Sei sulla pagina 1di 70

Rhizopus stolonifer (o môfo do pão)

Professora Zilka Nanes Lima


Microbiologia Básica / Farmácia
Fungos anemófilos

Saccharomyces cerevisiae
(o fermento do pão)
 Micologia - é o estudo dos fungos.
 Os fungos são organismos eucarióticos, imóveis que
apresentam paredes celulares definidas; são
desprovidos de clorofila e se reproduzem por meio de
conídios ou esporos.
 Tanto a morfologia das colônias quanto as estruturas
microscópicas são maiores do que as das bactérias.
 Cerca de 6O espécies estão consistentemente
associadas a infecções humanas (das 100.000 espécies
conhecidas).
 Os nomes dos fungos mudam menos rapidamente do
que os nomes das bactérias.
(Fisher, 2001)
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 A presença de substâncias quitinosas na parede da maior
parte das espécies fúngicas e a sua capacidade de depositar
glicogênio os assemelham às células animais.

 Suas células possuem vida independente e não se reúnem para


formar tecidos verdadeiros.

 São heterotróficos, ou seja não são capazes de produzir os


próprios nutrientes, alimentam-se de matéria orgânica morta
- fungos saprofíticos, ou viva - fungos parasitários.

 Os fungos são ubíquos, encontrando-se no solo, na água, nos


vegetais, em animais, no homem e em detritos, em geral. O
vento age como importante veículo de dispersão de seus
esporos e fragmentos de hifas.
(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 Os padrões de doenças micóticas diferem dos padrões
das infecções bacterianas. Poucos são os fungos
transmitidos diretamente de pessoa a pessoa. Elas
ocorrem em pessoas com resistência diminuída.

Sacos aéreos de um pássaro

(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 Duas estruturas fúngicas tem importância clínica:
1. Parede celular: formada principalmente por quitina.
Tem também beta-glicano (sítio de ação do
antifúngico caspofungina).
2. Membrana plasmática: contem ergosterol (ação
seletiva da anfotericina B).
Outras estruturas fúngicas que os diferem de bactérias:
Núcleo, mitocôndrias, retículo endoplasmático,
esporos (sexuados e assexuados para reprodução),
exibem dimorfismo térmico.
(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 Dimorfismo térmico – formam estruturas distintas
em diferentes temperaturas. Apresentam-se como
bolores no meio externo e como leveduras nos tecidos
humanos.

 Não existe fungo anaeróbio obrigatório.

 O habitat natural da maioria dos fungos é o meio


ambiente (Candida albicans é uma exceção).

 Os fungos se reproduzem em ciclos assexuais,


sexuais e parassexuais.
(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
Saccharomyces cerevisae

 Existem dois tipos de fungos:


1. Leveduras – fungos unicelulares,
que se reproduzem assexuadamente
por brotamento, e podem formar pseudohifas.

2. Bolores – fungos pluricelulares,


que crescem como filamentos
longos (hifas) e formam uma
massa (micélio). As hifas podem
ser septadas ou não septadas.
Aspergillus flavus
(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
Conidióforo

COMO OS CONÍDIOS OU ESPOROS SE FORMAM NOS FUNGOS ASSEXUADAMENTE:


----- Por brotamento
 Leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou gemulação.
Os brotos (gêmulas) normalmente se separam do genitor mas, eventualmente, podem
permanecer grudados, formando cadeias de células.
----- Por fragmentação
 A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é
por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios.
----- Produção de esporos mitóticos
Fonte: www.sociobiologia.com.br Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 Os fungos se desenvolvem em meios Candida albicans

de cultivo formando colônias de dois tipos:


 1. Leveduriformes
As colônias leveduriformes são pastosas ou cremosas,
formadas por micro-organismos unicelulares que cumprem
as funções vegetativas e reprodutivas.

