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Borobudur
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Borobudur ou Barabudur (em indonésio: Candi Borobudur) é
Borobudur
um templo budista maaiana situado na ilha de Java, Indonésia, no
Candi Borobudur
kabupaten (regência) de Magelang, Java Central. O edifício é
frequentemente apontado como o maior templo budista[1] e um dos
mais importantes monumentos budistas do mundo. Desde 1991
que o sítio designado Conjunto de Borobudur, do qual fazem
também parte os templos vizinhos de Mendut e Pawon, está
inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO.[2]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 1/23
02/09/2018 Borobudur – Wikipédia, a enciclopédia livre
Etimologia
Localização Conjunto de Borobudur *
Os três templos
Património Mundial da UNESCO
Antigo lago
História
Construção
Abandono
Redescoberta
Restauro
Eventos contemporâneos
Cerimónias religiosas
Turismo
Conservação
Erupções do monte Merapi em 2010
Ameaças à segurança
País Indonésia
Arquitetura
Planta Tipo cultural
Estrutura da construção Critérios i,ii,vi
Referência 592 en (http://whc.unesco.org/en/
Relevos
list/592) fr (http://whc.unesco.org/
Lei do carma (Karmavibhangga)
fr/list/592) es (http://whc.unesco.
História do príncipe Sidarta e do nascimento de org/es/list/592)
Buda (Lalitavistara)
Região** Ásia e Pacífico
Histórias da vida anterior de Buda (Jataka) e de
outras figuras lendárias (Avadana) Histórico de inscrição
Busca de Sudhana pela derradeira verdade Inscrição 1991 (15.ª sessão)
(Gandavyuha)
Estátuas de Buda * Nome como inscrito na lista do Património Mundial. (h
ttp://whc.unesco.org/en/list)
Legado
** Região, segundo a classificação pela UNESCO. (htt
Galeria de fotografias de relevos p://whc.unesco.org/en/list/?search=&search_by_country
Notas =&type=&media=®ion=&order=region)
Referências
Bibliografia
Usada no artigo
Complementar
Etimologia
Em indonésio e javanês, os templos antigos são chamados candi, pelo que localmente o monumento é conhecido como Candi
Borobudur. De forma mais genérica, o termo candi também se aplica a outras estruturas arquitetónicas antigas, como portões e
balneários. Contudo, as origens do nome Borobudur são incertas, pois como acontece com a maior parte dos antigos templos
indonésios, o nome original é desconhecido.[10] O nome Borobudur foi escrito pela primeira vez por Thomas Raffles no seu livro
A História de Java, publicado em 1817.[11] Segundo Raffles, o monumento chamava-se Borobudur, mas esse nome não é sugerido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 2/23
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A construção e inauguração de um edifício sagrado budista — possivelmente uma referência a Borobudur — é mencionada em
duas inscrições, ambas descobertas em Kedu, na regência de Temanggung. A inscrição de Karangtengah, datada de 824, menciona
um edifício sagrado chamado Jinalaya ("domínio daqueles que triunfaram sobre o desejo mundano e alcançaram a iluminação"),
inaugurado por Pramodhawardhani, filha do rei Sailendra Samaratungga. A inscrição de Tri Tepusan, datada de 842, menciona as
sima (terras livres de impostos) concedidas por Çrī Kahulunnan (Pramodhawardhani) para assegurar o financiamento e
manutenção de um Kamūlān chamado Bhūmisambhāra.[15] Kamūlān deriva da palavra mula ("lugar de origem"), que designa um
edifício sagrado dedicado a homenagear os antepassados, provavelmente os da dinastia Sailendra. Casparis sugere que Bhūmi
Sambhāra Bhudhāra, que significa "a montanha das virtudes combinadas dos dez níveis de Bodisatva" em sânscrito, era o nome
original de Borobudur.[16]
Localização
Os três templos
Borobudur encontra-se aproximadamente 40 km a noroeste de
Jogjacarta e 86 km a oeste de Surakarta, numa área elevada entre
dois pares de vulcões gémeos — Sundoro-Sumbing e Merbabu-
Merapi — e dois rios, o Progo e o Elo. Segundo a lenda local, a
área conhecida como planície de Kedu é um local sagrado e é
frequentemente chamado o "jardim" ou "horta" de Java devido à
sua elevada fertilidade agrícola.[17] Durante os trabalhos de
restauro do início do século XX descobriu-se que três templos
budistas da região — Borobudur, Pawon e Mendut — estão
Mapa de localização dos três templos (Borodbudur,
Pawon e Mendut)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 3/23
