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1
Physmat
Acompanhamento Escolar
em
Fı́sica e Matemática
Construindo o Conhecimento
3
Lista de Figuras
4
Lista de Tabelas
5
Capı́tulo 1
Tratamentos Térmicos
6
estabelecido;
• temperatura de aquecimento;
• velocidade de resfriamento;
7
vértices e um, no centro do cubo.
Exercı́cios - 1:
8
Questão 4. Na passagem do estado lı́quido pa-
9
Capı́tulo 2
Um problema
10
A ferrita (grãos claros) apresenta uma es- A perlita (grãos escuros) é formada de lâminas
trutura cúbica de corpo centrado (CCC). Os alternadas com 88% de ferrita e 12% de cemen-
átomos que compõem essa estrutura se orga- tita.
nizam bem juntos entre si, de modo que fica
difı́cil a acomodação de átomos de carbono na É possı́vel melhorar as propriedades do aço,
rede cristalina. A estrutura da ferrita consegue adicionando, durante sua fabricação, outros ele-
acomodar, no máximo, 0,025% de átomos de mentos quı́micos, como nı́quel, molibdênio, tungstênio,
carbono. vanádio, crômio. Assim como um atleta neces-
sita de vitaminas para melhorar seu desempe-
nho, o aço precisa desses elementos quı́micos
como “reforço vitamı́nico” para melhorar suas
propriedades.
11
permanecem, na estrutura, portanto, fer-
rita e austenita;
Resfriamento do aço
12
Questão 2. Os grãos escuros de uma amostra
de médio carbono contêm:
(a) ( ) menos ferro;
(b) ( ) mais carbono;
(c) ( ) pouco carbono;
(d) ( ) mais ferro.
Questão 3. A estrutura do aço com 0,4% de
carbono compõe-se de:
(a) ( ) ferrita e perlita;
(b) ( ) austenita;
Figura 2.8: Diagrama de Equilı́brio Ferro- (c) ( ) cementita;
Carbono (d) ( ) carboneto de ferro.
Questão 4. As lâminas claras da perlita rece-
Linhas A3 – Indica inı́cio da passagem da bem o nome de:
estrutura CFC para CCC durante o resfria-
(a) ( ) ferrita;
mento.
(b) ( ) amentita;
Linha A1 – Indica o limite da existência (c) ( ) austenita;
de austenista; abaixo dessa linha, não temos (d) ( ) cementita.
austenita.
Letras gregas:
Exercı́cios - 2:
13
Capı́tulo 3
Antes de nos aprofundarmos no assunto é quando essa força for cessada, o material volta
importante ter em mente alguns conceitos fun- à posição inicial. Ex: A mola é um material
damentais utilizados na industria metal mecâni- elástico.
Fragilidade - Podemos dizer que são mate- Tipo de aco - Teor de Carbono
riais duros, porém tendem a se quebrar quando Aço macio 0,05 - 0,4
submetidos a choques e quedas. Semi-duro 0,4 - 0,8
Extra-duro 0,8 - 1,7
Materiais como o diamante, vidro, ferro fun- Aço Selvagem 1,7 - 2,3
dido, peças temperadas e outros não devem so- Ferro Fundido 2,4 - 4,0
frer choques, quedas e batidas. Ferro Gusa 4,0 - 6,0
Ductibilidade - é o oposto de fragilidade,
são materiais que, ao sofrerem a ação de uma Um problema
força, deformam-se plasticamente sem se rom-
perem. É comum pensar que, na fabricação de uma
peça, o tratamento térmico é feito na fase
Elasticidade - é a propriedade do material final do processo. Nem sempre é assim. De-
que, ao ser aplicada uma força, ele se deforma, e pendendo do tipo de peça e dos fins a que ela
14
se destina, precisamos, primeiro, corrigir a ir- de sua estrutura, que estavam mais ou menos
regularidade da estrutura metálica e reduzir as organizados, são deformados e empurrados pelo
tensões internas que ela apresenta. martelo da prensa.
Uma estrutura macia, ideal para a usi- Na laminação, os grãos são comprimidos
nagem do material, já caracteriza um bom tra- uns contra os outros e apresentam aparência de
tamento térmico. Os grãos devem apresentar grãos amassados. Em ambos os casos, isto é, na
uma disposição regular e uniforme. laminação e no forjamento, os grãos deforma-
dos não têm a mesma resistência e as mesmas
qualidades mecânicas dos grãos normais.
15
Uma peça recozida torna-se macia e um aço Após um perı́odo que varia de uma a três
temperado, duro e resistente torna-se brando e horas, a partir do inı́cio do processo, o forno é
fácil de trabalhar depois de recozido. desligado e a peça é resfriada no próprio forno.
Esse processo é conhecido como recozimento
subcrı́tico.
3.3 Como fazer o recozimento
dos aços-carbono Portanto, este tratamento térmico tem
a função de aliviar as tensões sem alterar
No recozimento, a peça é aquecida lentamente a estrutura do material.
no forno até uma temperatura abaixo da zona
crı́tica, por volta de 570o C a 670o C, no caso de Observe que quando uma broca tem ambos
aços-carbono. Sendo um tratamento subcrı́tico, os lados (aresta) cortantes e afiados por igual,
a ferrita e a perlita não chegam a se transfor- o cavaco sai por igual.
mar em austenita. Graficamente fica.