 2. Filamentosas (Bolores)
As colônias filamentosas podem ser
algodonosas, aveludadas, pulverulentas, etc...;
são constituídas fundamentalmente por
elementos multicelulares em forma de tubo, as
hifas.
Curvularia spp.

(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Esporos

Corpos de
frutificação

Algumas curiosidades merecem ser citadas a respeito da fase sexuada da reprodução:


Antes de ocorrer plasmogamia, é preciso que uma hifa "atraia" a outra. Isso ocorre por meio da
produção de feromônios, substâncias de "atração sexual" produzidas por hifas compatíveis
Em muitos fungos, após a plasmogamia decorre muito tempo (dias, meses, anos) até que ocorra a
cariogamia.
Quando ocorre a cariogamia haverá então a meiose, que originará esporos após esta recombinação.
Isso tudo acontece em estruturas especiais, freqüentemente chamadas de corpos de frutificação.
Fonte: www.sociobiologia.com.br
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
Penicillium notatum

A identificação e a classificação dos


fungos são baseadas principalmente nas
diferenças morfológicas, nas estruturas
reprodutivas e no modo como os esporos
ou conídios são formados a partir de
células especializadas chamadas de
células conidiogênicas.

Hifa = estrutura filiforme, unidade


microscópica fundamental de um fungo.
(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 As hifas podem ser septadas (tabicadas), ou não
septadas (asseptadas, contínuas ou cenocíticas).
Possuem hifas septadas os fungos das Divisões Ascomycota, Basidiomycota e
Deuteromycota e hifas cenocíticas, os das Divisões Mastigomycota e
Zygomycota.

HIFA SEPTADA HIFA NÃO-SEPTADA

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Pseudohifas --

PSEUDO-HIFAS: Se formam a partir de


HIFAS SEPTADAS: São subdivididas
alongamento de células de leveduras em
em células individuais por paredes
brotamento (blastoconídeos) e apresentam
transversais ou septos.
constrições semelhantes a ‘salsicha’ entre os
segmentos. Um conjunto de pseuhifas forma
o pseudomicélio.

(Koneman, 2010)
HIFA NÃO-SEPTADA:
São aquelas sem parede.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


(uma parte do micélio
aéreo)

 O termo esporo deve ser reservado para os elementos


reprodutores originados de meiose (reprodução
sexuada), como ascósporos, oósporos ou zigospóros,
ou de mitose (reprodução assexuada) no interior do
esporângio (como os Zigomicetos).

 O termo endósporo também é utilizado para


esporos produzidos em espaço confinado (por
exemplo, a forma tecidual de Coiccioides immitis).

 Todos os outros “esporos” assexuados são conídios.

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


(uma parte do micélio
aéreo)

 Ao conjunto de hifas,
dá-se o nome de micélio.

 Micélio vegetativo: é o micélio que se desenvolve no


interior do substrato, funcionando também como
elemento de sustentação e de absorção de água e
nutrientes.

 Micélio aéreo: é o que se projeta acima do substrato.


Parte do micélio aéreo origina o micélio reprodutivo,
esta porção produz esporos especiais ou corpos de
frutificação ligados a conídios.
(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 Nas espécies de fungos de importância clínica são
observadas três tipos gerais de reprodução:

 1. Esporulação vegetativa - assexuada


( REPRODUÇÃO VEGETATIVA)

 2. Esporulação aérea - assexuada


(REPRODUÇÃO AÉREA)

 3. Esporulação sexuada
(REPRODUÇÃO SEXUADA)

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 1. REPRODUÇÃO VEGETATIVA
 A partir do micélio vegetativo se formam três tipos de conídios.

