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Capitulo 6 Usando fontes de informagées SE VOCE CONSEGUE REUNIR INFORMAGOES € relatd-las de maneira precisa e inteligivel, essa habilidade sera altamente valorizada, tanto em uma sala de aula, quanto em um local de trabalho. Mais valiosa ainda é a capacidade de lidar com opi- nides e argumentos contraditérios, avaliar dados de tipos e fon- tes diferentes, aproximar informagées normalmente nfo asso- ciadas e chegar a um ponto de vista original sobre um proble- ma importante. Para fazer isso, vocé precisa aprender a anali- sar suas fontes ndo apenas com precisdo, mas criticamente. 6.1 Usando fontes secundarias Muitos relatérios publicados sao imiteis, até mesmo pre- judiciais, porque os autores substituiram a leitura ponderada, critica, por anotagées feitas as pressas. Eis aqui os dois primei- ros principios do uso de fontes: uma boa fonte vale mais do que uma porgiio de fontes mediocres, ¢ um resumo preciso de uma boa fonte as vezes vale mais do que a propria fonte. Tais principios parecem dbvios, mas avaliar fontes 6 uma arte dificil. Pergunte a qualquer um que tenha sido enganado por vigarices publicadas: “Pensei que era verdade, porque vi publicado na revista Selegdes do Reader's Digest” — 0 triste comentario dos que descobrem tarde demais a facilidade com que “pesquisadores” desonestos ou descuidados podem fazer resultados falsos parecerem plausiveis e conseguir que se- 98 jam publicados. Nove entre dez médicos concordam... Bem, quais médicos? Fo- ram entrevistados? Quan- do e como? Por tras de toda “cura milagrosa” exis- te um “estudo” que “prova” sua superioridade sobre os rivais, mas muitos desses estudos nao suportam um exame mais profundo. A distorgio de uma pesquisa, no entanto, nor- malmente nao € intencio- A ARTE DA PESQUISA Um dos alunos de Booth conseguiu um emprego de vero, @ seu tra- balho consistia em fazer uma “pes- quisa cientifica” para um laboraté tio farmacéutico. Recebeu a incum- béncia de analisar pilhas de ques- fiondrios preenchidos por médicos, pore encontrar nove ou dez que fecomendassem os produtos da em- esa, @ eliminar os restanies. Os falsos arquivos preservades “pro- varam” 0 caso. O estudante demi- tivse, decepcionedo, sendo rap damente substituido, sem divide ne- nhuma, por alguém menos cioso da ética, nal. As fraudes acontecem, mas as pesquisas publica- das nos petiédicos respeitados quase sempre sio feitas por quem nunca falsearia deliberadamente os resultados. Ainda assim, pergunte a quase todos os estudiosos cujos trabalhos foram discutidos pelos outros, e eles lhe dirao que seus traba- Thos, na maioria das vezes, foram considerados imprecisos. As vezes, um relato erréneo acontece porque um pesqui- sador preguigoso confiou em boatos. Depois da palestra de uma pesquisadora proeminente, Colomb ouviu-a confessar que ela nunca lera as obras do autor cujo trabalho acabara de discutir. Booth foi “refutado” por um critico que aparentemen- te lera apenas 0 titulo de um artigo seu, “Os romances devem ser realistas”, ¢ que ndo sabia que, atacando o titulo, estava concordando com 0 argumento de Booth. As vezes, relatérios sao citados erroneamente ou siio mal compreendidos. Um cri. tico citou Williams erroncamente e, entio, pensando que esti- vesse discordando do autor, usou a evidéncia mal citada para discutir a questo originalmente sustentada por cle Muitas distorgSes, no entanto, resultam de convicgdes apaixonadas demais: alguns pesquisadores envolvem-se tanto com seu caso que encontram apoio a ele para onde quer que olhem. Nao deixam suas evidéncias “amadurecer” totalmente, mas vio buscar provas longe demais. E € claro que sempre ha FAZENDO PERGUNTAS, ENCONTRANDO RESPOSTAS 99 asimples falha humana: uma palavra que falta, aspas omitidas ou ignoradas. 