Figura 3.5: Peça temperada oferece dificuldade Exemplo: Um punção de bico de aco-carbono.
ao ser usinada
16
1. Vamos ao esmeril verificar se o punção A normalização é ainda usada como
desprende boa quantidade de centelhas. tratamento preliminar à têmpera e ao re-
venido, justamente para produzir microes-
2. Consultamos a tabela 2.1, achamos que
trutura mais uniforme do que a obtida por
o que mais se aproxima é o aço para fer-
laminação, por exemplo, além de reduzir a
ramenta, indicando uma temperatura de
tendência ao empenamento e facilitar a dis-
700◦ a 780◦ , isto é, vermelho escuro.
solução dos carbonetos e elementos de liga.
3. Aquecemos então a ferramenta até atingir
Nos aços-liga quando os mesmos são res-
a coloração indicada, dentro desse parâme-
friados lentamente após a laminação, os car-
tro de temperatura estabelecido. bonetos tendem a ser maciços e volumosos,
difı́ceis de se dissolver em tratamentos pos-
4. Atingida aquela cor, deixamos a ferra- teriores de aus tenitização. A normalização
menta esfriar lentamente em uma caixa corrige esse inconveniente.
de areia, cal, cinza ou forno, isto é, pro-
tegida do ar durante várias horas ou dias Os constituintes que se obtém na nor-
conforme a dimensão da peça. malização são ferrita e perlita fina , ou ce-
mentita e perlita fina. Eventualmente, de-
pendendo do tipo do aço, pode-se obter a
3.4 Como recozer uma peça bainita.
quando se tem a porcenta-
A normalização consiste em aquecer o
gem de carbono aço a uma temperatura elevada, bem acima
◦
As industrias, trabalham grandes números de da zona crı́tica, aproximadamente 780 C,
peças ou ferramentas, geralmente possuem bons em seguida, é resfriado ao ar livre.
aparelhos para fazer o recozimento.
Nesta região, os grãos de austenita cres-
Neste caso, a industria fornece os dados de cem, absorvendo os grãos vizinhos menos
porcentagem de carvono avaliado por aparelhos estáveis. Esse crescimento é tão mais rápido
e técnicos. Basta consultar as tabelas forneci- quanto mais elevada for a temperatura. Se
das pela fábricas, ou as deste livro, aquecendo o aço permanecer muitas horas com tempe-
e resfriando no próprio forno de recozimento. ratura um pouco acima da zona crı́tica (por
exemplo 780o C), seus grãos também serão
aumentados.
Temperatura recozimento dos aços-carbono
% de carbono Temperatura Aquecendo à cor
Aço de 0,3 - 0,5% 800◦ C vermelho Para os aços hipoeutetóides, pode-se ad-
Pouca chispa ou a 840◦ C suave
ou estrelinhas
◦
mitir que a temperatura de aquecimento ul-
Aço de 0,5 - 0,5% 780 C vermelho
Maior quantidade a 800◦ C forte trapasse a linha A3 e para os hipereutetóides
de estrelinhas
Aço de 0,8 - 1,1% 700◦ C vermelho a linha Acm, sem os inconvenientes, neste
Boa quantidade a 780◦ C escuro
de estrelinhas último caso, no resfriamento ao ar que se
Aço para ferramen-
ta de 1,1 - 1,5% 680◦ C vermelho seguem da formação do invólucro frágil de
Alta quantidade a 710◦ C amarronzado
de estrelinhas
◦
carbonetos.
Aço rápido e ligas 720 C vermelho
Alta quantidade a 880◦ C claro
No resfriamento, os grãos de austenita
transformam-se em grãos de perlita e de fer-
3.5 Normalização rita. Suas dimensões dependem, em parte,
do tamanho dos grãos de austenita.
A normalização visa refinar a granulação Uma granulação grosseira torna o ma-
grosseiradas peças de aço, principalmente terial mais quebradiço, alterando suas pro-
aços fundido, também é aplicada em peças priedades mecânicas. As fissuras (trincas)
depois de laminadas ou forjadas.
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também se propagam mais facilmente no in- tal na construção mecânica quando se trata
terior dos grãos grandes. Por isso, os grãos de obter caracterı́sticas de baixa dureza
mais finos (pequenos) possuem melhores pro- e elevada dutilidade nas ligas metálicas.
priedades mecânicas. Em especial, quando aplicado a ligas de aço
de baixo e médio teores de carbono.
A normalização - consiste em refinar
(diminuir) a granulação grosseira da peça, Objetivo
de modo que os grãos fiquem numa faixa de
tamanho considerada normal. Este tratamento térmico tem por finali-
dade a obtenção da perlita grosseira, dimi-
No processo de normalização, a peça é nuindo a dureza do aço.
levada ao forno com temperatura acima da
zona crı́tica, na faixa de 750o C a 950o C. O Na prática, a execução do recozimento
material se transforma em austenita. De- pleno ou total exige a austenitização, o que
pois de uma a três horas, o forno é desli- implica na dissolução completa dos elemen-
gado. A peça é retirada e colocada numa tos quı́micos que compõem a liga de aço.
bancada, para se resfriar. Por meio do recozimento pleno do aço
A estrutura final do aço passa a apre- é possı́vel diminuir sua dureza, aumentar
sentar grãos finos, distribuı́dos de forma ho- a ductibilidade, melhorar a usinabilidade e
mogênea. ajustar o tamanho do grão. Também são
eliminadas as irregularidades resultantes de
tratamento térmico ou mecânico, sofridas
anteriormente.
