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Paola Salinas
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01/09/2018 XX Encontro Brasileiro do Campo Freudiano: Transferência negativa, silêncio e amor
Quando não há mais nada a se dizer, o silêncio mortífero pode fazer
o sujeito recuar, recolher-se e não querer saber mais nada disso. Contudo,
quando o amor não se articula mais à suposição de saber, posto que o
analista ocupa então outro lugar, aposto que um amor mais digno poderia
recolocar a transferência quando esta suposição de saber cai. Nesse
momento, defrontado com sua solidão, o sujeito pode fazer uso de um laço
que não garante nem explica, mas que está lá como possibilidade. Suportar
esse silêncio, que pode ser mortífero, e a não palavra que se colocam nesse
ponto de real, permite ir além da transferência negativa e, como efeito do
atravessamento da fantasia, seguir num novo laço amoroso na vida e na
análise.
Creio que somente é possível amar na medida do dar o que não se
tem, não sem antes ter experimentado a angústia da não resposta sobre a
existência. Ponto que marca a vida e o percurso na análise.
Assim, ao nal, um laço pode ser restabelecido e, por que não dizer,
um laço amoroso, que encontra outra cara, tanto no amor da vida cotidiana,
quanto no seio da Escola, quando se escolhe endereçar a ela seu pequeno
achado do nal.
Do silencio ao novo amor, uma aposta viva, que pode fazer frente à
morti cação do gozo inexplicável que habita e incita cada um de nós.
REREFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Miller, J.-A. La transferencia negativa. Buenos Aires: Tres Haches, 2000.
NICÉAS, C. A. O amor de si. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
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