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O presente artigo vem trazer uma breve apresentação sobre as propriedades, características,
casos e exemplos sobre a o sistema ômega de fundação. Foi feito inicialmente a pesquisa
bibliográfica e em artigos eletrônicos, logo foram apontadas os principais temas a serem
abordados. O artigo desenvolvido inicia apresentando o relatado do fato da estaca ômega ser
uma evolução da hélice continua. Em seguida apresenta definições e dados pertinentes para a
identificação do trado com ponta ômega. Logo em seguida vem apresentando a metodologia
executiva do sistema ômega, apresentando todo o processo de execução. Logo depois salienta
sobre a importância do monitoramento e controle de execução para a execução de uma estaca
de qualidade e os aparelhos que servem pra esse monitoramento. Adiante diz sobre a
interferência no tipo de solo na execução da estaca, apresentando características do solo e no
que interfere. A exemplificação retrata uma obra da estação de metro de são Paulo onde foi
aplicado este tipo de estaca, detalhes sobre a obra e os motivos que levaram a escolha deste
sistema são retratados.
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*Graduando em Engenharia Civil – Universidade Filadélfia (UNIFIL) E-mail: anagabriela.hilles@gmail.com.
**Graduando em Engenharia Civil – Universidade Filadélfia (UNIFIL) E-mail: izah_cris@hotmail.com.
***Graduando em Engenharia Civil – Universidade Filadélfia (UNIFIL) E-mail: jo.tec.civil@hotmail.com.
****Graduando em Engenharia Civil – Universidade Filadélfia (UNIFIL) E-mail:
thalita_spindola@hotmail.com.
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ABSTRACT
This article brings a brief presentation on the properties, characteristics, cases and examples
on the omega foundation system . It was initially made to literature and electronic items, were
soon identified the main issues to be addressed. The article begins by presenting the
developed reported the fact of cutting omega be an evolution of the propeller continues. Then
presents definitions and data relevant for the identification of the auger with omega tip. Next
up comes the business presenting methodology of omega system, showing the whole process
of implementation. Soon after stresses on the importance of monitoring and control
application for the implementation of a quality and cutting devices that serve to such
monitoring. Forward says about the interference on the type of soil in the execution stake,
with soil characteristics and interfering. The work portrays an exemplification of the St. Paul
metro where you apply this type of cutting, details about the work and the reasons for
choosing this system are portrayed station.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Sabe-se que as estacas têm por finalidade: suportar e transferir as cargas ao solo, uma
vez que o solo por si só é errático, heterogêneo e não é tão resistente para suportar todo peso
exercido sobre ele sem o auxílio das fundações.
De acordo com ALMEIDA NETO (2002), o uso de estacas de hélice contínua teve
inicio da década de 50 nos Estados Unidos, os equipamentos eram compostos de guindaste de
torre acoplada e mesas perfuradoras que executavam estacas com diâmetros de 275 mm, 300
mm e 400 mm. No entanto, a potência destas estacas era baixo: entre 10 e 30 KN.m; dessa
forma, durante a perfuração de solos resistentes, as estacas retiravam solo e assim
provocavam descompressão do solo que estava em contado com a estaca.
Posteriormente, na década de 70 esses equipamentos foram introduzidos na
Alemanha e difundidos por toda Europa e para o Oriente também, mais especificamente no
Japão.
A década seguinte foi de grande desenvolvimento para as estacas de hélice contínua,
uma vez que se deixou de utilizar equipamentos adaptados e estes passaram a ser
especificada, como também a metodologia de execução. Destaca-se o aumento dos diâmetros
como também das profundidades e assim ampliando a gama de solos de possível execução
para este tipo de estacas; além disso, substituiu-se a argamassa por concreto e também se
desenvolveu instrumentos que possibilitam o monitoramento automático da execução das
estacas.
BRONS & KOOL (1988), relatam que as estacas hélice contínua tornaram-se muito
populares e difundidas na Europa na década de 80, devido, principalmente, as vantagens
técnicas combinadas com o custo relativamente baixo. (apud ALMEIDA NETO, 2002).
