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Aula prática de Viscosidade de líquidos

Curso: Biotecnologia

Stéfanie Ferreira da Silva

Vanessa de Abreu Feitosa

Victor Teixeira

Andréa Santos

Renato Marques

Yasmine Lima

Raíssa Novais

André

Vandré
INTRODUÇÃO
Reologia é a ciência que trata das deformações e fluxo de materiais
causados pela aplicação de uma força. No âmbito das ciências biológicas e
farmacêuticas, o estudo da reologia é indispensável para o entendimento de
diferentes fenômenos, muitos deles essenciais à vida, eficácia dos medicamentos
e dos processos tecnológicos. A reologia abrange diferentes propriedades
associadas à deformação da matéria, entre as quais: extrussibilidade,
compressibilidade, ductibilidade, elasticidade, fluidez e viscosidade.

A viscosidade é um dos testes físicos aplicados a muitas preparações


líquidas, como soluções, emulsões fluídas ou suspensões. É possível medir a
viscosidade de preparações semi-sólidas. Pode-se relacionar a viscosidade com a
fluidez, velocidade de deslizamento e tixotropismo das amostras analisadas.
A viscosidade dos líquidos vem do atrito interno, isto é, das forças de
coesão entre moléculas relativamente juntas. Desta maneira, enquanto que a
viscosidade dos gases cresce com o aumento da temperatura, nos líquidos ocorre
o oposto.
Com o aumento da temperatura, aumenta a energia cinética média das
moléculas, diminui (em média) o intervalo de tempo que as moléculas passam
umas junto das outras, menos efetivas se tornam as forças intermoleculares e
menor a viscosidade.
Para entender a natureza da viscosidade nos líquidos, suponhamos duas
placas sólidas planas, uma sobre a outra, com um fluido contínuo entre elas.

Aplicando uma força constante a uma das placas, a experiência mostra


que ela é acelerada até atingir uma velocidade constante (chamada velocidade
terminal).
Se a intensidade da força aplicada for duplicada, por exemplo, a
velocidade terminal também duplica. A velocidade terminal é proporcional à
força aplicada.
Pensando que o líquido entre as placas se separa em lâminas paralelas, o
efeito da força aplicada é o de produzir diferenças de velocidade entre lâminas
adjacentes.
A lâmina adjacente à placa móvel se move junto com ela e a lâmina
adjacente à placa imóvel permanece também imóvel.
O atrito entre lâminas adjacentes causa transformação de energia
mecânica em energia interna e é o que causa a viscosidade no líquido.
É um fato experimental que o módulo F da força aplicada, necessária
para manter o movimento da placa com velocidade de módulo v constante, é
diretamente proporcional à área A da placa e ao módulo da velocidade e
inversamente proporcional à distância L entre as placas. Assim, podemos
escrever:
, definindo o chamado coeficiente de viscosidade h do fluido, que
depende do fluido e da temperatura.
No sistema CGS, unidade da viscosidade é chamada poise. A tabela
abaixo mostra os coeficientes de viscosidade de alguns líquidos (em poise).
Glicerina (20oC) 8,3

Água (0oC) 0,0179

Água (100oC) 0,0028

Éter (20oC) 0,0124

Mercúrio (20oC) 0,0154

A tabela abaixo mostra os coeficientes de viscosidade de alguns gases


(em poise).

Ar (0oC) 0,000171

Ar (20oC) 0,000181

Ar (100oC) 0,000218

Água (100oC) 0,000132

CO2 (15oC) 0,000145

Os coeficientes de viscosidade dos óleos lubrificantes automotivos são


normalmente expressos em SAE. Um óleo cuja viscosidade é 10SAE a 55oC, por
exemplo, tem viscosidade entre 1,6 e 2,2 poise.
Ao definirmos o coeficiente de viscosidade escolhemos o caso em que o
fluido, por efeito do movimento de uma das placas, separava-se em camadas
muito estreitas, com a camada em contato com cada placa tendo a velocidade
desta placa e as camadas intermediárias tendo velocidades que variam
linearmente de uma placa para a outra. Tal escoamento é chamado laminar ou
lamelar.

