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Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente, Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens.
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a Exemplo:
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
resses entre as personagens. que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
nos sombrios por vir”.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- Exemplo:
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
cionados ao principal. no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- (José Lins do Rego)
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve- TEXTO DESCRITIVO
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
narrativo.
Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, unificada.
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa-
to que aconteceu depois. Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo pouco.
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
espírito. transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri- que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-
zado por : vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon- personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos,
tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa. pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra- to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
tiva que é feito em 1a pessoa. cial e econômico .
- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per- observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
Língua Portuguesa 2 A Opção Certa Para a Sua Realização
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para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo
partes mais típicas desse todo. intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento
Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos do ponto de vista de algo/alguém.
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e
típicos. desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e
Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio. deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de
Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se-
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas.
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti-
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for-
mação textual.
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.
com clareza, coerência e objetividade.
Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos
com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica-
do o contexto. ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua-
são).
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :
Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o
jetiva da definição do ponto de vista do autor. propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As
Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo- relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias dão tornem esta produção altamente evocativa.
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um
sencadeia a conclusão. texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a
Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu-
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife-
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a
e opinião. junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,
a obra ou ação que realmente se praticou. bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente auto-explicativo,
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou daí vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so- uma relação interdiscursiva e intertextual.
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido.
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou As metáforas, metomínias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en-
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje- tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa-
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito
respeito de algo. utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é
que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da
O TEXTO ARGUMENTATIVO oposição, tudo isto em forma de piada.
Baseado em Adilson Citelli
A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte- Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir
rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito,
discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou
ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e
referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível,
tipo de texto solicitado. capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação...
Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo”
Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário São Paulo SP, Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.
que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de
um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua TIPOLOGIA TEXTUAL
análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do
conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi- A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles
va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir, verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia
ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os
análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é interlocutores.
soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo
Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresen- Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semân-
tam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam, tica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido
com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama das palavras.
argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábu-
da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer los a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é,
o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem
artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao
para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, con- termo polissêmico nesse contexto.
cessivas e condicionais.
A Definição
Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura
ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que
circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci-
Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração
estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir
do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das através de um processo de sinonímia.
entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito.
Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por
Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas
mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do
texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence,
aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que
cenas e opiniões como positivas ou negativas. nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.
A Reportagem Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores
mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se
É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou
para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente
figura-chave para o conhecimento deste tópico. antes de terminar o inverno.
A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a pu- Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La
blicação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou
atenção dos leitores. introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus
A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, reali- traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações
zada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem-
perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs-
divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador. tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do
Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi-
A Entrevista ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-
Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente medi- te antes de terminar o inverno".
ante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido As definições contêm, também, informações complementares relacio-
com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade, nadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se
uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo
detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve ("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc.
somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mu-
dança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com Essas informações complementares contêm frequentemente
os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário:
podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc.
sobre as declarações do entrevistado. O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias bási-
Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessa- cas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos
riamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipogra-
conversação possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas fias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologi-
destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas as, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco median-
derivados. te barras paralelas e /ou números.
Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma
uma garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer
continuar em exercício; adiar o término de.
8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a O poder público deveria definir, de preferência em negociação com as
palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos categorias que costumam realizar protestos na capital, horários e locais
que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos. vedados às passeatas. Práticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os essenciais para o tráfego na capital nos horários de maior fluxo, deveriam
elementos sublinhados, na ordem dada, por: ser abolidas.
(A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam (Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado)
(B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na
(C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe 11. De acordo com o texto, é correto afirmar que
(D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam (A) a Companhia de Engenharia de Tráfego não sabe mensurar o custo
(E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam dos protestos ocorridos nos últimos anos.
(B) os prejuízos da ordem de R$ 3 milhões em razão dos engarrafamen-
9. Está clara e correta a redação da seguinte frase: tos já foram pagos pelos manifestantes.
(A) Caso não se determine bem o sentido da palavra progresso, pois que (C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrática e
é usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessário que são permitidos pela Carta de 1988.
reflitamos sobre seu verdadeiro sentido. (D) após a multa, os líderes de sindicato resolveram organizar protestos
(B) Ao dizer o poeta que seu coração não é maior do que o mundo, de rua em horários e locais predeterminados.
devemos nos inspirar para que se estabeleça entre este e o nosso (E) o Ministério Público envia com frequência estudos sobre os custos
coração os compromissos que se reflitam numa vida melhor. das manifestações feitas de forma abusiva.
(C) Nada é desprezível no espaço do mundo, que não mereça nossa
atenção quanto ao fato de que sejamos responsáveis por sua melho- 12. No primeiro parágrafo, afirma-se que não há fórmula perfeita para
ria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja. solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuízos causados ao
(D)) Todo desenvolvimento definido como sustentável exige, para fazer restante da população. A saída estaria principalmente na
jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para (A) sensatez.
que não venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros. (B) Carta de 1998.
