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Soc.

Professor: Gui Franco


Monitor: Leidiane Oliveira

Soc.
As origens da Sociologia:
12
Comte / Spencer e
set
Durkheim

RESUMO
Augusto Comte
Desde os primórdios da história, os seres humanos vivem em sociedade - e desde estes tempos
imemoriais os homens buscam explicar o que significa viver em sociedade. Entretanto, foi apenas no século
XIX que surgiu a sociologia, uma ciência exclusivamente voltada para a compreensão da vida em sociedade.
De fato, até aquele momento existiam explicações para a vida social, mas elas eram derivadas ou da religião,
ou da arte, ou da filosofia, ou do senso comum. Uma ciência social propriamente não havia - criá-la foi o
grande mérito do pensador francês Augusto Comte.
Pensador da primeira metade do século XIX, Augusto Comte vivenciou uma Europa ainda sob forte
impacto direto das três grandes revoluções do século XVIII: a Revolução Francesa (transformação política), a
Revolução Industrial (transformação econômica) e o Iluminismo (transformação ideológica). Em virtude de
tudo aquilo que havia acontecido no século anterior, o mundo do começo dos anos de 1800 era radicalmente
diferente do mundo que existia antes. Isto, naturalmente, além de insegurança, incerteza e conflitos, causava
muita incompreensão. A Europa estava em crise: como era possível que uma sociedade se modificasse tanto
em tão pouco tempo?
Pois foi nesse cenário que Augusto Comte teve a ideia de criar um novo ramo do conhecimento
científico. No seu entendimento, apenas uma ciência especialmente voltada para a compreensão da vida em
sociedade poderia explicar todo aquele processo de transformação social vivenciado no século XIX e de
ascensão da sociedade moderna capitalista. Diante de um fenômeno tão extraordinário, as considerações da
religião, da arte, da filosofia e do senso comum não eram mais suficientes. Era necessário criar uma
sociologia, forma de conhecimento que, não à toa, ficou conhecida como a
por ser fruto da crise civilizacional enfrentada pela Europa naquele momento histórico.
Ora, e como Comte formulou essa nova ciência? Sua fonte de inspiração - não poderia ser outra -
foram as ciências naturais, únicas formas de conhecimento científico que tratam sobre o mundo real (a
matemática trata de entidades ideais) até então existentes e satisfatórias. Chegando a chamar sua nova
projeto fundamental
de seu pensamento criar uma forma de conhecimento sobre a sociedade tão precisa quanto a física é sobre
a natureza. Para que se realizasse tal intento, dizia Comte, o sociólogo deveria literalmente imitar o

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procedimento de trabalho do cientista natural: primeiro, procurando na sociedade leis, padrões de
comportamento regulares, tal como o físico busca por leis da natureza; segundo, não permitindo que suas
crenças e valores pessoais interfiram no seu trabalho, que deve sempre ser neutro, objetivo e imparcial.
Do ponto de vista de sua concepção de sociedade, Comte era um organicista, isto é, via o corpo
social como uma grande organismo no qual cada parte cumpre um papel em função do todo: o indivíduo é
que deveria ser compreendido à luz dos padrões sociais e não o contrário. Do ponto de vista de sua
concepção do desenvolvimento histórico da humanidade, Comte era decididamente um cientificista: para
ele, apenas o conhecimento científico é uma forma de conhecimento válido. Aliás, a corrente sociológica

