.3.16 – Quando da interligação de Autoprodutor em regime de paralelo


permanente, com ou sem venda de energia excedente e que sejam atendidos
por alimentador(es) de MT exclusivo(s), o equipamento de proteção do
sistema da Light imediatamente a montante do Autoprodutor, seja disjuntor,
religador ou dispositivo de transferência automática de carga, deverá ser
equipado com um sistema de supervisão de tensão de retorno, composto de
TP e relé de tensão, de modo a não permitir religamento automático desses
equipamentos, estando o Autoprodutor interligado ao sistema da Light por
qualquer ocorrência adversa (ver item 5.5). É de responsabilidade do
Autoprodutor se proteger contra eventuais religamentos do sistema da Light,
conforme estabelece o item 4.2.10. O custo dessa instalação caberá ao
Autoprodutor, conforme item 4.1.4 desta Informação Técnica.

4.3.18 – Nos casos em que o Autoprodutor tiver o transformador de isolação


protegido por meio de fusíveis, a proteção de interligação deverá possuir a
função 46, proteção contra corrente de seqüência negativa nas 3 fases (ver
item 5.6).

4.3.17 – Nos casos de interligação de Autoprodutor em regime de paralelo


permanente, com venda de energia excedente e que NÃO sejam atendidos
por alimentador(es) de MT exclusivo(s), dependendo dos estudos de fluxo de
potência realizados pela Light, relativos ao impacto causado ao sistema elétrico
pelo Autoprodutor em termos de confiabilidade e segurança, o Autoprodutor
deverá disponibilizar um sistema de transferência de disparo (transfer trip –
ver item 5.7), a fim de permitir o imediato desligamento do disjuntor de
acoplamento, quando da abertura do disjuntor do alimentador de
interligação localizado na subestação da Light. O custo desse sistema e
respectiva instalação, serão de responsabilidade do Autoprodutor, conforme
item 4.1.4.

4.3.19 – Sugestivamente, a Light apresenta, no anexo A, o esquema de


proteção mínima a ser seguido pelos Autoprodutores, sujeito, entretanto, aos
acréscimos que se fizerem necessários em termos de confiabilidade,
segurança e qualidade do sistema elétrico, por conta do citado no item 4.3.17.

Também são sugestivos os pontos indicados para a instalação, tanto do


disjuntor de acoplamento, quanto dos transformadores de isolação. Os pontos
ideais dependerão da configuração de paralelismo desejada por cada
Autoprodutor.

As seccionadoras necessárias, tanto no barramento do Autoprodutor quanto na


interconexão com o sistema elétrico da Light, não foram representadas no
referido esquema, considerando a grande variação em termos de
posicionamento e número de chaves, em função da necessidade de cada
caso. Portanto, caberá ao Autoprodutor definir o chaveamento mínimo
necessário dentro de condições de segurança e manobra aceitáveis,
obedecendo ainda aos padrões estabelecidos na respectiva Regulamentação

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 16/28


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da Light para Fornecimento de Energia a Consumidores – RECON/MT (13,8 e


34,5 kV).

4.4 – Condições de Operação e Manutenção

4.4.1 – É de responsabilidade exclusiva do Autoprodutor a instalação, operação


e manutenção dos equipamentos destinados ao estabelecimento das
condições de proteção e sincronismo, por ocasião de cada manobra de
execução do paralelismo de seu sistema de geração com o sistema da Light.

4.4.2 – Caberá ao Autoprodutor elaborar relatórios de operação e manutenção


para o seu sistema (equipamentos e sistemas de proteção). Esses relatórios,
individualmente, deverão registrar todos os eventos de operação ou de
manutenção.

A periodicidade e os critérios de manutenção, de acordo com a complexidade


de cada Autoprodutor, deverão estar contemplados no Acordo Operativo.
Tanto os relatórios de operação quanto os de manutenção, devem ser
sempre conservados pelo Autoprodutor, estando disponíveis, em qualquer
tempo, para a análise da Light. No caso de desaparecimento desses relatórios,
o Autoprodutor será sumariamente responsabilizado por todas as questões que
deles dependam.