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Antigo lago
A hipotética existência de um lago no local onde se situa
Vista do templo desde noroeste
Borobudur foi um tema de intensa discussão entre arqueólogos no
século XX. Em 1931, um artista e académico holandês de
arquitetura hindu e budista, W.O.J. Nieuwenkamp, apresentou uma teoria segundo a qual outrora a planície de Kedu foi um lago e
que inicialmente Borobudur representava uma flor-de-lótus flutuando no lago.[13] Segundo alguns autores, o templo teria sido
construído numa colina rochosa 265 metros acima do nível do mar e 15 m acima das águas de um antigo lago.[19]
Em 1974 e 1977, Jacques Dumarçay e o palinologista Ganapathi Thanikaimoni recolheram amostras de solo de valas escavadas na
colina e da planície imediatamente a sul. Estas amostras foram analisadas por Thanikaimoni, que examinou os pólens e esporos
para identificar o tipo de vegetação que crescia na área quando Borobudur foi construído. Não foram encontrados quaisquer
vestígios de plantas aquáticas; aparentemente, quando o templo foi construído, a área em volta era constituído por terrenos
agrícolas e florestas de palmeiras, como ainda hoje acontece. A hipótese do lago foi reexaminada em 1985 e 1986 por Caesar
Voûte e pelo geomorfologista J.J. Nossin, cujos trabalhos de campo concluíram que não existia um lago em volta de Borobudur na
altura da construção.[20]
História
Construção
Não há quaisquer registos escritos sobre quem construiu Borobudur ou sobre as
motivações para a construção. A data da construção foi estimada pela comparação
entre os relevos esculpidos das fundações do templo e as inscrições de éditos reais
dos séculos VIII e IX. O templo foi provavelmente fundado c. 800,[21] o que
corresponde ao período de apogeu (760–830) da Dinastia Sailendra no Reino de
Mataram de Java Central,[22] quando este estava sob a influência do Império
Srivijaia. Estima-se que a construção terá durado 7 anos e foi finalizada durante o
reinado de Samaratungga em 825.[23][24]
Pintura de G. B. Hooijer
(ca. 1916–1919) representando Há alguma confusão entre os governantes hindus e budistas de Java dessa altura.
Borobudur durante o seu apogeu Os Sailendras eram conhecidos como seguidores fervorosos do budismo, mas
inscrições de pedra encontradas em Sojomerto sugere que podem ter sido
hindus.[24] Foi durante essa época que foram construídos numerosos monumentos budistas e hindus nas planícies e montanhas em
redor da área de Kedu. Os monumentos budistas, nomeadamente Borobudur, foram construídos aproximadamente no mesmo
período que o complexo hindu xivaíta de Prambanan, situado cerca de 50 km a leste de Borobudur. Em 732, o rei xivaíta Sanjaya
de Mataram mandou construir um santuário Shivalinga no monte Wukir, 10 km a leste de Borobudur.[25]
A construção de templos budistas nesse período, incluindo Borobudur, foi possível porque o sucessor de Sanjaya, Rakai
Panangkaran concedeu aos budistas a permissão de construção desses templos. Como sinal do seu respeito pelo budismo,
Panangkaran deu a aldeia de Kalasan, onde existe outro templo budista importante, à comunidade budista, conforme consta do
édito de Kalasan, datado de 778.[26] Isso levou alguns arqueólogos a acreditar que nunca houve conflitos religiosos sérios em
Java, já que era possível um rei hindu patrocinar o estabelecimento de um monumento budista e um rei budista fazer o mesmo em
relação aos hindus.[27] Contudo, é provável que existissem então duas dinastias reais rivais em Java — a budista Sailendra e a
xivaíta Sanjaya. A última derrotou a primeira numa batalha travada em 856 no planalto de Ratubaka.[28]
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Abandono
Borobudur permaneceu escondido
na selva e debaixo de cinza Fotografia anónima de Borodbudur
vulcânica durante vários séculos. da segunda metade do século XIX
Desconhecem-se as razões do seu
abandono. Não se sabe quando o monumento deixou de ser usado ou quando as
peregrinações budistas cessaram. Em algum momento entre 928 e 1006, o rei Mpu
Sindok transferiu a capital do Reino de Mataram para Java Oriental depois de uma
série de erupções vulcânicas. Não há certeza sobre a influência disso no abandono,
Fotografia no livro “Java, Sumatra mas vários autores apontam que o mais provável é que Borobudur tenha sido
