Sei sulla pagina 1di 63

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE – Faculdade de Engenharia

Transmissão de calor

3º ano

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 1


Aula 7 * 3.6 Superfícies Estendidas

❑ Balanço de energia para uma face
❑ Alhetas com secção uniforme
❑ Eficiência da alheta
❑ Desempenho da alheta
❑ Comprimento adequado da alheta
❑ Transferência de Calor em Configurações
Usuais

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 2


3.6 Superfícies Estendidas
O termo superfície estendida é comummente usado em
referência a um sólido onde há transferência de energia por
condução no interior de suas fronteiras e transferência de
energia por convecção (e/ou radiação) entre suas fronteiras e
a vizinhança.
Em diversas condições de engenharia usam-se superfícies
estendidas para aumentar a eficiência de troca de calor, quer na
colecta de energia (colectores solares) quer na sua dissipação
(motores).

Prof Dr. Engº Jorge Nhambiu 3


3.6 Superfícies Estendidas

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 4


3.6 Superfícies Estendidas

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 5


3.6 Superfícies Estendidas
O principio físico que justifica o uso das alhetas é simples.
Baseando-se na Lei de Resfriamento de Newton pode-se
escrever:

Q = hAs (Ts − T∞ )
Onde:
h – é o coeficiente de troca de calor por Convecção;
As – é a área superficial;
Ts – é a temperatura superficial;
T∞ - é a temperatura do fluído ambiente.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 6


3.6 Superfícies Estendidas

Para aumentar a dissipação de calor pode-se aumentar h, As e


a diferença das temperaturas.

O aumento de h pode se conseguir com o aumento da


velocidade do fluido (convecção forçada).

Aumentar a diferença de temperaturas pode-se conseguir com


o abaixamento da temperatura ambiente.

A forma mais fácil de se conseguir o aumento da dissipação de


calor é aumentando a área superficial.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 7


3.6 Superfícies Estendidas

Condução Estacionária transmissão de calor através de uma alheta

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 8


3.6 Superfícies Estendidas

Exemplos de funcionamento de alhetas

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 9


3.6 Superfícies Estendidas

Alguns tipos de alhetas

Alheta
Alheta Tubo Pino cónico
longitudinal de
longitudinal de cilíndrico truncado
perfil
perfil com alheta
rectangular
triangular radial de
perfil
rectangular

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 10


3.6 Superfícies Estendidas
Supondo que a base da alheta esteja a uma temperatura
superior à do meio ambiente. Numa secção de
comprimento elementar Δx localizada no meio da
alheta tem-se energia entrando por condução, no
material desse elemento, e por outro lado energia
saindo também por condução e não se pode esquecer
da parcela que sai para o meio ambiente por convecção.

Prof Dr. Engº Jorge Nhambiu 11


3.6.1 Balanço de energia para uma face

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 12


3.6.1 Balanço de energia para uma face
As hipóteses a serem usadas são:
❑ Regime permanente e ausência de fontes internas;
❑ Temperatura constante do fluído longe da alheta;
❑ As propriedades térmicas do material não variam com a
temperatura;
❑ As alhetas são finas, assim pode-se modelar a situação como
unidimensional;
❑ O Coeficiente de transferência de calor por convecção é
constante ao longo da alheta;
❑ A temperatura da superfície da base da alheta é a mesma que a
da superfície primária.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 13


3.6.1 Balanço de energia para uma face
Calor que entra Calor que sai por Calor que sai
por condução condução do por
no elemento em elemento em convecção do
x x + Δx elemento

Q! cond , x = Q! cond , x + dx + Q! conv (3.54)

Onde:

Q! conv = hAs (T − T∞ )

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 14


3.6.1 Balanço de energia para uma face

Substituindo e dividindo-se por Δx obtém-se:

dQ! cond A (3.55)


+ h s (T − T∞ ) = 0
Δx Δx

Calculando-se o limite quando Δx → 0 obtém-se:

d ! dAs (3.56)
dx
( )
Qcond + h
dx
(T − T∞ ) = 0

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 15


3.6.1 Balanço de energia para uma face

Da lei de Fourier para a condução obtém-se:


dT
Q! cond = −kAc (3.57)
dx

Substituindo em 3.56 chega-se a:

d ' dT $ h dAs
% Ac "− (T − T∞ ) = 0
dx & dx # k dx

ou
d 2T ' 1 dAc $ dT ' 1 h dAs $
2
+ %% "" − %% ""(T − T∞ ) = 0 (3.58)
dx & Ac dx # dx & Ac k dx #