A) Blastoconídeos:
São as formas em brotamento,
característica das leveduras.
B) Clamidoconídeos (clamidósporos): São formados a partir de
células preexistintes nas hifas, que se tornam espessadas e, amiúde
aumentadas. Podem ser encontrados no interior das hifas (intercalares), ao
longo das laterais (sésseis) ou na sua extremidade (terminais). Ex: Candida
albicans
C) Artroconídios: Também são formados a partir de células preexistentes
nas hifas. Quando amadurecem estes conídeos são liberados pela lise das
células das hifas adjacentes. Ex: Geotrichum spp.
(Koneman, 2010)

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


a)a)

 Estruturas de reprodução assexuadas


 Da REPRODUÇÃO VEGETATIVA : a) artroconídeos,
b) clamidósporos, c) blastoconídeos e
 Da REPRODUÇÃO AÉREA: d) esporangiósporos.

b)b)
d)
c)
c)
(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 2. REPRODUÇÃO AÉREA
Se estendendo a partir da superfície micelial estão os corpos
de frutificação especializados que dão origem a vários
esporos e conídios. O segmento especializado da hifa que
suporta a cabeça em frutificação ligada aos conídeos é o
conidióforo.

A) Esporangiósporos: esporos formados


no esporângio (corpo de frutificação
fechado) sustentando e mantido pelo
esporangióforo. Ex: Rhizopus
(um Zigomiceto)

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 2. REPRODUÇÃO AÉREA
A) Esporangiósporos:

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 2. REPRODUÇÃO AÉREA
B) Conídios: O conidiofóro (1) pode se ramificar em segmentos
secundários denominados métulas (2), que por sua vez
produzem segmentos produtores de conídios, denominados de
fiálides (3).
As fiálides são células conidiogê-
nicas que produzem conídios (4), não
aumentam de largura ou comprimento
durante a conidiogênese.
Exemplo: Penicillium spp.

(Koneman, C) Aneloconídios: O conidióforo se expande e se


2010) retrai de forma ciclíca quando os conídios são
formados, produzindo uma sucessão de
cicatrizes ou anéis.
Exemplo: Scopulariopsis spp.
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 2. REPRODUÇÃO AÉREA
1. Microconídeos – conídios pequenos
unicelulares, em geral formados
diretamente nas laterais das hifas
ou sustentados por um conidiofóro
capiliforme.
Exemplo: O Trichophyton tonsurans tem
numerosos microconídeos piriformes,
alguns em forma de balão, e poucos macroconídeos.

2. Macroconídeos - conídios multicelulares, muito maiores, que


adotam uma variedade de formas e
(Koneman, tamanhos.
2010)
Ex: O Epidermophyton flocosum tem
macroconídeos em grupos de três
ou mais nas extremidades de conidiofóros
e microconídeos ausentes.
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 3. REPRODUÇÃO SEXUADA
A esporulação sexuada exige a fusão e a recombinação
nuclear de duas células férteis especializadas (cada uma tendo
sido submetida a meiose) originadas nas hifas aéreas
reprodutivas (micélio reprodutivo).

A) Zigósporo: É o zigoto resultante da fusão


dos núcleos de duas hifas mutuamente
compatíveis e fica encerrado num corpo de
parede espessa, por vezes ornamentada,
o zigosporângio. Quando participam
fungos (talos) diferentes denomina-se
HETEROTÁLICO. Quando participam
fungos (talos) iguais denomina-se
HOMOTÁLICO.
Exemplo: espécies de Rhizopus e Mucor
(Zigomicetos) Zigosporângio
(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
Rhizopus stolonifer (um Zigomiceto) Quando participam
fungos (talos) diferentes,
denomina-se Heterotálico
(Exemplo: Zygomicota).

3. REPRODUÇÃO SEXUADA
Exemplo: espécies de Rhizopus (um Zigomiceto) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
REPRODUÇÃO SEXUADA

Rhizopus stolonifer é uma


espécie heterotálica (Schipp
er 1984), uma vez que a
reprodução sexuada ocorre
apenas quando tipos
sexuais opostos (designados
+ e - ) entram em contacto.