and the other islands of the Dutch
abandonado nessa altura.[6][19] O monumento é mencionado vagamente como "a
East Indies”, de Antoine Cabaton e
viara em Budur" c. 1365 no Nagarakretagama de Mpu Prapanca.[30] Segundo uma
Bernard Miall, cuja tradução em
inglês foi publicada em 1914 tradição local, os templos foram desmantelados quando a população se converteu
ao islão no século XV.[6]
O monumento não foi completamente esquecido, mas no folclore local a glória do passado deu lugar gradualmente a crenças
supersticiosas associadas a azar e miséria. Duas crónicas javanesas (babad) do século XVIII mencionam casos de má sorte
associadas a Borobudur. Segundo o Babad Tanah Jawi ("História de Java"), o monumento foi fatal para Mas Dana, um rebelde
que se revoltou contra o rei de Mataram Pakubuwono I em 1709.[6] O monte "Redi Borobudur" foi cercado e os rebeldes foram
derrotados e condenados à morte pelo rei. Na Babad Mataram ("História do Reino de Mataram"), o monumento é associado à má
sorte do príncipe Monconagoro, herdeiro do Sultanato de Jogjacarta. Apesar das visitas a Borobudur serem tabu, o príncipe levou
"o cavaleiro que estava preso numa jaula" (uma estátua numa das estupas perfuradas) e quando regressou ao seu palácio adoeceu,
morrendo um dia depois, em 1757.[31]
Redescoberta
A seguir à invasão britânica, Java ficou sob administração britânica entre 1811 e 1816. O
governador nomeado foi Thomas Stamford Raffles, que se interessou vivamente pela
história da ilha. Colecionou antiguidades javanesas e tomou notas, através de contactos com
os locais durante a volta que fez à ilha. Quando esteve em Semarang em 1814, Raffles foi
informado da existência de um grande monumento nas profundezas da selva perto da aldeia
de Bumisegoro.[31] Não tendo logrado descobrir o monumento, o governador mandou H.C.
Cornelius, um engenheiro holandês investigar a sua localização. Durante dois meses,
Cornelius e um grupo de 200 homens cortaram árvores, deitaram fogo a vegetação e
escavaram a terra para revelar o monumento. Devido ao risco de colapso, não pôde
desenterrar todas as galerias. Reportou as suas descobertas a Raffles, incluindo vários
desenhos no relatório. Apesar da descoberta de Borobudur ter sido descrita por Raffles em
A estupa do cimo do templo
apenas algumas frases, o governador britânico é apontado como o responsável pela
em meados do século XIX,
recuperação do monumento e é a ele que se deve a atenção mundial que ele recebeu.[11]
com uma varanda de
madeira instalada por cima
Hartmann, um administrador colonial holandês da região de Kedu, deu seguimento aos
trabalhos de Cornelius e em 1835 todo o complexo foi finalmente desenterrado. O interesse
de Hartmann era mais pessoal do que oficial. Não escreveu quaisquer relatórios das suas atividades, nem sequer da alegada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 5/23
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Devido à caça de "recordações", parte das esculturas foram pilhadas. Algumas dessas pilhagens foram feitas com o consentimento
do governo colonial. Em 1896, o rei do Sião (atual Tailândia) Chulalongkorn visitou Java e foi autorizado a levar de Borobudur
quatro carroças carregadas de esculturas. Estas incluíam trinta peças retiradas de painéis de relevos, cinco estátuas de Buda, dois
leões, uma gárgula, vários motivos kala das escadarias e portões, além de uma imagem de um dvarapala (guardião). Vários destas
peças, nomeadamente os leões, a kala, uma makara e bicas de água gigantes estão atualmente em exposição na sala de arte
javanesa do Museu Nacional de Banguecoque.[34]
Restauro
Borobudur atraiu ainda mais a atenção do mundo em 1885 quando Yzerman, o
presidente da Sociedade Arqueológica em Jogjacarta, descobriu as chamadas
"fundações escondidas".[35] Em 1890–1891 foram feitas fotografias que revelaram
relevos nessas fundações. A descoberta levou o governo colonial a tomar medidas
para salvaguardar o monumento. Em 1900 foi constituída uma comissão formada
por três oficiais para avaliar o monumento: Brandes, um historiador de arte,
Theodoor van Erp, um oficial de engenharia do exército holandês e Van de Kamer,
um engenheiro civil do Departamento de Obras Públicas. Em 1902, essa comissão
apresentou ao governo uma proposta de plano de recuperação que tinha três fases.