4.4.3 – O Autoprodutor deverá conceder à Light livre acesso, em qualquer


tempo e hora, para exercer a fiscalização das condições de instalação e
manutenção do sistema de interligação (envolvendo manobra, calibração de
relés, disjuntores e equipamentos auxiliares etc.) e também para acompanhar
ou executar qualquer manobra de emergência que se faça necessária. Essa
concessão deverá constar do Acordo Operativo.

4.4.4 – O Autoprodutor deverá indicar o(s) responsável(veis) técnico(s) (com


responsabilidade técnica perante o CREA) pelo sistema de geração e
paralelismo com o sistema da Light, destacando projeto, execução, operação e
manutenção. A documentação de responsabilidade técnica deverá fazer parte
integrante do Acordo Operativo em documento anexo. Sempre que, por
qualquer motivo, houver mudança do responsável técnico, o Autoprodutor
deverá providenciar a imediata comunicação a Light, enviando documentação
oficial com o nome do novo responsável, para o devido registro.

4.4.5 – O Autoprodutor deverá disponibilizar, permanentemente, se for o caso,


pelo menos um elemento do seu corpo técnico (operador), devidamente
habilitado, durante todo o período que estiver ocorrendo a operação em
paralelo com a Light. Este item deverá estar regulamentado no Acordo
Operativo e sua exigência dependerá das imposições técnicas de cada caso,
conforme fundamentado no item 5.8.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 17/28


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4.5 – Condições de Medição de Qualidade e Faturamento

4.5.1 – O Autoprodutor deverá disponibilizar na sala de comando, no mínimo,


duas linhas telefônicas em caráter de exclusividade, uma para a comunicação
oral com o Centro de Operação da Light e a outra destinada ao sistema de
telemedição, tanto para a verificação dos níveis de qualidade do fornecimento
de energia, quanto para medição de faturamento. Ver exposição de motivos no
item 5.9.

Os requisitos e critérios para instalação de Medidores de Qualidade, bem como


os tipos homologados pela Light constam da I.T. DAR – 001/04 em sua última
versão.

4.5.2 – Outras tecnologias para a telemedição poderão ser aceitas, como fibra
ótica, PLC (Power Line Carrier) etc, desde que com aplicação devidamente
comprovada.

4.5.3 – Independentemente do Acordo Operativo ser de curto ou longo prazo,


os investimentos referentes aos meios de comunicação e telemedição
(qualidade e faturamento) serão custeados pelo Autoprodutor.

4.5.4 – O sistema de medição destinado ao faturamento do consumo de


energia será fornecido e instalado pela Light.

Quando se tratar de Autoprodutor cuja modalidade operativa inclua também a


venda de excedente de energia, a este caberá os custos atinentes ao sistema
de medição, incluindo a respectiva instalação.

No caso específico de Autoprodutores com modalidade operativa voltada


exclusivamente para a venda de energia ao mercado atacadista ou à própria
Light, o sistema de medição de energia será fornecido e instalado pelo
Autoprodutor, mediante supervisão da Light. Este sistema deverá obedecer
às especificações técnicas da Light e estar compatível com as exigências do
MAE (Mercado Atacadista de Energia) e do órgão metrológico oficial
(INMETRO) no que se refere a medição de faturamento de energia, bem como
disponibilizar para o CUSD, os dados de medição de potência elétrica gerada;
o Autoprodutor deverá fornecer à Light o software completo de programação e
de leitura para fins de faturamento comercial.

4.5.5 – O sistema de medição destinado a verificação da qualidade, incluindo


TP’s e TC’s, deverá ser fornecido e instalado pelo Autoprodutor, todavia, de
acordo com as respectivas especificações técnicas estabelecidas pela Light.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 18/28


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A medição da qualidade deverá monitorar a tensão e a corrente nas três fases,


no ponto de entrega do Autoprodutor, permitindo que as seguintes grandezas
básicas sejam medidas: registro da tensão e da corrente (RMS), desequilíbrio
de tensão, distorção harmônica e suas componentes, freqüência e variação de
tensão de curta duração, bem como energia ativa, energia reativa e demanda,
de forma bidirecional, com pelo menos 4 (quatro) registros independentes, 2
(dois) para cada sentido de fluxo (quatro quadrantes).
Este sistema de medição de qualidade deverá ser utilizado em todos os
Autoprodutores interligados ao sistema da Light em regime de paralelo
permanente (ver item 5.9).