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 3. REPRODUÇÃO SEXUADA

B) Oósporo: É o esporo resultante da fusão das células


reprodutoras morfologicamente diferentes, amiúde
derivadas de segmentos separados da hifa. Isto
acontece quando um mesmo fungo é capaz de
autofecundação, a exemplo de alguns Oomycota,
denominam-se de HOMOTÁLICOS.
Exemplo: espécies de Pythium (um Oomiceto)
Oósporos de Pythium
Pythium ultimum - É um fungo
cosmopolita, que provoca prejuízos
diretamente relacionados com o
desenvolvimento das plantas, causa
podridão das raízes.

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 3. REPRODUÇÃO SEXUAL
B) Oósporos: anterídeo e oogônio são oriundos de segmentos
separados da hifa havendo autofecundação. Diz-se HOMOTÁLICO.

Patógeno de alface

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 3. REPRODUÇÃO SEXUADA
C) Ascósporos: Os fungos que produzem este tipo de esporo formam
grandes estruturas fechadas saculares, os corpos de frutificação,
chamados de ascocarpos no filo Ascomycita, que por sua vez, contêm
estruturas saculares menores denominadas ascos. No interior de cada
asco estão quatro ascósporos, produto da divisão meiótica.
Posteriormente sofrem mitose originando oito ascósporos.

Exemplos:
Aspergillus nidulans,
Aspergillus glaucus,
Sacharomyces spp.,
Pseudollescheria boydii.

Ajellomyces dermatitidis
(um Ascomiceto)

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
Três tipos de ascocarpos (Corpos de frutificação):

 1. Apotécio
 2.Cleistotécio
 3. Peritécio

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 O apotécio é um ascocarpo aberto, em forma de cálice onde se
localizam os ascos. Presente no gênero Morchella, fungos que tem
valor gastronômico, são cogumelos comestíveis.
 O cleistotécio é uma estrutura globosa, fechada, de parede
formada por hifas muito unidas, com um número indeterminado
de ascos. Cada asco contem oito ascósporos. Presente em fungos
dermatófitos (ex: Anthroderma), em espécies de Aspergillus,
Sacharomyces spp., Pseudollescheria boydii.
 O peritécio é uma estrutura geralmente piriforme, dentro da qual
os ascos brotam de uma camada hemenical e se dispõem em
paliçada. Presente na ordem Hypocreales (Ex: Microsporum,
Trichophyton, Epidermophyton).

(Koneman, 2010) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


A forma sexuada de um fungo é denominada de
teleomorfo, ao contrário do termo anamorfo, que
se refere às várias formas reprodutoras assexuadas
ou estruturas produzidas por um fungo imperfeito
(como fiálides, anélides, cadeias ramificadas, etc...).
Portanto, por exemplo Pseudallescheria boydii é o
teleomorfo dessa espécie, e várias formas perfeitas
como cleistotécios, ascos e arcósporos podem ser
observadas. Scedosporium monosporium é a forma
imperfeita dessa espécie, produzindo basicamente
conídios anamórficos com uma única célula. (O
fungo citado é um dos agentes causais de
eumicetoma na forma anamórfica)
(Fisher, 2001)
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 A reprodução assexuada por meio de esporos vegetativos
(conídios) ou através da fragmentação do micélio é comum; ela
mantém populações clonais adaptadas a um nicho
ecológico específico e permite uma dispersão mais rápida do que
a reprodução sexuada. Deuteromycota (fungos que não
apresentam estágio sexuado) incluem todas as espécies que não
possuem um ciclo sexual observável. Ex: Penicillium spp.,
Aspergilllus spp.
 A reprodução sexuada com meiose existe em todos os filos de
fungos, exceto Deuteromycota. A maioria dos fungos tem um
estágio haplóide e um estágio diplóide nos seus ciclos de vida.
Nos fungos de reprodução sexuada, os indivíduos compatíveis
podem combinar-se fundindo as suas hifas numa rede
interconetada; este processo, anastomose, é requerido para o
início do ciclo sexual.
(Fisher, 2001)
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 A resposta a grande maioria das infecções sistêmicas
fúngicas é a formação de granulomas, os quais
consistem em resposta inflamatória crônica e
resposta imune mediada por células.