(E) Tem muita ciência que, se saísse das limitações acadêmicas, acaba- (C) Justiça.
riam por se revelarem mais úteis e mais populares, em vista da Eco- (D) Companhia de Engenharia de Tráfego.
logia, cujas consequências se sente mesmo no âmbito da vida práti- (E) na adoção de medidas amplas e profundas.
ca. 13. De acordo com o segundo parágrafo do texto, os protestos que
10. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:
39. Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento subli- 43. Atente para as afirmações abaixo.
nhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parên- I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se
teses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso: preocupa com os padrões morais de conduta.
(A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão) II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o ho-
(B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate) mem moral acaba por impô-lo à conduta alheia.
(C) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situa- III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os
ção. (provisório) padrões de conduta que ele cobra dos outros.
(D) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda)
(E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (concessi- Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em
vo) (A) I.
(B) II.
40. As normas de concordância estão plenamente observadas na frase: (C) III.
(A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em torno de três (D) I e II.
acepções de Ética. (E) II e III.
(B) As referências que se faz à natureza da ética consideram-na, com
muita frequência, associada aos valores morais. 44. No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu
(C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as leis deixariam um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator
de ter a dignidade humana como balizamento. determinante para que
(D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o efetivo valor (A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos
de que se impregna a conduta dos indivíduos. padrões morais para avaliar sua conduta.
(E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam as circunstân- (B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem
cias, atentar para a observância dos valores éticos. moral e o homem moralizador.
(C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracte-
41. Está clara, correta e coerente a redação do seguinte comentário
Língua Portuguesa 13 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
rizar um homem moralizador. cionários da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O trânsito é
(D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de um liberado, os carros atravancam a rua e, não fosse o persistente cheiro de
homem moral e o de um moralizador. peixe, a ninguém ocorreria que ali houve uma feira, frequentada por tão
(E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas atitu- diversas espécies de seres humanos. (Joel Rubinato, inédito)
des tomadas pelo homem moral.
49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos
45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplifi- refugos e não admitem ser acusados de egoístas, o narrador do texto
car uma sociedade na qual (A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes.
(A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos. (B) revela uma perspectiva crítica diante da atitude de certos feirantes.
(B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos. (C) demonstra não reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta.
(C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral (D) assume-se como um cronista a quem não cabe emitir julgamentos.
comum. (E) insinua sua indignação contra o lucro excessivo dos feirantes.
(D) a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra moral.
(E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis. 50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um
segmento do texto em:
46. Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes, (A) serviu de chamariz
o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido em: (B) alguma suspeita sardinha
(A) significativos desdobramentos dela. (C) teimoso aproveitamento
(B) determinados antecedentes dela. (D) o princípio mesmo do comércio comercial.
(C) reconhecidos fatores que a causam. (E) Agem para salvaguardar
(D) consequentes aspectos que a relativizam.
(E) valores comuns que ela propicia. 51. Atente para as afirmações abaixo.
I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um
47. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na cação que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram, no
frase: primeiro parágrafo.
(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já II. O emprego de alegam, no segundo parágrafo, deixa entrever que o
não podia ser considerado um hipócrita. autor não compactua com a justificativa dos feirantes.
(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores III. No último parágrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a supera-
morais que eles imporão aos outros. ção de tudo o que determina a existência de diversas espécies de
(C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servis- seres humanos.
se de controle dos demais cidadãos. Em relação ao texto, é correto o que se afirmar APENAS em
(D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracteri- (A) I. (B) II.
zava-se um ato típico do moralizador. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.
(E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões
morais que eles próprios não respeitam. 52. Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de cons-
trução do texto: no contexto do
48. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na (A) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a
frase: expressão verbal querem pagar.
(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não cos- (B) primeiro parágrafo, a expressão fregueses compradores faz suben-
tuma acusar em si mesmo. tender a existência de “fregueses” que não compram nada.
(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral (C) segundo parágrafo, a expressão de qualquer modo está empregada
ele não costuma impingir na dos outros. com o sentido de de toda maneira.
(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos (D) segundo parágrafo, a expressão para salvaguardar está empregada
em que ele acusa seus semelhantes. com o sentido de a fim de resguardar.
(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não (E) terceiro parágrafo, a expressão não fosse tem sentido equivalente ao
abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas. de mesmo não sendo.
(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de
cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é 53. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para
capaz. preencher de modo correto a lacuna da frase:
(A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, não ...... (deixar) de
Atenção: As questões de números 49 a 54 referem-se ao texto abaixo. as recolher quem não pode pagar pelas boas e bonitas.
(B) ......-se (dever) aos ruidosos funcionários da limpeza pública a provi-
FIM DE FEIRA dência que fará esquecer que ali funcionou uma feira.
Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam (C) Não ...... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as
a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou sobras de seus produtos, a observação do autor sobre o egoísmo
mesmo nada, pelo que ameaça estragar. Chegam com suas sacolas cheias humano.
de esperança. Alguns não perdem tempo e passam a recolher o que está (D) A pouca gente ...... (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da
pelo chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas, a coleta, a que o narrador deu ênfase em seu texto.
metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os fregueses compra- (E) Não ...... (caber) aos leitores, por força do texto, criticar o lucro
dores. Há uns que se aventuram até mesmo nas cercanias da barraca de razoável de alguns feirantes, mas sim, a inaceitável impiedade de ou-
pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, tros.
ou uma ponta de cação obviamente desprezada.
54. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase:
Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o (A) Fica-se indignado com os feirantes, que não compreendem a carên-
que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora. cia dos mais pobres.
(B) No texto, ocorre uma descrição o mais fiel possível da tradicional
Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refu-
coleta de um fim de feira.
gos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados. Agem para
(C) A todo momento, dá-se o triste espetáculo de pobreza centralizado
salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio mesmo do comércio.
nessa narrativa.
Parecem temer que a fome seja debelada sem que alguém pague por isso.
(D) Certamente, o leitor não deixará de observar a preocupação do autor
E não admitem ser acusados de egoístas: somos comerciantes, não assis-
em distinguir os diferentes caracteres humanos.
tentes sociais, alegam.
(E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrerá também a humil-
Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da limpeza e os fun- de coleta de que trata a crônica.
2. Antônimas - quando têm significação oposta: triste e alegre, bondade PONTO DE EXCLAMAÇÃO
e maldade, riqueza e pobreza. É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas.
Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
3. Homônimas - quando são escritas ou pronunciadas de modo idêntico Ó jovens! Lutemos!
mas são diferentes quanto ao significado.
Os homônimos podem ser:
a) perfeitos - quando possuem a mesma grafia (homógrafos) e a VÍRGULA
mesma pronúncia (homófonos): A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau-
cura (padre) - cura (do v. curar) sa na fala. Emprega-se a vírgula:
verão (estação) - verão (verbo ver) • Nas datas e nos endereços:
são (sadio) - são (verbo ser) São Paulo, 17 de setembro de 1989.
b) imperfeitos - quando têm a mesma grafia mas pronúncia diferente Largo do Paissandu, 128.
(homógrafos) ou a mesma pronúncia mas grafia diferente (homó- • No vocativo e no aposto:
fonos). Exemplos: selo (substantivo) - selo (verbo selar) / ele (pro- Meninos, prestem atenção!
nome) - ele (letra) Termópilas, o meu amigo, é escritor.
• Nos termos independentes entre si:
4. Parônimas - quando se assemelham na forma mas têm significados O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
diferentes.
Exemplos: descriminar (inocentar) - discriminar (distinguir) / discente • Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste
(relativo a alunos) - docente (relativo a professores) caso é usado o duplo emprego da vírgula:
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa-
droeira.
15. CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO. • Após alguns adjuntos adverbiais:
No dia seguinte, viajamos para o litoral.
A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original. • Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego
da vírgula:
A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
interpretações. • Após a primeira parte de um provérbio.
O que os olhos não veem, o coração não sente.
Observe os exemplos:
Denotação • Em alguns casos de termos oclusos:
As estrelas do céu. Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.
Vesti-me de verde.
O fogo do isqueiro. RETICÊNCIAS
• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Conotação Não me disseste que era teu pai que ...
As estrelas do cinema.
O jardim vestiu-se de flores. • Para realçar uma palavra ou expressão.
O fogo da paixão. Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...
SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO • Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...
figurado:
Construí um muro de pedra - sentido próprio PONTO E VÍRGULA
• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém
Maria tem um coração de pedra – sentido figurado. alguma simetria entre si.
A água pingava lentamente – sentido próprio. "Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe-
cido, guardando consigo a ponta farpada. "
DOIS PONTOS • Quando se intercala num texto uma idéia ou indicação acessória:
• Enunciar a fala dos personagens: "E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de
Ele retrucou: Não vês por onde pisas? fome."
(C. Lispector)
• Para indicar uma citação alheia:
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de • Para isolar orações intercaladas:
passageiros do vôo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar- "Estou certo que eu (se lhe ponho
que". Minha mão na testa alçada)
Sou eu para ela."
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri- (M. Bandeira)
or:
Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente. COLCHETES [ ]
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.
• Enumeração após os apostos:
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido. ASTERISCO
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para
TRAVESSÃO alguma nota (observação).
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar
palavras ou frases BARRA
– "Quais são os símbolos da pátria? A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas
– Que pátria? abreviaturas.
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos).
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra
vez.
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma 6. CRASE
coisa". (M. Palmério).
• Usa-se para separar orações do tipo: Crase é a fusão da preposição A com outro A.
– Avante!- Gritou o general. Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.
EMPREGO DA CRASE
• em locuções adverbiais:
Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam
à vezes, às pressas, à toa...
uma cadeia de frase:
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
• em locuções prepositivas:
em frente à, à procura de...
• A ponte Rio – Niterói.
• em locuções conjuntivas:
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.
à medida que, à proporção que...
• Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo. c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro-
Voltou à terra onde nascera. priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi-
Chegamos à terra dos nossos ancestrais. que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con-
Mas: creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta,
Os marinheiros vieram a terra. fada, bruxa, saci.
O comandante desceu a terra.
d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo,
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente: pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão,
Vou até a (á ) chácara. portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres:
Cheguei até a(à) muralha trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje-
• A QUE - À QUE tivos
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino trabalhar - trabalho
ocorrerá crase: correr - corrida
Houve um palpite anterior ao que você deu. alto - altura
Houve uma sugestão anterior à que você deu. belo - beleza
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não
ocorrerá crase. FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Não gostei do filme a que você se referia. a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua
Não gostei da peça a que você se referia. portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:
A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro.
de:
Meu palpite é igual ao de todos c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,
Minha opinião é igual à de todos. tempo, sol.
NÃO OCORRE CRASE d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-
• antes de nomes masculinos: colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.
Andei a pé.
Andamos a cavalo. COLETIVOS
Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
• antes de verbos:
Ela começa a chorar. de seres da mesma espécie.
Cheguei a escrever um poema.
Veja alguns coletivos que merecem destaque:
• em expressões formadas por palavras repetidas: alavão - de ovelhas leiteiras
Estamos cara a cara. alcateia - de lobos
álbum - de fotografias, de selos
• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona:
antologia - de trechos literários escolhidos
Dirigiu-se a V. Sa com aspereza. armada - de navios de guerra
Escrevi a Vossa Excelência. armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
Dirigiu-se gentilmente à senhora.
arquipélago - de ilhas
• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: assembleia - de parlamentares, de membros de associações
Não falo a pessoas estranhas. atilho - de espigas de milho
Jamais vamos a festas. atlas - de cartas geográficas, de mapas
banca - de examinadores
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios
bando - de aves, de pessoal em geral
7. PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO cabido - de cônegos
E COLOCAÇÃO. 8. MORFOSSINTAXE: CLASSES DE cacho - de uvas, de bananas
PALAVRAS: ESTRUTURA, FORMAÇÃO, FLEXÃO E EM- cáfila - de camelos
PREGO NO CONTEXTO DA ENUNCIAÇÃO. cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves
cancioneiro - de poemas, de canções
caravana - de viajantes
SUBSTANTIVOS cardume - de peixes
clero - de sacerdotes
Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no-
colmeia - de abelhas
me aos seres em geral.
concílio - de bispos
Língua Portuguesa 17 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa 2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que
congregação - de professores, de religiosos designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-
congresso - de parlamentares, de cientistas go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a
conselho - de ministros estudante, este dentista.
consistório - de cardeais sob a presidência do papa
constelação - de estrelas 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam
corja - de vadios pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar-
elenco - de artistas tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn-
enxame - de abelhas juge, a pessoa, a criatura.
enxoval - de roupas Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
esquadra - de navios de guerra uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.
esquadrilha - de aviões AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
falange - de soldados, de anjos São masculinos São femininos
o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme
farândola - de maltrapilhos o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
fato - de cabras o teorema o ágape a análise a usucapião
fauna - de animais de uma região o trema o caudal a cal a bacanal
feixe - de lenha, de raios luminosos o edema o champanha a cataplasma a líbido
o eclipse o alvará a dinamite a sentinela
flora - de vegetais de uma região o lança-perfume o formicida a comichão a hélice
frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus o fibroma o guaraná a aguardente
girândola - de fogos de artifício o estratagema o plasma
o proclama o clã
horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
junta - de bois, médicos, de examinadores
Mudança de Gênero com mudança de sentido
júri - de jurados
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
legião - de anjos, de soldados, de demônios
Veja alguns exemplos:
malta - de desordeiros o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo)
manada - de bois, de elefantes o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal)
matilha - de cães de caça o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora)
ninhada - de pintos o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão)
nuvem - de gafanhotos, de fumaça o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
panapaná - de borboletas o lente (o professor) a lente (vidro de aumento)
pelotão - de soldados
penca - de bananas, de chaves Plural dos Nomes Simples
pinacoteca - de pinturas 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa,
plantel - de animais de raça, de atletas casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
quadrilha - de ladrões, de bandidos 2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em:
ramalhete - de flores a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,
réstia - de alhos, de cebolas corações; grandalhão, grandalhões.
récua - de animais de carga b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,
romanceiro - de poesias populares guardiães.
resma - de papel c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,
revoada - de pássaros cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.
súcia - de pessoas desonestas Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
vara - de porcos de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
vocabulário - de palavras ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
Podemos classificar os substantivos em: 5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-
a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis.
para o masculino, outra para o feminino: Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.
aluno/aluna homem/mulher
menino /menina carneiro/ovelha 6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
fósseis; réptil, répteis.
Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-
pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo: ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.
padrinho/madrinha bode/cabra
cavaleiro/amazona pai/mãe 7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o
pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni-
b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses;
forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases.
em: São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os
1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix,
animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca. os ônix.
Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve-
mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê- 8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-
mea tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri-
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex- 2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
tensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. pronomes retos:
• Esta casa é antiga. (esta) Convidei ELE (errado)
• Meu livro é antigo. (meu) Chamaram NÓS (errado)
Convidei-o. (certo)
Classificação dos Pronomes Chamaram-NOS. (certo)
Há, em Português, seis espécies de pronomes:
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-
de tratamento: ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; reto seu emprego como complemento:
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; Informaram a ELE os reais motivos.
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde; Emprestaram a NÓS os livros.
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá- Eles gostam muito de NÓS.
rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou-
trem, nada, cada, algo. 4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in- errado seu emprego como complemento:
terrogativas. Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)
PRONOMES PESSOAIS
Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis- Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de
curso: preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas
1ª pessoa: quem fala, o emissor. MIM e TI:
Eu sai (eu) Ninguém irá sem EU. (errado)
Nós saímos (nós) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado)
Convidaram-me (me) Ninguém irá sem MIM. (certo)
Convidaram-nos (nós) Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)
2ª pessoa: com quem se fala, o receptor.
Tu saíste (tu) Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e
Vós saístes (vós) TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam
Convidaram-te (te) como sujeito de um verbo no infinitivo.
Convidaram-vos (vós) Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)
Ele saiu (ele)
Eles sairam (eles) Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-
Convidei-o (o) gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de
Convidei-os (os) sujeito.
3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro-
Em se animando, começa a contagiar-nos. nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância.
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse. Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as
suas mãos).
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja Não me respeitava a adolescência.
pausa entre eles. A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.
Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:
Mesóclise 1. Cálculo aproximado, estimativa:
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam
precedidos de palavras que reclamem a próclise. 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. O nosso homem não se deu por vencido.
Dir-se-ia vir do oco da terra. Chama-se Falcão o meu homem
2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico PRONOMES DEMONSTRATIVOS
ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
"Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des- coisa designada em relação à pessoa gramatical.
cartes ."
Tenho-me levantado cedo. Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto
Não me tenho levantado cedo. de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está
longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o
O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o livro está longe de ambas as pessoas.
auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta.
Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da Os pronomes demonstrativos são estes:
colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua- ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa
gem escrita. ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa
AQUELE (e variações), próprio (e variações)
MESMO (e variações), próprio (e variações)
PRONOMES POSSESSIVOS SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu-
indo-lhes a posse de alguma coisa. Emprego dos Demonstrativos
1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se:
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que
livro pertence a 1ª pessoa (eu) fala).
Este documento que tenho nas mãos não é meu.
Eis as formas dos pronomes possessivos: Isto que carregamos pesa 5 kg.
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS.
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente:
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Este coração não pode me trair.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. Esta alma não traz pecados.
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. Tudo se fez por este país..
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju- O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
gação. ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª
verbo ser: sou - fui pessoa do singular:
verbo ir: vou - ia Vai haver eleições em outubro.
Começou a haver reclamações.
QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO Não pode haver umas sem as outras.
1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou Parecia haver mais curiosos do que interessados.
explícito. Quase todos os verbos são pessoais. Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
O Nino apareceu na porta. A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser
construída de três modos:
2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci- Hajam vista os livros desse autor.
to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais: Haja vista os livros desse autor.
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, Haja vista aos livros desse autor.
etc.
Garoava na madrugada roxa. CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: sentido da frase.
Houve um espetáculo ontem. Exemplo:
Há alunos na sala. Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
claros.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-
Fazia dois anos que eu estava casado. vando o mesmo tempo.
Faz muito frio nesta região?
Outros exemplos:
Os calores intensos provocam as chuvas.
Língua Portuguesa 26 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As chuvas são provocadas pelos calores intensos. Talvez eles estudem... não sei.
Eu o acompanharei. - um desejo, uma vontade:
Ele será acompanhado por mim. Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores.
Todos te louvariam.
Serias louvado por todos. b) Pretérito Imperfeito
Prejudicaram-me. Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma
Fui prejudicado. hipótese, uma condição.
Condenar-te-iam. Se eu estudasse, a história seria outra.
Serias condenado. Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo.
MOSCAR
f) Futuro do Pretérito Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam
Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar: Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus-
- um fato futuro, em relação a outro fato passado. quem
- Eu jogaria se não tivesse chovido. Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U
- um fato futuro, mas duvidoso, incerto.
- Seria realmente agradável ter de sair? RESFOLEGAR
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais,
resfolgam
vezes, ironia.
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis,
- Daria para fazer silêncio?! resfolguem
Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece
Modo Subjuntivo
a) Presente NOMEAR
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam
- um fato presente, mas duvidoso, incerto. Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis,
nomeavam
CRER REQUERER
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam requereram
Conjugam-se como crer, ler e descrer Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos,
requerereis, requereram
DIZER Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem requererão
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere-
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, ríeis, requereriam
disseram Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam requeiram
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, requerêsseis, requeressem,
dissesse Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem requerem
Particípio dito Gerúndio requerendo Particípio requerido
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
FAZER REAVER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram ram
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvé-
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam reis, reouveram
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvésse-
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam mos, reouvésseis, reouvessem
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
fizessem reouverem
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer ta a letra v
PERDER SABER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,
soubéreis, souberam
PODER Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam soubessem
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis,
puderam VALER
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
pudessem Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversa- 7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que).
tivo: Afastou-se depressa para que não o víssemos.
Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam. Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse.
"Quis dizer mais alguma coisa a não pôde." Fiz-lhe sinal que se calasse.
(Jorge Amado)
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto
Conjunções subordinativas mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan-
As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que À medida que se vive, mais se aprende.
traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo). Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
Abrangem as seguintes classes: Os soldados respondiam, à medida que eram chamados.
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já Observação:
que, uma vez que, desde que. São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa: que e na medida em que. A forma correta é à medida que:
efeito). "À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem."
Como estivesse de luto, não nos recebeu. (Maria José de Queirós)
Desde que é impossível, não insistirei.
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre
2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que,
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto) etc.
quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que Venha quando você quiser.
(= como). Não fale enquanto come.
Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento. Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra.
O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa. Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
"Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias." Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia.
(Paulo Mendes Campos) "Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval-
"Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa." cânti)
(Antônio Olavo Pereira)
"E pia tal a qual a caça procurada." 10) Integrantes: que, se.
(Amadeu de Queirós) Sabemos que a vida é breve.
"Por que ficou me olhando assim feito boba?" Veja se falta alguma coisa.
(Carlos Drummond de Andrade)
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas. Observação:
Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero. Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o
Os governantes realizam menos do que prometem. chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB,
porém, não consigna esta espécie de conjunção.
3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que,
menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc.
(= embora não).
Célia vestia-se bem, embora fosse pobre. Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por-
A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer. tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex-
Beba, nem que seja um pouco. to. Assim, a conjunção que pode ser:
Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo. 1) Aditiva (= e):
Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse. Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai.
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas A nós que não a eles, compete fazê-lo.
afirmações.
Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite. 2) Explicativa (= pois, porque):
Apressemo-nos, que chove.
4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que 3) Integrante:
(= se não), a não ser que, a menos que, dado que. Diga-lhe que não irei.
Ficaremos sentidos, se você não vier.
Comprarei o quadro, desde que não seja caro. 4) Consecutiva:
Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo. Tanto se esforçou que conseguiu vencer.
"Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos Não vão a uma festa que não voltem cansados.
que os mosquitos se opusessem." Onde estavas, que não te vi?
(Ferreira de Castro) 5) Comparativa (= do que, como):
5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não A luz é mais veloz que o som.
são como (ou conforme) dizem. Ficou vermelho que nem brasa.
4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não) 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi-
mo.
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto. 16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas. O amor implica renúncia.
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto COM:
Prefiro Comunicação à Matemática. O professor implicava com os alunos
6. INFORMAR - transitivo direto e indireto. • no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi-
Informei-lhe o problema. ção EM:
Implicou-se na briga e saiu ferido
7. ASSISTIR - morar, residir:
Assisto em Porto Alegre. 17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A:
• amparar, socorrer, objeto direto Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
O médico assistiu o doente. quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
Assistimos a um belo espetáculo.
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
Assiste-lhe o direito. como sujeito:
O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
8. ATENDER - dar atenção pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
Atendi ao pedido do aluno. ficuldade, será objeto indireto.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto Custou-me confiar nele novamente.
Atenderam o freguês com simpatia. Custar-te-á aceitá-la como nora.
a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote, Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movimento” empre-
feixe, etc. ga-se ONDE
c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc. ONDE estão os livros?
Não sei ONDE te encontrar.
d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
árvore que produz o látex). MAU - MAL
MAU é adjetivo (seu antônimo é bom).
e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, en- Escolheu um MAU momento.
chapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafa- Era um MAU aluno.
das com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja,
pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, en- MAL pode ser:
cher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en + a) advérbio de modo (antônimo de bem).
radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar: Ele se comportou MAL.
en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço). Seu argumento está MAL estruturado
b) conjunção temporal (equivale a assim que).
2. Escrevem-se com CH: MAL chegou, saiu
a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre- c) substantivo:
buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal- O MAL não tem remédio,
sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim- Ela foi atacada por um MAL incurável.
bo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-
la, piche, pichar, tchau. CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO
CESSÃO significa o ato de ceder.
b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais.
possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos os
distingue pelo contraste entre o x e o ch. torcedores.
Exemplos:
SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião:
• brocha (pequeno prego)
Assistimos a uma SESSÃO de cinema.
• broxa (pincel para caiação de paredes) Reuniram-se em SESSÃO extraordinária.
• chá (planta para preparo de bebida)
• xá (título do antigo soberano do Irã) SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão:
Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes.
• chalé (casa campestre de estilo suíço) Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos.
• xale (cobertura para os ombros)
• chácara (propriedade rural) HÁ / A
Na indicação de tempo, emprega-se:
• xácara (narrativa popular em versos)
HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz):
• cheque (ordem de pagamento) HÁ dois meses que ele não aparece.
