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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
SUMÁRIO
1 Classificação de materiais. 1.1 Atributos para classificação de materiais. 1.2 Tipos de classificação. 1.3 Metodo-
logia de cálculo da curva ABC.
2 Gestão de estoques.
3 Compras. 3.1 Organização do setor de compras. 3.2 Etapas do processo. 3.3 Perfil do comprador. 3.4 Modalida-
des de compra. 3.5 Cadastro de fornecedores.
5 Recebimento e armazenagem. 5.1 Entrada. 5.2 Conferência. 5.3 Objetivos da armazenagem. 5.4 Critérios e téc-
nicas de armazenagem. 5.5 Arranjo físico (leiaute).
6 Distribuição de materiais. 6.1 Características das modalidades de transporte. 6.2 Estrutura para distribuição.
7 Gestão patrimonial. 7.1 Tombamento de bens. 7.2 Controle de bens. 7.3 Inventário. 7.4 Alienação de bens. 7.5
Alterações e baixa de bens.
Indicação bibliográfica
Elisabete Moreira
Administração Geral e Pública
Editora Juspodium, 2017
@professorabetemoreira
@professoraelisabetemoreira
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ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL E DE MATERIAIS
Bens móveis ou materiais: que podem se movimentar, são todos os bens que por sua própria
natureza, características de duração e valor devam ser controlados fisicamente e incorporados
ao patrimônio da Instituição.
Bens semoventes: são bens móveis que possuem movimento próprio, tal como animais selva-
gens, domésticos ou domesticados.
Segundo a Instrução Normativa 205/88 bens materiais são designações genéricas de equipa-
mentos, componentes, sobressalentes, acessórios, veículos em geral, matérias-primas e outros itens
empregados ou passíveis de emprego nas atividades das organizações públicas federais, independen-
temente de qualquer fator, bem como, aquele oriundo de demolição ou desmontagem, aparas, acondi-
cionamentos, embalagens e resíduos economicamente aproveitáveis.
Os bens patrimoniais móveis estão divididos em: Permanente e Consumo (IN nº 205/88):
Bens Permanentes: não são bens de consumo; não são peças de reposição; têm prazo
de duração superior a 02 (dois) anos (Art. 15 § 2º, Lei nº 4320/64); devem ser tombados. Ex:
Móveis e Utensílios, Equipamentos, Livros, Máquinas, Mapas, Veículos etc.
Bens de Consumo: aquele que em razão do seu uso corrente e segundo a Lei 4320/64,
perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua duração limitada a dois anos ou, ainda
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quando o custo do controle seja superior ao risco da perda (pode-se fazer uma relação-
carga).
Segundo a Portaria STN/SOF nº 01/11 “um material é considerado de consumo caso atenda um, e
pelo menos um, dos critérios a seguir”:
1. Gestão de Estoques
Permite o agrupamento dos itens em estoque, segundo determinados critérios, otimizando o contro-
le, os procedimentos e a operacionalização dos materiais.
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b) Em razão da possibilidade de fazer ou comprar
Vantagens e Desvantagens
c) Em razão da demanda:
Podem ser materiais DE estoque (em razão da demanda, devem ser mantidos em estoque) e ma-
teriais NÃO de estoque (em razão da imprevisibilidade da demanda, não deve se fazer estoque e sua
compra somente acontece quando se faz necessária).
• Materiais de consumo geral: utilizados em diversos setores, para fins direto ou indireto de pro-
dução.
• Materiais de manutenção: utilizados na manutenção da organização.
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f) Em razão do valor econômico ou valor total de consumo
Classe “A”: 20% dos itens; 80% do valor monetário dos estoques.
Classe “B”: 30% dos itens;15% a 20% do valor dos estoques.
Classe “C”: 50% dos restantes dos itens; de 5% a 10% do valor dos estoques.
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Deve-se atentar que o controle dos itens classificados como “A” deve ser maior e os estoques, por
serem os mais onerosos, devem ser inferiores aos estoques dos demais itens.
Classificação ABC
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g) Em razão da importância operacional ou criticidade do produto
Classificação XYZ
Classe X: baixa criticidade, pois sua falta não compromete a produção, além de ser de fácil
aquisição, com similares.
Classe Y: grau intermediário de criticidade, podendo ser substituído por outros materiais;
Classe Z: grande criticidade, de difícil substituição por outro equivalente, podendo paralisar a
produção ou colocar em risco todo o processo.
