Sei sulla pagina 1di 12

Colecção Conservação e Restauro

A Luz como factor de degradação

Instituto Ibérico do Património


Apresentação

O presente manual foi desenvolvido por um profissional de Conservação e


Restauro com uma vasta experiência em Conservação Preventiva,
objectivando servir de instrumento de apoio na prevenção dos danos
provocados pela luminosidade.

Pretende-se que o leitor adquira alguns conhecimentos chave que lhe


permitirão, de forma autónoma, adoptar os procedimentos indispensáveis
para uma correcta monitorização e prevenção relativamente à luz como
factor de degradação.

Neste manual poderá encontrar a descrição das fontes de iluminação,


seguida por um modelo de interpretação com valores referência, alguns
procedimentos essenciais na prevenção e, para finalizar, conselhos de
utilização do lúximetro.

Instituto Ibérico do Património


Índice

I. A Luz como factor de degradação 1

II. Fontes de Iluminação 3

5
III. Modelo de Interpretação

IV. Formas de prevenção 6

V. Utilização do Luxímetro 8

Instituto Ibérico do Património


I. A Luz como factor de degradação

"Toda a luz degrada" é um cliché pleno de significado que traduz a acção

deste agente de degradação sobre os bens culturais. Todos nós nos

apercebemos deste fenómeno quando a nossa roupa fica com um aspecto

ruçado, da mesma forma que acontece com a generalidade dos materiais que

constituem os bens culturais, quer sob a acção da luz visível quer pelas

radiações nela contidas (UV e IV).

Instituto Ibérico do Património 1


Existe material específico para monitorização de valores de radiações. No

entanto, uma simples medida como a não colocação da peça sob incidência

directa de raios solares ou projectores de luz artificial com lâmpadas normais,

poderá ser suficiente na salvaguarda dos possíveis danos irreparáveis

causados pelas radiações nocivas. A simples deslocação da peça ou

protecção indirecta, por um toldo ou um resguardo numa janela, por exemplo,

poderá ser também suficiente como medida preventiva.

As quantidades excessivas de luz aceleram o

processo de envelhecimento dos materiais que

constituem os bens culturais, fazendo desvanecê-

los, e tornando-os quebradiços.

A luz solar e a radiação ultravioleta, presente nas

lâmpadas fluorescentes, por exemplo, aumentam

a deterioração química dos materiais, efeito

conhecido como "foto-oxidação".

Sempre que possível, deve limitar-se a quantidade de luz em áreas de

armazenamento, mas também de exposição.

Instituto Ibérico do Património 2


II. Fontes de Iluminação

É importante considerar que os museus utilizam, por um lado, iluminação

solar, e por outro iluminação eléctrica. Em ambas as situações, ela pode ser

directa ou difusa.

No quer se refere à iluminação eléctrica as fontes podem ser várias:

Lâmpadas incandescentes;

Lâmpadas fluorescentes;

Lâmpadas de baixo consumo, quer de halogéneo, quer de tipo

incandescente.

Instituto Ibérico do Património 3


Em todos estes casos, as condições de radiação

total variam consideravelmente, em função da

distância a que se encontram do objecto, da

associação com outras fontes de iluminação, etc.

Bem assim, também a quantidade radiação

visível, ultra-violeta ou infra-vermelha, pode

igualmente variar, em função do tipo de lâmpada, da sua distância, ou da sua

intensidade, por exemplo.

É importante ter em conta que a iluminação que incide num dado objecto

corresponde apenas a uma pequena parte do espectro electromagnético,

compreendida, geralmente, entre os 400 e os 720 nanómetros de

comprimento de onda.

Quando iluminamos um objecto numa exposição, o olho humano é apenas

sensível a estes intervalos do espectro e, bem assim, um nível de iluminação

inferior a 10-15 lux pode dificultar consideravelmente a interpretação correcta

da forma, cor, textura e demais características de um objecto.