Quando se tornaram conhecidas no Brasil, por pouco mais de duas décadas atrás
(1987), por ser um procedimento novo, os equipamentos adotados ainda não eram próprios
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para o processo executivo - o torque era de 35 KN.m; os diâmetros eram de 27,5 cm, 35 cm e
42,5 cm e sua profundidade máxima era de 15 m. Somente após 6 anos, seu uso passou a ser
comum e assim equipamentos com diâmetros de até 80 cm, maior torque (até 85 KN.m), que
possibilitavam a execução de estacas de até 24 m de profundidade.
Enquanto no Brasil as estacas hélice tipo contínua eram novidade, na Bélgica já
haviam dado inicio ao desenvolvimento das estacas hélice tipo ômega.
O que a diferencia da hélice contínua é o design do trado – semelhante a um parafuso
- resultando no deslocamento lateral do terreno durante a perfuração e assim, não
transportando solo à superfície e resultando numa melhoria do atrito lateral.
Devido às suas características, provavelmente seu uso se disseminará pelo país e se
tornará bem mais popular do que é hoje em dia. (ALMEIDA NETO, 2002).
Assim como a estaca de hélice contínua, a ômega também é moldada “in loco”. No
entanto, enquanto a de hélice contínua é executada por meio de um trado contínuo e é
escavada, funcionando como um saca-rolha; a estaca ômega é de deslocamento duplo (nas
etapas de perfuração e na concretagem) e funciona como um parafuso (longo).
Sua ponta, semelhante a um parafuso feito de aço, é composta por pás com variados
graus de inclinação de acordo com o diâmetro das seções – que aumenta descontinuamente no
topo; mesmo após o diâmetro nominal ainda existem pás que se sobrepõem umas sobre as
outras. Conforme apresentado na figura 1.
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De acordo com Van Impe (1994) e Bottiau & Cortvrindt (1994), os ângulos de
transição garantem o deslocamento cinemático do solo, além do mais, marcam a mudança de
diâmetro. (apud ALMEIDA NETO, 2002).
“A forma do parafuso foi desenvolvida de tal maneira que o volume de solo
transportado entre as pás da hélice ômega, pode ser armazenado em cada nível para as
diferentes seções da hélice parafuso. [...] Este solo é deslocado até atingir o nível do diâmetro
nominal, sendo então compactado à lateral do furo. [...] Todo material que, eventualmente,
desmorona do furo da estaca sobre a parte superior do parafuso, é transportado pelas pás
superiores em sentido à ponta, deslizando, posteriormente, pelas abas metálicas até atingir o
nível do diâmetro nominal, sendo então compactado lateralmente”. (ALMEIDA NETO,
2002).
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3. Metodologia executiva
Perfuração
A perfuração é executada por cravação do parafuso ômega no terreno por rotação,
como um processo final do material de descarte. Durante o processo de perfuração a hélice
não é retirada do furo e procura-se retirar a menor quantidade de terra possível, para
minimizar o desconfinamento do solo.
A hélice espiral, responsável pela retirada de solo, e um tubo central, são os
elementos que constituem a haste de perfuração. Uma tampa metálica provisória é acoplada a
haste tubular, durante o processo de perfuração, a fim de evitar a entrada de solo ou água na
haste.
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Concretagem
Colocação da armadura
A armadura pode ser introduzida nestas estacas no tubo central do trado, em forma
de gaiola ou feixe, pode ser feita após a concretagem pela equipe, ou concomitante à
concretagem com ajuda de um pilão ou vibrador. No Brasil, usualmente, a armadura está
sendo instalada posteriormente a concretagem.
De acordo com ALMEIDA NETO (2002), a armação das estacas, para facilitar a sua
colocação, deve ser formada por barras grossas e estribo circular soldado (ponteado) na
armadura longitudinal, aumentando a rigidez da armação para evitar a sua deformação durante
a introdução no fuste da estaca. Para armaduras longas, recomenda-se o uso de estribo espiral
soldado.
É recomendado após há concretagem um tempo mínimo possível até o início da
colocação da armadura.