Autoprodutores interligados em regime de paralelo momentâneo, mas com


significativo grau de importância para o sistema da Light em termos de
capacidade de carga instalada, sensibilidade das cargas, nível de tensão e/ou
qualidade no fornecimento, após análise técnica, também poderão ter que
disponibilizar um sistema de medição de qualidade.

4.6 – Assinatura do Acordo Operativo

O Acordo Operativo é o instrumento legal que define as atribuições,


responsabilidades e estabelece os procedimentos operacionais entre as
PARTES; determina o compromisso do Autoprodutor em seguir as normas e
critérios da DISTRIBUIDORA (consolidados neste Informativo Técnico) bem
como em seguir os PROCEDIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO, a serem
homologados pela ANEEL.

O Acordo Operativo contem o item de Responsabilidade Civil e o item de


Análise de Perturbação os quais determinam os procedimentos e
compromissos relativos às eventuais indenizações decorrentes de
perturbações na rede elétrica que venham causar prejuízos às PARTES.

Caso o Autoprodutor manifeste a intenção de comercializar sua geração com o


mercado, o mesmo deverá assinar com a Light, além do Acordo Operativo,
também os Contratos de Conexão e Uso da Rede de Distribuição (CCD e
CUSD), conforme determina a Resolução 281/1999 da Aneel.

A liberação para a operação da geração própria do Autoprodutor em paralelo


com a rede de distribuição da Light depende da assinatura do referido Acordo.

4.6.1 – Dados Comerciais / Técnicos integrantes do Acordo Operativo

Tão logo o Autoprodutor der entrada na documentação pelo Setor Comercial da


Light com a sua solicitação de paralelismo com acesso à rede distribuição e
após o encaminhamento de todo o material técnico solicitado pela Light, são
iniciados os estudos de viabilidade técnica para este empreendimento.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 19/28


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Após a identificação do tipo de paralelismo requerido, e simultaneamente com


os estudos da viabilidade técnica do empreendimento por parte da Light, será
encaminhada ao Autoprodutor uma minuta do Acordo Operativo para que o
mesmo tome conhecimento dos seus termos para futuro aceite das condições
e respectiva assinatura.

Essa minuta apresenta campos em destaque que deverão ser confirmados


e/ou preenchidos pelo Atoprodutor e devolvidos à Light, que se incumbirá em
confeccionar o Acordo final em 3 (três) vias, devidamente rubricadas e que
deverão ser assinadas entre as Partes.

5 – Fundamentos Técnicos

Os itens seguintes contêm os fundamentos técnicos que embasam as


principais exigências contidas nesta Informação Técnica, no sentido de
proporcionar melhor entendimento dos clientes interessados em se estabelecer
como Autoprodutores na área de concessão da Light.

5.1 – Ajustes de tensão e freqüência

Quando um Autoprodutor se acopla em regime de paralelo permanente ao


sistema elétrico da Light, torna-se também, de certa forma, responsável pela
qualidade do fornecimento de energia aos demais clientes ligados no
alimentador em questão. A sua geração poderá provocar perturbações no
sistema elétrico existente, tanto em relação a sua contribuição para a elevação
do nível de curto-circuito trifásico, quanto, principalmente, em relação a
estabilidade do seu sistema de geração, interferindo com mais ênfase no
sistema elétrico, os casos de Autoprodutores interessados na venda de energia
excedente.

Dessa forma, a Light estabelece os ajustes típicos necessários para as


graduações das proteções de tensão e freqüência inerentes ao disjuntor de
acoplamento do Autoprodutor (funções 27, 59 e 81), a fim de garantir a
eficiência do sistema elétrico, mantendo os níveis de qualidade praticados na
Light (ver item 4.2.5).

A tabela a seguir apresenta os ajustes normalmente praticados.