A evolução científica da humanidade, de acordo com Comte, teria se dado por etapas, primeiro surgindo
ciências mais básicas e mais gerais, para depois surgirem ciências mais complexas e mais específicas,
fundadas nos princípios estabelecidos pelas ciências anteriores. Assim, a primeira ciência historicamente teria
sido a matemática, que trata de entes abstratos, ideais: os números. Depois teria vindo a astronomia, primeira
ciência a tratar do mundo concreto, mas tratando daquela parte deste mundo que é mais regular e mais
distante de nós: os astros. A seguir, teria vindo a física, falando dos corpos de modo mais amplo. Depois, a
química, tratando dos fatos e reações internos aos corpos. Em seguida, a biologia, tratando de um tipo
específico de corpos: os seres vivos. Então, com Comte, sustentada em todos esses conhecimentos
anteriores, teria surgido a sociologia, ciência focada especificamente no homem e então desta derivaria a
seguir a moral, primeira ciência prescritiva e não meramente descritiva, consumação de todo o edifício do
conhecimento.
O cientificismo de Comte é particularmente nítido naquela que ele propõe como a lei máxima da
sociologia, a lei que explicaria toda a evolução das sociedades humanas: a lei dos três estados. Segundo tal
teoria, a humanidade, tanto individualmente quanto socialmente, passa sempre por três estados sucessivos.
Uns param no primeiro estado, outros vão ao segundo, outros enfim chegam ao terceiro, mas essa ordem é
absolutamente necessária: sempre se começa do estado mais básico e o terceiro é sempre o nível máximo
ao qual se pode chegar, plena realização da humanidade. O primeiro estado é o estado teológico ou fictício,
no qual a realidade é explicada fundamentalmente através da religião, mediante o apelo a seres sobrenaturais.
O segundo estado é o estado metafísico ou abstrato, no qual o mundo é explicado a partir dos complexos e
abstratos raciocínios da filosofia tradicional ou metafísica, mediante o apelo a causas ocultas. Finalmente, o
terceiro e último estado é o estado científico ou positivo, no qual as coisas se explicam pela ciência, mediante
o apontamento de leis gerais, padrões de regularidade. Perceba-se aqui que o estado científico é claramente
o superior e único capaz de saciar a inteligência e as potencialidades humanas. Ao criar a sociologia, Comte
teria introduzido o estudo da sociedade neste terceiro estado.
Por fim, cabe dizer, tal era a confiança de Comte em seu projeto que tal deveria ter, no entendimento
dele, consequências políticas e religiosas. Do ponto de vista política, Comte era um duro crítico da
democracia, pensando que o regime ideal é o sofocrático, isto é, o governo dos sábios, que, na sua
compreensão, são naturalmente os cientistas, em especial os cientistas sociais. Do ponto de vista religioso,
Comte desprezava a religião como meio de explicação do mundo, em virtude de seu apelo ao sobrenatural.
No entanto, estimava que ela cumpre um papel social muito importante, de moralização dos indivíduos e de
coesão social. Por isso, propôs a criação de uma religião cientificamente fundamentada, a Religião da
Humanidade, na qual se cultua não a Deus, mas à Razão, e onde os santos venerados são os grande sábios,
como Aristóteles, Galileu, etc.
O positivismo comteano teve enorme influência no Brasil. Ele foi, por exemplo, a grande corrente

progresso
no qual há um templo da Igreja Positivista fundada por Augusto Comte.

Herbert Spencer
Paralelamente a Augusto Comte, e posterior a ele, Herbert Spencer foi uma figura muito importante
no estabelecimento e desenvolvimento da sociologia. Tal como seu predecessor positivista, o sociólogo
britânico tinha como maior referencial de trabalho o modo de operação das ciências naturais. No seu caso,
mais especificamente a biologia.
De fato, além de assumir a metáfora organicista de Comte, que em si mesma tem uma ênfase
biológica muito forte, Spencer foi profundamente influenciado pela teoria da evolução que então se
desenvolvia na Europa, em especial através dos textos de Darwin. Aplicando a lógica da seleção natural, da
sobrevivência do mais apto, à vida em sociedade, o influente pensador é considerado o pai do darwinismo

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social, perspectiva teórica segundo a qual as sociedades humanas vivem em um constante processo
evolutivo. Nestel processo, as sociedades mais aptas e sólidas sobreviveriam, enquanto as menos aptas e
desenvolvidas ficariam pelo caminho.