6.2 Leia criticamente Como vocé trata as fontes em que talvez nao possa con- fiar e como evita relata-las de maneira errénea? Eis algumas sugestées Uteis para os iniciantes, talvez até mesmo pata pes- quisadores peritos. 6.2.1 Avalie suas fontes 1 — Leve a sério nosso conselho e reduza suas fontes as mais valiosas para sua investigagio. No estagio inicial, isso significa ler rapidamente uma porgao de livros e artigos para identificar quais deles deseja conhecer melhor. E claro que vocé cometera alguns enganos ao praticar essa leitura répida e, em certo sentido, descuidada. E tera de reler tudo cuidado- samente. Mas sé lendo por alto uma porgao de fontes é que vocé podera selecionar algumas que merecem atengdo mais cuidadosa. 2— Ao localizar uma fonte que Ihe pareca decisiva, leia-a inteira. Ao contrario da leitura rapida, agora vocé deve ler len- tamente, para compreender toda a argumentagiio em seu contex- to completo. Uma causa comum de erros é a leitura fragmenta- da, incompleta. Se vocé pretende usar um argumento ou idéia, e especialmente cita-los, leia tudo em torno do assunto e mais qualquer coisa que precise para entender o que espera usar. 3 — Se usar dados primdrios ou uma citagdo que encon- trar em uma fonte secundaria, atribua esse material 4 fonte pri- maria, mas reconhega também a fonte secundaria em que o en- controu. Mais importante ainda, se sua fonte apdia-se significa- tivamente em uma fonte precedente, verifique essa ultima tam- bém. Se nado puder encontrar a fonte citada, muito bem; mas, se puder rastred-la, faga-o. Logo descobrird que nao pode fiar-se 100 A ARTE DA PESQUISA na crenga de que pesquisadores fazem apenas citagdes confia- veis. E preguiga intelectual nao procurar uma citagdo importan- te em seu contexto original, se essa fonte esta disponivel. 6.3 Faca anotacées completas Vocé podera perder facilmente tudo o que conseguiu atra- vés de uma Icitura cuidadosa, se suas anotagées nao refletirem a qualidade de seu pensamento. Muitos acreditam que as melhores anotagdes devem ser feitas em cartées como este: ‘Sharman, Palavras obacenas, p. 153. HISTORIA/ECONOMIA (SEXO?) Diz que as palavras obscenas tornaram-se uma questao econémica no século XVIl|. Cita a revista Gentleman's Magazine, de julho de 1751 (nenhuma referéncia a pagina), sobre uma mulher condenada a dez dias de trabalhos forcados porque nao pode pagar a multa de um xelim por proferir palavras obecenas. “um austero economista praticamente alimentou a idéia de aumentar 0s recursos hacionais, sugerindo uma cruzada con- tra a classe dos obscenos abastados.” (Pode-se pensar em palavras obscenas como questiio eco- némica nos dias atuais? Comediantes tornam-se mais populares quando usam palavras de baixo calc? Os filmes tornam-se mais realistas? HA aqui uma questo de diferencas sexuais? Os ho- mens eram tao multados quanto a6 mulheres, no eéculo XVIII?) GT3080/56 + No alto do cartao, a esquerda, encontram-se o nome do autor, 0 titulo da obra e o numero da pagina. + No alto, a direita, véem-se as palavras-chave que permi- tir ao pesquisador ordenar os cartdes em diferentes categorias. + Entdo, aparecem um resumo da fonte, uma citagao dire- ta e uma reflexao para pesquisa adicional. FAZENDO PERGUNTAS, ENCONTRANDO KESPOSTAS 101 + No canto inferior direito encontra-se o ntimero de regis- tro do livro na biblioteca, Esse método estimula apontamentos sistematicos, mas nds trés, os autores, confessamos que raramente usamos tais car- t6es. Costumamos fazer nossas anotagdes num bloco pautado ou num computador, porque o espaco do cartao é pequeno de- mais para tudo 0 que queremos dizer. ‘Também devemos observar que, se misturar no mesmo car- tao