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 16


3.6.2 Alhetas com secção uniforme

P = πD P = 2 w + 2t
Ac = πD 2 4 Ac = wt
Daqui, depreende-se que:
dAc
=0
dx
e
dAs
=p
dx
Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 17
3.6.2 Alhetas com secção uniforme
Então a equação geral transforma-se em:

d 2T hp
2
− (T − T∞ )= 0 (3.59)
dx kAc
Fazendo:

θ (x ) ≡ T ( x) − T∞ (3.60)

Então:
dθ dT
= (3.61)
dx dx
Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 18
3.6.2 Alhetas com secção uniforme
Assumindo que:

2 hP
m ≡ (3.62)
kAc
A equação fica:

d 2θ 2 (3.63)
2
−m θ =0
dx
A solução geral desta equação de segunda ordem é:

mx − mx
θ ( x) = C1e + C2 e (3.64)

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 19


3.6.2 Alhetas com secção uniforme
Uma das condições é a temperatura na base (x=0) θ (0) = Tb − T∞ ≡ θ b

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 20


3.6.2.1 Alheta que perde calor por convecção
pela sua extremidade
As alhetas, na prática, são expostas ao ambiente e, portanto, a
condição de contorno adequada para a ponta da alheta é a
convecção, que também inclui os efeitos da radiação. A
equação da alheta pode ainda ser resolvida, neste caso,
utilizando a convecção na ponta da alheta como a segunda
condição de contorno, mas a análise torna-se complexa e
resulta em expressões de distribuição da temperatura e da
transferência de calor complicadas.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 21


3.6.2.1 Alheta que perde calor por convecção
pela sua extremidade

Em geral, a área da ponta da alheta é uma pequena


fração da área total da superfície da mesma, assim, as
complexidades envolvidas na solução da equação,
dificilmente podem justificar uma melhora na
exactidão.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 22


3.6.2.1 Alheta que perde calor por
convecção pela sua extremidade
Para determinar as constantes C1 e C2 na Equação 3.64, é
necessário estabelecer as condições de contorno.

Q! b = Q! f hAc [T ( L) − T∞ ]

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 23


3.6.2.1 Alheta que perde calor por
convecção pela sua extremidade
dT (3.65)
hAc [T ( L) − T∞ ]= −kAc
dx x=L

ou

hθ ( L) = −k (3.66)
dx x=L

dai:
θ b = C1 + C2 (3.67)

e:
( ) (
h C1e mL + C2 e − mL = km C2 e − mL − C1e mL ) (3.68)

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 24


3.6.2.1 Alheta que perde calor por convecção
pela sua extremidade

logo, a distribuição da temperatura é dada por:

θ cosh m( L − x) + ( h mk ) sinh m( L − x)
= (3.69)
θb cosh mL + ( h mk ) sinh mL

O calor perdido pela alheta calcula-se de:

dT dθ
Q! f = Q! b = −kAc = −kAc (3.70)
dx x =0 dx x =0

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 25


3.6.2.1 Alheta que perde calor por convecção
pela sua extremidade

Que resulta em:

sinh mL + (h mk ) cosh mL
Q! f = hPkAc θ b (3.71)
cosh mL + (h mk ) sinh mL

Uma outra forma que integra as perdas de calor por convecção é:

Q! f = ∫ h[T ( x) − T∞ ]⋅ dAs (3.72)


Af

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 26


3.6.2.2 Alheta com extremidade isolada
As alhetas não são susceptíveis de ser tão longas que a sua
temperatura se aproxime da temperatura ambiente na ponta.
Uma situação mais realista é a transferência de calor da ponta
da alheta ser desprezada dado que a transferência de calor da
alheta é proporcional à sua superfície e a superfície da ponta
da alheta é geralmente uma fracção insignificante da área
total da alheta. A ponta da alheta pode ser considerada como
isolada.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 27


3.6.2.2 Alheta com extremidade isolada
A condição de contorno na ponta da alheta pode ser expressa
por:

=0
dx x =L (3.73)
então:
C1e mL − C2 e −mL = 0 (3.74)

O perfil de temperaturas toma o seguinte aspecto:


θ cosh m( L − x) (3.75)
=
θb cosh mL

O calor dissipado pela alheta avalia-se de:


Q! f = hPkAc θ b tanh mL (3.76)

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 28


3.6.2.2 Alheta com extremidade isolada
Quando se refere a uma alheta cuja extremidade se encontra
isolada, é muito frequente usar-se o conceito de comprimento
corrigido Lc que permite usar as expressões relativas à alheta com
convecção no seu extremo, com um erro não superior a 8%.

