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SAÚDE DE MULHERES LÉSBICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: EXPECTATIVAS DE

USUÁRIAS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Mariane Hauer1

Resumo: A saúde de mulheres lésbicas no Brasil é um ponto que merece atenção. As inúmeras formas de apagamento
sofridas por essa população em diversos contextos chega também ao cenário do Sistema Único de Saúde (SUS),
considerando que suas especificidades nem sempre são atendidas nos serviços. Sendo a Atenção Primária a principal
porta de acesso ao SUS, entende-se que é fundamental contemplar essas mulheres integralmente nesse nível de atenção,
como já previsto em algumas políticas. Todavia, entre o que é proposto e a prática cotidiana existem algumas lacunas,
como a desinformação. Assim, a presente pesquisa, de caráter qualitativo, pretende dialogar com mulheres lésbicas
através de entrevistas individuais, a fim de compreender suas necessidades e especificidades de saúde. Os dados serão
analisados através da Análise de Conteúdo, proposta por Laurence Bardin. Entendendo as expectativas das participantes
em relação ao atendimento na Atenção Primária, é possível contribuir com a construção de modelos de atenção à saúde
mais próximos das diretrizes do SUS.

Palavras-chave: Saúde. Lésbicas. Sistema Único de Saúde. Atenção Primária à Saúde.

O presente texto apresenta-se como projeto de pesquisa que integra o Trabalho de Conclusão
de Residência da autora. A pesquisa foi pensada a partir de experiências e leituras sobre o
atendimento à saúde de mulheres lésbicas.
Pesquisar sobre saúde de mulheres lésbicas é um desafio. Sua invisibilidade social,
atravessada por opressões de ordens diversas, revela-se em múltiplos cenários, inclusive o da Saúde.
Alguns trabalhos trazem à tona essa realidade e apontam falhas que vão desde a prática do
atendimento (Valadão & Gomes, 2010) até a escassez de produções científicas sobre o tema (Bento,
2012).
Em nosso cotidiano, enquanto mulheres lésbicas, é possível perceber que a invisibilidade é
reafirmada a cada ato de discriminação, seja quando temos nossos direitos negados, nossas vozes
caladas ou nossos relacionamentos amorosos não reconhecidos como legítimos.
A condição inferior ocupada historicamente por nós mulheres, fruto de uma organização
social machista, racista e heteronormativa, está no cerne da invisibilidade lésbica. Segundo a lógica
da heteronormatividade, supõe-se que
[...] todas as pessoas sejam (ou devam ser) heterossexuais – daí que os sistemas de saúde ou
de educação, o jurídico ou o midiático sejam construídos à imagem e à semelhança desses
sujeitos. São eles que estão plenamente qualificados para usufruir desses sistemas ou de seus
serviços e para receber os benefícios do Estado (LOURO, 2009, p. 90).

Para além disso, de acordo com Colling e Nogueira (2015), a heteronormatividade diz
respeito a uma “ordem sexual [que] exige que todos, heterossexuais ou não, organizem suas vidas

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Psicóloga Residente do Programa de Residência em Saúde da Família da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana,
Paraná, Brasil.

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conforme o modelo ‘supostamente coerente’ da heterossexualidade” (p. 181). Nesse sentido,
enquanto a heterossexualidade obrigatória se refere a uma norma que impõe a heterossexualidade
para todas as pessoas, a heteronormatividade aponta para produção de uma necessidade de
organizarmos nossas vidas em torno do modelo heterossexual, independente de nossas práticas
sexuais. Ou seja, sejamos ou não heterossexuais, precisaremos apresentar uma linearidade entre
sexo e gênero. Um homem, como exemplificam os autores, até pode ser gay, desde que não seja
afeminado, não demonstre interesse por questões ou objetos tidos como femininos, etc.
Já a homofobia pode ser caracterizada como um dispositivo de vigilância dos gêneros que
normaliza todos os corpos, não apenas aqueles que transgridem as normas (BORRILO, 2010). Para
o autor, o binômio homo/hetero cria um regime de sexualidades que faz com que os
comportamentos heterossexuais sejam tomados como referência. A homofobia, nesse sentido, é
compreendida como a guardiã das fronteiras sexuais atuando sempre que alguém se expresse de
maneira dissonante àquela esperada para seu gênero. A lesbofobia, mais especificamente, é marcada
pelo apagamento da sexualidade feminina (BORRILLO, 2010). Se nós lésbicas formos menos
perseguidas do que os gays isso se deve não a uma violência mais branda, como nos explica o autor,
mas é reflexo de uma misoginia que aloca a sexualidade feminina sempre à mercê do desejo
masculino o que torna impensável uma relação sexual entre mulheres.