O templo depois do restauro de
Theodor van Erp terminado em Na primeira fase seriam eliminados os riscos mais prementes, através da
1911, onde se pode ver o o pináculo reconstrução das esquinas, remoção das pedras que ameaçavam as partes
chatra que depois foi removido adjacentes, reforço das primeiras balaustradas e restauro de vários nichos, arcos,
estupas e abóbada principal. Na segunda fase, após rodear os pátios com muros,
seriam levados a cabo trabalhos de manutenção e o sistema de drenagem deveria ser melhorado restaurando os pisos e
canalizações. Na terceira fase, seriam removidas todas as pedras soltas, o monumento deveria ser limpo até às primeiras
balaustradas, as pedras desfiguradas seriam retiradas e a abóbada principal seria restaurada. O custo total das obras era estimado
em 48 800 florins holandeses.[36]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 6/23
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As obras de restauro decorreram entre 1907 e 1911, sob a direção de Theodor van
Erp, seguindo os princípios da anastilose.[37] Os primeiros sete meses dos
trabalhos foram ocupados com escavações das áreas em volta do monumento para
encontrar as cabeças de Buda e painéis de pedra em falta. As três plataformas
circulares superiores e as estupas foram desmanteladas e reconstruídas. Durante as
obras, Van Erp descobriu mais coisas que poderiam ser feitas para melhorar as
condições do monumento. Para tal, fez outra proposta de obras adicionais, no
valor de 34 600 florins, a qual foi aprovada. À primeira vista, foi devolvida a
O chamado "Buda Inacabado", no
Borobudur a sua antiga glória, mas Van Erp foi mais longe e reconstruiu
Museu Karmawibhangga. Atrás dele
cuidadosamente o pináculo em forma de chatra (sombrinha com três níveis) do
encontra-se a chatra removida do
cimo do templo. cimo da estupa principal. Contudo, a chatra foi depois desmantelada por Van Erp,
alegando que não havia pedras originais suficientes para a reconstrução do
pináculo, pelo que o seu aspeto original era e é desconhecido. O chatra
desmantelado está atualmente guardado no Museu Karmawibhangga, situado a algumas centenas de metros do templo.[38]
Devido ao orçamento limitado, o restauro dirigido por Van Erp focou-se principalmente na limpeza das escultura e os problemas
de drenagem não foram resolvidos. Passados 15 anos, as paredes das galerias estavam a ceder e os relevos tinham novas rachas e
sinais de deterioração. No restauro foi usado cimento do qual foram lixiviados sais alcalinos e hidróxido de cálcio que foram
transportados para o resto da construção. Isso causou problemas, que levaram a que se tornasse urgente uma nova intervenção.[37]
Foram efetuados vários restauros de pequena monta, que não foram suficientes para uma
proteção completa. Durante a Segunda Guerra Mundial e a Revolução Nacional da
Indonésia, não houve restauros e o monumento foi ainda mais afetado pelo clima e pelos
problemas de drenagem, o que fez com que o núcleo de terra do interior do templo se
expandisse, fazendo pressão sobre a estrutura de pedra e inclinando as paredes. Na década
de 1950 havia partes de Borobudur em sério risco de colapso. Em 1965, a Indonésia pediu
conselho à UNESCO sobre a forma de enfrentar a progressiva ruína de Borobudur e outros
monumentos. Em 1968, o professor Soekmono, então à frente do Serviço Arqueológico da
Indonésia, lançou a campanha "Save Borobudur", com o objetivo de organizar um projeto
de restauro em larga escala.[39]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 7/23
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ou tecnologia, das artes monumentais, do planeamento urbano ou do desenho de paisagem") e vi ("estar diretamente ou
tangivelmente associado a eventos ou tradições vivas, com ideias ou crenças, com trabalhos artísticos e literários de destacada
importância universal").[2]
Eventos contemporâneos
Cerimónias religiosas
Desde as grandes obras de restauro financiadas pela UNESCO[40] que Borobudur voltou a ser um local de culto e de peregrinação.