18
gado e a peça é resfriada no seu interior.
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Questão 4. O recozimento pleno consiste
em aquecer o aço em temperatura:
(a) ( ) abaixo da zona crı́tica;
(b) ( ) no limite da zona crı́tica;
(c) ( ) acima da temperatura ambiente;
(d) ( ) acima da zona crı́tica.
Questão 3. Para refinar uma granulação Questão 12. O que um aço ganha em du-
grosseira, usa-se o seguinte procedimento: reza, ele ganha também em:
(a) ( ) raspagem; (a) ( ) Plasticidade;
(b) ( ) normalização; (b) ( ) Resistência ao desgaste;
(c) ( ) usinagem; (c) ( ) Resiliência;
(d) ( ) aquecimento. (d) ( ) Elasticidade;
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Questão 13. Identifique as seguintes pro-
priedades mecânica dos aços:
(a) Ductibilidade;
(b) Dureza;
(c) Maleabilidade;
(d) Tenacidade;
(e) Elasticidade.
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Capı́tulo 4
Endurecimento do aço
• A peça deve permanecer nesta tem- Desse modo, os átomos produzem con-
peratura o tempo necessário para se siderável deformação no retı́culo da ferrita,
transformar em austenita. dando tensão ao material e aumentando sua
dureza.
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4.4 Revenimento
O tratamento de têmpera provoca mudanças
profundas nas propriedades do aço, sendo
que algumas delas, como a dureza, a re-
sistência à tração, atingem valores elevados.
Porém, outras propriedades, como a resistência
ao choque e o alongamento, ficam com valo-
res muito baixos, e o material adquire uma
apreciável quantidade de tensões internas.
Um aço nessa situação é inadequado ao tra-
balho.
Para corrigir suas tensões, é preciso
revenir o material.
23
2 - Para Ferramentas ou peças sujei-
tas a choque e pancadas - como talha-
deira, punção, machos e martelos.
24
4.8 Revenimento por banho de Avima de 330◦ C desaparece a cor e o aço
areia toma a cor negra.
25
4.11 Como revenir peças que, Para ficar mais claro, vamos dar uma
além de cementadas, fo- olhada no diagrama TTT - Tempo, Tem-
peratura e Transformação.
ram temperadas
26
A dureza da bainita é de, aproximada- de empenamento das peças. O processo é
mente, 50 Rockwell C e a dureza da mar- ilustrado no diagrama, a seguir.
tensita é de 65 a 67 Rockwell C.
A peça é aquecida acima da zona crı́tica
Para ficar mais claro o tratamento por para se obter a austenita (posição 1).
austêmpera, segue o diagrama TTT - tempo,
temperatura, transformação. Depois, é resfriada em duas etapas. Na
primeira, a peça é mergulhada num banho
de sal fundido ou óleo quente, com tempera-
tura um pouco acima da linha Mi (posição
2).
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(a) ( ) normal, de 20o C; ( ) A peça é aquecida acima da zona
(b) ( ) elevada, próxima a 100o C; crı́tica e resfriada bruscamente em água;
(c) ( ) acima da zona crı́tica;
( ) Tem a finalidade de corrigir a dureza
(d) ( ) dentro da zona crı́tica. excessiva, aliviar ou remover tensões provi-
nientes de tratamentos térmicos anteriores.
Questão 3. Para corrigir a excessiva du- ( ) O produto final deste tratamento, o
reza do aço provocada pela têmpera, usa-se aço, é denominado de martensita.
o processo de:
( ) Tem a função de aumentar a dureza
(a) ( ) martêmpera; do aço e a resistência ao desgaste.
(b) ( ) austêmpera;
(c) ( ) normalização;
(d) ( ) revenimento.
(a) ( ) perlita;
(b) ( ) cementita;
(c) ( ) martensita;
(d) ( ) ferrita.
(a) ( ) ar;
(b) ( ) forno;
(c) ( ) água;
(d) ( ) cinzas.
(a) Esferoidização;
(b) Revenimento;
(c) Recozimento;
(d) Têmpera.
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Capı́tulo 5
Tratamento termoquı́mico
29
Depois, submeter a peça à têmpera, ela a 400o C e mergulhadas em banho fundido.
adquira dureza. A função do preaquecimento é a de eliminar
água e evitar choque térmico. A peça deve
ser resfriada em salmoura com 10 a 15%
de cloreto de sódio (ClNa), ou em óleo de
têmpera.
5.7 Cementação lı́quida Tabela: Relação da profundidade de penetração com a Dureza dos
materiais
30
facilidade. É o caso, por exemplo, do gira- A nitretação também pode ser rea-
brequim, das camisas de cilindros, dos pi- lizada em meio lı́quido. Nesse caso,
nos, dos rotores, que precisam ter alta re- as peças são mergulhadas num banho
sistência ao desgaste sob temperatura rela- de sais fundidos, que são as fontes de
tivamente elevada. A peça pode adquirir nitrogênio. O processo é mais rápido
esse nı́vel de resistência por meio da técnica que o anterior. As peças permanecem
chamada nitretação. no banho apenas de duas ou três horas
numa temperatura que varia de 500o C
A nitretação é indicada na obtenção de a 580o C.
peças com superfı́cie de maior dureza, para
aumentar a resistência do desgaste, à fadiga,
à corrosão e ao calor.