Sistema de 13,8kV Sistema de 25Kv Tempos de atuação


Vøø ≤ 8,00kV Vøø ≤ 15,00kV 1 segundo
8,00kV < Vøø < 13,20kV 15,00kV < Vøø < 25,50kV 30 segundos
13,20kV < Vøø < 13,80kV 25,50kV < Vøø < 27,00kV Condição normal de operação
13,80kV < Vøø < 15,00kV 27,00kV < Vøø < 29,00kV 30 segundos
Vøø ≥ 15,00kV Vøø ≥ 29,00kV 1 segundo
f ≤ 59,7Hz f ≤ 59,7Hz 0,1 segundos

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 20/28


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59,7Hz < f < 60,3Hz 59,7Hz < f < 60,3Hz Condição normal de operação
f ≥ 60,3Hz f ≥ 60,3Hz 0,1 segundos

OBS.: As faixas de tensão, nas condições normais de operação, poderão ser


reavaliadas após medições dos níveis de tensão no barramento do
Autoprodutor.

Uma faixa de ajuste de freqüência mais tolerante poderá ser aceita, desde que
o Autoprodutor a justifique através de estudos de estabilidade do seu sistema.

5.2 – Transformador de isolação

Considerando que os grupos geradores têm sua configuração em estrela, os


mesmos poderiam, se conectados diretamente ao sistema da Light,
disponibilizar um caminho para correntes de seqüência zero, sejam por
desequilíbrio do sistema ou, principalmente, oriundas de qualquer operação de
abertura monofásica na rede da Light; essas correntes ocasionariam o
desligamento do disjuntor do alimentador de interligação através do relé de
neutro, hoje ajustado em 30 ampères, afetando também outros clientes, além
do próprio Autoprodutor.

Outra questão, de significativa importância na qualidade da energia, são as


perturbações no sistema elétrico causadas por correntes harmônicas,
principalmente as de terceira ordem e seus múltiplos, originárias do sistema de
geração do Autoprodutor.

Para evitar que correntes de seqüência zero e/ou elevados níveis de correntes
harmônicas venham a circular no sistema da Light, que possam comprometer
seus índices qualidade, é necessária a instalação de um transformador de
isolação do tipo estrela-triângulo, com a lado em triângulo voltado para o lado
da Light, isolando o caminho para as correntes de seqüência zero e
bloqueando ou atenuando as correntes harmônicas.

5.3 – Paralelo em regime permanente no sistema reticulado

No atendimento de Autoprodutores a partir da rede de média tensão do sistema


reticulado, caracterizado como reticulado dedicado, haveria necessidade, na
menor potência de fornecimento, de 3 (três) alimentadores primários, logo não
se poderia definir em qual desses alimentadores se faria o paralelismo com o
grupo gerador. Mesmo que algum Autoprodutor manifestasse a intenção de ter
o lado de baixa tensão com caracterização de radial (desconfigurando o arranjo
reticulado dedicado), admitindo ser atendido por um único alimentador primário,
não estaria garantido o recurso imediato a esse alimentador quando da
ocorrência de falha no mesmo, por conta do sistema reticulado admitir até
dupla contingência primária, o que permite a um alimentador primário do
sistema reticulado ficar desligado por muito tempo.

Além dos problemas citados, tanto o paralelismo permanente quanto o


momentâneo, poderão causar sérios riscos relativos a segurança física do

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 21/28


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pessoal de operação de rede, em função das características operacionais


desse tipo de sistema de distribuição.

5.4 – Utilização de CLP’s

Os Controladores Lógicos Programáveis (CLP’s) tiveram sua concepção


inicialmente voltada para o controle de processos em unidades de produção
independentes, como por exemplo, tornos mecânicos. Posteriormente, também
passaram a ser utilizados em sistemas “robotizados” dentro dos processos de
automatização da indústria, além de outras aplicações. Entretanto, cabe
ressaltar que esses sistemas que utilizam CLP’s estão sujeitos a falhas
provocadas por perturbações ou interferências na qualidade da energia de
fornecimento (súbita variação de tensão ou freqüência, correntes harmônicas
etc). Essas falhas vão desde a perda temporária até a perda permanente da
programação, cegando algumas funções do CLP; lembrando que a perda
temporária se mostra até pior que a perda permanente, já que pode
caracterizar um defeito intermitente no sistema e sem causa aparente.