Ac
Lc = L +
p (3.77)

Usando as relações próprias de Ac e p para alhetas de secção


rectangular e circular os comprimentos corrigidos ficam
respectivamente :

t D
Lc,rectangular = L + Lc,circular = L +
2 4

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 29


3.6.2.2 Alheta com extremidade isolada

O comprimento
corrigido Lc é definido
como o comprimento de
uma alheta com o extremo
isolado, que transfere o
mesmo calor que uma alheta
de comprimento L com
convecção no extremo.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 30


3.6.2.3 Alheta com temperatura prescrita na
sua extremidade

Se a temperatura da alheta no seu extremo for medida e igual a TL


a segunda condição de contorno pode ser dada como: em X = L,
θ = θL.

θ (L ) = T (L )

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 31


3.6.2.3 Alheta com temperatura prescrita na
sua extremidade
Da condição de contorno resulta:
(3.78)
θ ( L) = θ L

O perfil de temperaturas é dado por:


θ (θ L θ b ) sinh mx + sinh m( L − x)
= (3.79)
θb sinh mL

O calor dissipado pela alheta é calculado de:

cosh mL − θ L θ b
Q! f = hPkAc θ b (3.80)
sinh mL

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 32


3.6.2.4 Alheta com comprimento infinito

Para a alhetas suficientemente longas com secção


transversal constante (Ac=constante), a temperatura da
alheta no seu extremo tenderá para a temperatura
ambiente T∞ e portanto θ tenderá para zero. Isto é:

θ (L ) = T (L ) − T∞ = 0

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 33


3.6.2.4 Alheta com comprimento infinito


Da condição de contorno resulta:

θ ( L) = 0 (3.81)

O perfil de temperaturas é dado por

θ
= e − mx (3.82)
θb

O calor dissipado pela alheta é calculado de:

Q! f = hPkAc θ b (3.83)

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 34


3.6.2.4 Alheta com comprimento infinito


Variação de
temperatura ao longo
de uma alheta longa de
secção circular
constante.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 35


3.6.3. Eficiência da alheta

Transferência de
calor real e ideal em
uma alheta.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 37


3.6.3. Eficiência da alheta
Eficiência Calor realmente transferido pela alheta
da = = ηa
alheta Calor que seria transferido se toda alheta
estivesse à temperatura da base

Para o caso da alheta com extremidade isolada pode-se escrever:


hPkAθ b tanh mL tanh mL
ηa = = (3.84)
hPLθ b mL
Se as alhetas forem suficientemente delgadas para o fluxo de
calor ser considerado unidimensional pode-se escrever:

hP h(2 z + 2t )
mL = L= L (3.85)
kA kzt
Onde: z – é a profundidade da alheta e t - a sua espessura

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 38


3.6.3. Eficiência da alheta
Partindo do principio que a alheta é suficientemente delgada
2z>>2t, escreve-se:
2hz 2h
mL = L= L (3.86)
ktz kt

Multiplicando o numerador e denominador por L(1/2) obtém-se:


2h 3 2
mL = L
kLt

Lt é a área do perfil da alheta que define-se como Am= Lt, assim:

2h 3 2
mL = L (3.87)
kAm

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 39


3.6.3. Eficiência da alheta

Para uma situação em


que se tem um arranjo
de várias alhetas, tem
de se tomar em conta as
áreas, com e sem
alhetas, para se fazer o
cálculo da eficiência do
arranjo.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 40


3.6.3. Eficiência da alheta
Q! t Q! t
ηt = ! = (3.88)
Qmax hAtθ b
Sendo:

At = NAa + Ab (3.89)
Ou por outra:
NAa
ηt = 1 − (1 − η a ) (3.90)
At
Onde:
N - é o número de alhetas
Aa = Af - área da alheta
Ab – área da superfície primária
Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 41
3.6.3. Eficiência da alheta

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 42


3.6.3. Eficiência da alheta

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 43


3.6.4. Desempenho da alheta

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 44


3.6.4. Desempenho da alheta
Em alguns casos um método válido de avaliar o desempenho de
uma alheta é comparar o calor transferido com a alheta com
aquele que seria transferido sem a alheta. A razão entre as
quantidades é:
Q! com alheta η a Aa hθ b Aa
! = = ηa (3.91)
Qsem alheta hAbθ b Ab
Onde Aa é a área superficial total da alheta Ab a área da base da
alheta. Para a alheta de extremidade isolada pode-se escrever:
Aa = pL e Ab = A (3.92)
Qcom alheta tanh mL
= (3.93)
Qsem alheta hA kP