Uma vez por ano, durante a Lua Cheia de maio ou junho, os budistas indonésios celebram o Vesak (em indonésio: Waisak), que
comemora o nascimento, morte e o instante em que Sidarta Gautama alcançou o mais alto nível de sabedoria e se tornou o Buda
Sakyamuni. O Vesak é um feriado nacional da Indonésia[42] e as principais cerimónias ocorrem nos três templos do chamado
conjunto de Borobudur, com os fiéis percorrendo a pé o caminho entre Mendut, Pawon e Borobudur.[43]
Turismo
Borobudur é a atração turística mais visitada da Indonésia. Em 1974 foi
visitada por 260 000 turistas, dos quais 36 000 eram estrangeiros.[8]
Em meados dos anos 1990, o número de visitantes tinha crescido para
2,5 milhões, dos quais 20% eram estrangeiros.[9] Contudo, o
desenvolvimento turístico tem sido criticado por não ter em conta a
comunidade local, o que ocasionalmente causa conflitos.[8] Em 2003,
residentes e pequenos empresários locais organizaram vários encontros
e protestos contra o plano do governo provincial de construir um centro
comercial com três andares, chamado "Java World".[44]
Celebração do festival budista Vesak em 2 de
junho de 2015
O parque arqueológico de Borobudur recebeu vários prémios de
turismo, como o PATA Grand Pacific Award 2004, PATA Gold Award
2011 e PATA Gold Award 2012. Em junho de 2012, Borobudur foi registado no Guinness World Records como o maior templo
budista do mundo.[1][45]
Conservação
A UNESCO identificou três aspetos principais a ter em conta na conservação do
monumento: vandalismo por visitantes; erosão do solo na parte sudeste; análise e
restauro de elementos em falta.[46] A terra mole, os numerosos sismos e fortes
chuvas originam a desestabilização da estrutura. Os sismos são, de longe, o fator
mais importante, pois provocam a queda de pedras e o colapso de arcos, além de
que as ondas sísmicas afetam diretamente as estruturas. A popularidade crescente
do templo atrai cada vez mais visitantes, a maior parte deles da Indonésia. Não
obstante os sinais de aviso existentes em todos os níveis exortando a não tocar em
Espetáculo de dança em Borobudur
durante o simpósio Trail of nada, os avisos sonoros regulares através de altifalantes e da presença de guardas,
Civilizations, realizado em 2006 o vandalismo nos relevos e estátuas é uma ocorrência comum preocupante. Em
2009 não havia qualquer sistema para limitar o número de entradas autorizadas
diariamente ou planos para que as visitas fossem obrigatoriamente guiadas.[46]
O elevado número de visitantes que usam as escadas estreitas de Borobudur tem causado grave desgaste dos degraus de pedra,[47]
erodindo a superfície e tornando os degraus mais finos e mais lisos. No total, o monumento tem 2 033 degraus de pedra,
espalhados pelas quatro direções cardinais. Em 2014, cerca de metade dos degraus (1 028) estavam severamente danificados.[48]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 8/23
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Para evitar mais danos, desde novembro de 2014 que duas das secções principais das escadarias — a oriental (ascendente) e norte
(descendente) — estão cobertas por estruturas de madeira, uma medida também adotada em Angkor Wat, no Camboja, e nas
pirâmides egípcias.[48] Em março de 2015, o Centro de Conservação de Borobudur propôs que os degraus fossem cobertos com
borracha[49] e há ainda propostas para que os visitantes passem a usar sandálias especiais.[50]
A UNESCO doou três milhões de dólares para cobrir parte dos custos de Vista do nascer do sol desde o
templo. Ao fundo, ao centro, avista-
reabilitação de Borobudur depois das erupções.[54] Mais de 55 000 blocos de
se o vulcão fumegante Merapi.
pedra da estrutura do templo foram desmantelados para reparar o sistema de
drenagem, o qual foi entupido por lama depois da chuva.[55]
Ameaças à segurança
Em 21 de janeiro de 1985, nove estupas foram severamente danificadas por um atentado terrorista à bomba.[59][60] No ano
seguinte, dois membros do grupo extremista islâmico responsável pelo atentado foram condenados a 20 anos de prisão e um
terceiro a 13 anos. Em 1991, um pregador muçulmano cego Husein Ali al Habsyie, foi condenado a prisão perpétua por ter
organizado uma série de atentados bombistas na década de 1980, incluindo o de Borobudur.[61]
Em maio de 2006, Borobudur não foi afetado pelo um sismo de 6,2 de magnitude que atingiu a costa sul de Java Central,
causando graves danos na região e mortos na cidade de Jogjacarta.[62]
Em agosto de 2014, as forças de segurança indonésias apertaram a segurança em Borobudur e às suas vizinhanças como
precaução a uma ameaça publicada nos meios de comunicação social pelo auto-proclamado ramo indonésio do Daexe, segundo a
qual os terroristas tinham planos para destruir Borobudur e outros locais da Indonésia com estátuas, consideradas idólatras
segundo as interpretações mais radicais do islão. O reforço das medidas de segurança incluíram a reparação e ampliação do
sistema de videovigilância e patrulhamento noturno no interior e em volta do complexo.[63]
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Arquitetura
As escavações arqueológicas em Borobudur durante a reconstrução sugerem que
fiéis do hinduísmo ou de uma religião pré-indiana tinham começado a construir
uma grande estrutura na colina de Borobudur antes de budistas se terem
apropriado do local. As fundações não se assemelham às de quaisquer outras