Um relé com função de proteção do tipo utilizado em concessionária, dispõe de


recursos, filtros etc, que o protege contra as interferência elétricas do sistema.
Atendendo o rigor das normas pertinentes, o relé é projetado com esse
objetivo, enquanto o CLP não.

5.5 – Sistema de supervisão de tensão

A Light não dispõe de meios para estabelecer condições de sincronismo em


seu sistema de distribuição, quando um de seus alimentadores de média
tensão estiver funcionando paralelado com um determinado Autoprodutor de
energia elétrica, por se tratar de uma empresa de distribuição de energia, sem
acesso a fonte geradora, considerando que freqüência e ângulo de fase são
determinados pelo Sistema Interligado Brasileiro.

Portanto, cabe ao Autoprodutor a responsabilidade de realizar o sincronismo do


seu grupo gerador, antes de se paralelar ao sistema da Light.

A fim de atender os níveis de continuidade estabelecidos pela ANEEL, no que


se refere aos índices de DEC e FEC, a Light define em seu sistema, condições
de restabelecimento rápido através de religamentos automáticos instalados em
seus alimentadores primários. Logo, é extremamente importante que o
Autoprodutor se desacople do sistema após qualquer condição de
desligamento da rede da Light, pois um religamento da Light com o
Autoprodutor energizado, poderá danificar o seu grupo gerador, inclusive com
torção de eixo.

Mesmo sendo responsabilidade do Autoprodutor estabelecer as condições de


proteção do seu sistema, para qualquer ocorrência adversa no sistema da
Light, nos Autoprodutores interligados em regime de paralelo permanente e
que sejam atendidos por alimentador(es) de MT exclusivo(s), torna-se
importante que sejam disponibilizados nos equipamentos de proteção

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 22/28


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(religador, disjuntor etc.) a montante do Autoprodutor, dispositivo de supervisão


de tensão que impeça o religamento do alimentador, caso a rede se mantenha
energizada pelo Autoprodutor.

5.6 – Proteção por fusíveis

A proteção por fusíveis em sistemas elétricos potentes paralelados com um


grupo gerador, considerando a possibilidade de abertura monofásica do
sistema tronco, submeteria o grupo gerador a correntes de seqüência negativa
elevadas, com conseqüências danosas para o gerador. Apesar de ser
responsabilidade do Autoprodutor a proteção do seu sistema contra correntes
elevadas de seqüência negativa, é fundamental evitar ao máximo a incidência
de trancos do sistema sobre o grupo gerador; além do que a proteção por
fusível nem sempre oferece condições adequadas de coordenação e
seletividade, considerados os níveis de corrente normalmente encontrados nos
sistemas em questão.

Portanto, a Light não faz nesta Informação Técnica, nenhuma recomendação


para proteção por fusíveis, destacando por exemplo, no item 4.3.17, a
necessidade de utilização da função 46, contra correntes de seqüência
negativa nas 3 fases, caso o Autoprodutor venha utilizar fusíveis como
dispositivo de proteção contra sobrecorrentes.

5.7 – Transferência de disparo (transfer trip)

Dependendo do pondo de interligação do Autoprodutor com o sistema elétrico


da Light, para venda de energia excedente considerando as condições de
carregamento no instante de carga leve (carregamento abaixo do ajuste da
função 32) , os valores de tensão e freqüência no barramento desse
Autoprodutor poderão não sensibilizar os seus relés de tensão e freqüência
(funções 27, 59 e 81), acarretando um ilhamento indesejável, permitindo que
parte das cargas da Light fiquem energizadas pelo Autoprodutor. Tal situação
poderá ocorrer durante uma simples operação de manobra no sistema primário
de distribuição, através do desligamento inicial do disjuntor de interligação
localizado na subestação da Light, ou ainda, quando da ocorrência de um
black-out.