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 45


3.6.4. Desempenho da alheta
A taxa de transferência de calor para uma alheta suficientemente
longa consegue-se substituindo na fórmula anterior a de
transferência de calor para essa situação dada pela Equação 3.82

Q! com alheta Aa hpkθ b kp


ε alheta longa = ! = = (3.94)
Qsem alheta hAbθ b hAb

Para determinar a taxa de transferência de calor de uma região


alhetada tem de se ter em consideração a parte da superfície que
não está alhetada bem como a área das alhetas.
Qa ,tot = Q! ñ alh + Q
! = hA θ + η hA θ
alh ñ alh b alh alh b

= h(Añ alh + η alh Aalh )θ b (3.95)

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 46


3.6.4. Desempenho da alheta

A eficácia global para uma


região alhetada é dada pela
seguinte equação:

Q! total alheta
ε alheta,total =
Q! total sem alheta
h(Añ alh + η alh Aalh )θ b (3.95)
=
hAsem alhetaθ b

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 47


3.6.5 Comprimento adequado da alheta

Devido a perda gradual de


temperatura ao longo da
alheta, a região perto do
extremo da alheta
contribui em pouco ou em
nada para a transferência
de calor.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 48


3.6.5 Comprimento adequado da alheta

Para se ter a sensibilidade do comprimento adequado de uma


alheta, compara-se o calor transferido pela alheta de
comprimento finito com o de uma de comprimento infinito às
mesmas condições, que é dado pela expressão seguinte:

Q! com alheta hpkAa θ b tanh mL


ε alheta longa = = = tanh mL (3.97)
!
Qsem alheta hpkAa θ b

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 49


Exemplo 7.1
Se o valor do coeficiente de convecção for grande a alheta pode originar uma
redução na transferência de calor porque a resistência à condução representa
então um impedimento maior ao fluxo de calor que a resistência a convecção.
Considere-se uma alheta de aço inoxidável em forma de pino com k = 16 W/m·ºC,
L=10 cm, d = 1 cm exposta a uma situação de transferência de calor por
convecção, de água em ebulição onde h = 5000 W/m2 oC

Solução .& 5000π 1×10 − 2 (4 )#1 2


( ( ) +
(
!
tanh -$ 2 ! (
10 ×10 − 2 )
*
Q
ε = ! com alheta =
tanh mL (
(,%$ 16π 1×10
−2
)"! ()
= = 1,13
Q sem alheta hA kP & 5000π 1×10 − 2 2 #
12

$
( )
−2 !
$% (4)(16)π (1×10 ) !"

Um pino relativamente grande aumenta a área de transferência de calor em


13% somente.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 50


3.7 Transferência de Calor em Configurações Usuais


Até agora, foi considerada a transferência de calor em


geometrias simples, como grandes paredes planas, cilindros
longos e esferas. Isso ocorreu porque a transferência de calor
em geometrias pode ser aproximada a unidimensional e
soluções analíticas simples podem ser facilmente obtidas. Mas
muitos problemas na prática, são de duas ou três dimensões e
envolvem geometrias bastante complicadas para as quais não há
soluções simples disponíveis.

Prof Dr. Engº Jorge Nhambiu 51


3.7 Transferência de Calor em Configurações
Usuais
Uma importante classe de problemas de transferência de calor
para os quais soluções simples são obtidas, engloba aquelas que
envolvem duas superfícies mantidas a temperaturas constantes
T1 e T2. A taxa constante de transferência de calor entre as duas
superfícies é expresso como:

Q = Sk (T1 − T2 ) (W) (3.96)

Onde: S é o factor de forma de condução, que tem a dimensão


de comprimento, e k é a condutividade térmica do meio entre as
superfícies. O factor de forma de condução depende somente da
geometria do sistema.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 52


3.7.1 Factor de Forma de Condução
(1) Cilindro isotérmico de (2) Cilindro vertical isotérmico, de
comprimento L, enterrado em um comprimento L, enterrado em um
meio semi-infinito (L>> D e z> 1.5D) meio semi-infinito (L>> D)

2π L 2π L
S= S=
ln (4 z D ) ln (4 L D )

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 53


3.7.1 Factor de Forma de Condução
(3) Dois cilindros isotérmicos (4) Fila de cilindros isotérmicos
paralelos colocados num meio infinito paralelos equidistantes enterrados num
(L>> D meio semi-infinito (L>> D, Z e W>
1.5D) (por cilindro)

2π L
S= 2π L
−1 # 4 z 2
− D 2
− D 2
$ S=
cosh % 1 2
& " 2w 2π z #
' 2 D D ( ln $ sinh %
1 2
&πD w '