resumos, parifrases, citagdes e anotagdes de seus préprios pensamentos, vocé se arriscard a confundi-los, quando redigir © rascunho, E mais seguro transcrever citagées diretas, para- frases e resumos em um cartiio de uma cor, seus proprios pen- samentos em um cartao de outra cor e entao juntar os dois car- tes com um clipe, ou gramped-los. 6.3.1 Obtenka dados bibliogréficos completos Sempre que fizer apontamentos, certifique-se de anotar todas as informagées de que precisa para voltar aos textos que consultou e permitir que seus leitores saibam exatamente onde encontrar essas mesmas informagdes. Aqui vao alguns ele- mentos basicos para isso. Antes de comegar a ler uma obra, anote sodas as suas in- formagées bibliograficas. Podemos prometer que nenhum outro habito sera mais util para vocé, em toda sua carreira. Anote: + nome do autor, * titulo (incluindo subtitulo), + nome do(s) editor(es) + edigio, (se houver), + volume, + local de publicagao, + nome da editora, + data, + caso se trate de informagio encontrada cm antologia ou perid- dico, 0 niimero de todas as paginas. Se vocé tirar cépia da parte de um livro, copie também a pagina de rosto e anote a data de publicaco, que geralmente 102 4 ARTE DA PESQUISA se encontra no verso dessa pagina. Por fim, anote o numero de registro dado pela biblioteca ao livro ou periddico. Vocé nao citard esse numero em seu relatério, mas muitos pesquisado- res poderiam Ihe contar como se sentiram frustrados ao encon- trar em seus apontamentos a citagéo perfeita ou um dado essencial e descobrir que a fonte fora documentada de manei- ra incompleta ou nem mesmo identificada. O ntimero de regis- tro Ihe poupara muito trabalho, caso vocé precise voltar a bi- blioteca para tornar a verificar uma fonte. Se sua fonte vier pela Internet, grave todas as informa- Ges sobre onde e quando a conseguiu, nfo apenas Anos alras, Williams teve de retar- © emitente e a data, mas dar por algum tempo a publicago também a fonte eletronica | de um artigo sobre a estrutura so- um grupo de discussio cial no periodo elisabetano porque ‘ou lista de informagées. nao decumentou inteiramente uma : fonte. Encontrara dades que nin guém até entGo pensara em apli- car co problema que ele estava um banco de dados comer- cial, etc. Muitas fontes ele- trénicas sfio tio publicas | abordando, mas nao péde usGlos P quanto bibliotecas, mas, se | Porque No registrar informagoes vocé quiser citar uma in- completas sobre a fonte. Passou ho- fe a jad: fos pesquisando no biblioteca da formacdo enviada para um | Universidade de Chicago até que, grupo de discussao ou lis- | uma noite, acordou e sentouse na ta de informagées, sera | coma, lembrando que a fonte es bom pedir a permissao do | 10¥2 em outta biblicteco emitente. 6.3.2 Atribua as informagées corretamente Ao fazer anotagdes, vocé deve distinguir de maneira clara um resumo de uma pardfrase e parifrases de citagdes diretas. Nao se esque¢a de colocar as citagdes diretas entre aspas e evi- tar pardjrases literais (veja pp. 218-22). Alguns pesquisado- res tiveram sua carreira arruinada ao publicarem pesquisas que incluiam uma passagem que pensavam resumir 0 que haviam lido, ou mesmo que pensaram ter sido obra sua, quando na ver- dade era uma citagao direta ou uma parafrase muito literal de FAZENDO PERGUNTAS, ENCONTRANDO RESPOSTAS: 103 uma fonte secundaria. Descoberto o fato, eles foram acusados publicamente de plagio. Seu argumento de defesa — disseram que em suas anotagGes haviam omitido inadvertidamente as aspas — pode ter sido verdadeiro, mas isso diminuiu-os aos olhos da comunidade de pesquisa. A melhor maneira de ter certeza de distinguir suas palavras das de uma fonte e de que as citagdes esto corretas ¢ tirar fotocépias das citagdes mais longas. Ano- te sempre os niimeros das paginas, nao apenas de citagdes e dados, mas de qualquer coisa que tenha parafraseado. 