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Por razões econômicas: alto custo de reposição
Por problemas de armazenagem, manuseio ou transporte: perecíveis, periculosos, elevado
peso, grandes dimensões
Por problemas de previsão: dificuldade do planejamento da previsão de consumo ou da de-
manda.
Estoque Ativo ou Normal: sofre flutuações quanto à quantidade, volume, peso e custo em
consequência de entradas e saídas, todo material em uso.
Inservível: desnecessários para utilização (IN 205/88 - ocioso, recuperável, antieconômico, irre-
cuperável).
Bem ocioso – embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado;
Bem recuperável – a recuperação for possível e o orçamento for inferior a cinqüenta por
cento de seu valor de mercado;
Bem antieconômico – a manutenção onerosa, ou rendimento precário, em virtude de uso
prolongado, desgaste prematuro ou obsolescência;
Bem irrecuperável – não puder ser utilizado por perda de suas características ou em razão
da inviabilidade econômica de recuperação.
Estoque Disponível: quantidade de um determinado item existente em estoque, livre para uso;
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páscoa). Ele é mais usado quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativa-
mente previsíveis e também, quando as variações de fornecimento são significativas como os
períodos entre safras.
Para que se possa realizar a previsão de estoques é necessária ter a previsão do consumo num de-
terminado período, adotando-se os seguintes modelos:
CONSUMO
TEMPO
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c) Modelo de Evolução Sazonal de consumo:
Média Móvel
Quantidade
Ano Quantidade crescente
decrescente
2013 100.000 400.000
2014 200.000 300.000
2015 300.000 200.000
2016 400.000 100.000
Acumulado 1.000.000 1.000.000
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Média móvel 250.000 250.000
Ano Quantidade
2013 100.000 x 1 = 100.000
2014 200.000 x 2 = 400.000
2015 300.000 x 3 = 900.000
2016 400.000 x 4 = 1600.000
Média Ponderada 3.000.000/10 = 300.000
Controle de Estoques
O objetivo é determinar a quantidade ideal de material em estoque que permita satisfazer a deman-
da, mantendo o nível de serviço ofertado ao cliente e, ao mesmo tempo, minimizando os custos de
estoque e a melhorando a rotatividade.
a) Nível de Serviço
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*** Considera-se uma boa gestão de estoque quando se consegue estabelecer equilíbrio entre a dis-
ponibilidade de capital e o nível de serviço.
O Índice de rotatividade de estoque ou giro de estoque significa quantas vezes suprimos nosso
estoque em determinado período. Um alto giro de estoque significa menos capital imobilizado, que é
uma situação boa para o gestor.
O antigiro ou taxa de cobertura corresponde ao período de tempo que um estoque cobre o consu-
mo ou a demanda da empresa.
Custo de Estoque
Onde:
Q: quantidade
T: tempo
P: preço
I: taxa de armazenagem
**** O custo de armazenagem é proporcional ao estoque médio. Quando o estoque é zero, o custo
de armazenagem é mínimo.
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b) Custo do Pedido ( CP ):
É o tamanho do lote que minimiza os custos anuais totais de manutenção do estoque e de proces-
samento dos pedidos. É o ponto ótimo no qual o custo total de pedir e manter materiais em estoque é
minimizado.
Onde:
Q: lote econômico de compra
CP: custo do pedido
C: demanda ou consumo
I: taxa de manuenção
P: preço
Níveis de Estoque
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Gráfico Dente de Serra:
Ruptura do estoque: quando o estoque chega a zero e não se pode atender a uma necessi-
dade de consumo.
Ponto do Pedido
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Estoque mínimo
Estoque máximo
Sistema de Duas Gavetas: método de reposição contínua (ponto de pedido) uma para
consumo no período e a outra para ser usada enquanto aguarda chegar o pedido. Na gaveta
dois (com quantidade menor) estará o estoque de segurança mais o consumo enquanto durar o
tempo de reposição. É um método simples recomendado para produtos da classe “C”.
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b) Sistema de Revisão Periódica - Sistema P
c) Planejamento dos Recursos de Distribuição (DRP ou ERP): envolve todos os recursos em-
presariais, é orientado para o gerenciamento do inventário e para atender às demandas dos cli-
entes.
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Políticas de Gestão de Estoque
Henry Ford aplicou o conceito de linha de montagem seriada, produzindo em larga escala para
época o automóvel Ford modelo T em menos tempo, com menor custo de produção e aplicando o con-
trole da qualidade.
