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Estatística E Probabilidade
Probabilidade
Para compreender esse ramo, é extremamente importante conhecer suas definições mais básicas,
como a fórmula para o cálculo de probabilidades em espaços amostrais equiprováveis, probabilidade
da união de dois eventos, probabilidade do evento complementar etc.
Experimento Aleatório
É qualquer experiência cujo resultado não seja conhecido. Por exemplo: ao jogar uma moeda e
observar a face superior, é impossível saber qual das faces da moeda ficará voltada para cima,
exceto no caso em que a moeda seja viciada (modificada para ter um resultado mais
frequentemente).
Suponha que uma sacola de supermercado contenha maçãs verdes e vermelhas. Retirar uma maçã
de dentro da sacola sem olhar também é um experimento aleatório.
Ponto Amostral
Espaço Amostral
O espaço amostral é o conjunto formado por todos os pontos amostrais de um experimento aleatório,
ou seja, por todos os seus resultados possíveis. Dessa maneira, o resultado de um experimento
aleatório, mesmo que não seja previsível, sempre pode ser encontrado dentro do espaço amostral
referente a ele.
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Esse conjunto também pode ser representado pelo diagrama de Venn ou, dependendo do
experimento, por alguma lei de formação.
O número de elementos dos espaços amostrais é representado por n(Ω). No caso do exemplo
anterior, n(Ω) = 6. Lembre-se de que os elementos de um espaço amostral são pontos amostrais, ou
seja, resultados possíveis de um experimento aleatório.
Evento
Os eventos são subconjuntos de um espaço amostral. Um evento pode conter desde zero a todos os
resultados possíveis de um experimento aleatório, ou seja, o evento pode ser um conjunto vazio ou o
próprio espaço amostral. No primeiro caso, ele é chamado de evento impossível. No segundo, é
chamado de evento certo.
A = {2, 4, 6} e n(A) = 3
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
B = {2, 3, 5} e n(B) = 3
C = {5, 6} e n(C)= 2
D = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(D) = 6
Espaços Equiprováveis
Um espaço amostral é chamado equiprovável quando todos os pontos amostrais dentro dele têm a
mesma chance de ocorrer. É o caso de lançamentos de dados ou de moedas não viciados, escolha
de bolas numeradas de tamanho e peso idênticos etc.
Um exemplo de espaço amostral que pode ser considerado não equiprovável é o formado pelo
seguinte experimento: escolher entre tomar sorvete ou fazer caminhada.
Cálculo De Probabilidades
P = n(E)
n(Ω)
Nesse caso, E é um evento que se quer conhecer a probabilidade, e Ω é o espaço amostral que o
contém.
Nesse exemplo, sair o número um é o evento E. Assim, n(E) = 1. O espaço amostral desse
experimento contém seis elementos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Logo, n(Ω) = 6. Desse modo:
P = n(E)
n(Ω)
P=1
6
P = 0,1666…
P = 16,6%
P = n(E)
n(Ω)
P=3
6
P = 0,5
P = 50%
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
Probabilidade Condicional
Em um lançamento simultâneo de dois dados, por exemplo, obtêm-se números em suas faces
superiores. Qual é a probabilidade de que a soma desses números seja 8, desde que ambos os
resultados sejam ímpares?
Veja que a probabilidade de a soma desses números ser 8 está condicionada a resultados ímpares
nos dois dados. Logo, lançamentos que apresentam um ou dois números pares na face superior
podem ser descartados e, por isso, há uma redução no espaço amostral.
Desses, apenas {3,5} e {5,3} possuem soma 8. Logo, a probabilidade de que se obtenha soma 8 no
lançamento de dois dados, dado que os resultados obtidos são ambos ímpares, é de:
2
9
P(A|B) = P(A∩B)
P(B)
Caso seja necessário calcular a probabilidade da intersecção entre dois eventos, pode-se utilizar a
seguinte expressão:
P(A∩B) = P(A|B)·P(B)
Exemplos
Solução:
P(A∩B) é a probabilidade de se obter apenas números ímpares que somam 8 no lançamento de dois
dados. As únicas combinações das 36 possíveis são:
{3,5} e {5,3}
Portanto,
P(A∩B) = 2
36
Logo,
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
P(B) = 9
36
P(A|B) = P(A∩B)
P(B)
2
P(A|B) = 36
9
36
P(A|B) = 2 · 36
36 9
P(A|B) = 2
9
Qual é a probabilidade de extrair uma carta de um baralho comum de 52 cartas e obter um Ás,
sabendo que ela é uma carta de copas?