estruturas sagradas hindus ou budistas, o que leva os especialistas a considerar a
estrutura original mais indígena javanesa do que hindu ou budistas.[64]
Planta
Borobudur está construído como uma grande estupa única e, quando visto de
cima, tem a forma de uma mandala do budismo tântrico, que representa
simultaneamente a cosmologia budista e a natureza da mente.[65] As fundações
originais formam um quadrado com aproximadamente 118 metros de lado. Tem
Planta de Borobudur, em forma de
nove plataformas, dos quais as seis inferiores são quadradas e as três superiores
mandala
são circulares. Na plataforma mais alta há 72 pequenas estupas em volta de uma
grande estupa central. As estupas têm forma de sino oco e têm numerosos orifícios
decorativos. No interior das estupas há estátuas de Buda sentado.[66]
Borobudur tem a forma de uma pirâmide de degraus. As populaçoes austronésias pré-históricas construíram vários monumentos
megalíticos com a forma de outeiros artificiais de terra e pirâmides de degraus chamadas punden berundak, como as descobertas
em Pangguyangan, Cisolok e Gunung Padang. A construção de pirâmides de degraus baseia-se nas crenças nativas que montanhas
e locais altos são o lar de espíritos ancestrais ou hyangs. A forma básica de Borobudur é a de um punden berundak, que se
acredita ser a continuação da antiga tradição megalítica com incorporação de conceitos e símbolos do budismo maaiana.[67]
O culto congregacional em Borobudur é realizado numa peregrinação. Os peregrinos são guiados pelo sistema de escadarias e
corredores que sobem até à plataforma do cimo. Cada plataforma representa um estágio da iluminação. O caminho que guia os
peregrinos foi desenhado para simbolizar a cosmologia budista.[70]
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Estrutura da construção
Na construção do monumento foram usados cerca de 55 000 m³ de andesito, retirados das pedreiras vizinhas.[72] A rocha foi
talhada à medida, transportada para o local e colocada sem argamassa. Para juntar os blocos de pedra foram usados entalhes. Os
telhados das estupas, nichos e arcadas foram construídas com o método de arco falso. Os relevos foram criados in situ depois da
construção estar completa.[73]
O monumento está equipado com um bom sistema de drenagem para fazer face à
elevada precipitação na área. Para prevenir inundações, há 100 bicas instaladas em
cada esquina, cada uma delas esculpida com um gárgula única, com a forma de
makaras gigantes (criaturas marinhas da mitologia hindu). Borobudur difere
marcadamente do desenho comum de outras estruturas religiosas hindus e em vez
de ter sido construído numa superfície plana, situa-se numa colina natural.
Contudo, a técnica de construção é similar à de outros templos de Java. Devido a
não ter os espaços interiores existentes noutros templos e à forma genérica de uma
pirâmide, pensou-se inicialmente que Borobudur que fosse provável que o
Gárgula em forma de makara
monumento tivesse servido como estupa em vez de templo propriamente dito.
Uma estupa tem como objetivo ser um santuário para o Buda e por vezes é
construída apenas como símbolo de devoção do budismo. Por outro lado, um
templo é usado como casa de oração. Contudo, a complexidade meticulosa do
desenho de Borobudur sugere que o edifício foi de facto um templo.[72]
A estrutura principal pode ser dividida em três componentes: base, corpo e topo.[74] A base tem 123 por 123 metros e paredes
com 4 m de altura. O corpo é constituído por cinco plataformas ou terraços quadrados, cuja altura diminui à medida que se sobe;
ou seja: as de baixo são mais altas do que as de cima. A primeira plataforma está recuada 7 m em relação à beira da base. As
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restantes plataformas estão recuadas dois metros, formando um corredor estreito em cada andar. O topo é constituído por três
plataformas circulares, todas elas com estupas perfuradas dispostas em círculos concêntricos. Há uma abóbada no centro do
último andar. O cimo dessa abóbada é o ponto mais alto do monumento: 35 m acima do solo. No meio de cada um dos quatro
lados há escadarias que dão acesso ao cimo do monumento, com várias portas em arco guardadas por 32 estátuas de leões. As
portas estão decoradas com cabeças de kalas esculpidas no cimo de cada uma delas e por makaras que se projetam em cada um
dos lados. Este motivo kala-makara é usual nas portas dos templos javaneses, A entrada principal é no lado oriental, onde se
encontram os primeiros relevos narrativos. As escadarias nas encostas da colina também ligam o monumento à planície situada
abaixo.[72]
Relevos
A decoração dos diversos terraços de Borobudur é mais exuberante nos
níveis inferiores, diminuindo à medida que se sobe, sendo praticamente
inexistente nos terraços circulares Arupadhatu.[77] As esculturas das
paredes dos primeiros quatro terraços são consideradas as mais
elegantes e graciosas do antigo mundo budista.[78]
Os baixos-relevos de Borobudur seguem a estética indiana, nomeadamente nas poses e gestos, que têm certos significados e
valores estéticos. Os relevos de nobres, reis e seres divinos, como apsarás, taras e bodisatvas são normalmente retratados na pose
tribhanga, a pose de três curvas no pescoço, quadris e joelhos, com uma perna em descanso e a outra sustentando o peso do corpo.