Esses dois pensadores atuavam com um sistema tradicional de produção cuja lógica era um
sistema de produção empurrada, com economias de escala decorrentes dos longos ciclos.
Em meados dos anos 60, os japoneses desenvolveram o Sistema Toyota de produção com o
conceito de célula de produção, formado por famílias de produtos ou tecnologia de grupos tornando
mais simples e eficiente à administração, decorrência imediata da decomposição do sistema global de
produção em subsistemas de menor dimensão, redução do tempo gasto em transferências entre os
postos de trabalho, do tempo de preparação das máquinas, da quantidade de ferramentas, do tamanho
dos lotes e do tempo total de fabricação.
Passou a utilizar o sistema JIT – Just in time que significa fazer o que é necessário, quando e
na quantidade necessária.
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b) Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos - (Supply Chain Management)
A logística tem preocupação com toda a cadeia produtiva desde a fonte até consumidor final.
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Princípios básicos para melhorar o atendimento ao cliente final
• Introdução eficiente de produtos
• Sortimento eficiente de produtos
• Promoção eficiente de produtos
O efeito chicote observado por Forrester (“efeito bullwhip” ou “efeito whiplash”) acontece quando
uma pequena oscilação de consumo em uma ponta da cadeia causa grandes variações nos atores mais
distantes.
As empresas de um modo geral, como forma de se defenderem de eventuais faltas de produtos, au-
mentam seus estoques de segurança, de produtos acabados ou de matérias-primas e pe-
ças/componentes, aumentando as distorções na propagação da previsão de demanda na cadeia.
Avaliação de Estoques
a) Avaliação pelo Custo Médio: aceito pelo fisco, para períodos inflacionários. A cada nova aqui-
sição é calculada uma nova média.
b) Avaliação pelo Método PEPS (FIFO): aceito pelo fisco. Para períodos inflacionários, os valores
dos estoques finais são maiores e o custo das mercadorias vendidas é menor e o lucro, o maior.
Caso haja deflação, sairão primeiro as mais caras, maior CVM, ficando no estoque as mais ba-
ratas, menor estoque final, lucro menor.
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c) Avaliação pelo Método UEPS (LIFO): em períodos inflacionários obtém o menor valor possível
para o estoque final, o CMV é o maior possível, acarretando um lucro menor, logo é o melhor
método em termos gerenciais, para períodos inflacionários, não obstante não ser permitido pelo
fisco.
d) Avaliação pelo Custo de Reposição: Custo de Reposição (CR) = Preço Unitário (PU) + Acrés-
cimo do Custo de Reposição – valores atualizados em razão dos preços de mercado
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Emitir os pedidos de compra do material rotineiramente adquirido e estocável;
Manter os itens de material estocados em níveis compatíveis com a política traçada pelo órgão
ou Entidade;
Identificar e recomendar ao Setor de Almoxarifado a retirada física dos itens inativos devido à
obsolescência, danificação ou a perda das características normais de uso e comprovadamente
inservíveis, dos depósitos subordinados a esse setor.
2. Compras
Uma compra será considerada eficiente quando a aquisição de materiais for realizada a um preço
econômico, com qualidade e celeridade.
A função Compras vai desde a análise das ordens de compras, localização dos fornecedores, fon-
tes de suprimento, cotação, negociação, aquisição de materiais, acompanhamento dos pedidos junto
aos fornecedores e o recebimento do material comprado, assegurando a quantidade, qualidade, tempo
oportuno, a custo econômico.
Ciclo de Compras
O recebimento das compras é feito no almoxarifado, mas o controle do recebimento conta com a
participação da área de compras.
A área de compras pode estar estruturada funcionalmente por áreas que envolvam cadastro de
fornecedores, acompanhamento de compras (seguimento de compras), processamento dos pe-
didos e ainda possuir áreas divididas em compras locais, por importação, etc..
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Classificação de Compras
Compras informais: de pequeno valor, sem muitos trâmites burocráticos (na AP não existe es-
sa informalidade);
Recompra modificada: compras rotineiras que sofrem alguma variação nos procedimentos.
Na Administração Pública as compras devem ser realizadas através de Licitação que é um proce-
dimento formal no qual se convoca, mediante condições estabelecidas, empresas interessadas na
apresentação de proposta.
