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QUESTÕES DE CONCURSO PÚBLICO DO MAGISTÉRIO

50 QUESTÕES
PAULO FREIRE
VOLUME 1

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COMO OBTER APROVAÇÃO

A necessidade de um planejamento para os estudos é fundamental para obter êxito nos


concursos, sei o quanto é difícil para passar nos principais concursos.
Eu já passei por isso. E como eu consegui passar nos concursos?
Digo aqui para vocês foi através de muito estudo, mas como assim?
Foi com provas anteriores resolvendo-as uma por uma, portanto requer muito trabalho.
Eu selecionei provas por assunto/ano a ano e comecei a estudar e assim chegou a minha
aprovação.
Neste volume consta uma bateria de 50 questões e gabarito do patrono da educação
Paulo Freire aplicadas nos concursos do magistério, ou seja, um só assunto.
Num total de 40 temas que caem nos concursos do magistério - eu sei que na prova não
caem os 40 temas - uma coisa lhes digo treinar com questões por assunto funciona, se
comigo deu certo imagina com você.
Por isso, foi criado o Pedagogia Concursos com a Missão de apoiar na aprovação em
concursos os Professores que buscam Carreira Pública, e têm como objetivo transformar
a vida das pessoas e provar que é possível mudarmos o País pela Educação.
Se você tiver mais interesse envie as suas dúvidas responderei todas pessoalmente,
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Muito SUCESSO!

Cristiano Pereira
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PAULO FREIRE Pedagogia Concursos
VOLUME 1

1 - A pedagogia proposta por Paulo Freire acredita numa educação capaz de contribuir
para a transformação das pessoas e da sociedade. Desse modo, os aspectos
relacionados à pedagogia freiriana são os seguintes:
A) exposição verbal; conteúdos predefinidos; adequação à realidade; relações verticais;
aprendizagem como acumulação de conhecimentos
B) exposição verbal; temas geradores; problematização da realidade; relação horizontal;
aprendizagem informal e livre.
C) diálogo como método; temas geradores; conteúdos socialmente relevantes; relações
autogestionadas; aprendizagem informal.
D) diálogo como método; temas geradores; problematização da realidade; relação
horizontal; aprendizagem como construção coletiva.
E) diálogo como método; conteúdos predefinidos; problematização da realidade;
relações verticais; aprendizagem como construção coletiva.

2 - Para Paulo Freire, a escola cidadã:


A) É aquela que não há regras nem limites para os alunos.
B) Onde os alunos só têm direitos, incluindo o de não aprender.
C) É aquela voltada exclusivamente para a inserção do jovem ao mercado de trabalho.
D) É aquela que se assume como centro de direitos e de deveres.

3 - No que concerne às tendências pedagógicas na prática escolar, Paulo Freire é


representante da tendência progressista histórico-crítica, cujo método parte de uma
relação direta da experiência do educando confrontada com o saber sistematizado.
C) Certo E) Errado

Em relação aos compromissos sociais e éticos dos professores, julgue o item a seguir.
4 - De acordo com Paulo Freire, o compromisso do profissional da educação termina
quando este atende às expectativas do educando.
C) Certo E) Errado

De acordo com Paulo Freire


5 - O processo educativo deve preparar o sujeito para que ele seja um partícipe social.
C) Certo E) Errado

6 - O docente deve ser investigador da realidade social de seus educandos.


C) Certo E) Errado

7 - O papel do professor, de acordo com a pedagogia liberal renovada não diretiva, é


o de um especialista em relações humanas.
De acordo com o pensamento pedagógico de Paulo Freire, expresso na tendência
pedagógica progressista libertadora, os conteúdos de ensino devem ser fornecidos
pelo educando, transformando-se em temas geradores.
C) Certo E) Errado

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Segue os itens a seguir, relativos à concepção progressista de Paulo Freire aplicada à


educação de jovens e adultos.
8 - A alfabetização de jovens e adultos deve provocar a construção da consciência
intransitiva, na qual há a compreensão da realidade mediante o entendimento das
causas profundas, ou seja, pela raiz das questões.
C) Certo E) Errado

9 - A prática educativa realmente política possibilita tanto a construção de saberes


pelas pessoas quanto a própria conscientização.
C) Certo E) Errado

10 - Para ser um ato de conhecimento, o processo de alfabetização de adultos


demanda, entre educadores e educandos, uma relação dialógica, na qual os sujeitos
do ato de conhecer se encontram mediatizados pelo objeto a ser conhecido.
C) Certo E) Errado

11 - Segundo a concepção progressista de Paulo Freire, a relação autoritária


interrompe a vocação do ser humano de se tornar mais completo enquanto pessoa,
por isso o autoritarismo dificulta a tarefa educacional.
C) Certo E) Errado

12 - A educação é um direito fundamental, porém a essência dessa concepção é a


escolarização formal dos atores envolvidos no processo educativo.
C) Certo E) Errado

13 - O ponto central do conceito de educação bancária consiste na conscientização e


no comprometimento do aluno.
C) Certo E) Errado

14 - A respeito de ética e trabalho, dilemas éticos ligados à profissão e educação de


adultos. Segundo Paulo Freire, adotar um suposto ponto de vista neutro em face do
mundo, do histórico e dos valores significa ter medo de se comprometer. A escolha do
procedimento de ensino pelo educador, por exemplo, é ato político que envolve, além
de conhecimentos técnicos, uma reflexão ética, que será feita a partir da concepção
pedagógica do educador.
C) Certo E) Errado

15 - Com relação à atuação e aos compromissos sociais e éticos dos profissionais


docentes. A concepção de que a educação, embora não transforme o mundo, possa
transformar algumas práticas sociais e individuais, elaborada por Paulo Freire, reduz
a importância da prática educativa.
C) Certo E) Errado

16 - Conforme a concepção dialógica de Paulo Freire, oposta ao pensamento


tecnicista, os indivíduos não devem escravizar-se às técnicas; as técnicas, elaboradas
pelos indivíduos, é que devem servir aos indivíduos.
C) Certo E) Errado

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17 - Andrea é professora de Educação Básica. Ela costuma ouvir seus alunos, em amplo
sentido, pois, além de ouvir suas questões e conversar sobre assuntos que lhes
interessam, ela usa das experiências dessa relação para rever, quando necessário, seus
procedimentos didáticos. Ela é considerada uma ótima professora e mostra-se
comprometida com a aprendizagem, não permitindo que a fala de seus alunos seja
apenas um momento de descontração em sala de aula. Com base nas concepções
filosóficas de Paulo Freire sobre a relação entre professor e alunos, a postura da
professora é
A) inadequada, pois é muito comum os alunos confundirem liberdade com falta de
regras, o que será difícil de contornar depois.
B) adequada, pois a professora conversa com os alunos de modo a refletir sobre sua
prática, tornando-a mais adequada à aprendizagem.
C) inadequada, pois não há como a professora impedir que os alunos conversem de
forma descontraída durante as aulas.
D) adequada, pois Andrea permite que os alunos falem o que quiserem e quando
quiserem, em detrimento da aprendizagem.
E) inadequada, pois Andrea deveria evitar que os alunos falassem em sala, para que
houvesse maior rendimento dos conteúdos.