Toxinas fúngicas e alergias


 1. Micotoxicoses : causadas por toxinas ingeridas.
Exemplo: aflatoxinas (hepatóxica) produzida pelo Aspergillus flavus

 2. Alergias a esporos fúngicos produzindo reação


asmática (broncoconstricção rápida mediada por IgE
–Hipersensibilidade imediata). Ex: esporos de Aspergillus
(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 1) Exame microscópico direto.
- Em raspados de pele, escarro, unha, cabelo, etc...
- KOH (10%, 20% ou 30%), tinta nanquim, glicerol com azul de
metileno.

 2) Cultura do micro-organismo
- Ágar Sabouraud seguido de microcultivo.
- O aspecto do micélio e a natureza dos esporos assexuados são
com frequência suficientes para identificar o organismo.

 3) Testes com sondas de DNA


- Ajuda a identificar em estágio mais precoce do crescimento.
(Ex: Histoplama, Coccidioides, Blastomyces e Cryptococcus)

 4) Testes sorológicos: Úteis no diagnóstico de micoses


sistêmicas determinando-se a presença de anticorpos no soro
ou liquor do paciente. Ex: Histoplasmose, blastomicose e criptococose.
(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 1 . Micoses cutâneas
Ocorrem apenas em estruturas queratinizadas (pele,
pêlo e unhas).
Dermatofitoses (Tinha ou tinea): são infecções crônicas
frequentemente localizadas nas regiões quentes e úmidas do corpo.
Tinea capitis (na cabeça), tinea corporis (corpo), tinea cruris (virilha)
e tinea pedis (pé).
-- Agentes causais: Microsporum, Trichophyton Epidermophyton
Outros exemplos: * Tinea versicolor (pitiríase) é uma infecção cutânea
superficial de importância apenas cosmética (Malassezia furfur).
* Tinea nigra é uma infecção das camadas queratinizadas da pele
causada pelo Cladosporium werneckii
* Onicomicose - infecção das unhas (Curvularia)

(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Micoses cutâneas (dermatofitose) – Estado teleomorfo: Desconhecido
Trichophytum rubrum (Fungo filamentoso)

Macromorfologia: Retro (verso da colônia) tipicamente


Crescimento um tanto lento. Superfície pigmentado de cor vermelho intenso.
achatada, aveludada, cotonada. Cor
branca.Raramente poeirento ou granular.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Micoses cutâneas (Dermatofitose)
Trichophytum rubrum (Fungo filamentoso). Pode infectar os pêlos e
a pele, mas as unhas não são invadidas.

Micromorfologia: Hifas hialinas, septadas


e ramificadas. Apresenta microconídeos
em forma de clava ou de lágrima, e
macroconídeos em forma de lápis
apresentando de 3 a 8 células com base
larga de ligação. Os microconídeos
desnvolvem-se a partir das hifas ou
diretamente dos macroconídeos.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Micoses cutâneas (onicomicose) Estado teleomorfo: Desconhecido
Curvularia (Fungo filamentoso) – Podem também ser agentes de alergias e
sinusites paranasais, endocardites, infecções pulmonares , nasais, cromoblastomicose
(cutânea).