Descritivo: identifica com clareza o item através da enumeração de suas características físicas, me-
cânicas, de acabamento e de desempenho, possibilitando sua perfeita caracterização para a boa orien-
tação do processo licitatório e deverá ser utilizada com absoluta prioridade, sempre que possível;
Referencial: que identifica indiretamente o item, através do nome do material, aliado ao seu símbolo
ou número de referência estabelecido pelo fabricante, não representando necessariamente preferência
de marca.
***** Uma especificação funcional, utilizada por compras, para garantir a qualidade dos produtos, po-
de ser descrita por marca, caracterização de aspectos físicos e químicos, por método de produção, por
desenho ou outros. A marca somente será admitida quando tecnicamente justificável.
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Escolha dos Fornecedores
É importante que a área de compras mantenha um bom relacionamento com os fornecedores numa
relação de ganha-ganha, para que ambos possam ter vantagens e estabilidade.
A postura do comprador da área de compras e de todos envolvidos deve se pautar por atitu-
des éticas.
3. Gestão Patrimonial
A gestão patrimonial envolve o controle tanto dos bens patrimoniais móveis como imóveis. No
caso dos bens móveis a gestão inicia-se com a entrada do bem no almoxarifado, com o recebimento,
aceite, tombamento e registro; guarda, conservação interna e armazenagem; classificação; movi-
mentação; distribuição e controle, incorporação e inventário.
Recebimento: ato no qual o material é entregue pelo fornecedor, em local previamente desig-
nado, que transfere a responsabilidade pela guarda e conservação do material, não implicando
em aceitação. Deverá ser entregue no almoxarifado ou no lugar designado, sendo que o regis-
tro de entrada será sempre no almoxarifado. O recebimento decorrerá de compra, cessão,
doação, permuta, transferência, produção interna. São documentos hábeis para recebimento:
Notas Fiscais, Faturas, Termo de Doação, Cessão ou Permuta, Nota de Transferência, Guia de
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Produção. Desses documentos constarão, obrigatoriamente: descrição do material, quantida-
de, unidade de medida, preços (unitário e total).
Aceitação: operação na qual se declara na documentação fiscal que o material recebido satis-
faz as condições contratadas, segundo a conferência quantitativa e o exame qualitativo.
O material que apenas depender de conferência com os termos do pedido e do documento de entrega,
será recebido e aceito pelo encarregado do almoxarifado ou por servidor designado para esse fim.
Se o material depender, também, de exame qualitativo, o encarregado do almoxarifado, ou servidor
designado, indicará esta condição no documento de entrega do fornecedor e solicitará o exame à uni-
dade competente, para a respectiva aceitação.
O exame qualitativo poderá ser feito por técnico especializado ou por comissão especial, da qual, em
princípio, fará parte o encarregado do almoxarifado.
A conferência quantitativa pode ser realizada por acusação ou contagem cega, quando o
conferente não verifica a correspondência entre a quantidade declarada pelo fornecedor e a
efetivamente entregue.
Caso o material apresente algum problema, não corresponder com exatidão ao que foi pe-
dido, ou ainda, apresentar faltas ou defeitos, cabe ao encarregado do recebimento provi-
denciar junto ao fornecedor a regularização da entrega, com a devolução total ou parcial.
**** A lei 8666, art. 73, estabelece que o recebimento do objeto poderá ser feito provisoriamente, para
posterior verificação da conformidade do material com a especificação; e definitivamente, após a veri-
ficação da qualidade e quantidade do material e consequente aceitação. Mas isso não exclui a respon-
sabilidade civil pela solidez e segurança e nem ético-profissional pela execução do contrato (§2º, art
73).
É quando ocorre à identificação do bem com características físicas, valor de aquisição e colo-
cação de um número sequencial de registro patrimonial sequencial, com códigos alfanuméricos ou
numéricos aposto ao material, mediante gravação, fixação de plaquetas ou etiqueta apropriada. O
número de registro patrimonial do material bibliográfico poderá ser aposto mediante carimbo.
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Segundo a STN, materiais com baixo valor monetário, cujo custo de controle seja superior ao seu
benefício, devem ser, preferencialmente, considerados materiais de consumo. Nesse caso, devem ser
controlados de forma simplificada, por meio de relação-carga, que mede apenas aspectos qualita-
tivos e quantitativos, não havendo necessidade de controle por meio de número patrimonial. Esses
bens devem, no entanto, ser registrados contabilmente no patrimônio da entidade.
Controle físico: lançamento em sistema próprio (Manual ou Eletrônico) das características própria
do bem – Identificação.