6.3.3 Capte o contexto corretamente Para sustentar suas afirmag6es, as fontes elaboram argu- mentos complexos com diversos elementos (discutiremos em detalhes esse assunto na Parte III). A medida que consultar suas fontes para colher material para seus préprios argumen- tos, va analisando os que elas apresentam. 1 1— Ao citar ou resumir uma fonte, tenha cuidado com o contexto. Vocé nao pode 1 inteiramente de fazer citacdes fora do contexto, porque é obviamente impossivel citar o ori- ginal inteiro. Mas, se ler com cuidado, e reler tudo o que for decisivo para as suas proprias conclus6es, seus resumos e cita- Ges sero feitos dentro do contexto que mais importa, aque- le que vocé captou do original. Ao usar uma afirmagao ou ar- gumento, procure a linha de raciocinio que o autor buscava € registre-a: : “Bartoli (p. 123): A guerra foi causada por Z.” “Bartolli (p. 123): A guerra foi causada por X, Y ¢ Z.” : “Bartoli: A guerra foi causada por X, Y e Z (p. 123). Mas a causa mais importante foi Z (p. 123), por trés mo- tivos: Motivo 1 (pp. 124-26); Motive 2 (p. 126); Motivo 3 (pp. 127-28).” As vezes, vocé se preocupara apenas com a conclusio, mas pesquisadores experientes nunca concluem guiados sim- 104 A ARTE DA PESQUISA plesmente pelo consenso geral ~ Quatro de cinco fontes disse- ram X, logo também digo. Os leitores querem saber que con- clusées sao o resultado de argumentos, nao sé de suas fontes, mas especialmente os seus. Ao fazer anotagGes, no registre apenas as conclusdes, mas também os argumentos. principais que as sustentam. Desse modo, vocé estara trabalhando no con- texto de questées relacionadas e debatidas. (Veja a Parte Il.) 2 — Ao registrar as afirmagées feitas por sua fonte, note a importincia retorica relativa dessa afirmagao no original: £ uma opiniao principal? Uma opinido secundaria de apoio? Uma caracterizagio ou concessio? Uma sugestdo que serve de moldura, nao uma parte do argumento principal? Evite este tipo de erro: Original de Jones: “Nao podemos concluir que um evento cause outro apenas porque o segundo segue o primeiro. E a correlagao estatistica nunca é uma prova da relagio de causa ¢ efeito. Mas ninguém que tenha analisado os dados duvida de que fumar seja um fator causador de cancer pulmonar.” Relatorio enganoso sobre Jones: “Jones sustenta a opinido de que ‘nao podemos concluir que um evento cause outre apenas porque o segundo segue o primeiro. E a correlago estatistica nunca é uma prova da relac3o de causa e efeito’. Nao admira que pesquisadores responsveis desconfiem das evidéncias es- tatisticas de riscos 4 satide.” Jones nao sustentou essa opinido de maneira nenhuma. Ele meramente concedeu que uma opiniao que expressou era relativamente trivial, comparada ao que disse na ultima frase, que ven a ser a verdadeira opiniao que queria expressar. Quem quer que cometa um erro desses num relatorio estara violan- do os padrées basicos da verdade. Mas um autor poderia co- meter tal engano inadvertidamente, se suas anotagdes registras- sem apenas as palavras, sem observar seu papel como uma concessio secundat Fique especialmente atento as declaragdes que servem de “moldura”, no principio e no fim de um argumento. Até mes- mo pesquisadores cuidadosos emolduram suas discussdes com FAZENDO PERGUNTAS, ENCONTRANDO RESPOSTAS 105 grandes declaragdes para criar 0 contexto. As vezes, essas so as afirmag6es mais interessantes, mas, embora devam acredi- tar nelas, eles nem sempre tentam fundamenté-las. Saiba fazer a distingdo entre as caracterizagdes ou con- cesses que 0 autor reconhece mas deprecia, e as declaragées que sao a base da argumentagiio. A menos que vocé esteja lendo uma fonte “contra a natureza” do plano do autor — por exem- plo, vocé quer expor tendéncias ocultas —, nao comente aspec- tos secundarios de um relatério de pesquisa como se fossem principais, ou pior, como se fossem as tnicas informagoes. 