5.10 Carbonitretação
Esse processo consiste em introduzir car-
Os aços que melhor se prestam a esse tra- bono e nitrogênio na superfı́cie do aço. O
tamento são os nitralloy steels, que são aços processo pode ser realizado em fornos de
que contêm cromo, molibdênio, alumı́nio e banhos de sal ou de atmosfera controlada
um pouco de nı́quel. Em geral, a nitretação (a gás). A superfı́cie da camada carboni-
é feita depois da têmpera e do revenimento. tretada adquire dureza e resistência ao des-
Assim, as peças nitretadas não precisam de gaste.
qualquer outro tratamento térmico, o que
contribui para um baixo ı́ndice de distorção
A temperatura do processo varia de 705o C
ou empenamento. a 900o C, com uma duração de duas horas.
Após esse tempo, as peças são resfriadas em
5.9 A nitretação pode ser feita água ou óleo. Obtém-se uma camada com
espessura de 0,07 a 0,7mm.
a gás ou em banho de sal.
A carbonitretação é usada, geralmente,
em peças de pequeno porte, como compo-
1. Nitretação a gás nentes de máquina de escrever, carburado-
res, relógios, aparelhos eletrodomésticos.
A temperatura conveniente para o tra-
balho é de 500o C a 530o C, e sua duração
Teste sua aprendizagem.
varia de quarenta a noventa horas.
31
Questão 2. A cementação é indicada para (a) ( ) cianeto de sódio;
aços com teor de carbono inferior a: (b) ( ) ar;
(c) ( ) amônia;
(a) ( ) 0,75%; (d) ( ) cianeto de potássio.
(b) ( ) 0,45%;
(c) ( ) 0,05%
Questão 7. Quais os principais tratamen-
(d) ( ) 0,25%’. tos termoquı́micos?
(a) ( ) 1.000o C;
(a) Cementação sólida;
(b) ( ) 200o C;
(b) Cementação gasosa;
(c) ( ) 100o C;
(c) Cementaçao lı́quida;
(d) ( ) 650o C.
(d) Nitretação à gas;
(e) Netretação em banho de sal.
Questão 6. Na nitretação a gás, usa-se co-
mo gerador de nitrogênio:
( ) É um processo mais rápido onde as
peças permanecem no banho por duas ou
32
três horas numa temperatura que varia en-
tre 500◦ C e 580◦ C.
(a) ( ) Carbonitretação;
(b) ( ) Cementação gasosa;
(c) ( ) Nitretação em banho de sal;
(d) ( ) Cementacão lı́quida;
(e) ( ) Nitretação gasosa.
33
Capı́tulo 6
Endurecimento de superfı́cies
metálicas
34
Após o aquecimento, a peça é resfriada por
jato d’água ou por imersão em óleo.
A têmpera superficial pode ser feita pe- positivo semelhante a um torno, neste caso,
los seguintes métodos: estacionário, progres- a peça a ser endurecida superficialmente é
sivo ou combinado. colocada entre as pontas do torno, a torcha
de oxiacetileno e o jato d’água são colocados
no carro do torno.
6.4 Método estacionário
O método estacionário consiste em apli- A torcha é dimensionada de acordo com
car a chama na peça, até que ela alcance a extensão da superficie a ser tratada, aquece
uma temperatura de cerca de 800o C. sucessivamente a peça que gira com veloci-
dade determinada.
A chama move-se sobre a área que será
endurecida. O resfriamento é imediato na 6.6 Método Combinado
água ou no óleo. Todo o processo é manual.
Neste método, a peça e o maçarico movem-
se simultaneamente. Este método requer o
uso de máquinas ou dispositivos especiais. É
aplicado, geralmente, em peças cilı́ndricas e
de grande tamanho.
35
6.7 Têmpera por indução crı́tica. Imediatamente após o aquecimento,
a peça é resfriada por jatos de água ou de
óleo. Na superfı́cie, forma-se martensita.
Basea-se no princı́pio da indução eletro-
magnética. Segundo esse princı́pio, um
condutor de eletricidade (no caso, a peça
metálica que será aquecida) é colocado sob
a ação de um campo eletromagnético e de-
senvolve uma corrente elétrica induzida.
36
Questão 2. Após sofrer tratamento de têm- Questão 7. Quais são os métodos da têmpera
superficial?
pera superficial, a região central da peça
apresenta a caracterı́stica de:
Questão 8. Quais os processos de têmpera
(a) ( ) dureza; superficial?
(b) ( ) ductibilidade;
(c) ( ) tensão;
Questão 9. O que é necessário para que a
(d) ( ) resistência. têmpera por chama apresente um bom re-
sultado?
Questão 3. O aquecimento por chama é em-
pregado no tratamento de:
Questão 10. Como é feito o aparelho in-
dutivo de alta frequência?
