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Situação Geográfica
Características do Povoamento
Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de morros, de
colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua história de povoamento já é
bastante antiga. A caatinga foi sempre um palco de lutas de independência, seja ela
escravista ou nacionalista. A região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao
Reinado Português e posteriormente ao Império Brasileiro. Como o domínio das caatingas
localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos para
refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangaceiros. Com isso o
processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, centrou-se mais em áreas
próximas ao litoral, mas o governo federal investiu em infra-estrutura na construção de
barragens, açudes e canais fluviais, surgindo assim o Departamento Nacional de Obras
Contra as Secas (DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a
ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo uma área
preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas sociais, que são imensos.
Valendo destacar que com todos esses obstáculos sociais e naturais da caatinga, seus
habitantes partem para migração em regiões como a Amazônia e o sudeste brasileiro,
chamada de migrações de transumância (saída na seca e volta na chuva).
Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características semelhantes. Sendo raso
e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intemperismo físico nos latossolos e pouca
erosão nos litólicos e há influência de sais em solo, como: solonetz, solodizados,
planossolos, solódicos e soonchacks. Segundo Ab´Saber, a textura dos solos da caatinga
passa de argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e
ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo pobre, a
caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para florescer e desenvolver a
cultura implantada. Tendo pouca rede de drenagem, os mínimos rios existentes são em
sua maioria sazonais ao período das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o
ano. Porém existe um “oásis” no sertão nordestino, o Rio São Francisco, vindo da região
central do Brasil, irriga grandes áreas da caatinga, transformando suas margens num solo
muito fértil – semelhante o que ocorre com as áreas marginais ao Rio Nilo, no Egito. Neste
sentido, comprova-se que a irrigação na caatinga pode e deve ser feita com garantia de
bons resultados. Outro fato que chama a atenção, é a vegetação sertaneja, pois ela
sobrevive em épocas de extrema estiagem e em razão disso sua casca é dura e seca,
conservando a umidade em seu interior. Assim, a região é caracterizada por uma
vegetação herbácea tortuosa, tendo como espécies: as cactáceas, o madacaru, o xique-
xique, etc.
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Devido o homem não intervir de significativa maneira em seu habitat, o ambiente natural
da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região poderia ser ocupada mais a nível
agrícola, em virtude do seu solo possuir boas condições de manejo, só necessitando de
irrigação artificial. Assim, considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições
de desenvolver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importância
para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os recursos naturais
com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré-estabelecido à não causar desastres
e consequências ambientais futuros.
A Zona da Mata ou litoral oriental é a sub- região mais industrializada, mais populosa,
destacando-se o solo de massapé (calcário e gnaisse), com as tradicionais lavouras
comerciais de cana e cacau. O Agreste apresenta pequenas propriedades com policultura
visando a abastecer o litoral. O Sertão é marcado pela pecuária em grandes propriedades.
Já o Meio-Norte, apresenta grandes propriedades com extrativismo.
5.2. Clima
O domínio da caatinga possui clima tropical semi-árido, que se caracteriza pelas
temperaturas elevadas, chuvas escassas e irregulares. O período chuvoso no
Nordeste “seco” é denominado pelo sertanejo de “inverno”.
Esse pluviograma da região de Cabaceiras, na Paraíba, é o mais representativo do clima
semi-árido do Sertão Nordestino. A região apresenta o menor índice pluviométrico do
Brasil, com 278 mm de chuvas. Observe o predomínio do tempo seco e a temperatura
elevada durante o ano todo.
A baixa e a irregular quantidade de chuvas do domínio da caatinga pode ser explicada
pela situação da região em relação à circulação atmosférica (massas de ar), relevo,
geologia etc.
Trata-se de uma área de encontro ou ponto final de quatro sistemas atmosféricos: as
massas de ar Ec, Ta, Ea e Pa. Quando essas massas de ar atingem a região, já perderam
grande parte de sua umidade.
O planalto da Borborema é descontínuo e raramente ultrapassa os 800 m de altitude,
sendo assim não é o principal responsável pela imensa mancha semi-árida a sotavento
(Sertão).
Algumas regiões do Sertão Nordestino sofrem o processo de desertificação.
A presença de rochas cristalinas (impermeáveis) e solos rasos dificulta a formação do
lençol freático em algumas áreas, acentuando o problema da seca.
Um dos mitos ou explicações falsas do (estrutura fundiária, predomínio da
subdesenvolvimento nordestino é a agricultura tradicional de exportação,
afirmação de que as secas constituem a governos controlados pelas elites locais,
principal causa do atraso socioeconômico baixos níveis salariais, analfabetismo, baixa
dessa região, causando também migração produtividade nas atividades econômicas,
para São Paulo e Rio de Janeiro. etc.) explicam muito melhor o
Na realidade, a pobreza regional é muito subdesenvolvimento nordestino que as
mais bem explicada pelas causas históricas causas naturais.
e sociais. A seca é apenas mais uma agravante, que
As arcaicas estruturas socioeconômicas poderia ser solucionada com o progresso
regionais socioeconômico regional.
5.5. Vegetação
É uma vegetação caducifólia, isto é, na época das secas as plantas perdem suas
folhas, evitando-se, assim, a evapotranspiração.
Os brejos são as mais importantes áreas agrícolas do Sertão. São áreas de maior
umidade, localizadas em encostas de serras ou vales fluviais, isto é, regatos e
riachos. As cabeceiras são formadas pelos “olhos-d’água”(minas).
5.5. Projetos
A região Nordeste é marcada por projetos, destacando-se os relacionados à
irrigação. O mais famoso envolve as cidades vizinhas e separadas pelo rio São
Francisco, Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). O clima seco e a irrigação controlada
favorecem o controle de pragas, e o cultivo de frutas para exportação marca a
paisagem, com influência de capital estrangeiro.
O projeto de transposição do rio São Francisco está sendo implantado pelo governo
federal. O projeto consiste na captação das águas do rio São Francisco para a
perenização de alguns rios nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte que fazem
parte da bacia do Nordeste (eixo norte), e por meio do eixo leste abastecer vários açudes
nos estados de Pernambuco e da Paraíba. Além da transposição, o governo federal está
promovendo, de maneira tímida, a revitalização de algumas áreas da bacia do rio São
Francisco.
Mares de Morros