18 - Sabe-se que vários pesquisadores, como Emília Ferreiro, Celéstin Freinet, Paulo
Freire e Howard Gardner, partem do princípio de que é preciso compreender e
valorizar a ação do sujeito em seu processo de aquisição do conhecimento. A partir
deste princípio, está correto afirmar:
A) Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (no livro "Psicogênese da Língua Escrita" de 1979)
defendem que não é necessário diagnosticar o quanto os alunos já sabem antes de
iniciar o processo de alfabetização.
B) Paulo Freire, grande pensador e educador, opunha-se ao que chamava de educação
libertadora, onde o professor é o depositante e o aluno o depositário da educação, o
que o torna incapaz de ler o mundo criticamente.
C) Célestin Freinet, desde os anos 20 do século passado, já defendia e utilizava práticas
ainda hoje presentes em muitas escolas, quais sejam: construção de jornal escolar, troca
de correspondências, cantinhos pedagógicos, trabalhos em grupo, aulas-passeio.
D) Howard Gardner, no livro Estruturas da Mente: Teoria das Inteligências Múltiplas,
defende a existência de onze inteligências, e destaca a Inteligência musical no
comentário: "Ter aulas de música garante aos estudantes desenvolver a inteligência
musical, a noção espacial e as linguagens escrita, verbal e gestual .

19 - Para o educador Paulo Freire, a educação é


A) uma ação neutra, enquanto a alfabetização deve focar a leitura crítica da realidade
do aluno.
B) a forma como os grupos opressores organizaram a sociedade visando a reprodução
do status quo.
C) um ato político-partidário que possibilita a tomada de poder das mãos dos opressores
pelos grupos oprimidos.
D) um ato político que visa a formação da autonomia intelectual do educando e a sua
intervenção na realidade.
E) o momento em que os educandos podem, sem pressão do poder, discutir os
problemas sociais que afligem o trabalhador.
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20 - A respeito da prática educativa no desenvolvimento de pessoas. Segundo Paulo


Freire, a transformação do meio só acontece com uma educação libertadora em que
o homem opere a realidade. Nesse sentido, a organização deve facilitar o processo de
expressão e reflexão para que as pessoas se sintam importantes para o processo de
aprendizagem.
C) Certo E) Errado

21 - Paulo Freire pensou em um método de educação construído em etapas, a partir


do diálogo entre educador e educando. As etapas do método de Freire são as
seguintes:
I. Etapa de investigação: professor e aluno buscam, em conjunto, identificar palavras e
temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da
comunidade onde vive.
II. Etapa de tematização: o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica
e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.
III. Etapa de problematização: momento da tomada de consciência do mundo, através
da análise dos significados sociais dos temas e das palavras.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II, III.

22 - Em seu livro Pedagogia da Autonomia (1996, p.136), Paulo Freire reconhece a


incompletude de todo ser humano: Seria impossível saber-se inacabado e não se abrir
aos outros à procura de explicação, de respostas a múltiplas perguntas. A partir desta
afirmação, o autor procura despertar nos educadores o compromisso com
A) a disponibilidade para o diálogo.
B) a avaliação das situações de ensino.
C) a alfabetização de jovens e adultos.
D) o espaço escolar.
E) as situações de ensino.

23 - Julgue os itens seguintes, acerca de pesquisa participante em educação. Por ter


como princípios o conhecer e o agir, o método de alfabetização de Paulo Freire é
considerado exemplo de pesquisa participante.
C) Certo E) Errado

24 - Acerca de educação de jovens e adultos. O pensamento de Paulo Freire sobre a


condição humana distancia-se do referencial ideológico marxista.
C) Certo E) Errado

25 - A partir da elaboração, por Paulo Freire, do relatório A Educação de Adultos e as


Populações Marginais: o Problema dos Mocambos, introduziu-se, no país, uma nova
maneira de abordar a alfabetização de adultos.
C) Certo E) Errado

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26 - A respeito da relação professor/aluno, abordada no texto acima. De acordo com


Paulo Freire, seja autoritária, boazinha, irresponsável, amorosa, mal-humorada ou
competente, a postura do professor sempre deixará marcas em seus alunos.
C) Certo E) Errado

27 - Tendo o texto acima como referência inicial, a respeito da relação entre escola e
sociedade.
Segundo Paulo Freire, um projeto de escola que busque a formação da cidadania
precisa: tratar todos os indivíduos com dignidade, com respeito à divergência,
valorizando o que cada um tem de bom; fazer que a escola se torne mais atualizada
para que os alunos gostem dela; e, ainda, garantir espaço para a construção de
conhecimentos científicos significativos, que contribuam para uma análise crítica da
realidade.
C) Certo E) Errado

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28 - Dentre os teóricos brasileiros que procuraram articular um tipo de orientação


pedagógica crítica superadora do reprodutivismo, destacam-se: Dermeval Saviani ,
que defende a tendência Histórico-crítica, e Paulo Freire, cujas ideias constituíram a
base para a construção da Pedagogia Libertadora. Para Saviane e Freire, a avaliação
tem como centro:
A) O conteúdo, privilegiando a função classificatória no ato de avaliar.
B) A educação, sendo que a comprovação do desempenho do aluno estaria atrelada a
memorização e repetição de conceitos.
C) O conhecimento, constituindo-se num instrumento estático e frenador do processo
de crescimento.
D) O sujeito, sendo que a comprovação do desempenho do educando não estaria
atrelada a normas e padrões pré-fixados.

