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Nº 5/15
INTRODUÇÃO
A presente Informação Fiscal destina-se a ser distribuída entre Clientes e Colegas e a O primeiro pilar, comum a muitos outros
informação nela contida é prestada de forma geral e abstracta. Não deve servir de base para
diplomas alterados no âmbito da Reforma
qualquer tomada de decisão sem assistência profissional qualificada e dirigida ao caso
concreto. O conteúdo desta Informação Fiscal não pode ser reproduzido, no seu todo ou em Tributária, baseia-se na necessidade de
parte, sem a expressa autorização do editor. Caso deseje obter esclarecimentos adicionais
sobre este assunto contacte contacto@rffadvogados.pt. aprimorar tecnicamente, certos aspectos do 01
*** regime, nomeadamente, clarificando os
Esta Informação Fiscal é enviada nos termos dos artigos 22.º e 23.º do Decreto-Lei n.º
conceitos de sujeito passivo, obrigação de
7/2004, de 7 de Janeiro, relativa ao envio de correio electrónico não solicitado. Caso liquidação, pagamento, assim como a correcta
pretenda ser removido da nossa base de dados e evitar futuras comunicações semelhantes,
por favor envie um email com “Remover” para o endereço email
newsletter@rffadvogados.com.
O segundo pilar consiste na clarificação e Alarga-se, por sua vez, o conceito de aluguer
transposição para o novo RIC do regime das de viaturas, que abrange transportes
companhias petrolíferas, principalmente, no marítimos e aéreos de passageiros, bem
que toca à sua relação com terceiros sujeitos a como, cargas e contentores e respectiva
Imposto de Consumo e, bem assim, à adopção armazenagem, desde que realizada em
de um regime diferenciado de tributação para território nacional.
entidades que exerçam operações petrolíferas
em áreas concessionadas e que se encontrem No que diz respeito às entidades sujeitas a
em fase de pesquisa ou desenvolvimento, imposto sobre o consumo, o legislador vem
conferindo estabilidade e viabilidade a esclarecer que o imposto constitui encargo
investimentos que se encontrem nessa fase. dos adquirentes dos bens ou serviços sujeito a
este imposto.
No terceiro pilar, pretendeu-se um maior
controlo na arrecadação de receita fiscal de ISENÇÕES
Imposto de Consumo pago pelas companhias
petrolíferas, bem como a adopção de medidas As isenções constantes do anterior RIC
que garantam de forma mais eficaz que esse mantêm-se em vigor. Contudo, esclarece-se
custo é dedutível para efeitos da determinação que, para além da isenção de Imposto de
do rendimento tributável em sede de outros Consumo a bens importados pelas missões
impostos, nomeadamente, impostos sobre o diplomáticas e consulares (quando haja
rendimento. reciprocidade de tratamento), estão isentos os
bens importados por organizações
Assim sendo, o presente diploma pretendeu internacionais, bem como certos serviços
ajustar e actualizar o regime do imposto sobre adquiridos e destinados exclusivamente a
o consumo, em geral, às mais recentes missões diplomáticas, consulares e
evoluções legais e, em concreto, aperfeiçoar organizações internacionais acreditadas em
este regime no que diz respeito às companhias Angola, desde que devidamente identificadas
petrolíferas. na respectiva factura ou documento
equivalente.
INCIDÊNCIA
Esclarece-se, ainda, que são aplicáveis aos
02
No que diz respeito ao âmbito das realidades bens produzidos em Angola os benefícios ou
sobre as quais incide imposto sobre o vantagens fiscais já concedidas ou que
consumo, destaca-se a eliminação da sujeição venham a ser concedidas, em sede de Imposto
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de Consumo, às operações de importação de desequilíbrios capazes de inviabilizar
certos bens. economicamente o projecto.
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imposto no momento da emissão da factura
Foram também alterados os pressupostos ou documento equivalente.
para determinação oficiosa do Imposto de
Consumo. Com efeito, a Administração passa Neste caso, no momento do pagamento, a
a poder utilizar métodos indirectos, utilizando sociedade petrolífera deverá manter cativos os
a informação contabilística e fiscal dos valores correspondentes ao Imposto de
contribuintes que se relacionem com o sujeito Consumo e, posteriormente, proceder à
passivo, sempre que haja ausência, entrega desses valores.
insuficiência, ou falta de idoneidade dos
elementos necessários à determinação do Caso as sociedades petrolíferas não procedam
imposto devido. Tendo em conta que esta à entrega do montante retido, não poderão
matéria se encontra amplamente regulada no deduzir o custo, para efeitos de determinação
Código Geral Tributário, o RIC remete para as do rendimento tributável em sede de impostos
regras estabelecidas naquele Código. sobre o rendimento.
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Deste modo, a Tabela I, que discrimina os bens PAGAMENTO
sujeitos à taxa reduzida de 2% - aplicável aos
bens de primeira necessidade é, em geral, As regras relativas ao pagamento, em geral,
mantida, sendo sujeita apenas a pequenas mantêm-se, sendo apenas introduzidas certas
clarificações. disposições relativas ao pagamento de
Por sua vez, a Tabela II, que inclui a Imposto de Consumo por sociedades
discriminação de certos bens, considerados petrolíferas.
“de luxo”, sujeitos a uma taxa agravada de
20% ou, de 30%, consoante os bens em causa Com efeito, de acordo com o novo regime, as
foi, também, em geral, mantida, sendo, referidas sociedades deverão entregar
densificada e clarificada a sujeição a imposto mensalmente, na Repartição de Finanças, uma
de certos bens. Aqui encontram-se, entre o declaração contendo a informação relativa ao
mais, bebidas alcoólicas e tabaco, vestuário e volume de operações e serviços realizados no
acessórios, bijuteria, objectos para arranjos de mês anterior em que foi liquidado o Imposto de
cabelo, aparelhos de radiofusão, monitores e Consumo na factura.
projectores, automóveis, iates, câmaras
fotográficas, relógios etc. Após a entrega da referida declaração, as
sociedades petrolíferas deverão proceder à
Por fim, a Tabela III, que contém uma lista de entrega do Imposto de Consumo liquidado nas
serviços sujeitos a Imposto de Consumo, cuja facturas efectivamente pagas, sendo,
taxa poderá ser de 5% ou 10% foi ligeiramente consequentemente, emitido um Documento
alterada. de Arrecadação de Receita.
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Contudo, mantém-se no RIC a menção de
obrigação de emitir facturas ou documento
equivalente.
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