O coeficiente t = F/A é chamado tensão de cisalhamento. De modo geral:


, mostrando a variação do módulo da velocidade das camadas de
fluido com a distância à placa parada.

Esta expressão representa a chamada lei de Newton para a viscosidade e


o fluido para o qual ela é verdadeira é chamado fluido newtoniano. Os materiais
são divididos em duas categorias gerais, dependendo de suas características de
fluxo: newtonianos e não newtonianos. O fluxo newtoniano caracteriza-se por
viscosidade constante, independente da velocidade de cisalhamento aplicada,
enquanto o não newtoniano por uma mudança na viscosidade com o aumento na
velocidade de cisalhamento.
A lei de fluxo de Newton considera camadas paralelas de líquido (de
espessura dr e área A), sendo a inferior fixa, com aplicação de força sobre a
camada superior e movimento do plano superior a uma velocidade constante,
movendo-se cada uma das camadas inferiores com uma velocidade diretamente
proporcional à sua distância da camada inferior estacionária. O gradiente de
velocidade, ou velocidade de cisalhamento (dv/dr), é a diferença entre a
velocidade dv entre dois planos do líquido separados pela distância dr. A força F
aplicada por unidade de área (F/A), necessária para iniciar o fluxo de uma
camada molecular sobre a outra, é chamada de tensão de cisalhamento. Nos
chamados fluidos Newtonianos, o gradiente de cisalhamento é proporcional a
tensão de cisalhamento, sendo a viscosidade a constante de proporcionalidade.
Entretanto, existem fluidos como os que são suspensões de partículas que
não seguem esta lei. Por exemplo, o sangue, uma suspensão de partículas com
formas características, como discos, no caso das células vermelhas. As partículas
têm orientações aleatórias em pequenas velocidades, mas tendem a se orientar a
velocidades mais altas, aumentando o fluxo, com a velocidade crescendo mais
rapidamente do que a força.

OBJETIVO
Esta prática teve como objetivo determinar as viscosidades relativa,
dinâmica e cinemática do soro caseiro, utilizando o viscosímetro de Ostwald-
Fenske.

RESULTADO E EXECUÇÃO DOS CÁLCULOS


O peso do picnômetro com as substâncias foi medido utilizando-se o
picnômetro e uma balança.

A partir desses valores, pode-se calcular o volume do picnômetro da


seguinte forma:

1. Sabendo-se que a massa específica da água é 0, 99624 a 28°C (valor


tabeladoB), e que o volume da substância é o volume do picnômetro
utilizado, pode-se estabelecer a seguinte relação: ρ(H2O) = m(H2O)/Vp,
onde:
ρ(H2O) = massa específica da água

m(H2O) = massa da água

Vp = Volume do picnômetro

M(p + H2O) = massa do picnômetro mais massa de água

Mp = massa do picnômetro

2. Sabendo-se que a massa de água é igual à massa de água com a massa do


picnômetro menos a massa do picnômetro, têm-se que:

ρ(H2O) =( M(p + H2O) – Mp)/Vp →

Vp = (M(p + H2O) – Mp)/ρ(H2O) →

Vp = (47,5122 – 20,2290g)/0,99624g/cm³ → Vp = 27,386 cm³

Após encontrar-se o volume do picnômetro, é possível obter-se as


massas específicas das outras substâncias analisadas, utilizando-se o
procedimento análogo ao que foi exposto para a massa específica da água.

3. Para o soro caseiroA:

ρ(SC) = (47,9906 g – 20, 2290 g)/27,386 cm³ = 1,0136 g/cm³

A média do tempo de escoamento da água destilada no viscosímetro


foi de 220,33 s. A média do tempo de escoamento do soro caseiro foi de
239,585 s.