3 — Esteja seguro sobre o alcance e o nivel de confianga que um autor expressa ao fazer suas afirmagdes. Estas, por exemplo, nao significam a mesma coisa: X com freqiiéncia parece causar Y. X causa Y. 4 — Nao confunda 0 resumo dos pontos de vista de outro autor com o resumo feito pelo autor. Num relatério extenso, mui- tos autores nao indicam claramente que estio resumindo argu- mentos de outros; portanto é facil citar aqueles autores como se eles dissessem 0 oposto daquilo em que acreditam de fato. 5 — Ao lidar com fontes que concordam sobre uma afir- magao principal, verifique se também concordam na maneira como a interpretam e sustentam. Por exemplo, entre dois cien- tistas sociais que alegam que determinados problemas sociais nao sao causados por forcas ambientais, mas por fatores pes- soais, um pode sustentar essa alegagao com evidéncias de he- ranga genética, enquanto o outro aponta para crengas religio- sas. O modo e 0 motivo pelos quais as fontes concordam sao tio importantes quanto 0 fato de concordarem. 6 — Ao lidar com fontes discordantes, localize a origem da discérdia. Vocé precisa saber sobre o que nao concordam: as evidéncias, a interpretacgio das mesmas, ou a abordagem basica do problema. Nao se prenda ao que um ou outro pesquisador diz sobre seu assunto. Seu trabalho nao sera uma “pesquisa” se vocé sim- plesmente resumir € aceitar outro trabalho, sem fazer sua cri- tica. Quando vocé conta com pelo menos duas fontes, quase 106 A ARTE DA PESQUISA sempre descobre que elas nado concordam inteiramente, e é ai que sua pesquisa comega. Qual delas tem o melhor argumen- 10? Qual respeita melhor as evidéncias? Existe um relato ainda melhor, que abranja ou refute uma delas ou as duas? Em resu- mo, nessa fase seja critico em relagdo a suas fontes: ndo se deixe convencer facilmente por nenhuma delas. ~ Finalmente, lembre- se de que seu relatério sé sera preciso se vocé ree- Seja voc8 um novaio ou um espe- a o cialista, os eros fazem parte do xaminar suas anotagdes, | jogo. Nos trés, os autores, desco- comparando-as com as aici erros em obras que publi- fontes. Depois de seu pri- | camos [com a esperanca de que meiro rascunho, confira | ninguém mais os encontrasse). E Biss mais provavel que os eros ocor suas citagdes Com aS ANO- | cm quando se copia uma citagco tagdes. Se vocé usar uma | Jonga. Quando Booth cusava a fo- fonte extensivamente, leia | culdade, © professor do curso de rapidamente suas partes re- bibliogiafia pediu que a classe co- levantes, depois de termi- eae Cle Neale nar o rascunho. A essa al- | (0% es¢"ito. Nenhum dos vinte oly pun : nos de classe entregou uma cépia tura, vocé ja devera estar | perfeita. O professor comentou que dominado pelo entusias- | pedira aquele trabalho o centenas mo que mencionamos an- | de alunos, e que apenas tés ha- teriormente. Estar acre- | viom enlregado copias perfeitas a a ortanto, confira tudo com mais ditando tao fortemente em | Cuidado do que vocé possa julgar seu argumento, que vera | pecessario, Mas ndo pense que todas as evidéncias pelo | sempre o Unico a cometer um erro lado mais favoravel, Ape- especialmente bobo. Booth ainda sar de nossas melhores in- ican quando se lembra ec 7 x latério que entregou na pds-gradua- tengdes, essa tentago nos | (0 dive MMacboth, do Shokespoo" aflige a todos. Nao ha re- | ro, £ Williams gostoria de esquecer médio: 0 jeito é conferir e | 0 relatério que deveria ter entrega- tornar a conferir. E