Émile Durkheim
O projeto sociológico durkheimiano foi, acima de tudo, tornar a sociologia uma ciência rigorosa, com um
objeto e um método claros e definidos. Com efeito, não obstante concordasse com as ideias centrais de
Augusto Comte, Durkheim considerava que o fundador da sociologia não havia cumprido com pleno êxito
o seu projeto de construir uma ciência sobre a sociedade tão precisa quanto a física é sobre a natureza. De
fato, Comte efetivamente fundou uma ciência sociológica independente da filosofia, entretanto, as leis
sociais que ele propôs (em especial a lei dos três estados) permaneceram muito genéricas e distantes da
precisão e objetividade das leis descobertas pelas ciências da natureza, como a lei da gravidade ou a lei da
queda dos corpos. De acordo com Durkheim, em especial, faltou a Comte definir com clareza o objeto da
sociedade, isto é, o seu tema de estudo, e o método da sociologia, seus mecanismos de pesquisa e análise.
Para Durkheim, o objeto da sociologia são os padrões sociais, chamados por ele de fatos sociais. Na
prática, isto significa que, ao buscar compreender uma determinada sociedade, o sociólogo deve buscar
captar acima de tudo os comportamentos que nela são dominantes, sistêmicos, generalizados. As ações
incomuns e excepcionais, chamadas por Durkheim de anômicas, não são muitos úteis para a sociologia, pois
revelam mais sobre o indivíduo que as pratica do que sobre a sociedade em que ele vive. Naturalmente, como
os grupos sociais são diversos, o que é uma anomia em determinada cultura pode ser um fato social em outra,
e vice-versa.
Na perspectiva durkheimiana, há três características que nos permitem identificar os padrões sociais:
a coerção, a exterioridade, a generalidade.
Em primeiro lugar, todo fato social é necessariamente fruto de coerção, isto é, de pressão, de coação,
de imposição. Isto é assim, segundo Durkheim, pela própria diferença fundamental que há entre natureza e
sociedade. Enquanto os comportamentos naturais (como respirar, andar, como a queda dos corpos, a
gravidade, o funcionamento celular, etc.) são espontâneos, brotam da própria coisa sem qualquer pressão
externa, os comportamentos sociais são sempre necessariamente adquiridos, transmitidos pela sociedade,
impostos por ela. Basta pensarmos aqui no aprendizado da língua, no uso das vestimentas, na religião
professada, nas leis que se obedece. Nada disso surgiu naturalmente, tudo isso se vive e se segue por pressão
da sociedade.
Em segundo lugar, todo fato social é exterior. Este ponto é uma mera consequência do anterior: uma
vez que é sempre fruto da coação, da pressão do meio social, e que não é espontâneo, o fato social não tem
origem interna, mas externa, não vem de dentro do indivíduo, mas de fora.
Em terceiro lugar, todo fato social é geral. Aí entra um dado interessante: todo e qualquer
comportamento na sociedade, seja anômico ou fato social, possui as duas características anteriores - é fruto
de coerção e tem exterioridade. Por sua vez, este é o elemento que nos permite diferenciar um
comportamento padronizado na sociedade daquele que não é: uma vez que é um padrão social, um fato
social possui sempre generalidade, isto é, ele é sempre dominante na sociedade e praticado nas mais
diferentes esferas sociais. Uma observação importante: generalidade não é o mesmo que universalidade. O
que é geral vale na grande maioria dos casos, mas comporta exceções; o que é universal vale sempre, sem
exceções. Não há universalidade na sociedade.
Como se pode ver, Durkheim, tal como Comte, pensava que o homem é fortemente moldado pela
sociedade em que ele vive (expressando-se de maneira técnica, ele diz que a consciência individual é sempre
moldada e condiciona pela consciência coletiva, isto é, pela mentalidade média da sociedade, seu conjunto
de valores e ideias dominantes) e que por isso o interesse do sociólogo deve voltar-se apenas para os padrões
sociais. Por essas e outras, aliás, é que Durkheim é considerado um autor positivista e o mais famoso
continuador da perspectiva comteana. De fato, não obstante criticar vários aspectos secundários do
pensamento de Comte (em especial, a vagueza de suas ideias, a religião da humanidade e o projeto político
positivista), Durkheim assumiu como suas as ideias-chaves do seu predecessor: a necessidade de um
conhecimento social capaz de compreender as características da sociedade moderna, a crença na
incapacidade da filosofia de cumprir esse papel, o projeto de construção de uma ciência da sociedade
independente da filosofia, a ideia de que esta ciência deve tomar como modelo as ciências naturais e a tese
de que o trabalho do sociólogo deve focar-se nos padrões sociais.
Do ponto de vista do método, como vimos, Durkheim considerava que o sociólogo deve, tal como
o físico e o químico, buscar por padrões de regularidade, que, no caso dele, seriam os fatos sociais. Além
disso, fortemente influenciado pelas ciências naturais - seu modelo de pensamento -, o sociólogo francês