Por isso, foram criadas normas internacionais de iluminação dos objectos,

aceites com pequenas diferenças de interpretação pelos diversos

especialistas internacionais e que se configuram, de uma forma simplificada,

quer pelo registo instantâneo de iluminação de um objecto, quer pela medição

cumulativa de exposição às fontes de luz a que um objecto está exposto

durante um determinado período de tempo.

Instituto Ibérico do Património 4


III. Modelo de Interpretação

De forma a fornecer um modelo de fácil interpretação, apresenta-se um

quadro com os valores máximos de exposição admissíveis, em função das

tipologias de objectos e da sua maior ou menor sensibilidade à degradação

pela luz. Contudo, deve considerar-se que este quadro é uma tabela

indicativa e que a sensibilidade de cada material deve ser avaliada caso a

caso por um técnico qualificado.

Tipos de objectos Radiação Radiação ultra-violeta


visível (lux) (uW/lumen)

Objectos muito sensíveis - tapeçarias,


desenhos, aguarela, espécimens de
história natural, etc. 50 a 80 75

Objectos sensíveis - sobretudo


policromias diversas, de pintura,
escultura, etc., bem como objectos que 150 a 200 75
tenham sido intervencionados.

Objectos resistentes - madeiras,


pétreos, metais, etc. 75
300

IV – Formas de Prevenção

Instituto Ibérico do Património 5


Tenha em atenção algumas das indicações que abaixo descrevemos:

Acondicione os materiais de arquivo com pouca ou nenhuma

luz. Mantê-los num local sem janelas ou cobri-las com cortinas pretas é

uma solução económica que deve considerar.

Mantenha as luzes apagadas ou com pouca intensidade, sempre

que possível e reduza a potência das lâmpadas.

Coloque filtros ultravioletas na iluminação fluorescente. Estes

filtros são capas de plástico que

deslizam sobre as lâmpadas

fluorescentes, filtrando os raios

ultravioleta. Também já existem no

mercado lâmpadas fluorescentes

disponíveis com filtração ultravioleta incorporada. Geralmente, estas

últimas são mais caras, mas duram muito mais do que uma lâmpada

fluorescente convencional. Substitua as lâmpadas fluorescentes por

lâmpadas de baixo consumo e radiação ultra-violeta, sempre que

possível.

Instituto Ibérico do Património


6
Inspeccione regularmente os materiais, verificando se desvanecem

ou se tornam quebradiços. Verifique periodicamente todos os itens

armazenados em recipientes abertos ou sem o adequado controlo de

iluminação.

Embrulhe os materiais em tecido ou papel de arquivo e embale-os

em recipientes opacos, pois estes precisam de protecção especial.

Evite o uso de objectos originais em exposições. Se possível,

substitua-os por cópias, reproduções fotográficas ou fotocópias de boa

qualidade. Actualmente é possível efectuar reproduções com métodos

económicos e de grande qualidade.

Meça os níveis de iluminação regularmente, quer a luz visível, quer

a radiação ultravioleta, e mantenha um registo das alterações nos

níveis de iluminação actualizado. Essa informação pode ser

fundamental para que um conservador experiente diagnostique com

maior facilidade as patologias dos materiais.

Instituto Ibérico do Património


7
V. Utilização do luxímetro

Cuidados a ter para a correcta utilização de um luxímetro:

A célula do luxímetro deve estar perpendicular à principal e mais

intensa fonte de luz que ilumina o objecto.

O luxímetro deve estar tão próximo quando possível do objecto,

evitando, contudo, o seu contacto directo.

No caso de se pretender aferir os níveis de iluminação de um objecto

numa vitrina, deve-se fazê-lo sempre junto do objecto, ou

direccionando a célula para a principal fonte de iluminação do mesmo.

Especificações Luximetro
Amplitude 0 a 50,000 Lux/FC
Resolução 0.1/1/10/100 Lux/FC
Precisão ±2% ou ±10% > 10,000 Lux/FC
Bateria 12 volts MN21
Vida da Bateria 100 horas
Display 12.7mm LCD
Dimensões 25 x 64 x 188mm
Peso 160 gramas

Instituto Ibérico do Património 8


Instituto Ibérico do Património

Potrebbero piacerti anche