Microcultivo

Macromorfologia: Após 5 a 6 dias as colônias


apresentam-se aveludadas ou lanosas, com
pigmentos que variam do verde-oliva escuro ao
marrom-escuro. Retro (reverso) marrom ou preto.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Micoses cutâneas (onicomicose)
Curvularia (Fungo filamentoso)

Micromorfologia: As hifas são


dematiáceas e septadas, com paredes
finas. Produz conídeos multicelulares
escuros, encurvados, semelhante a
‘croissants’, com uma célula central
inchada e mais escura do que as células
que lhe avizinham. Um conídeo típico
apresenta septo transversal e é elíptico
ou curvo, com 3 a 5 células por
conídeo.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 2 . Micoses Subcutâneas
Ocorrem no tecido subcutâneo sendo introduzidos
através de traumas.
- Esporotricose (Sporothrix schenckii) – introduzido por
espinhos de rosas na pele causa pústula ou úlcera localizada com a
presença de nódulos nos vasos linfáticos.
- Cromomicose – (Fonsecaea, Phialophora,Cladosporium,
etc...) – lesões similares a verrugas com abscessos crotosos nos sistema
linfático nas pernas e pés.
- Micetoma – (Petriellidium, Madurella) – penetram nos pés,
nas mãos ou no dorso e causam abscessos, com secreção purulenta através
dos sinus.

(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Micoses subcutâneas (cromomicose ou cromoblastomicose)
Cladosporium carrioni (Fungo filamentoso)
Colônias mais velhas tornam-
se cinza-escuras ou negras.

Macromorfologia: Após 10 a 30 dias a 25º c são


verde-oliva ou verde-acinzentadas ou lavanda,
com um pigmento reverso negro-azeviche.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Micoses subcutâneas (cromomicose ou cromoblastomicose)
Cladosporium carrioni (Fungo filamentoso) Teleomorfo: Desconhecido
Micromorfologia: As hifas são dematiáceas,
ou seja tem pigmento escuro.

Podem apresentar orelhas de “Mickey Mouse”


nas pontas de alguns conidióforos e cadeias
ramificadas de conídios. Possuem hifas
septadas e os conídios são ligeiramente ovais e
ligeiramente pontudos.
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
 3.Micoses Sistêmicas
Ocorrem nos órgãos internos. Mais frequentemente
resultam da inalação dos esporos de fungos dimórficos que,
no solo, são encontrados na forma de bolores, e nos tecidos na
forma leveduriforme. Dos pulmões podem atingir outros
órgãos.

- Coccidioimicose (Coccidiodes immitis) Dimórfico


- Histoplasmose (Histoplasma capsulatum) Dimórfico
- Blastomicose (Blastomyces dermatitidis) Dimórfico
- Paracoccidiomicose (Paracoccidiodes brasiliensis) Dimórfico
- Rhodoturolomicose (Rhodoturola rubra) Não dimórfico

(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Coccidioimicose (Coccidiodes immitis) – Micose sistêmica
Estado teleomorfo: Desconhecido

Coccidioidomicose cutânea
disseminada

Macromorfologia: Colônia
branca cotonada.

Coloração H&E – Observam-se esférulas Micromorfologia: artroconídeos


imaturas em Cociodioimicose pulmonar.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Coccidioimicose
(Coccidiodes immitis)
Micose sistêmica
Estado teleomorfo:
Desconhecido
Esférula (em Agar Sab.)

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Histoplasmose (Histoplasma capsulatum) – Micose sistêmica
O fungo é facilmente isolado do
terreno contaminado com excrementos de
morcegos, e aves incluindo pássaros.

Característica da espécie: Típico fungo


dimórfico, com fase leveduriforme parasitária
a 37º C.
Lesões granulomatosas cutânes da Histoplasmose

Forma leveduriforme de
Histoplasma capsulatum

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Histoplasmose (Histoplasma capsulatum) – Micose sistêmica

Histoplasmose é caracterizada
pelo crescimento intracelular do agente
patogênico em macrófagos e uma reacção
granulomatosa no tecido pulmonar. Estes
focos granulomatosos podem tornar a
reativar e causar a disseminação de fungos
para outros tecidos.
Pequenas leveduras (2-4 microns)
são encontradas intracelularmente em
macrófagos. Os granulomas formados
podem ser não-caseosos ou caseosos.