A Light estaria, nesses casos, impedida de restabelecer prontamente o seu


sistema, tanto por religamento automático quanto manual, retardando o
restabelecimento de outras cargas prioritárias (hospitais, controle de tráfego
etc.), além de submeter os seus funcionários de rede a riscos de acidentes
elétricos.

Portanto, somente após avaliação com análise de fluxo de potência no circuito


em questão, a Light poderá concluir ou não pela necessidade da utilização de
um dispositivo de transferência de disparo, como opção técnica para garantir a
imediata abertura do disjuntor de acoplamento do Autoprodutor, quando da
abertura do citado disjuntor do alimentador de interligação.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 23/28


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Utilização EXTERNA

Essa opção técnica dependerá também dos meios de comunicação


disponíveis, que possam oferecer condições de operacionalidade seguras.

5.8 – Exigência de operador

Na ausência de Normas Brasileiras relativas ao objeto desta Informação


Técnica, as diretrizes estabelecidas pelo antigo CODI (Comitê de Distribuição),
atualmente sob a responsabilidade da ABRADEE, valem como critérios e
procedimentos a serem seguidos pelas concessionárias brasileiras de energia
elétrica. O documento técnico CODI-2.2.15.09.0 de 20/01/92, estabelece em
seu item 8.2 a necessidade de um operador para diversas funções, a fim de
atender as atividades do paralelismo elétrico com Autoprodutores.

A Light entende que os atuais sistemas automáticos de supervisão e controle


disponíveis no mercado, possam oferecer os recursos necessários ao
atendimento das determinações do CODI, no que se refere a possibilidade de
substituição de um operador em regime integral, durante o período de paralelo
permanente com o sistema elétrico da Light.

Portanto, somente após uma avaliação de operacionalidade do sistema


apresentado pelo Autoprodutor, incluindo as condições de supervisão e
controle, a Light poderá se posicionar pela permanência ou não de um
operador em regime integral, durante o paralelismo do Autoprodutor com o
sistema da Light.

5.9 – Medição de qualidade

Quando da existência de Autoprodutores interligados ao sistema elétrico da


Light em regime de paralelo permanente, a medição da qualidade é de
extrema importância, tanto no que se refere a finalidade de balizar questões
ligadas a segurança de terceiros, quanto em relação a verificação dos níveis
de qualidade estabelecidos (tensão, freqüência, distorções harmônicas,
interrupções do fornecimento etc.).

Autoprodutores, mesmo sem interesse na venda de energia ao mercado, mas


interessados em se manter em paralelo permanente com a rede da Light, seja
para gerar a energia necessária em atendimento às exigências de metas de
consumo estabelecidas pelo Governo Brasileiro em tempo de racionamento,
seja para se manter escorados nos níveis de tensão e freqüência da Light a fim
de atender cargas prioritárias em regime de emergência, estão sujeitos a
provocar perturbações no sistema elétrico em que estejam interligados, ou por
questões de estabilidade ou simples falha no seu grupos geradores, podendo
assim interferir nos índices de qualidade acordados.

Outra questão de expressiva importância, é o envolvimento de riscos de


acidentes elétricos com terceiros, além de possíveis prejuízos materiais,
quando da eventual ocorrência de falha monofásica na rede da Light. Por
exemplo, quando do abalroamento de postes em acidentes automobilísticos,
onde mesmo a Light, promovendo o imediato desligamento de seu disjuntor

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 24/28


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Utilização EXTERNA

através de suas proteções próprias, a rede se mantenha energizada pelo grupo


gerador do Autoprodutor. Esse fato poderá ocorrer por falta de manutenção,
falha no sistema de proteção do Autoprodutor, operação indevida etc.

Dessa forma, para a verificação das responsabilidades por qualquer dos


eventos citados, o monitoramento contínuo no ponto de interligação do
paralelo do grupo gerador do Autoprodutor com a rede da Light, se mostra
como a melhor opção técnica disponível, independentemente da potência
envolvida na autoprodução.