29 - Paulo Freire é um dos ícones da educação brasileira por ter apresentado a


pedagogia libertadora como concepção de aprendizagem. Assinale a opção que
identifica um dos pressupostos dessa prática educativa.
A) A capacidade de assimilação da criança é idêntica à do adulto.
B) Aprender é desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com os
estímulos do ambiente.
C) O ensino é um processo de condicionamento por meio do uso de reforço das
respostas que se quer obter.
D) A motivação para a aprendizagem se dá a partir da codificação de uma
situaçãoproblema.
E) A ênfase na aprendizagem formal se baseia na negação da repressão e na valorização
do desenvolvimento de pessoas livres.

30 - Com a obra Professora sim, tia não , Paulo Freire pretende:


A) negar à professora a condição que deseja assumir
B) identificar a professora com o parentesco de tia
C) recusar a identificação da professora à tia
D) transformar a professora em tia do aluno
E) distorcer o papel da professora e da tia

31 - Para ele, o professor libertador é aquele que ultrapassa as fronteiras de um


repassador de conteúdos e surge como alguém que instiga seus educandos à
compreensão e à transformação. O diálogo se consolida. De acordo com esse autor, a
educação cumpre sua função na medida em que promove a construção de um cidadão
que, por intermédio de sua formação, busca compreender a realidade e modificá-la
em benefício de si e dos outros. A educação deve ir além de uma ação que vise à
manutenção do que já existe. O texto se refere a:
A) Paulo Freire
B) Augusto Comte
C) Lev Vygotsky
D) Friedrich Froebel

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32 - Paulo Freire é o principal representante brasileiro da concepção progressista


A) libertária.
B) libertadora.
C) crítico-social dos conteúdos.
D) crítica da reprodução.

33 - Em Pedagogia da Autonomia (2011), Paulo Freire retoma suas preocupações em


relação a uma educação libertária e emancipadora. Ao fazer referência a frases como
a realidade é assim mesmo, que podemos fazer? ou o desemprego no mundo é uma
fatalidade do fim do século expressa bem o fatalismo desta ideologia e sua indiscutível
vontade imobilizadora. Do ponto de vista de tal ideologia, só há uma saída para a
prática educativa: adaptar o educando a esta realidade que não pode ser mudada. O
que se precisa, por isso mesmo, é treino técnico indispensável à adaptação do
educando, à sua sobrevivência; Paulo Freire reafirma que o propósito da educação é
outro. Segundo o autor, o propósito da educação se expressa em várias ações
docentes, EXCETO:
A) Inquietar os alunos, instigando sua curiosidade, espírito investigador, criatividade e
criticidade.
B) Promover interações entre alunos para que juntos se apropriem e construam seu
aprendizado.
C) Renunciar a autoridade docente, em seu papel diretivo e informativo, em prol da
relação com os alunos.
D) Conscientizar os alunos, viabilizando o conhecimento da realidade e a possibilidade
de sua transformação.
E) Valorizar a cultura dos alunos, criando oportunidades de aprendizagem para que
produzam conhecimento.

34 - Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir.


Como pedagogia crítica, o modelo educacional proposto por Paulo Freire não contribui
para a promoção da educação em saúde.
C) Certo E) Errado

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35 - Uma escola municipal organizou o seu trabalho da EJA, inspirado no educador


brasileiro Paulo Freire, a partir de temas geradores escolhidos em função da vida da
comunidade local e utilizando o diálogo como principal método. De acordo com essa
situação, a tendência pedagógica que caracteriza essas ações é a
A) liberal renovada não-diretiva.
B) progressista libertadora.
C) liberal renovada progressivista.
D) progressista libertária.

36 - Assinale a alternativa que apresenta a ideia básica do Método Paulo Freire:


A) Professor como centro do processo ensinoaprendizagem.
B) Adequação do processo educativo às características do meio.
C) Currículo organizado a partir de conteúdos clássicos e universais.
D) Aluno visto como objeto da aprendizagem.
E) Transmissão de conteúdos através do modelo expositivo.

37 - Para Paulo Freire (1997), não há docência sem discência . Nesse sentido, o autor
afirma que ensinar exige
A) assimilação da realidade.
B) solidez de conteúdos.
C) formação acadêmica.
D) reflexão crítica sobre a prática.
E) método científico.

38 - Tomando-se como referência as reflexões de Paulo Freire acerca do papel do


trabalhador social nos processos de mudanças, no desempenho de suas ações, o
agente de segurança deve
I assumir posição de neutralidade frente às situações apresentadas pelos adolescentes
e pela instituição, de modo a não conflitar com os mesmos.
II compreender a situação apresentada pelo adolescente como única e particular,
desvinculada do contexto históricocultural.
III reconhecer no adolescente com quem trabalha pessoas e não, coisas; sujeitos e não,
objetos.
IV ampliar cada vez mais os seus conhecimentos, não só em relação a seus métodos e
técnicas de ação, mas também aos limites objetivos da realidade cotidiana.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e III.
C) II e IV.
D) III e IV.

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39 - De acordo com Aranha, um dos métodos utilizados em sala de aula recomenda


fazer o levantamento do universo vocabular dos grupos, a fim de escolher palavras
geradoras, que variam conforme o lugar. Esse método pertence a
A) Emília Ferreiro.
B) Lev Vygotsky.
C) Paulo Freire.
D) John Dewey.
E) Jean Piaget.

40 - Assinale a opção correta de acordo com os saberes necessários à prática educativa


segundo Paulo Freire.
A) Não cabe à escola ou ao professor discutir as implicações políticas e ideológicas
referentes à luta entre classes dominantes e às populações menos favorecidas.
B) Na escola, os conteúdos curriculares devem ser o foco das atividades de ensino, não
importando a experiência social que os alunos têm como indivíduos.
C) Nas condições de verdadeira aprendizagem, os educandos vão transformando-se em
reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador,
igualmente sujeito do processo.
D) Na escola, a grande tarefa do sujeito que pensa certo (o professor) é transferir,
depositar, oferecer, doar ao outro (o aluno) a inteligibilidade das coisas, dos fatos, dos
conceitos.

41 - Ensinar, para Paulo Freire, exige compreender que a educação é uma forma de
intervenção no mundo. Acerca dessa assertiva, assinale a opção correta.
A) A prática docente deve restringir-se ao ensino de conteúdos explicitados no currículo
das instituições educacionais.
B) O professor deve perceber que, por não poder ser neutra, a prática exige de quem
ensina uma definição, uma tomada de posição.
C) Do ponto de vista dos interesses dominantes, a educação deve ser uma prática
mobilizadora e reveladora de verdades.
D) A prática docente deve priorizar a mediação de atividades necessárias à
sistematização e à memorização de conteúdos curriculares.