Carga - a efetiva responsabilidade pela guarda e uso de material pelo seu consignatário. O material
será considerado em carga, no almoxarifado, com o seu registro e apropriação dos custos.
Descarga - a transferência desta responsabilidade, que deverá, quando viável, ser precedida de
exame do mesmo.
***** Cabe ao gestor patrimonial a elaboração e controle do termo patrimonial (o servidor consigna-
tário tem responsabilidade pela guarda e uso do bem); o tombamento do bem, os inventários e os
registros de movimentação (deslocamento do bem permanente) e transferência (movimentação do
material, com troca de responsabilidade, de uma unidade organizacional para outra, dentro do mesmo
órgão ou entidade).
Armazenagem
Cuidados na armazenagem:
Devem ser resguardados contra o furto ou roubo e protegidos contra a ação dos perigos e ameaças
climáticas, bem como de animais;
Devem ser estocados de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido inventário;
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Na AP os materiais estocados a mais tempo devem ser fornecidos em primeiro lugar, (primeiro a
entrar, primeiro a sair - PEPS), com a finalidade de evitar o envelhecimento do estoque.
Sistema de Estocagem Fixa: uma área especifica para cada tipo de material.
Sistema de Estocagem Livre: os materiais vão ocupando os espaços vazios disponíveis, junto aos
pontos de utilização.
**** O sistema de endereçamento ou codificação é utilizado para os dois sistemas, visando indicar o
posicionamento do material.
Critérios de Estocagem
Tipos de armazenagem
Por tamanho, peso e forma: de características físicas semelhantes, permite maior aproveitamento
do espaço físico, mas demanda mais controle.
Por frequência de entrada e saída: não aproveita bem os espaços.
Por agrupamento ou complentaridade: materiais associados ou compatíveis, cuja frequência de
solicitação é conjunta. Facilita a arrumação, mas dificulta o aproveitamento do espaço.
Especial: em razão do peso, forma, volume ou fragilidade (perecíveis - método PEPS).
Área externa: custos menores e aumento e espaço do almoxarifado.
Coberturas alternativas: como galpão fixo e móvel.
Para a definição do lay-out é importante definir o material, volume, tempo de armazenagem, tipos
de embalagens, necessidade de controle, uso de equipamentos e instrumentos.
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Técnicas de Estocagem de Materiais
Carga unitária: acondiciona material visando ao manuseio, transporte e armazenamento como uma
unidade, formada de um conjunto de materiais.
Caixas ou gavetas: materiais de pequenas dimensões.
Prateleiras: materiais de tamanhos diferentes.
Raques: peças longas e estreitas.
Empilhamento: em caixas.
Contêiner flexível: sólidos a granel e líquidos.
Containers: caixas fechadas para transporte intermodal.
Pallets: estrados para empilhamento de cargas unitárias, para aproveitamento do espaço vertical.
Engradados: para materiais frágeis ou irregulares.
Embalagens
As principais funções das embalagens são: contenção, proteção e comunicação. Possuem estreita
ligação com todas as atividades de logística, como armazenagem, manuseio, movimentação e trans-
porte.
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Requisição e Distribuição de Materiais na Administração Pública
As unidades integrantes das estruturas organizacionais dos órgãos e entidades serão supridas exclusi-
vamente pelo seu almoxarifado.
Por Pressão: de uso facultativo, no qual se entrega o material ao usuário mediante tabelas de provi-
são, com épocas fixadas, independente de solicitação do usuário, envolvendo material de limpeza e
conservação, material de expediente e de uso rotineiro e gêneros alimentícios.
Por Requisição: processo mais comum, pelo qual se entrega o material ao usuário mediante apre-
sentação de uma requisição (pedido de material) de uso interno no órgão ou entidade.
As requisições/fornecimentos deverão ser feitas de acordo com catálogo de material, em uso no
órgão ou entidade.
Movimentação de Materiais
A movimentação visa a obter um fluxo eficiente, atendendo aos critérios da adaptabilidade aos
vários tipos de carga, utilização de transporte mecânico ou automatizado, aproveitando o espa-
ço cúbico, minimizando as distâncias e respeitando o fluxo de operações.
Equipamentos
Veículos industriais:
Carretas;
Carrinhos (curtas distâncias no interior do almoxarifado);
Empilhadeiras (para transporte de pallets, para otimizar os espaços verticais);
Tratores e traillers.