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afirmava que as virtudes principais de um pesquisador social são a neutralidade e a objetividade. Na prática,
isto significa que um sociólogo jamais deve permitir que os seus valores pessoais ou a sua visão de mundo
interfiram no seu trabalho. Sua análise deve ser meramente descritiva, nunca avaliativa, concentrada apenas
em compreender a sociedade que está pesquisando, não em julgá-la ou classificá-la.
Tal como Comte e todo os demais grandes nomes da sociologia, Émile Durkheim destacou-se pela
explicação que desenvolveu para o origem da sociedade capitalista moderna. Diferente, porém, de seu
predecessor, que via no surgimento da sociedade moderna a passagem de um estado metafísico, dominado
por explicações filosóficas, para um estado positivo, dominado por explicações científicas, Durkheim via na
passagem das sociedades tradicionais para a Modernidade acima de tudo uma mudança na solidariedade
social, isto é, no mecanismo de coesão e unidade da sociedade.
De acordo com Durkheim, nas sociedades tradicionais, pré-modernas, anteriores ao capitalismo, a
divisão social do trabalho, isto é, a especialização profissional era pequena. Isto ocasionava poucas diferenças
entre os indivíduos e fazia da sociedade algo mais homogêneo. Assim, a coesão social era realizada e
garantida através do compartilhamento de uma mesma visão de mundo, de um mesmo conjunto de ideias e
valores dominantes. Foi o caso, por exemplo, da Idade Média ocidental, onde a fé católica era o eixo
unificador da sociedade, e do Egito Antigo, onde a cosmovisão daquela sociedade é que unia todos os seus
membros. Este modelo de coesão social é chamado por Durkheim de solidariedade mecânica.
Nas sociedades modernas, por sua vez, o capitalismo promoveu uma enorme acentuação na divisão social
do trabalho. Isso exacerbou a especialização profissional e, portanto, a individualidade. Por isso, a sociedade
moderna é heterogênea, contando com grande diversidade de religiões e de visões de mundo no interior de
um mesmo contexto social. Daí também porque, na Modernidade, o que une e congrega a sociedade não é
o fato das pessoas partilharem uma mesma visão de mundo, mas sim o fato de elas serem mais
interdependentes no mundo do trabalho. De fato, o aumento da especialização profissional, vigente no
capitalismo, torna as pessoas mais interdependentes, uma vez que elas exercem funções mais específicas e,
portanto, são mais difíceis de serem substituídas no mundo do trabalho. A consequência disso é que a
sociedade capitalista não precisa do compartilhamento de uma mesma visão de mundo para que os
indivíduos vivam coesos nela: o que os une são os laços de interdependência econômica. É o que Durkheim
chamava de solidariedade orgânica.

EXERCÍCIOS DE AULA
1. Leia os textos a seguir:

Texto 1

Toda maneira de agir, fixa ou não; suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou
então, ainda que seja geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria,
independentemente das manifestações individuais que possa ter.
SILVA, José Otacílio da. Elementos da Sociologia Geral. 2. ed. Cascavel: Edunioeste, 2006, p. 102.

Texto 2

A interação entre torcedor e jogador constitui-se em um fenômeno social, pois seus agentes têm um
ao outro como referência para seus atos. Do mesmo modo, podem ser tratadas todas as interações
existentes no âmbito do esporte, que, no geral, tomam o comportamento do jogador como referência,
orientando seus atos a partir desse parâmetro.
DIAS, Reinaldo. Introdução à Sociologia. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010, p. 15.