Solução:
A = Obter um Ás
P(A∩B) = 1
52
P(B) = 13
52
P(A|B) = P(A∩B)
P(B)
1
P(A|B) = 52
13
52
P(A|B) = 1 · 52
52 13
P(A|B) = 1
13
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
Onde
p(A∩B) → é a probabilidade da ocorrência simultânea de A e B
p(A) → é a probabilidade de ocorrer o evento A
p(B│A) → é a probabilidade de ocorrer o evento B sabendo da ocorrência de A (probabilidade
condicional)
Solução: O que determina a utilização da fórmula da intersecção para resolução desse problema é a
palavra “e” na frase “a probabilidade de sair um número ímpar e o número 4”. Lembre-se que na
matemática “e” representa intersecção, enquanto “ou” representa união.
Note que a ocorrência de um dos eventos não interfere na ocorrência do outro. Temos, então, dois
eventos independentes. Vamos identificar cada um dos eventos.
Temos que:
Assim, teremos:
Exemplo 2. Numa urna há 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Retiram-se duas bolinhas dessa urna,
uma após a outra, sem reposição. Qual a probabilidade de ter saído um número par e um múltiplo de
5?
Evento A: sair um número par = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20}
Evento B: sair um múltiplo de 5 = {5, 10, 15, 20}
Espaço amostral: S = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20}
Como as duas bolinhas foram retiradas uma após a outra e não houve reposição, ou seja, não foram
devolvidas à urna, a ocorrência do evento A interfere na ocorrência do B, pois haverá na urna
somente 19 bolinhas após a retirada da primeira.
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
Após a retirada da primeira bola, ficamos com 19 bolinhas na urna. Logo, teremos:
Para entendermos como agir em situações que envolvem probabilidade na união de dois eventos,
precisamos falar sobre espaço amostral e eventos.
Espaço amostral: consiste em todos os resultados provenientes de um determinado experimento
aleatório.
Evento: está relacionado ao espaço amostral, pois consiste no subconjunto do espaço amostral.
Podemos ter no lançamento de um dado a probabilidade envolvendo a união de dois eventos, antes
vamos definir algumas situações da ocorrência da união de dois eventos.
Condições:
Para que ocorra a união de dois eventos devemos ter o mesmo espaço amostral. Vamos considerar
duas situações possíveis da união de A com B (A U B).
A∩B=Ø
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
A∩B≠Ø
Se a intersecção entre os conjuntos A e B formam um conjunto não vazio, indica que eles possuem
elementos em comum, dessa forma a probabilidade da união desses dois eventos pode ser definida
da seguinte forma A U B = A+B – (A ∩ B), então:
Exemplo
Múltiplos de 2: A = {2, 4, 6}
Múltiplos de 3: B = {3, 6}
Espaço amostral: para cada experimento aleatório E, define-se espaço amostral S o conjunto de
todos os possíveis resultados desse experimento.
Exemplos:
Jogar um dado e observar o número da face de cima.
Então; S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
Eventos mutuamente exclusivos são aqueles que não podem ocorrer simultaneamente. Portanto dois
eventos A e B são mutuamente exclusivos se AB = Φ
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Sejam os eventos:
A = ocorrer número par e B = ocorrer números impar.
Logo: A = {2, 4, 6}, B = {1, 3, 5}
Média Aritmética
A média aritmética é utilizada no intuito de expressar, por meio de um único valor, a ideia principal de
um grupo de valores. Ela é calculada através do somatório dos elementos divido pelo número de
elementos.
Exemplo
Durante as quatro semanas de um mês, uma pessoa gastou com combustível os seguintes valores:
R$ 42,00, R$ 50,00, R$ 48,50, R$ 58,00 respectivamente. Qual o valor médio semanal.
Moda
A moda serve para identificar e expressar a medida mais frequente presente em um determinado
grupo de valores.
Exemplo
A temperatura média, registrada de hora em hora, da 6h às 12h em uma cidade foram as seguintes:
14 ºC, 18 ºC, 18 ºC, 19 ºC, 22 ºC, 24 ºC, 26 ºC.