• xeque (jogada do xadrez) Ele chegou da Europa HÁ um ano.
• cocho (vasilha para alimentar animais) A para indicar tempo futuro:
Daqui A dois meses ele aparecerá.
• coxo (capenga, imperfeito) Ela voltará daqui A um ano.
Redação técnica. Há diversos tipos de redação não-literária, como os B. DESENVOLVIMENTO (meio, corpo)
textos de manuais, relatórios administrativos, de experiências, artigos A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvi-
científicos, teses, monografias, cartas comerciais e muitos outros exemplos mento. É nela que o aluno tem a oportunidade de colocar um conteúdo
de redação técnica e científica. razoável, lógico. Se o desenvolvimento da redação é sua parte mais impor-
tante, deverá ocupar o maior número de linhas. Supondo-se uma redação
Embora se deva reger pelos mesmos princípios de objetividade, coe- de trinta linhas, a redação deverá destinar de catorze (14) a dezoito (18)
rência e clareza que pautam qualquer outro tipo de composição, a redação linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma.
técnica apresenta estrutura e estilo próprios, com forte predominância da
linguagem denotativa. Essa distinção é basicamente produzida pelo objeti- DEFEITOS A EVITAR
vo que a redação técnica persegue: o de esclarecer e não o de impressio- Pormenores, divagações, repetições, exemplos excessivos de tal
nar. sorte a não sobrar espaço para a conclusão.
A preparação dos originais também obedece a algumas normas defini- Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não
das pela ABNT e pelo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação coloca uma conclusão: o leitor sentir-se-á perdido, estupefato.
(IBBD) para garantia de uniformidade. Essas normas dizem respeito às
dimensões do papel, ao tamanho das margens, ao número de linhas por DEFEITOS A EVITAR
página e de caracteres ou espaços por linha, à entrelinha e à numeração I. Não finalizar (é o principal defeito)
das páginas, entre outras características. ©Encyclopaedia Britannica do II. Avisar que vai concluir, utilizando expressões como "Em resumo"
Brasil Publicações Ltda. ou "Concluindo"
IDADE MINORIA
Quando for necessário informar, escreva; "Maria do Socorro, de14 Este conceito não é usado apenas por critério quantitativo, mas tam-
anos, esteve ontem..." Quando isso constranger a pessoa, evite. Pessoas bém político. Minorias étnicas, raciais, religiosas, sexuais, políticas, ideoló-
idosas, sobretudo mulheres, às vezes não gostam de revelar suas idades. gicas ou de qualquer outro tipo devem ser tratadas sem preconceitos.
IDENTIFICAÇÃO MORTE
Pessoas devem ser identificadas pelo cargo, função, condição ou pro- Não use falecimento, passamento, trespasse ou outro tipo de eufemis-
fissão. Quando se tratar de servidor municipal, primeiramente pelo cargo. mo. Pessoas, bichos e plantas morrem mesmo.
Aliás, citar o cargo da pessoa é indispensável. E sempre que possível esse
cargo deve anteceder o nome, até porque as pessoas costumam ser notícia MULHERES
em função de suas atividades. Exemplo: "O prefeito de Vitória, Luiz Paulo Trate mulheres que são personagens de notícia da mesma forma que
Vellozo Lucas, esteve ontem..." os homens. Informe profissão, cargo e, quando possível, idade. Na segun-
da menção à pessoa em um mesmo texto, identifique-a pelo sobrenome ou
IMPRENSA então pela designação com a qual ela é mais conhecida.
Imprensa é meio de comunicação escrita. Portanto, usa-se para desig-
nar jornal, revista e outros impressos. Não existe "imprensa escrita" porque NARIZ-DE-CERA
é pleonasmo. Nem "imprensa falada" porque é errado. Quando a designa- Parágrafo introdutório que retarda a entrada no assunto específico do
ção abranger a todos, devemos dizer "meios de comunicação". texto. É sinal de prolixidade incompatível com o jornalismo.
INICIAIS NEGRO
O ideal é evitar abreviar nomes próprios. Quando não houver alternati- Significa raça. As pessoas desta raça jamais devem ser chamadas de
va, não coloque espaço entre as iniciais: (B.J.L.). pretas ou de qualquer outra designação preconceituosa. Preto, por sinal, é
uma cor. Assim como amarelo, vermelho, azul, etc.
INTERTÍTULOS
Devemos usar um por lauda, para tornar mais leve o texto. O ideal é NOMES CIENTÍFICOS
que o primeiro venha logo após o segundo parágrafo. Daí para a frente, um Escreva em itálico, com o gênero em maiúscula e a espécie em minús-
a cada 25/30 linhas. E o intertítulo deve ter uma única palavra. cula. Da seguinte forma: Homo sapiens (espécie humana).
TRATAMENTO DO LEITOR O que estava sobre a cama: o estojo vazio ou a aliança de diamantes?