Mulheres lésbicas na Saúde

Ao pesquisar acerca da atenção à saúde de pessoas que integram minorias sociais, percebe-
se que há, por parte do Estado, um esforço com seu alcance e inclusão no Sistema Único de Saúde
(SUS). Existem políticas específicas para atingir essas populações, e entre elas está a Política
Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT),
desenvolvida em 2010 em resposta à demanda dos movimentos sociais, que considera suas
necessidades sanitárias próprias e as fragilidades do sistema de saúde em atendê-las.
A Política LGBT tem como marca o reconhecimento dos efeitos da discriminação e da
exclusão no processo de saúde-doença da população LGBT. Suas diretrizes e seus objetivos estão,
portanto, voltados para mudanças na determinação social da saúde, com vistas a redução das
desigualdades relacionadas a saúde destes grupos sociais (BRASIL, 2010, p. 04).
Há também a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (2011), que inclui
um pequeno tópico relacionado à saúde de lésbicas. De acordo com o documento,

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[...] é preciso que os serviços de saúde disponham de profissionais capacitados para o
atendimento às mulheres, considerando a possibilidade de parte da clientela ser composta por
mulheres que fazem sexo com mulheres. Isso é necessário para que saibam atender às
mulheres lésbicas dentro de suas especificidades, e respeitando seus direitos de cidadania
(BRASIL, 2011, p. 49).

Contudo, diversas produções (SOUSA, 2015; MELLO, 2014; MARQUES et al, 2013)
apontam o despreparo de profissionais da saúde para atender essa população, e trazem, ainda, os
serviços de saúde como um dos principais contextos de ocorrência de discriminação com a
população LGBT (CARRARA; RAMOS, 2004; CARRARA et al, 2006). Tanto a Política LGBT
(BRASIL, 2010) quanto a Política de Saúde da Mulher (BRASIL, 2011) reconhecem que existem
especificidades de lésbicas frente a diversidade de outros grupos populacionais; todavia, nenhuma
delas traz informações precisas sobre quais são essas especificidades e nem sobre como abordar
essa população na prática. Ressaltamos ainda que a existência dessas políticas não garante que
sejam, de fato, efetivadas.
Destacamos que muitas das práticas sexuais realizadas por mulheres lésbicas não são
consideradas sexuais para profissionais de saúde, as/os quais comumente tendem a reproduzir a
crença de que um ato sexual envolve necessariamente um pênis penetrando uma vagina ou um ânus
(FACCHINI, 2008). No entanto, como assevera a autora, é preciso levar em consideração uma série
de questões para qualificarmos um encontro como uma relação sexual ou não, tais como: a
intimidade entre as pessoas envolvidas, o contexto em que ela ocorre, os desejos envolvidos, etc. e
as maneiras pelas quais esses elementos se organizam e se atravessam são múltiplas e não podem
ser estabelecidas dentro de um parâmetro rígido.
O Dossiê Saúde das Mulheres Lésbicas – Promoção da Equidade e da Integralidade (2006),
escrito por Facchini e Barbosa, afirma que há uma conexão entre a nossa invisibilidade social e
adificuldade no acesso e no atendimento pelos estabelecimentos de saúde. Esta invisibilidade aliada
à falta de políticas públicas, como alegam as autoras, faz com que profissionais da saúde atuem
muito mais embasados em estereótipos produzidos socialmente. Em decorrência disso, há também
uma evasão de mulheres lésbicas dos serviços de saúde por receio de não sermos amparadas e/ou
sofrermos preconceitos.