(a) ( ) peças delicadas;
(b) ( ) peças de grande tamanho;
(c) ( ) materiais tóxicos; Questão 11. Como é o processo de aque-
(d) ( ) materiais flexı́veis. cimento eletromagnético?
Questão 4. O aquecimento indutivo baseia- Questão 12. O que ocorre nas proprieda-
se no princı́pio da indução: des mecânicas do aço quando ele é endure-
cido totalmente por meio da têmpera?
(a) ( ) elétrica;
(b) ( ) eletrônica;
(c) ( ) eletromagnética; Questão 13. Cite os principais tipos de peças
onde podemos aplicar o processo de têmpera
(d) ( ) eletroquı́mica. por indução?
37
Questão 18. Sobre o tratamento térmico ( ) Ocasiona enriquecimento de carbono
de têmpera e revenimento, considere as se- na superfı́cie do aço.
guintes afirmativas:
( ) Aplicado em aço contendo Alumı́nio,
I. O meio de resfriamento a ser utilizado de- Vanádio e Cromo, visa obter elevada dureza
pende da temperabilidade do material e da superficial
dureza a ser alcançada na peça.
( ) Ocasiona aumento de dureza e tena-
II. O revenimento deve ser realizado logo cidade em todo o material.
após a têmpera.
38
(e) Para um mesmo aço carbono, o recozi- 2. Provocar modificações estruturais muito
mento acarretará sempre maior tensão intensas, que levam a um grande aumento
de escoamento e menor dutilidade do da dureza, da resistência ao desgaste, da re-
aço em relação ao tratamento térmico sistência a trações uma diminuição apreciável
de normalização. da ductilidade.
39
Capı́tulo 7
Pirometria
Energia térmica que flui entre dois corpos 7.5 Pirômetro termoelétrico
ou sistemas que apresentam temperaturas
diferentes. Quando dois fios de metais ou ligas diferen-
tes estão soldados entre si por uma de suas
Vimos que, para mexer na estrutura cris- extremidades, surge uma diferença de po-
talina do aço, precisamos aquecê-lo, sem, tencial entre as duas outras extremidades
livres quando as extremidades soldadas so-
40
frem o aquecimento. Os fios, assim solda-
dos, denominam-se par termoelétrico.
41
(a) ( ) termômetro;
(b) ( ) potenciômetro;
(c) ( ) pirômetro;
(d) ( ) gasômetro.
(a) ( ) quedas;
(b) ( ) variações;
(c) ( ) elevações;
(d) ( ) resfriamento.
42
Capı́tulo 8
Novas tendências
43
Figura 8.1: Forno a vácuo. Figura 8.2: Esquema do equipamento de ni-
tretação a plasma
nova carga.
injeta-se o gás de tratamento (Ar , H2 , CH4 ,
N2 , ou ar) em pressão baixa. O processo
8.4 Nitretação a plasma ocorre numa temperatura de 380o C a 650o C.
De acordo com a mistura de gás, podemos
nitretar, nitrocarbonetar ou oxinitrocarbo-
A nitretação a plasma é um novo processo
netar, conforme indica o quadro:
que vem atender, com melhor eficiência, às
inúmeras aplicações industriais em produ-
tos de aço, ferro fundido e ferro sintetizado. Mistura
Nitrogênio e Hidrogênio
Ponto Final
Nitrato
Tem como caracterı́stica principal a forma- Nitrogênio, Hidrogênio e metano
Nitrogênio, Hidrogênio, metano e ar
Nitrocarbonetado
oxinitrocarbonetado
ção de uma camada nitretada, de espessura
e composição definidas, que não ocorre com
Um programa de computador controla e mo-
outros processos de nitretação.
nitora os parâmetros do processo, como pressão,
tempo, temperatura, tensão, corrente e com-
O plasma pode ser descrito como uma mis-
posição dos gases.
tura de partı́culas neutras, positivas e ne-
gativas (átomos, moléculas, ı́ons, elétrons)
A nitretação a plasma é aplicada em matriz
num campo elétrico. O plasma é,pois, o
de injeção para plástico, matriz para con-
meio de transporte do nitrogênio que torna
formação a frio, engrenagens, anéis, virabre-
possı́vel a nitretação.
quins etc.
O tratamento consiste em submeter uma mis-
Além de ser realizado em baixa temperatura
tura de gases, num ambiente de vácuo, a
(360o C a 650o C), o processo permite contro-
uma tensão elétrica formada entre as peças,
lar a espessura e a composição da camada
que constituem o pólo negativo (o cátodo),
de compostos, o que constitui uma das suas
e a parede da retorta, que constitui o pólo
principais vantagens.
positivo (o ânodo).
As peças são primeiramente temperadas e
revenidas como na nitretação normal, e re-
tificadas. A seguir, passam por uma boa Teste sua aprendizagem.
limpeza. Já no forno, forma-se o vácuo e Exercı́cios - 8:
44
Marque com X a resposta correta. Questão 6. A principal vantagem do pro-
cesso a plasma é:
Questão 1. Entende-se por vácuo:
(a) ( ) limpeza dos processos;
(a) ( ) presença de pressão; (b) ( ) controle da espessura e da com-
(b) ( ) ausência de potência; posição da camada;
(c) ( ) ausência de oxigênio; (c) ( ) velocidade;
(d) ( ) pressão atmosfera igual a zero (d) ( ) pouco consumo de sal.