Entre outros diversos aspectos que influem na correta execução das estacas ômega,
destacam-se os citados abaixo:
A respeito das condições do solo, podem-se relacionar os tipos de solos com a estaca
hélice contínuos e tipo ômega, destacando principalmente seu processo de execução:
No que tange a estaca ômega, a maior dificuldade para execução neste tipo de terreno
é a força necessária para a perfuração, já que a estaca necessita de mais torque que a hélice.
Os tipos de solos que podem prejudicar o processo de escavação são os seguintes:
Solos porosos não saturados: na prática, este tipo de solo tem apresentado
dificuldades de penetração da hélice. Segundo CINTRA (1998), a estrutura
porosa é associada à presença de um agente cimentante que, aliado a uma
sucção suficientemente elevada, estabiliza o solo na condição parcialmente
saturada, conferindo-lhe uma resistência aparente ou temporária. Em função
desta resistência aparente, quebrar a estrutura deste solo e iniciar e/ou
prosseguir com a perfuração é uma etapa difícil para as hélices contínuas.
(apud ALMEIDA NETO, 2002).
Solos com cama de argila mole confinada: a execução de estacas hélices
contínuas nesse tipo de solo é problemática em relação a um elevado
sobreconsumo de concreto e à ruptura do solo em razão da pressão do
concreto. Na concretagem, deve haver um controle rigoroso da subida do
trado, para garantir a integridade da estaca. Como o solo é frágil e o concreto
é injetado sob pressão, o sobreconsumo deverá ser grande, por ruptura do
solo desta camada.
Solos com camada de argila mole superficial: neste caso, o maior problema
pode ser o peso do equipamento que pode ser excessivo para a capacidade de
suporte do terreno. Em alguns casos, pode ser necessária a escavação da
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Sabe-se, portanto, que no processo de instalação das estacas no solo, quer seja uma
estaca pré-moldada, quer seja escavada ou aparafusada, como a ômega, as propriedades do
solo, e no caso de estacas moldadas “in-loco”, também, as propriedades do concreto sofrem
alterações. Estas alterações por sua vez, influenciarão decisivamente no desempenho final da
estaca.
Demora na concretagem;
6. Vantagens e desvantagens
Vantagens
Desvantagens
7. Exemplo
No inicio a idéia era utilizar estacas tipo Franki, que produz no máximo 6
estacas/dias, como houve o atraso, já citado, optou-se pela estaca ômega, que tem uma
produção máxima estimada em 12 estacas/dia.
Outro problema levado em consideração para a alteração de estacas Franki pra
ômega, foi preocupação com a vizinhança em relação a vibrações, pois o sistema Franki gera
vibrações consideráveis, já o sistema ômega, que perfura o chão com uso de um trado, gera
uma vibração mínima que não afetaria a vizinhança, causando-a problemas, como patologias
em suas estruturas.
De acordo com ALMEIDA NETO (2002), a executora pesquisou entre os diversos
tipos de estacas que melhor se ajustavam à necessidade da obra, e encontrou como melhores
alternativas, estacas hélice continua ou estacas ômegas. Então, foi escolhida a estaca ômega,
por esta não gerar material de descarte, anulando o custo com bota-fora.
Foram levadas em consideração para a escolha da estaca algumas questões
econômicas, que levaram em consideração o custo com serviços extras, como o bota-fora de
material de descarte, que no caso a estaca hélice continua geraria. Já a estaca ômega não
haveria a necessidade, pois gera quase nenhum resíduo.
O passo seguinte a escolha do tipo de sistema que realizaria a perfuração das estacas,
tipo ômega, é um estudo elaborado de acessibilidade do maquinário ao local de execução das
estacas e o estudo de suporte do terreno em relação ao peso da perfuratriz, que pode chegar
até 70 toneladas.
Após o estudo foi verificado que o solo em questão apresentava baixa capacidade de
carga, por se tratar de uma argila mole, e não suportaria o peso da perfuratriz, com isso teve
que ser feita a substituição da camada superficial desta argila mole, com espessura de 1,50 a
2,00 metros, por uma camada composta da mistura de rachão com o mesmo solo escavado.