Sempre no singular: Leia matéria no site da Secretaria de Cultura. Não
devemos escrever "Leiam..." Eliminando a ambiguidade: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de
diamantes a qual estava sobre a cama.
VÁLIDO
Vamos usar apenas no sentido de ter validade ou vigência. Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes o qual estava
sobre a cama.
VELHO
Como isso geralmente significa deteriorado pelo tempo, não vamos Observação: Neste exemplo, pelo fato de os substantivos estojo e
usar para designar pessoa. O ideal é dizer a idade. Não sendo possível, aliança pertencerem a gêneros diferentes, resolveu-se o problema
pode-se usar idoso. E idosas são pessoas com mais de 60 anos. substituindo os substantivos por o qual/a qual. Se pertencessem ao mesmo
VIAS E LOGRADOUROS gênero, haveria necessidade de uma reestruturação diferente.
Escreva sempre com minúsculas: avenida Beira Mar, rua General Osó-
rio. Mas isso não é regra geral. Praia da Costa, Praça do Índio, Bairro da Má Colocação de Pronomes, Termos, Orações ou Frases
Penha, Praia de Camburi e outras formam um nome composto. Tudo Aquela velha senhora encontrou o garotinho em seu quarto.
abrindo com letras maiúsculas. Da mesma forma, Região da Grande São
Pedro cabe na explicação que fala das regiões geográficas. O garotinho estava no quarto dele ou da senhora?
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim tal Os Elementos da Narrativa
estratégia poderá funcionar bem. Os elementos que compõem a narrativa são:
- Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
Argumentação por comprovação - Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
A sustentação da argumentação se dará a partir das informações - Narrador (narrador-personagem, narrador-observador).
apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que o acompanham. - Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de
vista equivocado. Narrador e o Foco Narrativo
Veja: O narrador é elemento fundamental para o sucesso do texto, pois esse
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da é o dono da voz, o que conta os fatos e seu desenvolvimento. Atua como
Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e intermediário entre a ação narrada e o leitor.
07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de 14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
flexão de grau. direto e indireto em:
(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo. (A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran- (B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
te as férias. (C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
(C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos. (D) A conta, deixamo-la para ser revisada.
(D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim. (E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
(E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala- Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas. respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
estatal ciência e tecnologia. (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
(A) à ... sobre o ... do ... para (D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
(B) a ... ao ... do ... para (E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo.
(C) à ... do ... sobre o ... a
(D) à ... ao ... sobre o ... à 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação
(E) a ... do ... sobre o ... à do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração
de nosso Teatro Educativo, por ordem de, Doutor XXX, Digníssimo
09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima
franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex-
eles devem estar aptos comercializar seus produtos. celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve-
(A) ao ... a ... à (B) àquele ... à ... à rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das
(C) àquele...à ... a (D) ao ... à ... à (E) àquele ... a ... a Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se
programar e participar do referido evento.
10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a Atenciosamente,
norma culta. ZZZ
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso Assistente de Gabinete.
trarão grandes benefícios às pesquisas.
(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas são
com o meio ambiente. correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por
(C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol- (A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos
vendo projetos na área médica. (B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos
(D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período 26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,
acima: indicando concessão, é:
I. há, no período, duas orações; (A) para poder trabalhar fora.
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal; (B) como havia programado.
III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; (C) assim que recebeu o prêmio.
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. (D) porque conseguiu um desconto.
Está correto o contido apenas em (E) apesar do preço muito elevado.
(A) II e IV.
(B) III e IV.
27. É importante que todos participem da reunião.
(C) I, II e III.
(D) I, II e IV. O segmento que todos participem da reunião, em relação a
(E) I, III e IV. É importante, é uma oração subordinada
(A) adjetiva com valor restritivo.
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do (B) substantiva com a função de sujeito.
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: (C) substantiva com a função de objeto direto.
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; (D) adverbial com valor condicional.
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura (E) substantiva com a função de predicativo.
pelo Juiz;
III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen- 28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe-
te ao da palavra mas; lecida pelo termo como é de
IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór- (A) comparatividade. (B) adição.
dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar. (C) conformidade. (D) explicação. (E) consequência.
Está correto o contido apenas em
(A) II e IV. (B) III e IV. 29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de
(C) I, II e III. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV. franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão
contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di-
22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais. versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
Ao transformar os dois períodos simples num único período compos- possíveis franqueados.
to, a alternativa correta é: A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e
(A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. (A) digo ... portanto ... mas
(C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. (B) como ... pois ... mas
(D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. (C) ou seja ... embora ... pois
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. (D) ou seja ... mas ... portanto
(E) isto é ... mas ... como
RESPOSTAS _______________________________________________________
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01. D 11. B 21. B
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02. A 12. A 22. A _______________________________________________________
03. C 13. C 23. C _______________________________________________________
04. E 14. E 24. E
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05. A 15. C 25. D
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06. B 16. A 26. E
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07. D 17. B 27. B
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08. E 18. E 28. C
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09. C 19. D 29. D
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10. D 20. A 30. B
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