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 54


3.7.1 Factor de Forma de Condução
(5) Cilindro isotérmico de (6) Cilindro isotérmico de
comprimento L num plano intermédio comprimento L no centro de uma
de uma parede infinita (z> 0,5D) barra quadrada sólida do mesmo
comprimento

2π L 2π L
S= S=
ln (8 z π D ) ln (1, 08 w D )

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 55


3.7.1 Factor de Forma de Condução
(7) Cilindro excêntrico isotérmico de (8) Grande parede plana
comprimento L em um cilindro do
mesmo comprimento (L> D

2π L
S= 2 2 2
−1 # D − D − 4 z $ A
cosh % 1 2
& S=
' 2 D D
1 2 ( L

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 56


3.7.1 Factor de Forma de Condução
(9) Camada cilíndrica (10) Passagem de fluxo quadrada

para a b > 1, 4
2π L
S=
0,93ln (0,948 a b )
para a b < 1, 41
2π L
S=
2π L 0, 785ln (a b )
S=
ln (D2 D1 )

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 57


3.7.1 Factor de Forma de Condução
(11) Camada esférica (12) Disco enterrado num meio
infinito paralelamente a superfície
(z>>D)

2π D1 D2 S = 4D
S=
D2 − D1 (S = 2 D quando z = D )

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 58


3.7.1 Factor de Forma de Condução
(13) Canto entre duas paredes (14) Canto entre três paredes
adjacentes de espessura igual adjacentes de espessura igual

S = 0,54 w S = 0,15 L

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 59


3.7.1 Factor de Forma de Condução
(15) Esfera isotérmica enterrada num (16) Esfera isotérmica enterrada em
meio semi-infinito um meio semi-infinito a T
superfície encontra-se isolada

2π D 2π D
S= S=
1 − 0, 25 D z 1 + 0, 25 D z

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 60


Exemplo 7.2
Um tanque cilíndrico 0,6 m de diâmetro e 1,9 m de comprimento,
contendo gás natural liquefeito (GNL) a -160 ° C é colocado no
centro de uma barra quadrada sólida de 1,9 m de comprimento,
1,4 m x 1,4 m de secção, feita de um material isolante com k =
0,0006 W/m °C. Se a temperatura da superfície externa da barra
for de 20 °C, determinar a taxa de transferência de calor para o
tanque. Determinar também a temperatura de GNL após um mês.
Considere a massa específica e o calor específico do GNL , 425
kg/m3 e 3,475 kJ / kg° C, respectivamente.

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 61


Exemplo 7.2 (Solução I)
Um tanque cilíndrico contendo gás natural liquefeito (GNL) é
colocado no centro de uma barra quadrada sólida. Devem ser
determinadas a taxa de transferência de calor para o tanque e a
temperatura do GNL ao fim de um mês.
Pressupostos: 1 O regime é permanente. 2 A transferência de calor
é bidimensional (sem alteração no sentido axial). 3 A
condutividade térmica da barra é constante. 4 A superfície do
tanque está a mesma temperatura que o gás natural liquefeito.

Propriedades: A condutividade térmica da barra é dada k =
0,0006 W /m⋅°C. A massa específica e o calor específico do GNL
são 425 kg/m3 e 3,475 kJ/kg⋅°C, respectivamente,

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 62


Exemplo 7.2 (Solução II)
Análise: O factor de forma para esta configuração é dado na
Figura (6)
20°C

2π L 2π (1,9 m) -­‐160°C
S= = = 12,92 m
" 1, 08w # " 1, 4 m #
ln $ % ln $ 1, 08 D = 0,6 m 1,4  m
& D ' & 0, 6 m %'
L  =  1,9  m

O calor transferido determina-se de:

Q! = Sk (T1 − T2 ) = (12,92 m)(0, 0006 W/m ⋅°C) [20 − (−160) ]°C = 1, 395 W

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 63


Exemplo 7.2 (Solução III)

A massa de GNL é dada por:


D3 3 (0, 6 m)3
m = ρV = ρπ = (425 kg/m )π = 48, 07 kg
6 6
O calor transferido pelo tanque no período de um mês:

Q = Q! Δt = (1,395 W)(30 × 24 × 3600 s) = 3615840 J


A temperatura do gás natural ao fim de um mês calcula-se de:
Q = mC p (T1 − T2 )
3615840 J = (48,07 kg)(3475 J/kg.°C) [(−160) − T2 ]°C
T2 = -138, 4°C

Prof. Doutor Engº Jorge Nhambiu 64

Potrebbero piacerti anche