Os estudos sociológicos se baseiam em vários objetos que são temas específicos de investigação.

Os objetos de estudos descritos nos textos 1 e 2 são, respectivamente,


a) dialética e materialismo.
b) fato social e ação social.
c) fato social e materialismo.

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d) positivismo e funcionalismo.
e) funcionalismo e sociologia compreensiva.

2. A cidade desempenha papel fundamental no pensamento de Émile Durkheim, tanto por exprimir o
desenvolvimento das formas de integração quanto por intensificar a divisão do trabalho social a ela
ligada.
Com base nos conhecimentos acerca da divisão de trabalho social nesse autor, assinale a alternativa
correta.
a) A crescente divisão do trabalho com o intercâmbio livre de funções no espaço urbano torna
obsoleta a presença de instituições.
b) A solidariedade orgânica é compatível com a sociedade de classes, pois a vida social necessita
de trabalhos diferenciados.
c) solidariedade
mecânica em detrimento da solidariedade orgânica.
d) O efeito principal da divisão do trabalho é o aumento da desintegração social em razão de
trabalhos parcelares e independentes.
e) O equilíbrio e a coesão social produzidos pela crescente divisão do trabalho decorrem das
vontades e das consciências individuais.
3. Leia o texto a seguir:

Acordei pensando... Que não agimos apenas por nosso desejo Que sempre fazemos as coisas
pensando em outros... Que nossas ações só existem em relação a nossa família, vizinhança, cidade Que
essas ações, de espírito coletivo, geram solidariedade Que quanto mais amor e relações existirem, mais
coletivas serão nossas ações Que os desejos ocultos e egoístas camuflam a infelicidade de quem é
incapaz de pensar no coletivo.
Disponível em: http://manguevirtual.blogspot.com.br/search/label/POESIA

Acerca dos aspectos que definem o objeto de estudo sociológico contido no texto, assinale a
alternativa INCORRETA.
a) A coerção é uma característica importante para adaptar os indivíduos às regras da sociedade em
que vivem.
b) A educação dos indivíduos é uma forma utilizada pela sociedade para internalizar, nas pessoas,
hábitos e costumes do grupo social.
c) A ação individual é importante para a formação da coletividade, mas a vontade individual é
fundamental para a constituição da solidariedade. Sem esta não existe sociedade.
d) A generalidade é um aspecto importante nas ações coletivas, pois as regras e normas sociais são
comuns a todos os membros de uma sociedade.
e) As instituições sociais são responsáveis pela socialização e pelo controle das ações individuais.
Elas ensinam os indivíduos a seguirem as regras sociais que lhes são exteriores.

4. Leia o texto a seguir.

Sentir-se muito angustiado com a ideia de perder seu celular ou de ser incapaz de ficar sem ele por

afeta principalmente os viciados em redes sociais que não suportam ficar desconectados. Uma parte
da população acha que, se não estiver conectada, perde alguma coisa. E se perdemos alguma coisa,
ou se não podemos responder imediatamente, desenvolvemos formas de ansiedade ou nervosismo.
(Adaptado de: O medo de não ter o celular à disposição cria nova fobia. Disponível em: <exame.abril.com.br/estilo -de-
vida/comportamento/noticias/o-medo-de-nao-ter-o-celular-a-disposicao-cria-nova-fobia>. Acesso em: 9 abr. 2012.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre socialização e instituições sociais, na perspectiva
funcionalista de Durkheim, assinale a alternativa correta.
a) A nomofobia reduz a possibilidade de anomia social na medida em que aproxima o contato em
tempo real dos indivíduos, fortalecendo a integração com a vida social.
b) As interações sociais via tecnologias digitais são uma forma de solidariedade mecânica, pois os
indivíduos uniformizam seus comportamentos.