42 - De acordo com os pressupostos da pesquisa participante. O método de


alfabetização de Paulo Freire é considerado uma pesquisa participante, pois estimula
que os envolvidos se conscientizem de sua situação e da possibilidade de transformá-
la.
C) Certo E) Errado

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43 - Nesse contexto, Paulo Freire nos afirma que ensinar


A) é um ato de transferir conhecimentos úteis à vida do educando; portanto, faz-se
necessário diagnosticar a sua realidade cognitiva, incorporando os saberes não formais.
B) exige respeito aos saberes dos educandos e à possibilidade de associar as disciplinas
estudadas as suas realidades concretas.
C) é transformar os conhecimentos do senso comum, em conhecimento verdadeiro, pois
a cultura da elite é um direito de todos.
D) é um ato de humildade, onde o educador precisa valorizar e reconhecer como válidos
todos os saberes dos educandos.
E) exige uma formação técnica do educador, para que este possa ensinar para além dos
saberes das vivências dos educandos, afirmando a supremacia da tecnologia e da
ciência.

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Leia o trecho abaixo para responder à questão 44.

44 - Paulo Freire constrói sua Teoria Pedagógica a partir de uma teoria do falar, ou
seja, a partir das relações palavra-mundo, palavra-encontro, palavra-ação, palavra-
valor. A educação, sob esta ótica, é
A) o estabelecimento de comportamentos que serão vantajosos para o indivíduo e para
outros em algum tempo futuro. Sempre há possibilidade de controlar e moldar o
comportamento humano, daí a importância do proselitismo político. O importante é o
processo de aprendizado entendido como um agente de mudança do comportamento.
Defesa da ideia do planejamento da educação, com base em uma ciência do
comportamento humano, como possibilidade de evolução da cultura.
B) uma ação cultural para a liberdade, ou seja, é um ato de conhecimento no qual o
aluno assume o papel de sujeito do conhecimento, através do diálogo com o educador.
Paulo Freire em toda sua obra insiste na dialética do conhecimento, que é a própria
práxis: reflexão-ação, reflexão sobre a ação e nova ação.
C) o conhecimento escolar, cuja aprendizagem constitui condição indispensável para
que os conhecimentos socialmente produzidos possam ser adquiridos por todos os
estudantes do País. Defesa da ideia do ensino ativo e efetivo, com professores
comprometidos, que conheçam bem, escolham, organizem e trabalhem os
conhecimentos que os alunos já têm e com capacidade de permanecer nos referentes
presentes no mundo cotidiano deles. São indispensáveis conhecimentos escolares que
facilitem ao aluno uma compreensão acurada da realidade em que está inserido.
D) prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. O importante é
abandonar, ao menos provisoriamente, o estudo dos processos mentais, como
pensamento ou sentimentos, mudando o foco para o comportamento observável, pois
a pesquisa dos processos mentais é pouco produtiva, de modo que é conveniente
concentrar-se no que é observável: o comportamento.

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45 - Para Paulo Freire, grande educador brasileiro, a educação serve para:


A) a conscientização;
B) a libertação;
C) a leitura;
D) o racismo;
E) o silencia.

46 - A pedagogia da autonomia proposta por Paulo Freire aborda os saberes docentes


necessários à prática educativa e aponta alguns aspectos do ensinar que precisam ser
bem trabalhados pelo professor, a fim de estabelecer uma relação professor-aluno
positiva com vistas a uma melhor aprendizagem do aluno. Assinale a alternativa que
expressa, corretamente, o que essa proposta pedagógica define com respeito à
autonomia do educando.
A) É a atitude de ensinar, admitindo a presença da curiosidade, da inquietude, do gosto
do aluno, sem colocar limites à sua liberdade.
B) É a atitude de ensinar, admitindo a presença da curiosidade, da inquietude, do gosto
do aluno, sem abrir mão de colocar limites à sua liberdade.
C) Significa ensinar, focalizando os próprios objetivos pedagógicos, gostos e interesses
por certos assuntos, mas sem colocar limites à liberdade dos alunos.
D) Significa ensinar, estando livre de qualquer interesse político e econômico,
orientando-se pelos próprios interesses, colocando limites à liberdade dos alunos.
E) É ensinar, livrando-se de interesses políticos e econômicos, atendendo ao ritmo, gosto
e interesse dos alunos, sem lhes impor limites.

47 - "Ensinar exige disponibilidade para o diálogo." (Paulo Freire, 1997, p. 135). Essa
disponibilidade supõe segurança para:
A) demonstrar os conhecimentos acumulados durante a formação.
B) manifestar vergonha por desconhecer determinado conteúdo.
C) enfrentar alunos indisciplinados e fazê-los reconhecer a hierarquia.
D) transmitir conhecimentos com neutralidade ideológica.
E) assumir o que se sabe e o que não se sabe.

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48 - Na prática conhecida como educação bancária, o educador é o sujeito que conduz


os educandos à memorização mecânica do conteúdo, tratando-os como recipientes
vazios a serem preenchidos, depósitos que memorizam e repetem os conhecimentos
reproduzidos pelo professor. Acerca desse tema, assinale a opção correta. Na prática
conhecida como educação bancária, o educador é o sujeito que conduz os educandos
à memorização mecânica do conteúdo, tratando-os como recipientes vazios a serem
preenchidos, depósitos que memorizam e repetem os conhecimentos reproduzidos
pelo professor. Acerca desse tema, assinale a opção correta.
A) A teoria da educação bancária é defendida, ainda hoje, pela maioria dos teóricos da
educação, visto que ela tem sido reconhecida como base dos melhores resultados em
experiências com alfabetização no Brasil e no exterior.
B) A relação hierárquica entre sujeito (professor) e objeto (aluno) é importante e deve
ser estimulada em todas as formas de efetivação da alfabetização, visto serem esses os
elementos primordiais no processo de ensino e aprendizagem.
C) Essa prática, combatida veementemente por Paulo Freire, está associada ao modelo
de educação tradicional, que reforça a passividade do aluno, tornando-o objeto no
processo de conhecimento.
D) O conceito de educação bancária está fortemente atrelado ao de construção de
conhecimento, visto que ambos compartilham os mesmos princípios filosóficos e
fundamentação teórica.