confe- | do, mas nunca entregou, porque Ge novarnente: GO conseguiy encontrar nenhuma releréncia ao tpico que he coube, sobre 0 grande dramaturgo norue- gués, Henry Gibson FAZENDO PERGUNTAS, ENCONTRANDO RESPOSTAS 107 6.4 Peca ajuda A medida que sua pesquisa progride, vocé enfrenta um perigo crescente, que é o de coletar informagées mais rapido do que pode digerir. A maioria dos pesquisadores defrontam- se com momentos de confusdo em que tudo 0 que aprenderam parece se atropelar. Ao mesmo tempo que sabem muito, nao podem estar seguros do que € realmente util. Nao espere poder evitar esses momentos, mas vera que é possivel minimizar a ansiedade que eles criam, aproveitando todas as oportunidades para organizar e resumir 0 que tem conseguido reunir por escrito ¢ d medida que prossegue. Em tais momentos, vocé pode, uma vez mais, recorrer a amigos, colegas, professores ~ qualquer um que possa servir de publico simpatizante, mas critico. Faga pausas regularmente para explicar aos leigos o que aprendeu. Tente apresentar um relato coerente sobre por que e como o que vocé aprendeu sus- tenta sua pergunta e o impulsiona para a solugao de seu pro- blema. Fale de seus progressos a seus amigos, depois faga-Ihes perguntas: /sso faz sentido para vocé? Estou deixando passar algum aspecto ou pergunia importantes? Peto que eu disse, 0 que mais vocé gostaria de saber? Embora venha a lucrar com suas reagdes, ganhara muito mais ainda com o simples ato de explicar suas idéias a lcigos. No principio podera achar meio estranho pedir aos outros que ougam suas idéias, mas ndo se deixe deter por isso. Faca um acordo com alguns colegas, dizendo que os ajudara se cles o ajudarem. Forme um grupo de estudos com trés ou quatro pessoas que ouvirao os relatérios umas das outras. Pesquisa- dores fazem isso o tempo todo. Nés trés, os autores, nunca sub- meteriamos um relatorio de pesquisa a um periddico ou a uma editora antes de testa-lo em pliblico, depois de experimentar nossas idéias com os amigos, ou entre nés mesmos. Na verda- de, este livro surgiu dessas conversas, do teste de nossas idéias no horario do cafezinho. Sugestées titeis: Leitura radpida Em atengao a seus leitores, vocé deve ler cuidadosamente suas fontes mais importantes para certificar-se de que no so esta informando de maneira confiavel as opinides principais, mas também os contextos, caracterizagdes ¢ conexdes. No entanto, para descobrir quais fontes merecem uma Icitura deta- Ihada, para selecionar as obras que podem ser as mais impor- tantes, vocé precisa saber ler mais rapidamente. E fazer essa lei- tura rapida nao significa apenas correr os olhos pelo texto. Para identificar de maneira rapida e segura os elementos principais de uma argumentagao, vocé precisa saber onde pro- cura-los. Para isso, é necessdrio compreender tanto a estrutu- ra de uma argumentagio (assunto que discutimos na Parte III), como a organizagiio do livro ou artigo onde é apresentada (0 tépico da Parte IV). Se vocé esta pronto para comegar a leitu- ra de suas fontes, mas ainda nao leu as duas partes a que nos referimos, faca isso primeiro, ¢ entao releia estas “Sugestées lteis”, antes de ir 4 biblioteca. O objetivo da leitura répida é fazer uma avaliagao super ficial do que uma fonte oferece: tpico, problema de pesquisa, solucao e as linhas gerais da argumentagao. A essa altura, faga apenas as anotagdes necessarias para nao se esquecer do que é essencial. Deixe entao essa fonte de lado, mas lembrando que ela pode se tornar relevante mais tarde, no decorrer do desen- volvimento de seu projeto. PASSO 1: Familiarize-se com a organizagao da fonte. Antes de comegar a ler rapidamente uma fonte, procure ter uma idéia de sua totalidade. FAZENDO PERGUNTAS, ENCONTRANDO RESPOSTAS 