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c) O que faz de uma rede social virtual uma instituição é o fato de exercer um poder coercitivo e ao
mesmo tempo desejável sobre os indivíduos.
d) O uso de interações sociais por recursos tecnológicos constitui um elemento moral a ser
compreendido como fato social.
e) Para a nomofobia ser considerada um fato social, faz-se necessário que esteja presente em uma
diversidade de grupos sociais.

5. Os crescentes casos de violência que, recorrentemente, têm ocorrido em nível nacional e


internacional, diuturna e diariamente noticiados pela imprensa, convidam a pensar em uma situação
de patologia social. No entanto, para Durkheim, o crime, ainda que fato lastimável, é normal, desde
que não atinja taxas exageradas. É normal, porque existe em todas as sociedades; para o sociólogo, o
crime seria, inclusive, necessário, útil. Sem pretender fazer apologia do crime, compara-o à dor, que
não é desejável, mas pertence à fisiologia natural e pode sinalizar a presença de moléstias a serem
tratadas.

O crime seria, pois, para Durkheim, socialmente funcional, porque


a) exerce um papel regulador, contribuindo para a evolução do ordenamento jurídico e possível
advento de uma nova moral.
b) é fator de edificação e fortalecimento da solidariedade orgânica, que se estabelece nas sociedades
complexas.
c) legítima a ampliação do aparelho repressivo e classista do Estado burocrático nas sociedades
baseadas no sistema capitalista.
d) contribui para o crescimento de seitas e de religiões, nas quais as pessoas em situação de risco
buscam proteção.

EXERCÍCIOS DE CASA

1. Durkheim caracteriza o suicídio até então considerado objeto de estudo da epidemiologia, da


psicologia e da psiquiatria como fato social e, por isso, dotado das características da coercitividade,
da exterioridade, da generalidade. É tomado, pois, como objeto de estudo sociológico, em virtude do
fato de
a) variar na razão inversa ao grau de integração dos grupos sociais de que faz parte o indivíduo, ou
seja, quanto maior o grau de integração ao grupo social, mais elevada é a taxa de mortalidade-
suicídio da sociedade.
b) ser possível observar uma certa predisposição social para fornecer determinado número de
suicidas, ou seja, uma tendência constante, marcada pela permanência, a despeito de variações
circunstanciais.
c) configurar-se como uma morte que resulta direta ou indiretamente, consciente ou
inconscientemente de um ato executado pela própria vítima.
d) depender, exclusivamente, do temperamento do suicida, de seu caráter, de seu histórico
familiar, de sua biografia, uma vez que não deixa de ser um ato do próprio indivíduo.

2. Segundo Émile Durkheim (1858-1917), os costumes e as ideias existentes na sociedade não fomos nós,
individualmente, que fizemos. São produtos da vida em comum e exprimem as necessidades sociais.
São mesmo, na sua maior parte, obras de gerações passadas. Segundo as reflexões do autor sobre esse
tema, marque a alternativa incorreta.
a) Cada sociedade dispõe de certas regras, normas e leis que existem independentemente dos
indivíduos e fazem com que a sociedade se perpetue.
b) As leis e regras sociais existem fora da consciência individual, pairam como que acima de todos,
formando uma consciência coletiva que a todos permeia.
c) Os costumes e normas solidificam-se em instituições sociais e essas, por sua vez, são todas as
crenças e comportamentos instituídos e essenciais para a coletividade.

Soc.
d) As transformações das regras e normas sociais ocorrem de forma dialética, em que o processo
de mudanças é condicionado principalmente pela interação dos indivíduos na ação-reflexão-
ação.

3. Leia o texto a seguir.

Até o século XVIII, a maioria dos campos de conhecimento, hoje enquadrados sob o rótulo de ciências,
era ainda, como na Antiguidade Clássica, parte integral dos grandes sistemas filosóficos. A constituição
de saberes autônomos, organizados em disciplinas específicas, como a Biologia ou a própria
Sociologia, envolverá, de uma forma ou de outra, a progressiva reflexão filosófica, como a liberdade e
a razão.
Adaptado de: QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim e
Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002. p.12.