49 - Paulo Freire denominava o modelo tradicional de prática pedagógica de educação


bancária, pois entendia que ela visava à mera transmissão passiva de conteúdos do
professor, assumido como aquele que supostamente tudo sabe, para o aluno, que era
assumido como aquele que nada sabe. A educação problematizadora de Paulo Freire
rompe com a polarização entre professor e alunos, dominante na educação bancária,
propondo em seu lugar o par educador-educandos. Segundo o autor, num tema
gerador deve predominar:
A) O diálogo entre educador e educandos envolvidos num processo que deve propiciar
a construção de um diálogo inteligente com o mundo, problematizando o conteúdo que
os mediatiza.
B) Execução das tarefas indicadas pelo professor.
C) A realização das atividades pelos alunos sem questionamento.
D) O estudo de assuntos que priorizam a classe dominante.

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50 - Segundo Paulo Freire, com base no texto acima, ENSINAR exige:


A) criticidade;
B) respeito à autonomia do educando;
C) anestesiamento;
D) reconhecer que a educação é ideológica;
E) N.d.a.

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GABARITO

1–D 2–D 3–E 4–E 5–C


6–C 7–C 8–E 9–C 10 – C
11 – C 12 – E 13 – E 14 – C 15 – E
16 – E 17 – B 18 – C 19 – D 20 – C
21 – A 22 – A 23 – C 24 – E 25 – C
26 – C 27 – C 28 – D 29 – D 30 – C
31 – A 32 – B 33 – C 34 – E 35 – B
36 – B 37 – D 38 – D 39 – C 40 – C
41 – B 42 – C 43 – B 44 – B 45 – B
46 – B 47 – E 48 – C 49 – A 50 – B

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BÔNUS

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BÔNUS

SÍNTESE DO LIVRO

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AUTOR: PAULO FREIRE


EDITORA: PAZ E TERRA
Nº DE PAGINAS: 144

APRESENTAÇÃO

Nesta obra de grande importância para que nós, educadores, possamos nos nutrir da
sabedoria deste grande companheiro de luta pela educação de brasileiras e brasileiros,
podemos notar um estilo leve, aonde o autor “vai conversando” com o seu leitor,
reafirmando conceitos de grande importância, os quais defendeu por toda a sua
existência, adicionados a outros, tão pertinentes ao tempo em que vivemos.
Paulo nos trouxe, nesta uma de suas últimas obras, toda a indignação que precisamos
desenvolver, em resistência ao anestesiamento que os efeitos da sociedade neoliberal
têm provocado nos cidadãos, fadados a considerar normal o individualismo e a ética de
mercado vigentes no mundo hoje. Seus escritos tornam-se assim, de uma atualidade
necessária aos educadores que, sendo produtores e produto da Historia, não podem
ignorar que o seu trabalho se desenvolve em uma sociedade com peculiaridades que a
distanciam da Modernidade em que fomos formados e que vivemos grande parte de
nossas vidas.

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Sumário

CAPÍTULO I - NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA ...................................................................... 22


CAPÍTULO II - ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO.................................................... 24
CAPÍTULO III - ENSINAR É UMA ESPECIFICIDADE HUMANA ....................................................... 26
Temática central do livro: ........................................................................................................... 28

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CAPÍTULO I - NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA

1. Ensinar exige rigorosidade metódica


Para pensar certo e necessário não estar demasiado certo de suas certezas. O pensar
certo só pode ser ensinado por quem pensa certo. E tão fundamental conhecer o
conhecimento existente quanto estarmos abertos a produção do conhecimento não
existente.
Ensinar, aprender e pesquisar faz parte do mesmo ciclo gnosiológico.
2. Ensinar exige pesquisa
A pesquisa faz parte da natureza docente. Possibilita o transitar da curiosidade ingênua
para a epistemológica.
Do ponto de vista do professor, o pensar certo implica o respeito ao senso comum no
processo de sua necessária superação e o estimulo a capacidade criadora do educando.
3. Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos
Pensar certo e não apenas respeitar os saberes construídos, com os quais os educandos
chegam a escola, mas também discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses
saberes em relação com os conteúdos ensinados.
Ha uma ética de classe embutida na dissociação dos conteúdos com a vida.
4. Ensinar exige criticidade
A curiosidade, superando a ingenuidade e sem deixar de ser curiosidade, se criticiza e
se transforma em curiosidade epistemológica. Uma das tarefas principais da educação
e o desenvolvimento da curiosidade crítica, insatisfeita, indócil.
5. Ensinar exige estética e ética
“A pratica educativa tem de ser, em si, um testemunho rigoroso de decência e pureza”.
Estar fora da ética e uma transgressão. Se há respeito para com a natureza humana, o
ensino dos conteúdos não pode estar alheio a formação moral. Todo pensar certo e
radicalmente coerente.
6. Ensinar exige corporeificação das palavras pelo exemplo
Pensar certo e fazer certo.
Pensar certo e buscar a argumentação, sem, contudo, transformar discordância em raiva
pessoal.

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7. Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação


Faz parte do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação,
que ofende a substantivada do ser humano e nega radicalmente a democracia. Pensar
certo e também um ato comunicativo. Não há inteligência que não seja também
comunicação do inteligido. E preciso desafiar o educando em sua inteligência.
O pensar certo e dialógico, não polêmico.
8. Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática
E preciso que a curiosidade ingênua, percebendo-se como tal, vá se tornando crítica.
9. Ensinar exige reconhecimento e assunção da identidade cultural
E tarefa da educação, propiciar condições para que os educandos se assumam como
seres sociais e históricos, pensantes, comunicantes, transformadores, criadores,
realizadores de sonhos, capazes de ter raiva porque capazes de amar.