Esta posição é considerada a mais graciosa, como é o caso da figura da surasundari segurando uma kumuda (flor-de-lótus).[81]
Durante as escavações, foram descobertos pigmentos de azul, vermelho, verde, negro e vestígios de folhas de ouro, o que levou os
arqueólogos a concluir que aquilo que atualmente é uma massa cinzenta escura de pedra vulcânica provavelmente foi outrora
coberto com gesso branco varjalepa pintado com cores vivas, talvez para ensinar conceitos budistas. O mesmo gesso varjalepa
encontra-se também nos templos de Sari, Kalasan e Sewu. É provável que os baixos-relevos de Borobudur fossem originalmente
bastante coloridos, antes das chuvas torrenciais terem removido os pigmentos.[83]
Borobudur tem 2 670 painéis de baixos-relevos (1 460 narrativos e 1 212 decorativos) que cobrem as fachadas e balaustradas. O
conjunto dos baixos-relevos tem 2 500 m² de superfície e distribuem-se entre a fundação escondida e as cinco plataformas
quadradas (Rupadhatu).[82]
Os painéis narrativos contam a história de Sudhana e de Manohara (personagens do Jataka)[84] e encontram-se agrupados em
onze séries que rodeiam o monumento, ao longo de 3 000 metros. A fundação escondida contém a primeira série, com 160
painéis; as séries restantes estão distribuídas pelas paredes de balaustrada em quatro galerias, que começam na escadaria da
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 12/23
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A história é precedida por 27 painéis que mostram várias preparações, nos céus e na terra, para dar as boas vindas à encarnação
final do bodisatva. Antes de descer do céu Tushita, o bodisatva confiou a sua coroa ao seu sucessor, o futuro Buda Maitreya.
Desceu à terra na forma de um elefante branco com seis presas, que penetraram no ventre da rainha Maia. Esta teve um sonho
com este evento, o qual foi interpretado como o seu filho se tornaria um soberano ou Buda. Quando a rainha Maia sentiu que era
altura de dar à luz, foi para o parque de Lumbini, fora da cidade de Capilavastu. Ali ficou debaixo duma figueira-dos-pagodes,
segurando um ramo com a mão direita e deu à luz um filho, o príncipe Sidarta. A história prossegue até que o príncipe se torna
Buda.[85]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 13/23
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Um dos painéis da Gandavyuha na da história dos milagres durante a samádi de Buda no jardim de Jeta em
segunda galeria Shravasti.[89]
Durante essas buscas, Sudhana visitou pelo menos trinta mestres, mas nenhum o
satisfez completamente. Recebeu depois instruções de Manjusri para se encontrar com o monge Megasri, de quem recebeu a
primeira doutrinação. À medida que a sua jornada continuou, Sudhana encontrou-se sucessivamente com Supratisthita, o médico
Megha (Espírito do Conhecimento), o banqueiro Muktaka, o monge Saradhvaja, a upasika[nt 1] Asa (Espírito da Iluminação
Suprema), Bhismottaranirghosa, o brâmane Jayosmayatna, a princesa Maitrayani, o monge Sudarsana, um rapaz chamado
Indriyesvara, o upasika Prabhuta, o banqueiro Ratnachuda, o rei Anala, o deus Xiva Mahadeva, a rainha Maia, o bodisatva
Maitreya e de novo Manjusri. Em cada um dos encontros Sudhana aprendeu uma doutrina, conhecimento e sabedoria específica.