Alterações histopatológicas observadas em


histoplasmose devido a Histoplasma
capsulatum, utilizando prata metenamina
mancha

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Histoplasmose (Histoplasma capsulatum) – responsável pela
“Maldição do túmulo de Tutankhamon” no Vale dos Reis no Egito.
Estado teleomorfo:
Ajellomyces capsulatus
(Emmonsiella capsulata)

Macromorfologia: Colônias razoavelmente


achatadas, de cor que varia do branco ao
amarelo/marrom. (Forma filamentosa) Micromorfologia: Macroconídeos tuberculados que
lembram um leme de navio. Macro e microconídeos
surgem da hifa vegetativa. (Fase filamentosa)

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Blastomicose (Blastomyces dermatitidis) – Micose sistêmica
Estado teleomorfo: Ajellomyces dermatitidis
Blastomicose é uma infecção
pulmonar primária. Pode ser doença leve e
auto-limitada ou disseminada alcançando
ossos, pele, pulmão e sistema genito-
urinário. Lesão granulomatosa crônica e
infecção supurativa são vistas.

A inalação dos esporos é seguido


por conversão para a forma de levedura,
resultando em resposta inflamatória com
granulomas não caseosos e células
epitelióides e gigantes

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Blastomicose (Blastomyces dermatitidis) – Micose sistêmica
Estado teleomorfo: Ajellomyces dermatitidis
Para uma exata identificação de
B. dermatitidis deve-se sempre efetuar em laboratório a
conversão da fase leveduriforme à filamentosa em
cultura. Macromorfologia: Fase micelial apresenta
colônias de brancas a taninos, achatadas, cotonadas e Os blastoporos da fase parasitária, bastante
granulares. Na fase leveduriforme colônias encrespadas, típicos em razão da larga base de junção da
convexas, glabras de aspecto céreo. gêmula à célula-mãe.

Filamentoso (micelial)

Conversão
Micromorfologia: Os conídios são lisos,
ovais, piriformes ou esféricos, crescendo
Leveduriforme nos lados dos conidiofóros, ou terminais
em hifas ramificadas.
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
- Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis)–
Micose sistêmica Estado teleomorfo: Desconhecido
Esta doença é encontrada no sul do México e
regiões da América do Sul. Mais frequente em
trabalhadores rurais Semelhante a
blastomicose e coccidiodomicose.

Patogênese
* Há a inalação de conídios por via
respiratória.
* Posteriormente há formação de lesões
iniciais nos pulmões pode permanecer latente
por décadas.
* Ativação e doença pulmonar progressiva e
disseminação.
* Envolvimento da pele, do tecido cutâneo e Caso clínico: Indivíduo português do
mucosas, gânglios linfáticos, baço, fígado, sexo masculino com 43 anos de idade,
glândulas supra-renais e boca trabalhador agrícola na Venezuela até
* Formação de granulomas e microabscessos 2001, surge com lesão cutânea ulcerada
localizada no dorso, com 2 meses de
evolução.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis)–
Micose sistêmica Estado teleomorfo: Desconhecido
Aspecto da colônia em crescimento a 25 ° C em ágar Sabouraud, (Forma micelial) e a
37 ° C em meio Fava Neto-ágar (Forma leveduriforme).

Macromorfologia:
Forma micelial ou filamentosa - As
colônias crescem lentamente (2 a 3
semanas) exibindo variedade de
formas,.textura e pigmentação.
Geralmente são brancas a cremes com
micélio aéreo penugento e curto , com
centros elevados quando novas.
Forma leveduriforme – Colônias
crescem em 15 dias, são brancas a
castanho-claro ou cinza, com
topografia em dobras ou enrugada.
Forma micelial Forma leveduriforme

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis)–
Micose sistêmica Estado teleomorfo: Desconhecido

Forma leveduriforme: Blastocónidios


ovais ou globosos, com gemulação
múltipla.