Podemos notar que a temperatura de 18 ºC se repetiu duas vezes. Dessa forma, dizemos que a
média das temperaturas obtidas é 18 ºC.
Mediana
A mediana é caracterizada pelo termo do meio em uma sequência crescente de valores. Para
estabelecer a mediana precisamos levar em conta o número par ou ímpar de elementos. Caso o
número de elementos seja par, devemos somar os dois elementos centrais e realizar a divisão por
dois, obtendo o valor da mediana. Nas situações em que o número de elementos é ímpar, basta
escolher o elemento central.
Exemplos
Observe a altura, em centímetros, de oito crianças: 119, 120, 121, 121, 123, 124, 124, 128.
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
Os 17 alunos do 8º ano de uma escola obtiveram as seguintes notas: 71, 40, 86, 55, 63, 70, 44, 90,
37, 68, 53, 55, 57, 60, 82, 91, 62.
Medidas De Dispersão
Considere o exemplo de duas linha de produção de uma peça. A medida média do comprimento da
peça é de 75cm e ambas as linhas estão produzindo peças com médias próximas desse valor.
Podemos considerar que as peças produzidas por ambas as linhas são adequadas?
É claro que as peças produzidas pela primeira linha de produção são melhores que a segunda. Isso
ocorre porque a dispersão dos elementos em torno da média é menor, ou seja, os elementos estão
mais concentrados em torno da média na primeira linha de produção.
Como queremos avaliar a dispersão dos dados em torno da média, esse valor estará relacionado
com a distância dos dados em relação à média. Essa distância será chamada de desvio, .
O qual nos levaria à conclusão errada de que não existe variação entre os dados. Desta forma,
precisamos de alguns medidas estatísticas para poder estudar a dispersão dos dados de forma
correta.
Dispersão é sinônimo de variação ou variabilidade. Para medir a dispersão, duas medidas são
usadas mais frequentemente: a amplitude e o desvio padrão.
Amplitude
A amplitude é definida como sendo a diferença entre o maior e o menor valor do conjunto de dados.
Denotaremos a amplitude por R. Portanto, consideremos o conjunto de dados ordenado
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
Exemplo 2.2.1:
Como o valor máximo do conjunto é 72 e o valor mínimo é 60, temos que a amplitude é:
R = 72 - 60 = 12.
Informação Valor
Amplitude 12
Para definirmos desvio padrão é necessário definir variância. A notação mais comumente usada é:
s2 - variância amostral.
σ2 - variância populacional.
Variância Populacional
Variância amostral
A variância de uma amostra {x1,...,xn} de n elementos é definida como a soma ao quadrado dos
desvios dos elementos em relação à sua média dividido por (n-1). Ou seja, a variância amostral é
dada por:
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
O desvio padrão amostral de um conjunto de dados é igual à raiz quadrada da variância amostral.
Desta forma, o desvio padrão amostral é dado por:
Exemplo 2.2.2:
Considere novamente os dados do Exemplo 2.1.3. Calcule o desvio padrão dos dados.
Agora vamos subtrair de cada valor, elevar os resultados ao quadrado e somá-los. Então dividimos
o total dos quadrados pelo número de valores menos 1, ou seja, por (n-1) e extraímos a raiz
quadrada:
Informação Valor
Desvio-padrão 3,97986
Exemplo 2.2.3:
Consideremos o Exemplo 2.1.5, em que foram contabilizados o número de pessoas atendidas pela
ortopedia durante os 30 dias de um mês. Os valores observados estão apresentados na tabela a
seguir.
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
Tipos De Gráficos
Os gráficos constituem uma forma clara e objetiva de apresentar dados estatísticos. A intenção é a de
proporcionar aos leitores em geral a compreensão e a veracidade dos fatos. De acordo com a
característica da informação precisamos escolher o gráfico correto. Os mais usuais são: gráfico de
segmentos, gráfico de barras e gráfico de setores.
Uma locadora de filmes em DVD registrou o número de locações no 1º semestre do ano de 2008. Os
dados foram expressos em um gráfico de segmentos.
O exemplo abaixo mostra o consumo de energia elétrica no decorrer do ano de 2005 de uma família.
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ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE
Gráfico De Setores
O gráfico a seguir mostrará a preferência dos clientes de uma locadora quanto ao gênero dos filmes
locados durante a semana.
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