(nula).
Questão 7. A têmpera à vácuo possibilita
reduzir os problemas de:
Questão 2. No processo de têmpera, cria-
se vácuo de até:
(a) ( ) solidificação;
(a) ( ) 1 bar;
(b) ( ) distorção e descarbonetação;
(b) ( ) 0,1 bar;
(c) ( ) tensões internas;
(c) ( ) 10−5 mbar;
(d) ( ) escoamento do aço.
(d) ( ) 10 bar.
Questão 8. Qual a principal função do vácuo?
Questão 3. O processo de têmpera a vácuo
é aplicado em aços: (a) ( ) reduzir o grafite;
(b) ( ) reduzir a presença de qualquer
(a) ( ) para trilho; impureza;
(b) ( ) aços especiais; (c) ( ) aumentar a quantidade de sal con-
(c) ( ) ao manganês; tido na reação.
(d) ( ) inoxidáveis ferrı́ticos. (d) ( ) aumentar o tempo de reação.
45
Questão 13. No processo de tratamento
térmico à plasma, a mistura tem função fun-
damental, dela depende vários processos que
são influênciados pela composição da mis-
tura do gás. De acordo com a mistura
do gas podemos realizar quais proces-
sos?
(a) ( ) Nitretacão.
(b) ( ) Cementação.
(c) ( ) Nitrocarbonetação.
(d) ( ) Oxinitrocarbonetação.
46
Capı́tulo 9
Equipamentos
47
300o C. Tem aplicações no desenvolvimento Todos os modelos têm uma carcaça cons-
de processos que exigem baixa temperatura truı́da com chapas de aço-carbono, com es-
como, por exemplo, no revenimento. pessura variada. O isolamento da carcaça
pode ser feito com lã de rocha ou com ma-
• Forno de câmara com circulação de terial cerâmico refratário, assegurando que
ar- modelo com aquecimento elétrico, o forno preserve o calor com um mı́nimo
para temperaturas de até 1.300o C. Usado de perda. Ao se abrirem as portas, os cir-
em diversos tratamentos térmicos. cuitos de resistência desligam-se automati-
camente, o que permite efetuar, com segu-
rança, operações de carga e descarga.
48
em banho de sal.
49
Questão 3. Para secar materiais e manter
eletrodos, usa-se:
(a) ( ) forno elétrico;
(b) ( ) estufa;
(c) ( ) banho de sal;
(d) ( ) forno de câmara.
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Questão 9. Quais os tipo de forno que são
utilizados nas industrias e oficinas?
(a) ( ) Estufa.
(b) ( ) Forno de câmara com circulação
de ar.
(c) ( ) Forno de câmara com porta ver-
satil.
(d) ( ) Forno do tipo banho de sal.
mico?
51
Capı́tulo 10
52
A área de armazenamento precisa ser co- 10.4 Efluentes lı́quidos ácidos
berta, bem ventilada, e seu piso deve ter e básicos
uma base de concreto ou outro material que
impeça a infiltração das substâncias no solo. São coletados e remetidos à ETE, separada-
Há necessidade, ainda, de um sistema de mente. Essa medida é necessária para evitar
drenagem e de captação de lı́quidos para um a reação dos ácidos entre si, formando pro-
tanque. dutos gasosos tóxicos como, por exemplo, o
gás cianı́drico.
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Questão 2. Os resı́duos devem ser acondi- Questão 7. Faça a identificação dos tam-
cionados da seguinte forma: bores, de acordo com os grupos a qual eles
pertencem:
(a) ( ) enterrados em valas;
(b) ( ) ensacados em caixas plásticas; A - Grupo I, B - Grupo II
(c) ( ) ensacados em caixa de madeira;
(d) ( ) ensacados em plástico e colocados (a) ( ) Tambores pintados de vermelho
em tambores de aço. com letras amarelas.
(b) ( ) Tambores pintados de vermelho
com letras brancas.
Questão 3. Os efluentes lı́quido classificam-
se em: (c) ( ) Tambores pintados de preto com
letras amarelas.
(a) ( ) alcalinos e metais pesados; (d) ( ) Tambores pintados de amarelo com
letra pretas.
(b) ( ) ácidos e alcalinos;
(c) ( ) ácidos e hidróxidos;
Questão 8. Classifique as sentenças abaixo
(d) ( ) ferrosos e alcalinos.
conforme o tipo
A - Classe I, B - Classe II
54
Capı́tulo 11
55
Observação: Nesta etapa é fundamen- 11.7 Desengraxamento: Método
tal garantir que todos os elementos de- de limpeza
positados ou incrustados na superfı́cie
da peça a tratar sejam removidos, de
forma a garantir a eficiência do trata- Na remoção das impurezas orgânicas pode-
mento de proteção e sua durabilidade. se listar os seguintes métodos:
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11.8 Limpeza pos solvente Agentes quı́micos - o tricloro-etileno e o
inorgânico percloro-etileno são os principais compostos
para este tipo de limpeza. A caracterı́stica
incombustı́vel destes solventes fez com que
Neste método usa-se o processo de sapo- os hidrocarbonetos combustı́veis antigamente
nificação ou da emulsificação dos óleos e usados (gasolina, querosene e benzóis) fos-
graxas para promover a limpeza. sem quase completamente descartados.