A Atenção Primária à Saúde

De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica – PNAB (2012), atualmente nomeada
como Atenção Primária à Saúde (APS), esta deve se orientar por princípios que garantam um

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atendimento humanizado e com participação social, prezando pelo vínculo com a comunidade e
considerando “o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção
integral” (BRASIL, 2012, p. 20). Dessa forma, o acesso de toda e qualquer pessoa à Saúde,
respeitando suas necessidades e particularidades, deveria ser garantido.
Porém, na APS, as ações em saúde direcionadas às mulheres estão relacionadas, sobretudo
aos aspectos reprodutivos. Essas ações são voltadas para um modelo de mulher adulta, mãe (ou
futura mãe) e heterossexual, deixando em segundo plano todas aquelas que não se encaixam nesses
quesitos, como as mulheres lésbicas (LOURO, 2009; MELLO, 2014).
Dessa forma, na contramão dos princípios do SUS, a saber, equidade, universalidade e
integralidade (BRASIL, 1988), é possível supor que a atenção à saúde de mulheres lésbicas acaba
sendo precária se comparada à de heterossexuais. Ao observar a realidade dos serviços de saúde,
acredita-se faltar (in)formação profissional e conhecimento da população sobre seus direitos. O
investimento para melhoria do atendimento deve acontecer principalmente no nível da APS, visto
que geralmente é onde se dá o primeiro contato das usuárias com o sistema de saúde e é também
onde são oferecidas ações de promoção, prevenção e tratamento.
Entende-se que se faz necessária a compreensão das singularidades de lésbicas no que diz
respeito à atenção integral à sua saúde, ou seja, é preciso abrir espaço para ouvi-las sobre seus
desejos e necessidades. O diálogo com a comunidade, conforme preconizado pelo SUS, faz com
que os serviços de saúde consigam aproximar a prática do que é previsto nas políticas.

Objetivos

Espera-se, através da realização da pesquisa proposta, compreender as necessidades e


especificidades de saúde de mulheres lésbicas na Atenção Primária.Também pretende-se entender
de que forma as participantes se sentem acolhidas em sua integralidade na Atenção Primária,
elencar elementos que as entrevistadas consideram importantes ao serem atendidas em Unidades de
Atenção Primária à Saúde (UAPS), explorar suas expectativas em relação ao atendimento ofertados
em Saúde na Atenção Primária e, por fim, investigar quais elementos estão presentes e embasam os
discursos das participantes.