Esses encontros são mostrados na terceira galeria.[92]
Depois do último encontro com Manjusri, Sudhana foi à residência do bodisatva Samantabhadra. Toda a série de painéis da quarta
galeria é dedicada aos ensinamentos de Samantabhadra. Os painéis narrativos terminam com Sudhana a alcançar o Conhecimento
Supremo e a Derradeira Verdade.[92]
Estátuas de Buda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 14/23
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À primeira vista, todas as estátuas de Buda parecem similares, mas há diferenças subtis entre elas nos mudras ou na posição das
mãos. Há cinco grupos de mudras: norte, leste, sul, oeste e zénite, os quais representam os cinco pontos cardinais segundo o
Maaiana e os Cinco Budas da Meditação, tendo cada um o seu simbolismo. As primeiras quatro balaustradas têm os quatro
primeiros mudras, com as estátuas de frente para o ponto cardinal correspondente ao mudra. As estátuas da quinta balaustrada e as
que se encontram nas 72 estupas das plataformas superiores têm todas o mudra zénite.[95]
Seguindo a ordem do Pradaksina (circunvolução no sentido dos ponteiros do relógio), começando a leste, os mudras das estátuas
de Buda de Borobudur são os seguintes:[96]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 15/23
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Significado Ponto
Estátua Mudra Buda Dhyani Localização
simbólico cardeal
72 estupas perfuradas do
Rodando a Roda nível Arupadhatu (três
Dharmachakra Vairocana Zénite
do Darma (lei) plataformas redondas
superiores)
Legado
A mestria estética e técnica de Borobudur e seu tamanho único evocou o sentido
de grandiosidade e orgulho dos indonésios. Do mesmo modo que Angkor Wat para
os cambojanos, Borobudur tornou-se um símbolo poderoso para a Indonésia, que
testemunha a sua grandeza passada. Sukarno, o primeiro presidente da Indonésia,
fazia questão de mostrar o monumento aos dignitários estrangeiros. O regime de
Suharto percebeu a sua importância simbólica e económica e empenhou-se
diligentemente num projeto de grande escala para restaurar o monumento com a
ajuda da UNESCO. Muitos museus indonésios têm réplicas à escala de Borobudur,
Visita do primeiro-ministro indiano que se tornou quase um ícone, que conjuntamente com o teatro de marionetas
Nehru a Borobudur em 1950, wayang e a música de gamelão forma uma espécie de vago passado clássico
acompanhado pela sua filha Indira javanês do qual os indonésios supostamente retiram inspiração.[97]
Gandhi e por Sukarno, o primeiro
presidente da Indonésia Diversas relíquias arqueológicas retiradas de Borobudur ou réplicas suas têm sido
expostas em museus da Indonésia e do estrangeiro. Além do Museu
Karmawibhangga, situado no complexo do templo, há outros museus que têm expostas relíquias do monumento, como Museu
Nacional da Indonésia em Jacarta, o Tropenmuseum em Amesterdão, o Museu Britânico em Londres, o Museu Nacional de
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 16/23
02/09/2018 Borobudur – Wikipédia, a enciclopédia livre
Banguecoque. O Museu do Louvre em Paris, o Museu Nacional da Malásia em Kuala Lumpur e o Museu das Religiões do Mundo
em Taipei têm expostas réplicas de Borobudur. O monumento atraiu a atenção mundial para a civilização budista clássica da
antiga Java.[83]
A redescoberta e reconstrução do monumento foi saudada pelos budistas indonésios como um sinal do reavivamento do budismo
no país. Em 1934, Narada Maha Thera, um monge budista missionário do Sri Lanca visitou a Indonésia pela primeira vez durante
a sua jornada de divulgação do Darma no Sudeste Asiático, o que foi aproveitado por alguns budistas locais para reavivar o
budismo na Indonésia. Em 10 de março de 1934 foi realizada uma cerimónia de plantação de uma árvore de Bodhi no lado sudeste
de Borobudur, com a benção de Narada Thera; na ocasião foram ordenados monges alguns upasakas.[nt 1][98] Uma vez por ano,
acorrem a Borobudur milhares de budistas da Indonésia e de países vizinhos para comemorarem a cerimónia do Vesak.[99][100]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 17/23
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Detalhe da "Grande Partida de Shakyamuni" Figura feminina Figura feminina Apsará voadora
[b] [c]
Legendas complementares:
Notas
Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Borobudur», especificamente
desta versão (http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Borobudur&oldid=773975907).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borobudur 18/23
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1. Upāsaka (masculino) ou Upāsikā (feminino) designam seguidores do budismo que são monges ou noviços mas
seguem os "cinco preceitos" e as "três joias" (ou "três refúgios"). Em sentido muito lato, os termos podem ser
traduzidos como "budista laico" ou discípulo laico,[90] mas geralmente aplicam-se a membros auxiliares de
comunidades monásticas.[91]
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