Sobre o maquinário utilizado para a perfuração e outros dados da obra ALMEIDA
NETO (2002) diz que o equipamento utilizado foi uma perfuratriz de 70 toneladas de peso
total com trado de 15 metros de comprimento e 37 centímetros de diâmetro. Foram
executadas pouco mais de dois mil metros lineares de estacas com uma produtividade média
diária de 13 estacas por dia. A solução em estaca ômega, neste caso, alcançou as expectativas
de prazo e custos, da empreita e produtividade acima da esperada.
Fundações realizadas as próximas etapas de construção seguiram e assim a obra foi
finalizada e inaugurada no dia 20 de outubro de 2002. Esta estação de metrô faz parte das
linhas dos metrôs de São Paulo, Capital, é chamada também de linha 5-lilás, possui
capacidade de 2.213 passageiros/hora/pico e possui uma área construída de 4.886,79 m².
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8. Conclusões
Com base nos estudos pode-se afirmar que, o estudo das fundações vem evoluindo
constantemente, em busca de novos elementos, que possuam alta produtividade, ausência de
vibrações e ruídos na execução, elevada capacidade de carga, entre outros aspectos.
Dentro deste propósito, surgiram recentemente no mercado e tiveram grande
desenvolvimento nos últimos anos, às estacas hélice contínua, sendo hoje uma estaca de
enorme interesse comercial. Mais recentemente, ainda com pouco uso, surgiram as estacas
ômegas, que podem se transformas também em estacas de uso tão intenso.
O desempenho destas estacas, primordialmente da hélice contínua, será severamente
influenciado pela perícia e experiência do operador do equipamento de execução da estaca.
Na prática, têm-se verificado maiores problemas em relação ao controle e garantia de um
concreto de características tais, que permita a colocação da armadura, e alcance o desempenho
previsto para a estaca.
Percebe-se que, o monitoramento, por sua vez, é uma ferramenta valiosa de controle
do processo de execução, porém não é exata, e está sujeita a imprecisões de medidas, devido a
correlações utilizadas para medições de pressão de injeção, por exemplo, e erros devido a
danos no sistema de monitoramento, calibração não adequada do sistema, danos nos sensores,
bombas com muito uso ou sem manutenção, defeitos nos cabos de transmissão de dados, entre
outros. Portanto, não deve ser desprezado um controle rigoroso da execução, por parte de um
engenheiro que conheça os aspectos relacionados ao processo executivo destas estacas.
Ainda, conhecer a composição do solo, suas características e as condições locais em
que será executada a obra são indispensáveis, visto que o terreno é de vital importância para
qualidade e durabilidade da construção e no caso da fundação com estacas, é primordial
prever os efeitos da instalação das estacas no sistema estaca-solo. Em resumo, a alteração do
estado do solo, estará severamente ligada ao tipo de solo que esta estaca está instalada, seu
processo de execução e fundamentalmente, a sua correta execução.
Ademais, deve-se pensar se, a estaca é realmente a melhor solução para fundação,
nesse caso, para escolher a fundação mais adequada, devem-se conhecer os esforços atuantes
sobre a edificação, as características do solo e dos elementos estruturais que formam as
fundações. Assim, analisa-se a possibilidade de utilizar os vários tipos de fundação, em ordem
crescente de complexidade e custos. Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10%
do custo total do edifício; porém, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a
10 vezes o custo da fundação mais apropriada para o caso. Além disso, para a tomada de
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decisão deve-se levar em conta seu custo-benefício, como também o tempo necessário para
conclusão da técnica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTERNATIONAL GEOTECHINICAL SEMINAR ON DEEP FOUNDATIONS ON BORED AND
AUGUER PILES, 3, 1998. Ghent-Belgium. Proceedings... Rotterdam: A.A. Balkema,
1998, p. 269-272.
PEIFFER, H.; VAN IMPE, W.F.; VAN IMPE, P.O.; HAEGEMAN, W. (2000). Soil
parameters relevant to screw pile research testing at Feluy test site. In:
INTERNATIONAL GEOTECHINICAL SEMINAR ON DEEP FOUNDATIONS ON
BORED AND AUGER PILES, Ghent-Belgium. Proceedings. Rotterdam:A.A. Balkema. P
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VAN IMPE, W.F.; VAN IMPE, P.I.; VIGGIANI, C.; RUSSO, G.; BOTTIAU, M. (1998). Load
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