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A sociedade na qual nos encontramos inseridos, é constituída de

determinados modelos e arquétipos que já foram previamente fundamentados e


nesse cenário o indivíduo que não se enquadra, possui uma tendência elevada
a ser excluído. Trata-se de uma perspectiva que precisa ser rompida, na qual a
educação pode exercer um papel extremamente importante para superação
dessa realidade.
Esse panorama excludente é vivenciado pelo indivíduo autista e faz com
que os responsáveis tenham dificuldades para conseguir o amparo necessário
com vistas ao desenvolvimento educacional. Considerando esse fato, se faz
necessário desmistificar determinados conceitos e trazer elucidações acerca do
autismo, proporcionando dessa forma um conhecimento amplo que facilite o
atendimento.
O autismo é compreendido como um transtorno, considerando que
engloba distintas dificuldades pertinentes ao desenvolvimento humano, sendo
denominado como Transtorno do Espectro Autista.
O conhecimento combate a ignorância, assim sendo quando há
compreensão a respeito do assunto, torna-se mais viável interatuar com
qualidade, por essa razão ter clareza sobre as particularidades que permeiam o
transtorno autista viabiliza uma ação educacional significativa.
Outro fator relevante está na questão da inclusão que tem sido muito
discutida sobretudo no âmbito educacional que busca preparar o indivíduo para
que possa conviver em sociedade e exercer a cidadania. Por essa razão a
inclusão precisa ser pensada com objetividade pois supera a mera atitude de
inserir, e sim trata-se de integrar de propiciar a interação e seu desenvolvimento.
Ressaltando que não se trata de adequar o educando autista ao ambiente
escolar mas sim que o ambiente escolar se adeque ao aluno, essa é a
perspectiva inclusiva apregoada nos textos de caráter legal.
O percurso histórico trilhado pelo Autismo, traz consigo progressos em
sua definição bem como na perspectiva acerca das distintas manifestações em
sujeitos diferenciados, considerando que em diversas circunstâncias já chegou
a ser erroneamente atrelado a outros transtornos.

As primeiras descrições do autismo foram feitas nos anos 40. Os


aspectos então priorizados para estudo e os pontos de vista a partir
dos quais o quadro foi descrito e compreendido influenciaram as
abordagens práticas de ajuda e tratamento. Esta influência não se deu
por se tratar do autismo, mas pelo fato de que todo estudo, abordagem
e conhecimento têm como consequência inerente a adoção ou
exclusão de intervenções práticas. No âmbito educacional, a influência
dos modelos explicativos sobre o autismo, ao longo da história,
determinou as primeiras iniciativas de intervenção no ensino que,
entretanto, foram muito específicas e distanciadas daquelas
desenvolvidas no meio social inerente à escola como a conhecemos
hoje (BELISÁRIO FILHO, 2010, p.8).

Gómez e Terán (2014), trazem a seguinte consideração a respeito do


autismo:

O termo “Autismo” foi nomeado pelo psiquiatra Leo Kanner tendo como
base a terminologia originalmente concebida por seu colega suíço
Eugene Bleuler em 1911. Bleuler utilizou o termo “autismo” para
descrever o afastamento do mundo exterior observado em adultos com
esquizofrenia, que tendem a mergulhar em suas próprias fantasias e
pensamentos (GÓMEZ & TERÁN, 2014, p. 447).

Em consonância com os autores, os mesmos apontam que o termo


autismo era comumente empregado para delinear o alienamento do cenário
exterior, ressaltado em pessoas com esquizofrenia, que possuem uma
inclinação a estarem absortos em seus pensamentos particulares e individuais
vivenciando somente o seu mundo interior.

Atualmente o autismo é considerado um Distúrbio do desenvolvimento


e faz parte de um grupo de condições denominadas, no seu conjunto,
de Distúrbios Abrangentes do Desenvolvimento ou transtornos globais
do desenvolvimento (ASSUMPÇÃO, 2000).