Guindaste, Talhas (polias em série) e Elevadores: para manuseio em áreas restritas, de maneira
constante e ininterrupta, normalmente de cargas pesadas;
Ponte de pórtico rolantes: vigas que correm sobre trilhos, para transporte pesado, em áreas restri-
tas.
Contêineres e Estruturas de suporte: sem mobilidade própria, para suporte de outros equipamen-
tos, como tanques, plataformas, estrados, pallets.
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Transportes
Modal
Transporte rodoviário: tempo rápido de entrega, para pequenas e médias distancias;
Transporte ferroviário: para longas distâncias e para grande volume, com grande custo fixo
operacional.
Transporte aquaviário: transporte entre continentes, com tempo de entrega maior;
Transporte aeroviário: altos custos e pequenas quantidades.
Transporte dutoviário: custo baixo de transporte para óleos, gás e derivados.
Transporte combinado: É o transporte de carga de um veículo por meio de outro em um único car-
regamento ou veículo;
Transporte multimodal: vários modos de transporte, com vários tipos de veículos, um conceito que
coloca a responsabilidade das atividades de transporte sob um único operador, o qual gerencia e co-
ordena o processo todo.
Cross Docking: os produtos com elevados índices de giro e de perecibilidade e que não são esto-
cados, mas apenas cruzam o armazém indo direto aos pontos de venda, envolvendo ciclos rápidos
de movimentação, sincronizados, nas diversas etapas.
Inventário
Discrepâncias entre o estoque contábil e o estoque físico, inclusive em termos monetários, para
realizar ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com o saldo físi-
co real.
A apuração do valor total do estoque (contábil), quando o inventário é realizado próximo ao en-
cerramento do exercício fiscal.
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Desfazimento: alienação - venda, permuta ou doação.
Comodato: empréstimo por tempo determinado.
Extravio, perda ou sinistro.
Bens inativos ou ociosos: recuperação, reutilização ou cessão/doação.
Bens antieconômicos e irrecuperáveis: deverão ser alienados (através de venda, permuta ou
doação).
Inventários gerais ou periódicos: efetuados ao final do exercício fiscal, abrange a contagem de to-
dos os itens de estoque, cujas informações são relacionadas no inventário analítico. No final do
exercício fiscal é chamado de geral.
Inventários rotativos ou permanentes: realizado através de contagens programadas em determina-
do período, de todos os itens de determinada categoria. Não necessita de paralisação das ativida-
des, abrangendo a contagem de todos os itens no período fiscal, de forma rotativa e contínua.
**** As contagens dos itens da curva ABC não precisam que sejam realizadas de forma rotativa para
todos os itens, podendo adotar esse critério somente para alguns itens.
1. Convocação das equipes de inventariantes (normalmente se prevê duas equipes, uma de reconhe-
cedores, que fazem a primeira contagem e outra de revisores, para o cômputo dos itens);
2. Arrumação física;
4. Cut-off para documentação e movimentação de materiais: mapa contendo notas fiscais, notas de
entrada, requisição e devolução de materiais;
6. Contagem do estoque: cada item é contado duas vezes. Se o coordenador perceber que não está
correto, deverá haver uma terceira contagem por outra equipe diferente;
7. Reconciliações e ajustes.
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Inventário na Administração Pública
Tipos de Inventário:
Anual;
Inicial;
De transferência de responsabilidade;
De extinção ou transformação da UG;
Eventual;
Inventário Rotativo
Inventário por Amostragens para o acervo de grande porte.
Descrição padronizada;
Número de registro;
Valor (preço de aquisição, custo de produção, valor arbitrado ou preço de avaliação);
Estado (bom, ocioso, recuperável, antieconômico ou irrecuperável);
Outros elementos julgados necessários.
**** O bem móvel, cujo valor de aquisição ou custo de produção seja desconhecido, será avaliado
tomando como referência o valor de outro semelhante ou sucedâneo, no mesmo estado de conser-
vação e a preço de mercado.
**** Caso na contagem dos itens obtenha-se valores divergentes nas duas primeiras contagens, deverá
se proceder a uma terceira contagem.
Baixa de Bem
É a retirada contábil do acervo patrimonial, que faz com que o bem deixe de fazer parte do
ativo imobilizado da organização.
O número patrimonial do bem baixado não poderá ser repassado a outro bem, servindo
de controle dos itens patrimoniais desincorporados. Caso o bem seja reincorporado, o
número é restituído ao mesmo bem.
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