109 1 — Se for um livro, + leia as primeiras frases de cada paragrafo do prefacio; + no indice, verifique se ha um prélogo, resumos de capitulos, etc.; + leia 0 indice remissivo rapidamente a procura dos té- picos com maior numero de referéncias; + leia por alto a bibliografia, observando as datas (quan- to mais atuais, melhor, é claro) e as fontes citadas com maior freqiiéncia; + veja se os capitulos sio divididos em segdes com titulos € se apresentam resumos ao final. Se sua fonte for um livro muito extenso, uma resenha pu- blicada recentemente poderd lhe dar uma nogio de seu argumen- to, das afirmagées principais e, provavelmente, uma idéia de sua estrutura. (Procure uma resenha apropriada na fonte de refe- réncias bibliograficas que apresentamos nas paginas 337-43.) 2 — Se sua fonte for um artigo, + leia o resumo inicial, se houver; + folheie-o para ver se ha titulos de se¢des; + corra os olhos pela bibliografia PASSO 2: Localize a quest&o central da argumentagao. Leia a introdugao, especialmente seus tiltimos pardgrafos, e depois a conclusao. Vocé encontrara uma formulagao do pro- blema e sua solucao. Identifique também 0 tipo de evidéncia que sustenta a afirmagao principal. PASSO 3: Identifique as questées secundarias mais importantes. Se tiver alguma nogao do problema e de sua solugao, vocé tanto poderé rejeitar a fonte, considerando-a irrelevante, como 110 A ARTE DA PESQUISA deixa-la 4 espera de uma leitura posterior mais profunda. Se ainda nao conseguiu se decidir, procure as questdes secundarias mais importantes para a sustentagao da afirmacao principal. 1 — Para um livro ou artigo, repita 0 passo 2.. 2—Se 0 capitulo ou artigo nfo tiver subtitulos, identifique 0s trechos principais. Procure trechos em que 0 autor passa de um t6pico principal para outro, usando palavras de transig&o. Treine os olhos para encontrar essas transigdes, ou “ganchos” (“Em primeiro lugar...”, “Em segundo...”, “Em terceiro...”, “Fi- nalmente”, ou “Agora temos de considerar Y”). 3 ~ Em cada trecho, leia o primeiro e 0 tiltimo pardgra- fos, procurando sua afirmagio principal e tentando identificar © tipo de evidéncia usado. PASSO 4: Identifique temas fundamentais. Assim que tiver feito anotagdes sobre o problema, sua afir- macio principal e os pontos que a sustentam, esquadrinhe a fonte em busca de conceitos fundamentais. Relacione esses concei- tos, juntando-os a todas as informagées bibliograficas sobre sua fonte. Essa relagdio sera muito util mais tarde, quando vocé revisar suas anotagoes para ver se as fontes que leu superficial- mente no inicio merecem uma leitura mais cuidadosa. PASSO 5: Leia os pardgrafos por alto (se necess4rio). Os passos 1-4 provavelmente Ihe dardo as informagées necessdrias que 0 ajudardo a decidir se uma fonte deve ser lida mais atentamente, mas, se vocé ainda se sentir inseguro, ieia rapidamente cada paragrafo, procurando sua esséncia ou idéia principal. Se nao achar nada que parega essencial nas duas pri- meiras sentengas, pule para a tltima. Sempre que estes cinco passos sugerirem que a fonte é relevante para sua pergunta, separe-a para uma leitura mais FAZENDO PERGUNTAS, ENCONTRANDO RESPOSTAS 111 cuidadosa, um processo que sera mais facil, porque vocé jd tera uma idéia dos aspectos mais importantes da argumenta- G40. Quando passarmos ao assunto do planejamento e da exe- cugao de seu primeiro rascunho, vocé vera que a pratica obti- da nesse tipo de leitura rdpida o ajudara, tanto no processo de redacao, como de revisao. Se, lendo rapidamente os relatérios que vocé redigiu, os leitores nio conseguirem descobrir as linhas gerais de sua argumentagao, a organizacao de seu texto nao os ajudou como deveria

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