Isto significa que os agentes quı́micos uti-
lizados promovem a formação de uma mis- 11.10 Desengraxamento eletro-
tura (emulsão) ou espuma, quando em con-
tato com os depósitos superficiais da peça.
Esta mistura é então removida por lavagem lı́tico
levando consigo as impurezas. O processo é
realizado em banho de imersão. 11.10.1 Processo
Composição - Geralmente são usados agen- Neste processo são usadas simultaneamente
tes quı́micos: são soluções salinas, com com- a saponificação e a emulsificação dos óleos
ponentes alcalinos fortes. e das graxas através da ação de substâncias
alcalinas, semelhantes às usadas no processo
de limpeza por solvente inorgânico. O pro-
Cuidados especiais - A lavagem final das
cesso acontece num banho eletrolı́tico e as
peças deverá ser feita preferencialmente com
impurezas não saponificáveis são removidas
água, seguida de secagem imediata. A se-
pelo gás produzido no banho.
cagem rápida impede o enbaçamento e a
formação de ferrugem. Para remover a sujeira e a espuma formada
no banho, é mantida circulação através de
Peças excepcionalmente sujas e trabalhos de uma pequena bomba. As superfı́cies dos
reparo: nos casos de reparo de peças ou anodos,geralmente feitas de nı́quel ou de chapa
peças muito sujas, usa-se limpeza por solu- de aço niquelado, devem sertão grandes quanto
ções que produzam espuma abundante. Lo- possı́vel. A introdução de ácido crômico
cais de difı́cil acesso são esguichados com através dos dispositivos de suspensão pode
mangueira. estragar o banho.
Agentes: são os mesmos utilizados na lim-
peza por solvente inorgânico, descrita ante-
11.9 Limpeza por solvente riormente. O banho contém compostos alca-
orgânico linos e cianetos, além de pequenas percen-
tagens de umectantes, que produzem uma
espuma fraca, evitando perigo de explosão
Neste processo remove a graxa pela ação do gás oxı́drico.
de hidrocarbonetos clorados. Estes sol-
ventes promovem a limpeza dissolvendo ra-
pidamente as gorduras minerais, vegetais e 11.11 Desengraxamento com o
animais, resinas, ceras, parafina, asfalto al- auxı́lio de ultrassom
catrão e alguns tipos de pintura. Não ata-
cam o metal e não deixam resı́duos quando Processo - as impurezas são removidas/soltas
aplicados diretamente. Neste processo não por efeito de vibração, conseguida através
são necessárias a lavagem e secagem poste- de transdutores ultrassônicos (frequência acima
rior das peças de 20kHz) . O efeito vibratório é combi-
nado com a ação de soluções orgânicas ou
57
inorgânicas dentro de um banho de imersão. 11.13 Raspagem
Agentes quı́micos - semelhantes aos usa- É o tratamento conseguido com escovas ro-
dos na limpeza quı́mica (orgânica e inorgâni- tativas (n= 500 a 2000 rpm) de arame de
aço ou bronze ( espessuras de 0,05 a 0,1
ca). mm) , de crina de cavalo ou de substâncias
Caracterı́sticas - O ultrassom promove a sintéticas. O processo pode ser acompa-
concentração de altas energias de tração e nhado do uso de abrasivo misturado com
compressão num espaço fı́sico reduzido. óleo. Camadas mais espessas de óxidos pe-
dem tratamento quı́mico preliminar.
Pode remover resı́duos de pastas de poli-
mento, pinturas, massas, cementantes e su- O processo - é geralmente antieconômico
jeiras num curto espaço de tempo. quando houver camadas mais espessas de
carepa ou óxidos a serem removidas.
Metodologias - alternativas são o esmeri-
11.12 Decapagem lhamento (para juntas soldadas e fundidas)
e o uso de martelos pneumáticos (remoção
Fundamentos: decapagem é todo o processo de incrustações em caldeiras).
destinado à remoção de óxidos e impurezas
inorgânicas, incluindo-se nestas categorias:
a carepa de recozimento e de laminação, as 11.14 Tamboreamento
camadas de ferrugem, a casca de fundição e
as incrustações superficiais.
Processo - é um método de esmerilhamento
Tipo: a decapagem pode ser feita por dife- onde as peças são colocadas dentro de um
rentes tipos de processos, destacando-se: tambor fechado ou aberto que gira provo-
cando a limpeza das peças pelo atrito com
• Decapagem Mecânica. material abrasivo contido no tambor. Para
• Decapagem Térmica . tambores abertos, o ângulo de inclinação
pode ser controlado, alterando a altura de
• Decapagem Quı́mica .
queda das peças.
• Decapagem Eletrolı́tica.
Agentes - entre os componentes abrasivos
Decapagem mecânica pode ser: utilizados destacam-se a areia, o pó de esme-
ril, peças de aço pequenas e médias, óxido
de alumı́nio, e eventualmente granito e quar-
• Escovação e Raspagem.
• Tamboreamento. tzo.
• Jato abrasivo.