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CAPÍTULO II - ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO

1. Ensinar exige consciência do inacabamento


Onde há vida, há inacabamento. O homem promoveu o “suporte” em “mundo”.
Suporte – espaço em que o animal se prende afetivamente para resistir. Espaço
necessário ao seu crescimento e que delimita o seu domínio. O suporte foi virando
mundo e a vida, existência. A existência envolve necessariamente a linguagem, a cultura,
a comunicação em níveis profundos e complexos.
História e tempo de oportunidade, não de determinismo.
2. Ensinar exige reconhecimento de ser condicionado
Conscientes do inacabamento, sabemos que somos condicionados, mas podemos ir
além do condicionamento.
Estamos no mundo fazemos história, e somos por ela feitos. A consciência da
inconclusão humana gerou a educabilidade do ser humano.
3. Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando
O respeito a autonomia do educando e um imperativo ético, e não um favor. E dever do
professor respeitar a curiosidade do educando, seu gosto estético, sua inquietude, sua
linguagem. Autoritarismo e licenciosidade são duas formas extremas de transgressão da
ética humana.
4. Ensinar exige bom senso
E o bom senso que aponta ao educador o caráter negativo de formalismos insensíveis
ou licenciosidades.
Autoridade cumprindo o seu dever implica em tomada de decisões, orientação as
atividades, estabelecimento de tarefas, cobrança da produção individual e coletiva. O
educador deve respeitar a autonomia, a dignidade e a identidade do educando.
5. Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores
A luta em defesa da categoria docente deve ser entendida enquanto pratica ética. A
resposta a ofensa a que está submetida a educação deve ser a luta política, consciente,
critica e organizada. Duas formas importantes de luta são: 1) recusar-se a exercer a
atividade docente como um “bico” e 2) recusar-se a exerce-la como pratica afetiva
de tios e tias.
6. Ensinar exige apreensão da realidade
Aprender para nós, humanos, e construir, reconstruir, constatar para mudar. Toda
pratica educativa e também política. Meu papel e estar atento a difícil passagem da
heteronomia para a autonomia.

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7. Ensinar exige alegria e esperança


Esperança faz parte da natureza humana. Só há história onde há esperança. Na
Educação, a esperança se traduz na ação, onde professor e alunos, juntos, podem
aprender, ensinar, inquietarem-se, produzirem-se e juntos resistirem aos obstáculos a
alegria.
8. Ensinar exige convicção de que a mudança é possível
História e possibilidade, não determinação. O mundo não e, mas está sendo. Meu papel
no mundo deve ser o de quem intervém como sujeito de ocorrências. E preciso
compreender o futuro como problema, e nossa afirmação tem que se fazer na rebeldia
e não na resignação.
Alfabetizar numa área de miséria só ganha sentido se realizar uma espécie de psicanalise
histórico-político-social que provoque a extrojeção da culpa indevida. Expulsão do
opressor de dentro do oprimido (sombra invasora).
9. Ensinar exige curiosidade
Não se aprende nem se ensina sem a curiosidade. E preciso estimular a pergunta, a
reflexão crítica sobre a própria pergunta. A postura de educador e educando deve ser
dialógica, aberta, curiosa, indagadora. O bom professor e aquele que consegue trazer o
aluno até a intensidade do seu pensamento. Disciplina e resultado da harmonia e do
equilíbrio entre autoridade e autonomia.

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CAPÍTULO III - ENSINAR É UMA ESPECIFICIDADE HUMANA

1. Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade


Segurança se funda na competência profissional. O professor que não leve a sério sua
formação não tem forca moral para coordenar as atividades de sua classe. E não e só a
competência cientifica, mas a capacidade de ser generoso, sem arrogância. Deve-se
desenvolver clima de respeito na aula a partir de relações justas, serias, humildes,
generosas. A disciplina verdadeira nasce do alvoroço dos inquietos, não do silencio dos
silenciados.
A autoridade democrática deixa claro que fundamental na aprendizagem do conteúdo
e a construção de responsabilidade da liberdade que se assume. O ensino dos conteúdos
implica o testemunho ético do professor, assim como implica em relaciona-los a
formação ética dos educandos.
2. Ensinar exige comprometimento
A maneira de ser ou pensar politicamente do educador e revelada aos alunos, com
facilidade ou relutância.
A presença do educador e presença, em si, política. Por isso, o educador não pode ser
sujeito de omissões, mas sujeito de opções. O espaço pedagógico e um texto para ser
constantemente “ lido ” , interpretado, “ escrito e reescrito ” . Quanto mais
solidariedade entre o educador e o educando, mais possibilidades de aprendizagem
democrática se abrem na escola.
3. Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo
A intervenção que a educação promove tanto pode ser a reprodução da ideologia
dominante quanto o seu desmascaramento. A educação e, entretanto, dialética e
contraditória, e nem e sempre reprodução, nem sempre desmascaramento.
Em relação ao nosso pais, não se poderia esperar que a bancada ruralista promovesse o
debate acerca da reforma agraria, mas é papel do educador progressista faze-lo.
Os interesses humanos devem estar acima de quaisquer outros, e isto deve fazer-nos
radicais (Marx).
4. Ensinar exige Liberdade e autonomia
Ninguém amadurece, de repente, aos 25 anos. A autonomia e processo, e vir-a-ser. E
decidindo que se aprende a decidir.
Sem os limites, a liberdade se perverte em licença e a autoridade em autoritarismo. A
liberdade sem limite e tão negada quanto a liberdade asfixiada ou castrada.

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5. Ensinar exige tomada consciente de decisões


O educador não pode pretender que o seu trabalho possa transformar o pais, mas pode
demonstrar que é possível mudar. “Lavar as mãos” diante da opressão e reforçar o
poder da opressão, e optar por ele.
6. Ensinar exige saber escutar
Escutando aprendemos a “falar com eles”, e não, impositivamente, falar a eles,
embora em alguns momentos isto seja preciso.
O espaço do educador democrático, que aprendeu a falar escutando, e cortado pelo
silencio intermitente de quem, falando, cala para escutar a quem, silencioso e não
silenciado, fala.
A verdadeira escuta não diminui a capacidade de exercer o direito de discordar.
A escola deve trabalhar criticamente a inteligibilidade das coisas e dos fatos, e sua
comunicabilidade. O papel do professor progressista, para além dos conteúdos, e tratar
da aprendizagem, levar o aluno a se constituir em arquiteto de sua própria pratica
cognoscitiva.
7. Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica
A ética necessária aos novos tempos (em que o fatalismo neoliberal funda o seu discurso
puramente na ética de mercado, do lucro) e a ética universal do ser humano, a ética da
solidariedade.
Uma das grandes transgressões a ética universal do ser humano as quais enfrentamos e
o desemprego que, atualmente, a nova ordem social impõe aos seres humanos em suas
sociedades.
8. Ensinar exige disponibilidade para o diálogo
E preciso que o educador se abra a realidade dos alunos, abrindo-se a compreensão da
realidade negadora do seu projeto de gente.
A televisão, por exemplo, deve nos colocar o problema da comunicação, um processo
impossível de ser neutro.
9. Ensinar exige querer bem aos educandos
E preciso descartar a falsa superação radical entre seriedade docente e afetividade. Não
que essa afetividade condicione a avaliação, a expressão de preferencias, mas como
expressão da disponibilidade a alegria de viver.