Calculando a viscosidade relativa do soro:

(I) ηrel = (ρ1t1/ ρ2t2)

ηrel = (1,0136 g/cm³ X 239,585 s)/ (0, 99624 g/cm3 X 220,33 s )

ηrel = 1,1064

Calculando o valor da viscosidade dinâmica do soro caseiro,


utilizando o valor padrão da viscosidade da água a 28° C (0,8327 cP, valor
tabelado) temos:

(II) ηsoro = ηrel X ηágua

ηsoro = 1,1064 x 0,8327 cP = 0,92129 cP

Calculando-se a viscosidade cinemática da água destilada:

(III) υágua = (ηágua/ ρágua)


υágua = 0,8327 cP/0, 99624 g/cm3 = 0,83584 cSt

Calculando o valor da viscosidade cinemática do soro caseiro, temos:

υsoro = (ηsoro/ ρsoro)

υsoro = 0,92129 cP/ 1,0136 g/cm³ = 0,9089 cSt

Tabela 1 – Viscosidades relativa, dinâmica e cinemática das amostras analisadas.

Amostra ρ, g/cm3 Tempo de ηrel η,cP ν,cSt


escoamento,
s
água 0,99624 220,33 1 0,8327 0,8358
Soro caseiro 1,0136 239,585 1,1064 0,92129 0,9089

A temperatura média, durante a realização do experimento, foi de 28°C.

DISCUSSÃO

De posse dos cálculos, pôde-se observar que a água destilada, por não apresentar
solutos dissolvidos, apresenta forças intermoleculares menores e, consequentemente,
também as forças coesivas menores, tem densidade menor, em relação ao soro caseiro.
Logo, a viscosidade foi menor, gastando menos tempo para escoar.

As viscosidades relativa, dinâmica e cinemática do soro caseiro foram maiores


do que a da água. Isso se deve ao fato de que o soro apresenta solutos altamente polares
dissolvidos em sua composição, o que faz aumentar as forças intermoleculares e as
coesivas, aumentando a viscosidade e o tempo de escoamento. Assim, ele é mais
viscoso em decorrência da maior densidade.

CONCLUSÃO
Pela prática realizada, foi possível calcular o coeficiente de viscosidade
de diferentes líquidos que, no caso, foram água e soro caseiro, utilizando o
equipamento como o viscosímetro para calcular o tempo e picnômetro para
calcular as massas específicas. De posse desses dados e buscando as equações
adequadas na literatura, foi possível quantificar a viscosidade.
Pôde-se constatar que a viscosidade está diretamente relacionada com a
densidade, ou seja, aumentando-se a concentração da mesma, mais densa ela
será, com mais solutos, há mais interações intermoleculares, maior será sua
viscosidade e, portanto, maior será seu tempo de queda. O viscosímetro deve ser
mantido na posição vertical para que aconteça a queda da esfera.
BIBLIOGRAFIA
 http://www.ufsm.br/gef/FluRea06.htm, acesso em 31.11.10, às 18:34
 http://150.162.31.1/~minatti/aulas/qmc5409/exp_1_viscosidade_liquidos.pdf,
acesso em 31.11, às 18:57

 Fórmulas: I, II, III.


Manual de Práticas. Disciplina de Fundamentos de Físico-Química. Departamento
de Química Analítica e Físico-Química. Universidade Federal do Ceará.
Disponível no sítio:
http://www.labufc.com.br/arqs/ApostilaCompletaEPEA_Modificada_170707B.rar
Viscosidade de líquidos, páginas 22 e 23.

A) Composição do soro caseiro


http://pt.wikipedia.org/wiki/Soro_caseiro Acessado em 7 de Outubro de 2010, às
23:19.

B) Constantes: massa específica da água e viscosidade dinâmica da água

Manual de Práticas. Disciplina de Fundamentos de Físico-Química. Departamento


de Química Analítica e Físico-Química. Universidade Federal do Ceará.
Disponível no sítio:
http://www.labufc.com.br/arqs/ApostilaCompletaEPEA_Modificada_170707B.rar
Anexos No 01 e 02, página 40.

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