• Remoção da Carepa por Flexionamento. Caracterı́sticas - O processo pode ser feito
a seco ou com agentes alcalinos ou ainda
com ácido sulfúrico diluı́do. Para a eficiência
Escovação e Raspagem
do processo é necessário um peso mı́nimo
das peças e um diâmetro adequado do tam-
Em pequenas indústrias, ou para peças avul-
bor.
sas, os métodos de remoção de sujeira ou
camadas de óxidos ainda servem-se da es- Indicações - O processo é indicado para
covação, martelamento e raspagem com fer- peças com sujeiras muito aderidas, e aplica-
ramentas manuais. se a qualquer metal ou tipo de superfı́cie,
bastando adequar o processo a cada caso.
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Recomenda-se limpar peças de tamanhos mento da peça.
próximos numa mesma operação.
59
11.18.2 Limpeza por Chama de revestimentos ;
• Reconhecer defeitos estruturais
Processo - usa a diferença entre coeficien-
tes de dilatação térmica do metais e seus Caracterı́sticas - existe sempre uma solução
óxidos para romper a carepa, ferrugem ou mais eficiente para o tipo de oxidação de di-
casca de fundição. A superfı́cie é aquecida ferentes metais, que torna o processo mais
rapidamente com chama oxiacetilênica, es- econômico. Materiais metálicos são ataca-
tourando a camada superficial. dos por ácidos e bases fortes.Somente a ca-
mada superficial ‘não metálica’ deve ser re-
Caracterı́sticas - a chama oxi-acetilênica movida, evitando o ataque do metal de base.
aquece a peça a uma temperatura aproxi- O ataque do metal de base é a chamada “su-
mada de 140◦ C, portanto não há aqueci- perdecapagem”, que altera espuriamente as
mento excessivo do metal de base. Quanto propriedades do metal pelo efeito da difusão
mais tempo a carepa tiver sido exposta à do hidrogênio atômico. Os resı́duos da deca-
intempérie, mais fácil é sua remoção. Para pagem favorecem a corrosão, portanto uma
a ferrugem, o efeito da chama é aumentado lavagem final cuidadosa é indispensável, se-
pela evaporação da água de hidratação. guida de uma neutralização alcalina fraca.
A decapagem posterior pode ser dispensada. Agentes e aditivos - descrevem-se abaixo
Indicações - é especialmente indicado para os aditivos e os ácidos utilizados na decapa-
a limpeza de estruturas de galpões, já que gem
não libera poeira. Aditivos - tem como função a inibição do
Cuidados especiais - se as faixas de tem- ataque excessivo das substâncias ácidas. Para
peratura forem observadas não há efeito na a decapagem, os aditivos são absorvidos pela
resistência mecânica do material da peça. superfı́cie metálica, impedindo a difusão do
hidrogênio.
O efeito decapante dos ácidos praticamente
11.18.3 Limpeza com pó de Ferro não é influenciado pelos aditivos. Empre-
gando agentes ativadores especiais, consegue-
Processo - a camada superficial da peça é se acelerar o processo de decapagem por umec-
queimada removendo incrustações de areia tação intensiva e uniforme da superfı́cie, aper-
e de escória e rebarbas de peças fundidas. feiçoando também a inativação da superfı́cie
Caracterı́sticas - uma fina camada super- decapada. Praticamente não há redução de
ficial da peça é queimada com maçarico, pro- espessura além daquela da carepa.
movendo-se simultaneamente melhor fluidez Outras vantagens do uso dos aditivos:
da escória através da injeção de pó de ferro
finamente pulverizado. Indicações: é em- • Melhor aderência;
pregado para o aço fundido e para o aço la- • Aumento da resistência dos revestimen-
minado, sem liga ou com baixo teor de liga. tos metálicos à tração e à flexão;
• Redução da fragilidade;
• Ausência de bolhas provenientes da de-
11.19 Decapagem Quı́mica capagem, com melhor deformabilidade.
Finalidades:
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11.20 Ácidos decapantes para ca ligados a uma fonte de corrente contı́nua
ou corrente alternada, transformada em cor-
os metais mais importantes
rente contı́nua e rectificada. A peça a ser
revestida deve funcionar como catodo, ou
Aço carbono seja, deve estar ligada ao pólo negativo da
fonte de corrente eléctrica. O anodo, ligado
Tipo de ácido decapado com ácido clorı́dri-
ao pólo positivo da fonte, pode ser de um
co ou sulfúrico, diluı́do. Concentrações: en-
material inerte (grafite, chumbo, aço inoxi-
tre 10 e 20%.
davel, titânio platinizado, etc...) ou cons-
tituı́do pelo metal de que se quer revestir
Tempo de decapagem - dependem da es-
a peça. A solução eletrolı́tica deve conter
pessura da camada de carepa ou ferrugem.
como eletrólitoum sal que contém cátions
do mesmo metal.
Vantagens e desvantagens:
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Capı́tulo 12
12.1 Funcionamento
Faixa de operação de 100 a 1200oC, alimentação
220V/60Hz, com controle microprocesssado
da temperatura, display indicador de tem-
peratura e funções, programação indepen-
dente para até 10 set point, 10 patamares de
tempo, 10 velocidades de aquecimento e res-
friamento, sinalizadores sonoros e luminosos
indicam as fases do proceso e anomalias,
memória armazena a última programação,
dispositivo despertador liga o equipamento
em horário pré-estabelecido, classe de 0,5
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