Com base nos conhecimentos sobre o surgimento da Sociologia, assinale a alternativa que apresenta,
corretamente, a relação entre conhecimento sociológico de Auguste Comte e as ideias iluministas.
a) A ideia de desenvolvimento pela revolução social foi defendida pelo Iluminismo, que influenciou
o Positivismo.
b) A crença na razão como promotora do progresso da sociedade foi compartilhada pelo
Iluminismo e pelo Positivismo.
c) O Iluminismo forneceu os princípios e as bases teóricas da luta de classes para a formulação do
Positivismo.
d) O reconhecimento da validade do conhecimento teológico para explicar a realidade social é um
ponto comum entre o Iluminismo e o Positivismo.
e) Os limites e as contradições do progresso para a liberdade humana foram apontados pelo
Iluminismo e aceitos pelo Positivismo.

4. A sociologia nasce no séc. XIX após as revoluções burguesas sob o signo do positivismo elaborado por
Augusto Comte. As características do pensamento comtiano são:
a) a sociedade é regida por leis sociais tal como a natureza é regida por leis naturais; as ciências
humanas devem utilizar os mesmos métodos das ciências naturais e a ciência deve ser neutra.
b) a sociedade humana atravessa três estágios sucessivos de evolução: o metafísico, o empírico e o
teológico, no qual predomina a religião positivista.
c) a sociologia como ciência da sociedade, ao contrário das ciências naturais, não pode ser neutra
porque tanto o sujeito quanto o objeto são sociais e estão envolvidos reciprocamente.
d) o processo de evolução social ocorre por meio da unidade entre ordem e progresso, o que
necessariamente levaria a uma sociedade comunista.

5. Auguste Comte (1798-1857) foi um pensador positivista que propôs uma nova ciência social à
Sociologia, que inicialmente foi chamada de Física Social. Sobre os princípios dessa ciência para esse
autor, analise as afirmativas e assinale as alternativas, marcando V para verdadeiro ou F para falso.
( ) No estágio positivo, a vida social será explicada pela filosofia, triunfando sobre todas as outras
formas de pensamento.
( ) A imposição da disciplina era, para os positivistas, uma função primordial da escola, pois ali os
membros de uma sociedade aprenderiam, desde pequenos, a importância da obediência e da
hierarquia.
( ) A maturidade do espírito seria encontrada na ciência; por isso, na escola de inspiração positivista,
os estudos literários e artísticos prevalecem sobre os científicos.
( ) Defendeu a necessidade de substituir a educação europeia, ainda essencialmente teológica,
metafísica e literária, por uma educação positiva, conforme o espírito da civilização moderna.

A sequência correta é
a) F,V,V.F.
b) F,V,F,V.
c) V,F,F,F.
d) V,V,V,F.

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QUESTÃO CONTEXTO
as ainda se entreolham com espanto e desgosto quando ouvem uma mulher recusar o sonho
da maternidade. É como se ela rejeitasse a própria natureza, seu grande e único objetivo na vida. Como
alguém seria capaz de tamanha crueldade? Por sorte, caminhamos para uma sociedade com mais
abertura e alternativas para as mulheres, ainda bem. Isso quer dizer que nem todas serão mães,
simplesmente. Essas pessoas se realizarão de outras formas, igualmente recompensadoras. Liberdade é
uma coisa muito linda, né?
Por enquanto, porém, elas ainda escutam uns absurdos por aí. O estereótipo da mãe que não tem filhos
é tão prejudicial quanto o da mãe perfeita, que abre mão da própria vida para cuidar dos filhos. Isso não
faz bem para nenhum dos lados
http://virgula.uol.com.br/comportamento/odeiam-criancas-5-mentiras-sobre-mulheres-que-nao-querem-ter-
filhos/#img=1&galleryId=1120107
De acordo com seus conhecimento sobre Durkheim, diga como a reportagem acima pode ser relacionada
ao fato social.
GABARITO

Exercícios de aula

1. b
2. b
3. c
4. d
5. a

Exercícios de casa

1. b
2. d
3. b
4. a
5. b

Soc.

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