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TEMÁTICA CENTRAL DO LIVRO:

Questão da formação docente em favor da pratica educativo-progressiva que busca a


autonomia do ser dos educandos.
1 - Bases teóricas do trabalho:
Analises retomadas de obras anteriores de Freire, não como pura repetição, mas
relacionada aos objetos aos quais direciona sua curiosidade.
Acréscimos do leitor critico acerca de aspectos que possam ter escapado ao autor
(assunção da condição de incompletude).
2 - Conceitos retomados na obra:
Inconclusão do ser humano,
Formar e muito mais do que puramente treinar.
Ética universal do ser humano.
Reflexão critica sobre a pratica
Curiosidade epistemológica.
Crítica e recusa ao ensino bancário. Ensinar não e transferir conhecimento.
Conscientização – promotora da curiosidade epistemológica.
Leitura de mundo que precede a leitura da palavra.
Virtude da coerência.
3 - Conceitos desenvolvidos na obra:
Ética da pratica educativa
Ética Universal do ser humano – lutar pela ética e vive-la em nossa pratica, e
testemunha-la, vivaz, aos educandos, em nossas relações com eles.
O preparo cientifico do educador ou da educadora deve coincidir com sua retidão ética.
E fundamental que os estudantes percebam o respeito e a lealdade com que um
professor analisa e critica as posturas dos outros educadores.
“Estamos de tal maneira submetidos a ética do mercado, que me parece pouco tudo o
que façamos na defesa e na pratica da ética universal do ser humano ” (...) “ a
transgressão dos princípios éticos e uma possibilidade, mas não e uma virtude. Não
podemos aceita-la. (...) somos seres condicionados, mas não determinados”.
• Esperança, otimismo
• Oposição a ideologia fatalista, imobilizante, que anima o discurso neoliberal.
Para a ideologia neoliberal, a função da educação e adaptar o educando a uma realidade
que não pode ser mudada.

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O que se busca e o treino técnico indispensável a essa adaptação, a sua sobrevivência.


• Ensinar não e transferir conhecimento, mas criar a possibilidade para sua produção ou
sua construção.
(...) quem forma se forma e reforma ao formar e quem e formado forma-se e forma ao
ser formado ” . (...) quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao
aprender”.
Prática de ensinar-aprender. Experiência:
TOTAL, DIRETIVA, POLITICA, IDEOLOGICA, GNOSIOLOGICA, PEDAGOGICA, ESTETICA E
ETICA. (A boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e a seriedade).
Forca criadora do aprender: comparação, repetição constatação, duvida rebelde,
curiosidade não facilmente satisfeita. Meio de superar o falso ensinar.
Superação não é ruptura, a curiosidade e a mesma, mas transforma-se em
epistemológica porque criticiza-se.
Muda de qualidade, mas não de essência. Promoção da curiosidade crítica, insatisfeita,
indócil.
• Formação ética ao lado da estética – decência e pureza.
• Puro treinamento técnico se opõe ao caráter formador da educação.
• Justa raiva – a que protesta contra as injustiças, deslealdade, desamor, exploração ou
violência.
• Assunção – assumir-se como sujeito porque capaz de reconhecer-se como objeto. E a
“outredade” do “não eu” ou do tu que me faz assumir a radicalidade do meu eu.
A diferença entre treinamento e formação e que aquele não promove assunção do
professor enquanto sujeito do seu fazer. O elitismo autoritário dos que se pensam donos
da verdade e do saber articulado também não promove assunção.
A formação docente verdadeira se faz ao lado do exercício de criticidade (curiosidade
epistemológica).
Espaço pedagógico - Importância de gestos aparentemente insignificantes e do que
ocorre no espaço tempo da escola – há uma natureza testemunhal e uma
pedagogicidade indiscutível no cotidiano.
O espaço pedagógico precisa ser constantemente lido, interpretado, escrito e reescrito.
A presença do professor e política. Não sou omissão, mas sujeito de opções.
Suporte – espaço em que o animal se prende afetivamente tanto quanto para resistir.
Necessário ao seu crescimento e que delimita o seu domínio.
A evolução humana possibilitou a solidariedade entre mente e mãos, transformou o
suporte em mundo e a vida em existência.

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Existência – linguagem, cultura, comunicação em níveis mais profundos e complexos,


espiritualização, capacidade de embelezar/enfear o mundo. Ética. Existir e assumir o
direito e o dever de optar, de decidir, de lutar, e de fazer política.
Condicionamento X Determinismo
Condicionamento: consciente do inacabamento, posso ir além. Minha construção no
mundo se faz com influência das forças sociais, cientificas, culturais e históricas. Nesta
condição, somos sujeitos da História.
Determinismo: visão fatalista que renuncia a responsabilidade ética, histórica, política e
social. Nesta condição, somos objetos da História.
• Não foi a educação que fez homens e mulheres educáveis, mas a consciência de sua
inconclusão é que gerou a sua educabilidade.
• Esperança: “Não sou esperançoso por pura teimosia, mas por exigência ontológica
”. Saber fundante. Saber que vira sabedoria.
• Autonomia: imperativo ético e não um favor. Todo desvio ético é transgressão. Devo
estar atento à difícil passagem da heteronômia para a autonomia. O professor
autoritário e o professor licencioso transgridem a ética.
Rompem com a decência.
A autonomia vai se constituindo na experiência de várias, inúmeras decisões, que vão
sendo tomadas.
Autonomia e processo, e vir a ser. Está centrada em experiências estimuladoras da
decisão e da responsabilidade, em experiências respeitosas da liberdade.
Bom senso – o exercício do bom senso se faz no “corpo da curiosidade. Quanto mais
indagamos, comparamos, duvidamos, aferimos, tanto mais eficazmente curiosos nos
tornamos e mais crítico se faz o nosso bom senso.
• Qualidades ou virtudes são constituídas por nós no esforço que nos impomos para
diminuir a distância entre o que dizemos e o que fazemos.
• Estudar: Em favor de que estudo? Contra quem estudo? Estudar por estudar e
descompromisso.
• Resistencia: “manha” necessária a sobrevivência física e cultural dos oprimidos.
E necessário fundamentar a nossa rebeldia, e não a nossa resignação, compreendendo
o futuro como problema e a natureza humana como ser mais.
Alfabetização: só faz sentido se realiza uma espécie de psicanalise histórico-político-
social de que vá resultando a extrojeção da culpa indevida. Expulsão do opressor de
dentro do oprimido enquanto sombra invasora.
Sombra que, expulsa pelo oprimido, precisa ser substituída por sua autonomia e sua
responsabilidade.