É perceptível na concepção trazida por Assumpção (2000) que na


atualidade a concepção de autismo passou a ser pensada de forma mais
abrangente e objetiva.
No que está relacionado ao enfoque biológico, os teóricos Assumpção e
Pimentel (2000) asseguram que os agentes determinantes do autismo ainda são
pouco elucidados, entretanto há um contingente de enfermidades de caráter
neurológico e também genético que foram apontados como sintomas
característicos do autismo. Os autores ainda ressaltam: as desordens
cromossômicas, e demais enfermidades adquiridas no período da gestação
como fatores que podem estar atrelados ao autismo.

[...] A lista de situações patológicas é muito extensa e inclui fatores pré,


peri e neonatais, infecções virais neonatais, doenças metabólicas,
doenças neurológicas e doenças hereditárias. Apesar da ausência
aparente de ligação entre elas, um ponto comum às reúne: todas as
patologias são suscetíveis de induzir uma disfunção cerebral que
interfere no desenvolvimento do sistema nervoso central
(LEBOYER,2005,p.60).

Apesar de que as circunstâncias patológicas apontadas por Leboyer


(2005), serem as mais distintas o autor enfatiza a similaridade entre elas,
considerando que essas patologias podem motivar uma desordem cerebral
passível de intervenção no sistema nervoso central.
Chiari (2008) pontua em seus estudos que análises aludem que o autismo
pode apresentar relação com variações de caráter neuroanatômicas, sendo mais
comum ocorrências no sexo masculino. Ainda em consonância com os
apontamentos de Chiari (2008), essa incidência acontece em virtude dos índices
elevados de testosterona que os autistas são
expostos no período pré-natal, sendo assim o motivo de responderem
processo de socialização de maneira indutiva e sistemática
Na décima revisão da Classificação Internacional de Doenças – CID 10 o
autismo é considerado um transtorno do desenvolvimento, assim se apresenta
e caracterizam-se de acordo com Tamanaha, Perissinoto e Chiari:

[...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento foram classificados


como um grupo de alterações, caracterizadas por alterações
qualitativas da interação social e modalidades de comunicação, e por
um repertório de interesses e atividades restrito e estereotipado. Essas
anomalias qualitativas constituem uma característica global do
funcionamento do indivíduo (TAMANAHA, PERISSINOTO E CHIARI,
2008, p.4).

Ainda acerca dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, Belisário


Filho, traz a seguinte contribuição:
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento - TGD - representam uma
categoria na qual estão agrupados transtornos que têm em comum as
funções do desenvolvimento afetadas. Entretanto, este conceito é
recente e só pode ser proposto devido aos avanços metodológicos dos
estudos e à superação dos primeiros modelos explicativos sobre o
autismo (BELISÁRIO FILHO, 2010, p.9).

Assumpção e Pimentel (2000) destacam que a questão do diagnóstico


passa a ser mais complexa na medida em que consideramos as chamadas
síndromes de Asperger, que são inseridas dentro do Continuo Autístico. Os
respectivos autores afirmam:

O diagnóstico diferencial dos quadros autístico inclui outros distúrbios


invasivos do desenvolvimento, como a síndrome de Asperger, a
síndrome de Rett, transtornos desintegrativos e os quadros não
especificados. Esse diagnostico diferencial é uma das grandes
dificuldades do clinico. (ASSUMPÇÃO E PIMENTEL, 2000, p.38).

Quando as pessoas são questionadas sobre o autismo, geralmente


são levadas a dizer que se trata de crianças que se debatem contra a
parede, têm movimentos esquisitos, ficam balançando o corpo e
chegam até o dizer que é perigoso e precisam ficar trancados em uma
instituição para deficientes mentais (ORRÚ, 2007, p.37).

Então, faz-se necessário um estudo mais aprofundado do que é de fato o


autismo para que a ausência desse conhecimento não se transforme em repulsa
pelo indivíduo, visto que, é um ser humano como todos os outros, apenas com
dificuldades e comportamentos distintos, devido o transtorno autista.

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