Metodologia

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Por se tratar de uma proposta de estudo em que se pretende trabalhar com questões
subjetivas, optou-se por utilizar a abordagem de pesquisa qualitativa. De acordo com Maria Cecília
de Souza Minayo (2009), esse modelo aborda um “nível de realidade que não pode ou não deveria
ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o “universo dos significados, dos motivos, das
aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes” (p. 21).
De acordo com González Rey (2002, p. 35), “o conhecimento científico, a partir desse ponto
de vista qualitativo, não se legitima pela quantidade de sujeitos a serem estudados, mas pela
qualidade de sua expressão”. Dessa forma, o número de participantes será determinado por
saturação teórica, ou seja, não há uma quantidade pré-determinada de participantes; esta será
definida ao longo da coleta de dados, suspendendo-se a realização de entrevistas assim que se
perceba uma repetição nos dados obtidos, não trazendo mais contribuições para a pesquisa
(FONTANELLA, RICAS & TURATO, 2008).
A coleta de dados será através de entrevistas semiestruturadas individuais, com questões
pré-elaboradas e outras que poderão advir no decorrer da entrevista, deixando as participantes livres
para abordar pontos que julguem pertinentes sem perder o foco da pesquisa. As falas serão gravadas
em áudio e, posteriormente, transcritas integralmente, resultando no material de análise. A pesquisa
será realizada na cidade de Apucarana – Paraná.
A participação na pesquisa será voluntária e não oferecerá nenhum tipo de remuneração ou
benefício. Será assegurado sigilo, não havendo prejuízo de nenhuma natureza caso haja desejo de
desistir da pesquisa a qualquer momento. Todos esses pontos serão explicados às participantes e
constarão no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que deverá ser assinado por
cada uma e será indispensável para a participação na pesquisa.
Para participar da pesquisa, os seguintes critérios deverão ser contemplados: ser mulher que
se autodenomine lésbica, ter pelo menos 18 anos completos e ter utilizado serviço de alguma
Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) nos últimos seis anos.
A autodenominação presente no primeiro critério vai de encontro com o caráter subjetivo da
pesquisa, em que se considera o discurso e as vivências de cada participante como legítimos para a
coleta dos dados a serem analisados. O critério de idade condiz com o mínimo exigido para que as
participantes respondam legalmente por si. Já o contato com uma UAPS diz de alguma experiência
em que as entrevistadas puderam conhecer minimamente, enquanto usuárias, a oferta de
atendimento nesse serviço desde a implantação da Política de Saúde Integral para a população
LGBT, em 2010, para que possam discorrer sobre as questões levantadas na entrevista.

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Os dados obtidos serão tratados através do método proposto por Laurence Bardin (2011), a
análise de conteúdo. De acordo com a autora, esta compreende
um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando a obter, por procedimentos
sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos
ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens (Bardin, 2011, p. 47).

A análise de conteúdo permite extrair sentido e significação da mensagem passada, através


da busca por elementos que não aparecem explicitamente no texto, mas se fazem presente através
dele. Trabalha-se com o material coletado de forma sistemática, seguindo várias etapas e
classificando-o em categorias para facilitar a compreensão do que foi dito (Bardin, 2011),
garantindo, assim, legitimidade à análise.
Dessa forma, esta proposta de pesquisa visa proporcionar diálogos que poderão auxiliar no
entendimento das especificidades de saúde da população lésbica, podendo também contribuir na
manutenção de modelos equânimes de atenção à saúde

Referências

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conclusão de curso de pós graduação. UFRGS. Porto Alegre, 2012.
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FACCHINI, R. Entre umas e outras: Mulheres (homo)sexualidades e diferenças na cidade de
São Paulo. 23 de junho de 2008, 323f. Tese de doutorado apresentada ao programa de Ciências
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FACCHINI, R., BARBOSA, R. Dossiê: Saúde das Mulheres Lésbicas promoção da equidade e
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FONTANELLA, B. J. B.; RICAS, J.; TURATO, E. R. Amostragem por saturação em pesquisas
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MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 28 ed. Petrópolis:
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SOUSA, J. C. Cuidados do enfermeiro à mulher lésbica na Estratégia de Saúde da Família.
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invisibilidade à violência. Physis Revista de Saúde Coletiva, 21 [4], p. 1451-1467. Rio de Janeiro,
2011.

Health of lesbian women in Primary Care: expectations of users of the Unified Health System

Astract: The health of lesbian women in Brazil is a point that deserves attention. The numerous
forms of erasure suffered by this population in different contexts also reach the Brazilian Unified
Health System (SUS) scenario, considering that their specificities are not always met in the
services. Since Primary Care is the main access door to SUS, it is understood that it is fundamental
to contemplate these women integrally in this level of attention, as already foreseen in some

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policies. However, between what is proposed and daily practice there are some gaps, including
misinformation. Thus, the present qualitative research aims to dialogue with lesbian women through
individual interviews in order to understand their health needs and specificities. The informations
will be analyzed through Content Analysis, proposed by Laurence Bardin. Understanding the
participants' expectations regarding Primary Care it is possible to contribute to the construction of
healthcare models closer to SUS guidelines.
Keywords: Health. Lesbians. Brazilian Unified Health System. Primary Health Care.

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