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Experimentar com intensidade a dialética entre leitura do mundo e leitura da palavra.


Curiosidade: A construção ou a produção do conhecimento do objeto implica o exercício
da curiosidade, sua capacidade crítica de “tomar distancia” do objeto, de observa-lo,
de delimita-lo de cindi-lo.
A rigorosidade metódica corresponde a produção das condições em que aprender
criticamente e possível.
Educador e, igualmente ao educando, sujeito do processo. Para além do tratamento
dado aos conteúdos, e preciso ensinar a pensar certo.
A postura de educadores e educandos e dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não
apassivada. E preciso que se assumam epistemologicamente curiosos. A tecnologia
favorece a curiosidade.
Disciplina: harmonia ou equilíbrio entre autoridade e liberdade. Segurança funda-se na
competência profissional.
“O professor que não leve a sério sua formação, que não estude, que não se esforce
para estar à altura de sua tarefa não tem forca moral para coordenar as atividades de
sua classe ” . Autoridade: Aposta na liberdade, não corresponde ao silencio dos
silenciados, mas no alvoroço dos inquietos, na dúvida que instiga, na esperança que
desperta. “Não se vive a eticidade sem liberdade e não se tem liberdade sem risco.
(...). Decidir e romper, e, para isso, preciso correr o risco. A autoridade coerentemente
democrática jamais se omite”.
Impossível separar pratica de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber,
respeito ao professor e respeito aos alunos, ensinar de aprender. O melhor discurso
sobre ele e o exercício de sua pratica.
PENSAR CERTO:
Incerteza de nossas certezas.
Ao lado da pureza e distante do puritanismo.
Rigorosamente ético.
Gerador de boniteza
Consciente da historicidade de nosso conhecimento no mundo.
Estar aberto e apto a produção do conhecimento ainda não existente.
Condicionado ao ciclo gnosiológico: aquele em que se ensina e se aprende o
conhecimento já existente e aquele em que se trabalha a produção do conhecimento
ainda não existente.
Transitar da ingenuidade para a curiosidade epistemológica.

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Respeito ao senso comum que estimula a capacidade criadora do educando. “ A


superação da ingenuidade não se faz automaticamente” (Procedimentos de estudo
ensinam a estudar. O educador leitor forma o educando leitor).
Saber respeitar os saberes constituídos na pratica comunitária, mas também discutir
com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos
conteúdos. Reconhecer e promover a “ intimidade ” entre os saberes curriculares
fundamentais e a experiência social dos educandos como indivíduos. Tal atitude
demanda profundidade na compreensão dos fatos, supõe revisão dos achados.
Coerência: todo pensar certo e radicalmente coerente.
Pensar certo e fazer certo.
Busca de segurança na argumentação sem nutrir uma raiva desmedida por seu
oponente.
Disponibilidade ao risco, aceitação do novo.
Rejeição a qualquer forma de discriminação.
Condição de dialogicidade, não de polemica
Movimento dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer (superação do
fazer desarmado, do saber ingênuo). Quanto mais me assumo como estou sendo e
percebo as razoes de ser porque estou sendo assim, mais me torno capaz de mudar.
Postura exigente, difícil, as vezes penosa, que temos de assumir diante dos outros, em
face do mundo e dos fatos, ante nos mesmos. Postura difícil, entre outras coisas, pela
vigilância constante que temos que exercer para evitar simplismos, facilidades,
incoerências grosseiras. Postura difícil porque e preciso evitar que a raiva se transforme
em raivosidade.
Viver a humildade que nos faz proclamar o próprio equívoco.
Recusa em encarar a atividade docente como “bico” ou como pratica afetiva de tios
e tias.
Característica do bom professor, aquele que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até
a intimidade do movimento de seu pensamento. Professor “repousado” no saber de
que a pedra fundamental e a curiosidade do ser humano.
Saber que educar e lidar com gente. Por isso implica em grande responsabilidade. Viver
a pratica educativa com afetividade e alegria não prescinde da formação seria e de
clareza política dos educadores ou educadoras. E opor-se ao discurso da “morte da
Historia” que a ideologia neoliberal propõe. E pratica de gente melhor. Gente mais
gente.
Pressupostos político-filosóficos de Freire
Critica permanente a malvadez neoliberal, ao cinismo de sua ideologia fatalista e sua
recusa inflexível ao sonho e a utopia.

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Ponto de vista assumido e o dos “condenados da Terra”, o dos excluídos.


A ética e indispensável a convivência humana. (...) mais do que um ser no mundo, o ser
humano se tornou uma presença no mundo, com o mundo e com os outros. Presença
que, reconhecendo a outra presença como um não-eu, se reconhece como si própria.
“Presença que pensa a si mesma, que se sabe presença, que intervém, que transforma,
que fala do que faz, mas também do que sonha, que constata, compara, avalia, valora,
decide, que rompe”.
Mover-se no mundo implica em responsabilidade Justa raiva: a de Cristo contra os
inimigos do templo, a dos progressistas contra os inimigos da reforma agraria, a dos
ofendidos contra a violência, a dos injustiçados contra a impunidade. A de quem tem
fome contra a forma luxuriosa com que alguns, mais do que comem, esbanjam e
transformam a vida num desfrute. Não e o mesmo que raviosidade.
História: templo de possibilidades e não um determinismo. (Problematização e não
inexorabilidade. A desproblematizacão do futuro leva a morte ou negação autoritária
do sonho, da utopia, da esperança. Nessa posição, a rebeldia não tem como tornar-se
revolucionaria.
Mudança: desafiar os grupos populares a perceberem, em termos críticos, a violência e
a injustiça que caracterizam sua situação concreta. Mais ainda, que a sua situação
concreta não e destino certo ou vontade de Deus.
Marx – necessária radicalidade que me faz sempre desperto a tudo o que diz respeito a
defesa dos interesses humanos.
Se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode.
Escutar me permite falar com alguém, e não a alguém, num movimento verticalizado de
quem detém o poder.
A ética do mercado não pode estar acima da ética universal do ser humano. O
desemprego não é uma fatalidade.
E o resultado de uma globalização da economia e da tecnologia a que vem faltando o
dever de uma ética realmente a serviço do ser humano.

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