6 – Rotina Para Solicitação de Paralelismo

As informações relativas a rotina de encaminhamento do processo de


solicitação de paralelismo para clientes interessados em autoprodução de
energia elétrica, com ou sem a intenção de venda de energia excedente ao
mercado, serão fornecidas pela Gerência Comercial competente, que também
fará a entrega desta Informação Técnica.

7 – Inspeções e Testes de Comissionamento

A aprovação final do Autoprodutor para se interligar ao sistema elétrico da


Light, dependerá da realização de inspeção e testes de comissionamento,
mesmo estando toda a documentação, inicialmente apresentada para análise
da Light, de acordo com as condições estabelecidas nesta Informação Técnica.

7.1 – A execução física do sistema deverá obedecer fielmente ao projeto


analisado, sendo a instalação recusada caso ocorra discrepância.

7.2 – O Autoprodutor deverá apresentar os laudos de aferição, calibração e


ensaios das proteções e demais comandos do sistema de paralelismo, antes
da liberação do referido sistema, para comparar os resultados obtidos com os
valores de ajustes aprovados.

7.3 – Deverão ser verificados e testados os intertravamentos entre o disjuntor


de acoplamento e os demais disjuntores envolvidos no sistema de paralelismo,
visando constatar a impossibilidade de fechamento desses disjuntores estando
os disjuntores de acoplamento e o do gerador fechados.

7.4 – Deverão ser realizadas operações de entrada e saída do paralelismo para


certificar-se do bom desempenho do sistema.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 25/28


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Utilização EXTERNA

7.5 – Deverão ser realizados testes de exportação de energia para verificar o


valor de operação do relé de reversão de potência (função 32), bem como
testes funcionais de atuação das proteções funções 67, 59G e 27, sobre o
disjuntor de acoplamento, de forma a comprovar a efetividade da proteção.

7.6 – Deverá ser avaliada a qualidade da energia produzida pelo Autoprodutor,


a partir da análise dos resultados obtidos dos equipamentos de medição de
qualidade com instalação fixa no local, conforme item 4.5.5 desta Informação
Técnica, bem como, se necessário, a partir de medições temporárias
realizadas através de equipamentos móveis instalados pela Light.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 26/28


I.T. DAP- 01/04
Utilização EXTERNA

ANEXO A - MT

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 27/28


I.T. DAP- 01/04
Utilização EXTERNA

ANEXO B – MT

RELAÇÃO DAS FUNÇÕES DE PROTEÇÃO MÍNIMAS EXIGIDAS

RELÉ DESCRIÇÃO FINALIDADE

Relé de sobrecorrente de Desliga o disjuntor de entrada


50/51 fases, tempo inverso, com (DE) para faltas entre fases nas
elemento instantâneo. instalações do Autoprodutor.

Relé de sobrecorrente de Desliga o disjuntor de entrada


50/51N
neutro, tempo inverso, com (DE) para faltas à terra nas
elemento instantâneo. instalações do Autoprodutor.

Relé de sobrecorrente Desliga o disjuntor de


direcional de fases, tempo acoplamento (DA) para faltas
67
inverso. entre fases no circuito de
interligação do Autoprodutor.

Relé de sobretensão Desliga o disjuntor de


59G
residual temporizado. acoplamento (DA) para faltas à
terra no circuito de interligação
do Autoprodutor.

Relé de subtensão de fases Desliga o disjuntor de


27 temporizado. acoplamento (DA) quando
houver subtensão em uma ou
mais fases do sistema.

Relé de sobretensão de Desliga o disjuntor de


59
fases temporizado. acoplamento (DA) quando
houver sobretensão em uma ou
mais fases do sistema.

Relé de freqüência com Desliga o disjuntor de


81O/U ajustes independentes de acoplamento (DA) quando
subfreqüência e houver variação de freqüência
sobrefreqüência. no sistema.

Relé direcional de potência Desliga o disjuntor de


de fases temporizado. acoplamento (DA) quando o
32 Autoprodutor exportar potência
superior ao limite estabelecido.

Relé de verificação de Permite o fechamento do


25
sincronismo. disjuntor de acoplamento
quando existir sincronismo.

Interligação de Autoprodutores de Energia Elétrica ao Sistema da Light. 28/28

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