Forma filamentosa: Hifas septadas, sutis, hialinas, multinucleadas.


Os conídios variam de piriformes a ovais e nem sempre são
produzidos. Algumas hifas podem produzir clamidosporos
intercalares e artroconídios com parede celular espessa.
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
(Rhodoturola rubra) Estado teleomorfo: Desconhecido
Micoses sistêmicas e oportunistas. A levedura tem sido isolada dos pulmões, de
infecções das vias urinárias, de endocardite, de meningite, de fungemia, de
ceratite micótica e de peritonite, em pacientes soropositivos e com tumores
sólidos.
Cultura recente Macromorfologia: Após 3 a 4 dias as
colônias são tipicamente de cor
vermelho-coral ou laranja. A textura das
colônias é lisa e úmida, isolados com
cápsulas podem ser mucóides. Culturas
mais velhas tornam-se cerosas e
enrugadas.
Cultura velha

Colônias mucóides de
uma cepa capsulada.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


 4. Micoses Oportunistas
Causado por fungos oportunistas.

- Candidíase(Candida albicans, C.tropicalis, C.krusei etc...)


- Criptococose (Cryptococcus neoformans)
- Aspergilose (Aspergillus fumigatus)
- Mucormicose (Mucor, Rhizopus)
-Outros: Penicillium marneffei (doença similar a
tuberculose em pacientes soro-positivos), Pseudallescheria
boydii (eumicetoma), Fusarium solani (lesões cutâneas).

(Levinson, 2016) Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Patogênese da Candidíase (Candida albicans, Candida
tropicalis, Candida krusei, entre outras espécies) -
leveduriforme

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Diagnóstico laboratorial da Candidíase
(Candida albicans, Candida tropicalis, Candida krusei)

Candida albicans em
ágar Sabouraud.

Tubos germinativos
de Candida albicans.

Chromagar

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Diagnóstico laboratorial da Candidíase (Candida
albicans, Candida tropicalis, Candida krusei)

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Criptococose (Cryptococcus neoformans)
Micose oportunista

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Criptococose (Cryptococcus neoformans) – quando
causa infecção é na forma leveduriforme
Micose oportunista

Evidência da presença de cápsula nas


células leveduriformes de Cryptococcus
neoformans na lâmina prepararada com
tinta nanquim.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Criptococose (Cryptococcus neoformans)

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


O fungo leveduriforme, Cryptococcus
neoformans, em sue fase perfeita (teleomorfo) e
denominado Filobasidiella neoformans.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Penicillium spp.(fungo anemófilo)

Inibição de crescimento na Crescimento de Penicillium na


cultura de Staphylococcus aureus superfície de uma laranja.
pela penicilina produzida pelo
Penicillium notatum.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Penicillium spp.(fungo anemófilo) Estado teleomorfo: Não descrito

- Os esporos dos fungos anemófilos são


isolados do e causam alergias respiratórias.

Macromorfologia: Colônias de
desenvolvimento rápido, com típica cor
verde –azulada em várias gradações,
com combinações de amarelo, marrom e
vermelho). Apresentam periferia branca
com reverso branco.

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


Penicillium spp.(fungo anemófilo)

Micromorfologia

1. Hifa septada
2. Conidióforos eretos
3. Fiálide
4. Conídio
5. Septo
Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB
Penicillium spp.(fungo anemófilo)
Imagem de microscopia de varredura eletrônica (cores
adicionadas) de micélio fúngico com as hifas (verde), métulas e
fiálides (laranja) e esporos (azul). (aumento de 1560 x).

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB


- Responder as questões Micologia no Livro de
Microbiologia e Imunlogia Médica (Levinson, 2016) para
complementar o aprendizado.

Aspergillus niger

Aspergillus flavus

Micologia Básica / Professora Zilka Nanes Lima / UEPB

Potrebbero piacerti anche